[soundcloud soundcloudurl=”https://soundcloud.com/marcos-simoes-217735983/prefeito-apela-para-que-professores-retornem-as-salas-de-aulas-e-alfineta-sindicato” ][/soundcloud] O Prefeito de Simões Filho, Eduardo Alencar (PSD), em entrevista a uma rádio da região metropolitana na manhã desta segunda-feira (11), esclareceu os problemas enfrentados pelo município devido à turbulência política no cenário nacional que vêm contribuindo negativamente com a ‘queda da receita e que de forma apertada vêm priorizando os serviços essenciais’. Um dos temas levantados foi em relação ao movimento grevista; deflagrado pelos professores que no próximo dia 18 completa trinta dias que os alunos estão fora da sala de aula.
“Em nome dos pais dos alunos, eu peço humildemente ao Sindicato o retorno dos professores para a sala de aula”, apelou o prefeito; poucas horas antes de ocorrer mais uma assembléia na Câmara de Vereadores; também nesta manhã, onde a categoria decidiu a continuidade da greve.
Antecipando sua justificativa sobre ‘não haver condições de atender as reivindicações da categoria’ neste momento de crise’, o prefeito Eduardo Alencar revelou que a perda da receita do município é muito grande. “Perdemos mais de 35% da receita de Simões Filho”, revelou.
Ainda seguindo sua linha de justificativa, Alencar disse que durante todos esses anos; manteve o diálogo com o Sindicato da Categoria, através, das reuniões, que contribuíram para um ‘relacionamento de amizade, cordialidade e confiança’. De 21 itens da pauta de reivindicações, a Secretaria de Educação garante que 15 já foram solucionados.
O ponto positivo de valorização dos professores defendido pelo gestor público em entrevista; foi referente ao Piso Salarial Nacional, que ainda de acordo com ele, diversos municípios, inclusive, o Estado não firmaram esse compromisso que é um direito da categoria.
“Eu acho que os professores em Simões Filho não ganham mal. Nós pagamos o Piso Nacional e a média salarial dos professores é de R$ 5 mil. Tem professor que ganha mais de R$ 9 mil por mês”, argumentou Eduardo Alencar que acrescentou. “Nós pagamos em dias e não devo um centavo aos professores que fizeram essa greve trazendo prejuízo muito grande aos alunos do município”.
Sem acordo para puder sanar o restante da pauta levantada pela categoria; que deixou claro na Câmara. “Nós não estamos pedindo salário e sim os R$ 9 milhões referente a retroativo de mudança de nível, incentivo a qualificação profissional e pecúnia”, o prefeito pediu que os ‘professores entendessem a situação do momento’ e fez mais uma avaliação.
“Um prejuízo muito grande para nossos alunos. Eles entraram em greve e não tenho a menor condição de dar um centavo de aumento aos professores; porque eu não sou irresponsável”, disse. “Se eu fosse irresponsável eu daria esse aumento”, acrescentou.
Reforma e Merenda Escolar
Sobre a reforma das escolas; também apontado pela categoria, o Executivo Municipal disse que existe uma licitação e já foi reformada cerca de 50% das escolas. “Até o final do ano reformaremos todas as Unidades de Ensino”, garantiu.
Com relação à Merenda Escolar, o gestor público esclareceu que realmente o processo burocrático da licitação atrasou, mas que já foi licitado. “No retorno dos alunos; haverá merenda nas escolas”, ressaltou.
Justiça
Conforme o entendimento do prefeito junto com a Secretaria de Educação do município; é que sempre foi preservado o diálogo e abertura de portas para o Sindicato; bem como todos os profissionais da Educação e, em vista, de analisar se há legalidade do movimento grevista em Simões Filho, já foi dado entrada na Justiça como alternativa para intervenção do movimento, além, de uma reunião estabelecida com o Ministério Público e agentes envolvidos com a situação [Prefeitura, Sindicato e Secretaria de Educação].
Eduardo Alencar alfinetou o Sindicato.
“Um grupo de 10% querem essa greve. A maioria não”, afirmou.
Déficit
Conforme a queda da arrecadação e a inviabilidade de puder arcar com a reivindicação dos professores em Simões Filho, Alencar revelou ainda que a prefeitura; vive um momento de ‘contenção de despesas’.
“Tínhamos uma receita de cerca de R$ 20 milhões e hoje não chega a R$ 17 milhões. O mês de março; fechamos com um ‘defícit’ de R$ 3 milhões e estamos sem capacidade de investimento”, disse.
“Peço os professores que entendam essa situação que é ruim para mim, mas muito pior para os nossos alunos que estão fora da sala de aula”, concluiu Eduardo Alencar.