Ambientalistas criam petição Online para impedir implantação de lixão em Simões Filho


Durante a manhã até o começo da tarde da última quarta-feira (03) a Câmara de Vereadores de Simões Filho, na Praça da Bíblia, esteve cheia de gente e energia, entoando palavras como: aqui é a casa do povo! O povo unido jamais será vencido! Os

representantes têm que ouvir a população! Fora lixão! E tantos outros desabafos que demonstram a insatisfação do povo com relação a possível instalação de um aterro sanitário na BA 093, em cima das águas do Vale Itamboatá, em Simões Filho, que atinge cerca de 60 hectares de Mata Atlântica.

População, povos tradicionais, pescadores e quilombolas simõesfilhenses estiveram presentes dispostos a dialogar, exibindo a indignação perante a implantação do nefasto aterro, que de acordo com os ambientalistas pode comprometer a qualidade da água, terra e ar de suas terras, incorrer em riscos à saúde a ponto de não mais poderem ali habitar.

A empresa Naturalle, responsável pelo empreendimento não compareceu nem justificou a ausência, deixando subtendida sua resposta sobre a importância que dão aos impactos socioambientais que as 500 toneladas de lixo diárias poderão vir a trazer. Em contrapartida, participaram do evento, técnicos e advogados ambientalistas, representantes do INCRA, INEMA e vereadores.

Lideranças do Movimento Nossa Água, Nossa Terra, Nossa Gente buscaram destacar o caráter antes de tudo informativo da plenária, salientando a força política representativa da sociedade civil, dona daquela casa e de todas as outras casas do poder. Entre elas, Minah de Terra Mirim, lembrou que devemos estar cada vez mais empoderados de informação, neste caso devemos saber as consequências que um empreendimento deste porte pode provocar e Dahvii, advogada a frente, também de Terra Mirim, clamou por justiça e liberdade, reivindicações de


Fazenda natal, Fundação Terra Mirim, Palmares, Pitanga de Palmares, Dandá, Oiteiro, Vale, Menino Jesus, Santa Rosa, Passagem dos Teixeira e Convel são as comunidades que somam mais de 10 mil pessoas tradicionais presentes no Vale do Itamboatá, em ameaça direta com a presença do aterro.

O líder comunitário Binho, a frente de Pitanga de Palmares, conta que a região não pode suportar mais impactos e este representará mais um para elas e todas as outras ao redor. “Não queremos mais nossa terra contaminada, o lixão vai impactar a agricultura familiar, nossas histórias e nossa cultura”, relata.


Binho também disse que a instalação se deu de maneira irregular, em atitude de falta de respeito com a cultura das comunidades vizinhas, não houve conversa com os moradores. Ele também encontrou contradições nas falas da Naturalle, inicialmente eles disseram que o aterro não era um lixão e que inclusive eles eram contra lixões, mas logo em seguida foi dito que seria produzido chorume, “me perguntei, chorume sai de onde senão do lixo?”

Prefeitura realizará audiência pública para discutir o sistema de transporte do município.


Uma audiência pública para discutir a situação do sistema de transporte municipal de Simões Filho está marcada para a próxima quarta-feira (10) no Plenário da Câmara de Vereadores. O debate vai acontecer a partir das 09h e contará com a presença do presidente da Comissão de Transportes, Everaldo (Vel), e representantes da Secretaria de Transportes e Trânsito.

Em Simões Filho vigora a Lei de nº 002/2016, oriundo do Poder Executivo que estabelece a proibição do transporte clandestino urbano e rural individual ou coletivo de passageiros no território do município. No entanto, desde janeiro de 2017, alguns

serviços, ainda em situação irregular como os chamados “ligeirinhos” estão podendo circular pela cidade, diante da insuficiência do transporte regular sobretudo nas proximidades dos conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida.

Segundo o secretário de Mobilidade Urbana Jackson Bonfim, o Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros de Simões Filho também se encontra, atualmente, irregular. No último dia 5 de janeiro, foi encerrado o prazo de um acordo firmado entre, Prefeitura de Simões Filho, Ministério Público – MP e a Cooperativa de Transporte de Simões Filho (COOTTASF).

O TAC discutido em junho de 2014, permitia que a cooperativa continuasse operando o transporte alternativo na cidade, sob a condição de qualificar motoristas e cobradores, documentar todos veículos da frota, substituir os carros mais antigos por novos, além de diminuir o tempo de espera dos passageiros nos pontos, fato que não ocorreu.

“O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ministério Público (MP) está vencido desde o dia 5 de janeiro de 2017. Nós já procuramos o MP para atualizar o TAC e verificar de que forma devemos agir em relação ao transporte público municipal”, disse o secretário.

Numa entrevista concedida em oportunidade anterior Jackson já havia revelado que o atual sistema de transporte não atende aos anseios da população no que diz respeito aos critérios de segurança, conforto e pontualidade nos horários.

“Esse Sistema esta totalmente defasado. Veículos rodando de portas abertas, com cobradores pendurados nas portas, todo o sistema está demonstrando decadência. Precisamos recuperar a qualidade do transporte e a única forma de recuperar o sistema é criando novas linhas, e ao mesmo tempo, fazendo a licitação para regulamentar todo o sistema”, afirmou.

Ainda não foi aberto o Edital de Licitação para contratação da frota, mas de acordo com a Superintendência de trânsito, todas as empresas e cooperativas que estiverem qualificadas poderão participar do processo licitatório, desde que atendam as exigências.

Ciclo de capacitação e humanização é iniciado no Hospital Municipal de Simões Filho


Com o objetivo de humanizar o atendimento em todos os setores do Hospital Municipal de Simões Filho (HMSF), a Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de Castro Alves (APMI), gestora da unidade médica, iniciou na quinta-feira (04), um novo ciclo de palestras de capacitação e humanização.


De acordo com gerente administrativo do HMSF, Cid Roberto nessa primeira fase do novo ciclo o foco está na motivação do servidor, no relacionamento interpessoal e na importância do trabalho em equipe. “A proposta é capacitar nossos profissionais a começar motivando-os, mostrando a eles o potencial de cada um e que trabalhando em equipe conseguimos ir muito além do que sozinhos”, disse ele.

O primeiro setor contemplado com a capacitação foi o da lavanderia. A palestra inaugural foi realizada pela psicopedagoga, e master coaching, Liliam Costa que elogiou a iniciativa da APMI e estrutura do hospital.

“Os grandes conglomerados empresariais já perceberam que profissionais motivados, que acreditam em si e que trabalham em equipe apresentam resultados bem mais positivos. E a decisão do hospital em investir na capacitação e humanização dos seus servidores refletirá com certeza num melhor serviço prestado à população”.

Outro avanço apresentado pela gestão APMI é o aumento do número de partos na unidade de saúde. De janeiro até março deste ano, o Hospital Municipal já realizou 322 partos. Nos primeiros três meses de 2016, a maternidade pública registrou 205 procedimentos, aumento de 117 nascimentos na comparação com o mesmo período do ano passado.


O crescimento no atendimento na maternidade do Hospital de Simões Filho também fez com que o município registrasse o menor índice de encaminhamentos para Salvador, contribuindo para diminuição da superlotação em unidades médicas da capital baiana.

“A política de resgate da credibilidade da nossa maternidade implantada no início deste ano tem tido resultados satisfatórios, o que tem garantido que os filhos da boa terra, nasçam na boa terra”, comemorou a gerente de saúde do Hospital Municipal, Alcimara Mariano.

A APMI vem atuando no município nos últimos três anos, trazendo projetos de humanização e modernização do atendimento no Hospital Municipal, com ações realizadas através da parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

 

Após um longo embate, vereador finalmente consegue indicar conjunto de obras na Via Universitária


O vereador Sandro Moreira, no uso de suas atribuições, em sessão ordinária realizada na noite da última terça-feira (02), apresentou a indicação de Nº 085/2017 que solicita ao poder Executivo um conjunto de obras na Via Universitária, localizada no bairro Cia II, contemplando pavimentação completa e iluminação pública adequada, rede de esgoto, passeio público, pista de ciclovia e caminhada na localidade.


Ao apresentar o projeto, Sandro explicou que sua indicação teria sido encaminhada para inclusão na pauta desde o dia 10/01/2017, porém por uma determinação do presidente juntamente com demais edis, sua solicitação teria sido retirada da pauta, uma vez que, na legislatura anterior outros parlamentares teriam feito a mesma reivindicação.

“Essa indicação na realidade foi feita aos 10 dias de janeiro deste ano, e infelizmente ela foi tirada de pauta por alegação de que ela já tinha sido solicitada na legislatura passada a qual me causa surpresa porque nós já tínhamos conversado e em reunião com o presidente e os demais vereadores e todas as indicações anteriores da gestão passada não permaneceriam na atual legislatura e infelizmente, quando soube dessa situação eu procurei o presidente que resolveu junto com as partes recolocar a indicação em pauta”.

A antiga solicitação já teria garantia de execução, quando ao se comemorar os 100 dias de governo do prefeito Diógenes Tolentino, ele chegou a assinar publicamente a autorização para a construção da via, que desta vez foi colocada por Sandro como uma “mera coincidência”, ainda assim coube ao edil salientar a necessidade dos moradores da região que anseiam pelas melhorias em caráter de urgência.

“Nós sabemos que infelizmente é uma via que está praticamente abandonada há muitos anos, e nós percebemos as dificuldades e os perigos que estão expostos os moradores daquela região” declarou Sandro que ainda afirmou está feliz com a possibilidade da realização da obra.

Em oportunidade anterior Moreira chegou a afirmar que havia uma manobra pra que o Executivo assinasse a ordem de serviço sem que sua solicitação tivesse sido aprovada na Câmara, mas de acordo com ele, após um longo embate, os parlamentares acataram sua solicitação que ainda deverá ser subscrita por todos os vereadores.

“Fui pra cima da Redação e Debate da Casa pra saber o que aconteceu. Criou uma confusão interna quando soube da manobra e avisei que a matéria teria que obrigatoriamente entrar na pauta desta sessão”, destacou o vereador que atualmente preside a Comissão Permanente de Justiça da Câmara de Simões Filho.

Em entrevista exclusiva, secretário de Cultura “abre o jogo” e fala sobre festas tradicionais de Simões Filho


Em entrevista exclusiva com o Mapele News, na manhã desta quinta-feira (04), o secretário de Cultura Sid Serra, que também acumula o cargo de vice-prefeito de Simões Filho, esclareceu polêmicas envolvendo festas tradicionais no município como São Pedro, Yaweh Shammah e São João nos bairros.

De acordo com Sid, em reunião com o prefeito Diógenes Tolentino, foi definido que o tradicional “Arraia das Viúvas” não será realizado para dar espaço à festa de aniversário da cidade, comemorado no dia 07 de novembro.

“O que foi conversado com o prefeito é que por conta da situação atual do município foi decidido que não faríamos o São Pedro e concentraríamos os esforços para o aniversário da cidade, pra fazer uma festa bacana que compensasse também essa falta do São Pedro. Eu sei que uma coisa não justifica a outra, mas seria uma forma também da gente minimizar a falta do São Pedro, por conta justamente da crise econômica que o município vem passando e todo mundo conhece”, enfatizou.

Com relação a proposta de apoiar a iniciativa do cantor Silvano Sales em realizar o “Arraiá da Independência” Serra afirma que a hipótese não estaria descartada.

“Eu quero agradecer a voluntariedade de nosso amigo cantor Silvano Sales, mas essa possibilidade pelo menos ainda não chegou até a gente oficialmente, então está informação pra mim é novidade. Se ele vier com a proposta a gente vai estudar. Ele é nosso parceiro”.

Sobre a comparação com o apoio à realização do Yaweh Shammah em seu primeiro mês de mandato, que inclusive tem sido bastante criticado pelos munícipes nas redes sociais, Sid disse que são eventos de proporções diferentes, porém que um não anularia o outro.

“A característica da festa do Yaweh Shammah é um pouco diferente da característica do evento do São Pedro. O tipo de evento, a movimentação, a mobilização é um pouco diferente. Apesar das comparações, a prática é um pouco diferente, mas eu acredito também que não há um impedimento de se estudar essa possibilidade”, disse ele.

Para os festejos do São João nos bairros, o secretário disse que a prefeitura dará todo suporte necessário para que as festas aconteçam e que para isso algumas empresas estão em processo de contratação.

“A gente vai tentar dar o maior suporte possível, então já estamos trabalhando na parte de contratos com algumas empresas pra gente poder nos organizar. Claro que mediante prévia licitação que tem todo um processo também legal pra que a gente tenha essa possibilidade de atender esses eventos, mas a gente já tem recebido algumas demandas e estamos trabalhando pra lutar também por estas demandas”, revelou Sid.

Sobre a avaliação dos seus 100 primeiros dias a frente da pasta, o secretário demonstra otimismo e satisfação com os eventos já realizados.

“Com toda dificuldade que a gente encontrou tanto a Secretaria de Cultura, como outras secretarias, eu avalio assim bem positivamente a parte cultural do município. A gente em pouco tempo já conseguiu realizar o Cadastro Cultural, o Mix cultural, Beco Cultural e todos os eventos muito bem feitos, muito bem organizados, atuando junto a comunidade. Agora pro final do mês vamos realizar o Festival de Dança, inclusive já tem gente de fora do Estado com o interesse em vir participar deste festival. É muito gratificante tanto pra secretaria como para o município saber que temos resgatado algumas ações de uma importância cultural muito grande pra Simões Filho”, completou ele.

Para o futuro, Sid conta que tem metas traças no sentido buscar em outras cidades o modelo ideal de gestão cultural que será aplicado em Simões Filho ao longo dos próximos quatro anos.

“Nós já fizemos contato inclusive com a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, assinamos um termo de parceria, vamos ter alguns eventos, alguns treinamentos, algumas trocas de informações a nível estadual pra gente poder melhorar a cultura de Simões Filho e usar exemplos de outras cidades, de outros Estados em prol da nossa cidade”, ressaltou.

De acordo com o secretário, algumas reformas estão previstas para a reativação de um Centro Cultural que será utilizado como uma espécie de teatro municipal.

“Nós encontramos o prédio da Secretaria em um bom estado, isso aí eu não posso ser injusto. Existem alguns equipamentos que realmente não estão bons, algumas reformas que não foram pra frente, que não deram continuidade e estão inviáveis de se utilizar esses equipamentos culturais. Tem muita coisa pra ser feita, Simões Filho precisa de um equipamento cultural de qualidade. Existe a intenção de reforma do Centro Cultural pra que a gente ganhe aí um espaço pra gente realizar os eventos que a gente precisa, realizar apresentações de teatro e outras”.

Para finalizar Serra afirmou que possui o desejo de colocar o município em evidência. “Simões Filho é uma cidade que tem uma diversidade cultural muito grande, vários grupos culturais, vários artistas e só tem a crescer. Vamos empenhar o máximo de esforço pra que a nossa cultura se levante cada vez mais e a gente esteja sempre em evidência”, finalizou.

Sesab anuncia construção de Centro de Atenção Psicossocial em Simões Filho


A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) anunciou que, até 2018, entregará dez Centros de Atenção Psicosocial (Caps) na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Será investido um total de R$ 18 milhões entre obras e equipamentos nas unidades de Salvador (2), Camaçari (1), Candeias (1), Dias D’Ávila (1), Itaparica (1), Madre de Deus (1), São Francisco do Conde (1), São Sebastião do Passé (1) e Simões Filho (1).


“Diferente do que circula nas redes sociais e, por vezes, algumas entidades reproduzem de modo equivocado, o Governo do Estado está qualificando atenção psiquiátrica e colocando em prática a Política de Saúde Mental do Brasil, cuja lei é de 2001.

A legislação prevê a redução programada de leitos psiquiátricos de longa permanência, incentivando que as internações psiquiátricas, quando necessárias, se deem no âmbito dos hospitais gerais e que sejam de curta duração. Isso significa que o tratamento ambulatorial ocorrerá nos Caps”, afirmou a Sesab por meio de nota.

Padre aponta dados assustadores em reunião sobre lixão; “o lucro de poucos é o prejuízo de todos”


Em reunião com o poder público, ambientalistas, empresários e sociedade organizada para discutir a implantação do aterro sanitário, através da empresa Naturalle Tratamento de resíduos sólidos em Simões Filho, o padre Cristian, que também é representante da Instituição Fazenda Natal, pediu a fala para dar uma verdadeira aula de responsabilidade social e senso de justiça, além de revelar algumas informações assustadoras acerca do “lixão”.

   Em seu discurso, o padre colocou questões técnicas sobre a quantidade de resíduos destinados ao aterro e as conseqüências e impactos negativos que o meio ambiente será submetido.

“Acho que não precisa ser engenheiro para se dar conta que 500 toneladas de lixo por dia, somam mais de 180 mil toneladas por ano e não pode ser outra conseqüência se não algo muito negativo, como a poluição. Quero falar de um aspecto que me pareceu muito interessante que é a justiça. Muitas das comunidades aqui não foram tomadas em conta nesta pesquisa de apresentação da Naturalle. Nós queremos dizer NÃO, porque o lucro de poucos é o prejuízo de todos nós aqui e mais, muito mais. E esse prejuízo será um prejuízo de saúde. Se fomos considerar 180 mil toneladas por ano, durante 30 anos isso para o meio ambiente é irreversível”, explicou ele.

O padre também citou a questão do prejuízo para os empresários que possuem negócios no local e da comunidade em torno do Vale do Itamboatá, que serão diretamente atingidos pelo aterro.

“Também não queremos o lucro de poucos desvalorizando os nossos imóveis. Aqui todos nós temos casas, que construímos com muito suor e com muito trabalho, esses são os bens que nós conseguimos nas nossas vidas depois de muitos anos, e sabemos que se este empreendimento for instalado neste lugar, vai desvalorizar todos aqui. Todos os nossos terrenos, casas, bens perdem o valor e isso é injusto. È injusto que com o lucro de alguns nós percamos todos os bens que conseguimos dificilmente na vida”, salientou.

O padre que é um dos fundadores da Fazenda Natal, contou que construiu a instituição a partir de doações e agora corre o risco de perder o imóvel diante da proximidade com a construção da Naturalle.

“Para dar um exemplo, a Fazenda Natal foi construída só com doações de empresas privadas e de pequenas pessoas que doavam R$ 10, R$20 para ajudar nesta obra. Será que é justo hoje dizer: as doações que vocês fizeram durante 25 anos deram lugar a este empreendimento. Também é injusto que o lucro de poucos destrua a nossa natureza, por que como já havia dito, este é um dos poucos lugares que ainda possuem Mata Atlântica.

Para o reverendo Cristian, a degradação ambiental da flora e da fauna presentes na região, que inclusive está sobre proteção das comunidades em torno, demonstram a falta de cuidado do poder público e da empresa com as questões relacionadas a natureza.

“Acho que se contarmos toda esta Mata Atlântica que temos aqui nesta região, são muitos hectares protegidos pelo Quilombo do Dandá, Fundação Terra Mirim e outros. È um lugar com muita água, um lugar rico do ponto de vista do meio ambiente e nós não queremos que esse empreendimento seja em prejuízo do meio ambiente, da Mata atlântica, da água, do ar, dos animais, porque quando chegar aqui todos os animais também vão sair rapidinho, porque o mau cheiro eles também não gostam” explicou.

“Queremos preservar o nosso tesouro”, continuou o padre. “Se o aterro sanitário acontecer, mas não vai acontecer, eu sei, nós vamos ter que sair do lugar. Quem vai viver a 300 metros de 500 toneladas de lixo por dia? Quer dizer que são 50 caminhões ou mais circulando todos os dias. Se você olhar em volta do aterro de Salvador, todas as chácaras estão abandonadas. Isso significa que quem puder vai sair dali e quem não puder vai ter que ficar, para o lucro de poucos. Isto é injusto também, não só para Fazenda Natal, mas fazendo um calculo por alto das pessoas prejudicadas, isso dá em torno de 20 mil pessoas.

Além do Padre Cristian, outras instituições se manifestaram contra a implantação da empresa e esperam em caráter de urgência uma intervenção da prefeitura solicitando a interrupção das obras, já iniciadas.

Assessor de ex-vereador tenta suicídio em Simões Filho


O jovem Leomir Bonfim 32 anos , assessor parlamentar do ex-vereador Luciano Almeida deu um grande susto na sua família e na cidade de Simões Filho.
Leomir ingeriu uma substância chamada “chumbinho” na noite desta quarta-feira (3), e deu entrada por volta das 23h na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Em entrevista exclusiva ao Repórter do Programa Panorama de Notícias Romário dos Santos, a senhora Fabiana esposa da vitima explicou a situação.
“Graças a Deus, Leomir está bem, na verdade foi só um susto tudo que aconteceu. Fomos bem tratados aqui na UPA de Simões Filho, agradeço ao Drº Everton diretor da UPA pelo bom atendimento prestado a Leomir. O prefeito Dinha esteve aqui e também deu total apoio a nossa família e a Leomir. Não foi só o desemprego que levou Leomir a fazer isso, foram muitos outros fatores que agora não vem ao caso” relatou.
Por Ataíde Barbosa

Visão do Futuro: Vereador Manoel Carteiro solicita construção de Unidade de Saúde em Cotegipe


O vereador Manoel de Santana (Carteiro), no uso de suas atribuições apresentou, na última sessão ordinária, realizada na noite da terça-feira (02), a indicação de Nº 083/2017 que dispõe sobre a construção de um Posto Médico de Saúde na comunidade de Cotegipe.

Em sua justificativa, Manoel revelou que a comunidade em questão não dispõe de uma Unidade de Saúde da Família (USF) e que por isso, os moradores precisam se deslocar diariamente para os bairros vizinhos, no sentido de garantir atendimento médico e outros serviços como farmácia popular e vacinação.

Em sua defesa, Carteiro ainda colocou a dificuldade de locomoção dos moradores que dependem do transporte público, até então insuficiente, para promover o mínimo de conforto e dinamismo entre os 3 km que separam a comunidade da USF mais próxima.

Os vereadores Delvaldo (Del), Elimário Lima e Laércio Valentim demonstraram apoio à solicitação do nobre colega e pediram para subscrever a matéria, tendo em vista que todos são vereadores atuantes naquela circunvizinhança.

Já o vereador Alfredo Assis, que também acumula o cargo de presidente da Comissão Permanente de Saúde, agregando a experiência de Ex-secretário da pasta na gestão anterior, salientou que o Ministério da Saúde estabelece uma cota de USF para cada município que se baseia em um determinado caçulo de distancia, e que por essa razão, seria mais viável a solicitação de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) como as duas que estão em processo de construção no município.

Após leitura e discussão da matéria, o projeto foi aprovado e em seguida será encaminhado ao poder Executivo para que a prefeitura possa viabilizar a construção da unidade atendendo a demanda antiga da população.

Manifestantes realizam audiência extraordinária com autoridades públicas para discutir “Lixão” em Simões Filho


Foi realizada na manhã da última quarta-feira (03) uma audiência extraordinária na Câmara de vereadores de Simões Filho com a presença de representantes das comunidades Quilombolas e sociedade civil, entidades não governamentais, secretários municipais, empresários, vereadores, o representante legal do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) e outras autoridades, no sentido de discutir a vinda da empresa Naturalle Tratamento de Resíduos Sólidos para o município.

Na oportunidade, a população cobrou explicações ao Legislativo municipal sobre a implantação do possível “lixão” e o representante da empresa Naturalle se posicionou explicando que não será um “lixão” e sim uma Central de Tratamento de Valorização de Resíduos, embora sua nomenclatura neste momento não faça mais nenhuma diferença, uma vez que, sua obra está sendo realizada em uma área de proteção ambiental que, segundo a Lei, encontra-se irregular.

De acordo com os dados apresentados pela Naturalle, a Central de Tratamento de Valorização de Resíduos coletará 490 toneladas de lixo por dia, sendo que, Simões Filho produz cerca de 70 toneladas diariamente, no entanto, o montante total comportará resíduos de outras cidades da Região Metropolitana, enquanto apenas 5% destes resíduos terão potencial para reutilização através da reciclagem.

Durante a reunião foi exaustivamente discutida a ausência do prefeito Diógenes Tolentino, haja vista que, um dos principais objetivos da reunião era solicitar que o prefeito interviesse junto ao INEMA (órgão responsável pela licença ambiental) para suspender as obras, já em andamento.

Apesar do encontro ter sido marcado por muitos embates e discussões, ao final de tudo, nenhuma solução concreta foi de fato estabelecida, nem se chegou a um comum acordo entre os reclamantes e a empresa em questão.

Em um determinado momento foi sugerido que os vereadores, que em sua maioria se dizem contra a iniciativa, entrem com uma ação conjunta no Ministério Público pedindo a suspensão das obras, e provavelmente este assunto será tratado na próxima sessão ordinária, marcada para a noite da terça-feira (09).