Depois de receber uma denúncia na tarde desta quarta-feira (06), a equipe do ‘Mapele News’ acompanhou uma situação de calamidade de duas famílias que vivem em uma casa cedida, localizada na Quadra 8, CIA I, na cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Quatro crianças estão vivendo em meio a ratos, baratas e lixo que intensificaram com a forte chuva dos últimos dias.
“Isso é desumano e nossa situação requer prioridade”, desabafou Anne Louize dos Santos Silva que de acordo com ela, teve seu nome na lista do Empreendimento Fazenda Preto Velho, do Projeto do Governo Federal, ‘Minha Casa, Minha Vida’ (MCMV), e até o momento não foi assistida pela Secretaria de Desenvolvimento Social do município.
De acordo com Anne Louize, após ficarem desempregadas, uma pessoa cedeu a casa; já que elas não tem condições alguma para pagar alaguel. “Tem que dá prioridade a quem precisa”, disse e revelou que para sobreviver está trabalhando de manicure e não tem trabalho fixo. Desesperada pela situação preocupante, Anne Louize questionou. “Não me informaram nada e não sei porque não recebi a chave do apartamento”, disse.
Segundo o líder do movimento gay do CIA I, Edy Kakai, desde o ano passado vêm solicitando a Secretaria de Desenvolvimento Social e nada foi feito e com tom de revolta questionou o papel da Secretária Lúcia Abreu. “A Secretária deveria sair do Centro Social para fazer seu papel como funcionária do povo”, disse.
A principal preocupação é com as quatro crianças que correm o risco de se contaminarem com a proliferação de ratos no local. “Essas famílias não foram contempladas pela incompetência de Lúcia Abreu e só falta ela esperar as crianças morrerem de leptospirose”, questionou Edy Kakai
Uma ação no Ministério Público deverá ser encaminhada, de acordo com o Edy Kakai sobre o que ele mesmo chamou de ‘descaso e desumanidade’ por parte da Ação Social do município.
A equipe de reportagem procurou a Secretária Lúcia Abreu que informou que Anne Louize não recebeu o apartamento porque está na lista de espera. “Ela está na lista de espera e só recebe se houver alguma desistência”, disse e acrescentou que independente da localização na lista, a família terá prioridade.
“A situação dela realmente tem fundamento e é uma situação difícil e ela terá prioridade; e se não houver desistência, ela vai passar para o empreendimento que vai sair mais próximo. Vamos sentar com a assistente social para vermos como amenizar a situação de como colocarmos em um aluguel até receber o apartamento”, disse Lúcia Abreu que revelou ainda que estava apressada para resolver uma situação do Projeto Semear.