Categoria: Simões Filho

Os distritos de Mapele, Cotegipe e Santa Luzia, na zona rural de Simões Filho ainda abriga diversas famílias que vivem exclusivamente da agricultura familiar. Entre as atividades mais frequentes está o cultivo da mandioca, matéria prima para uma das iguarias mais valorizadas da gastronomia baiana: a farinha.

Em Cotegipe, uma “Casa de Farinha” que há muito tempo está desativada, por longos anos serviu como equipamento essencial para o sustento de agricultores e pequenos comerciantes da região.

Em entrevista, o agricultor Paulo Dias revelou o anseio de poder voltar a trabalhar na Casa. Mas, para isso, é preciso o apoio da administração pública municipal, no sentido de reformar o local.

“O que falta hoje para a maioria dos trabalhadores rurais é o apoio da Secretaria de Agricultura do município. Se a casa de farinha estivesse funcionando, boa parte da produção de mandioca seria utilizada na produção de farinha na própria comunidade. Mas o que a gente só faz é vender lá fora. Muitas das vezes, boa parte da produção é perdida”, detalhou o agricultor ao site Fala Simões Filho.

Ainda de acordo com Paulo, há a necessidade de um novo maquinário. O agricultor defende o sistema de produção e venda da mercadoria dentro do próprio município, o que valorizaria a mão-de-obra local.

“O que queremos é mais valorização e a casa de farinha ativada. Que nossa mercadoria seja vendida na cidade e que a prefeitura nos dê uma máquina para arar a terra para podermos planar”, disse ele.

Em junho deste ano, o prefeito Diógenes Tolentino, juntamente com o secretário de Infraestrutura, Alan Lima, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Djalma Machado e os vereadores que representam a localidade, Manoel Carteiro e Elimário Lima, realizaram uma visita ao local.

O encontro aconteceu no intuito de analisar a possibilidade de se fazer no o espaço uma nova sede, mais segura e equipada, onde os agricultores poderão realizar o processamento da raiz da mandioca e comercializar os produtos como: farinha, beiju, carimã, goma e tapioca. Este projeto irá fortalecer a agricultura familiar e beneficiará centenas de pequenos produtores municipais.

Para o vereador Manoel Carteiro, a iniciativa irá atender um anseio antigo da população, inclusive superando as expectativas do projeto original, onde os agricultores rurais poderão produzir e vender seus produtos no mesmo espaço.

“Para os pequenos agricultores familiares da nossa região de Mapele, Santa Luzia e Cotegipe, é um anseio muito grande ver aquela casa de farinha reformada, com os equipamentos novos, funcionando e com sanitários.

E eu sou um defensor desse projeto, mas conversando com o prefeito, descobri que ele tem uma proposta que vai além. Ele quer fazer uma Casa de Farinha Comunitária Modelo e no mesmo espaço construir um Centro de Vendas, para que as pessoas produzam e ali mesmo possam vender”, defendeu Manoel.

“O projeto irá fomentar e desenvolver a agricultura familiar, gerando emprego e renda também na região rural do município. Isso é um desejo nosso e eu sempre dei apoio naquela antiga Casa de Farinha, dando manutenção, substituindo equipamentos quebrados dentro das minhas possibilidades e vai ser um sonho para nossas comunidades ter aquele espaço totalmente recuperado”, completou ele.

Depois deste primeiro encontro os gestores não retornaram mais ao local, porém a prefeitura garante que logo em breve as comunidades de Mapele, Cotegipe e Santa Luzia terão as suas principais demandas atendidas.

Uma grande multinacional que atua há décadas no município de Simões Filho, na Região Metropolitana anunciou o encerramento das suas atividades na Bahia ainda nesta semana.

Funcionários da Xerox do Brasil, empresa que produz matéria prima para impressoras e fotocopiadoras, estão em greve desde a última segunda-feira (20), quando a direção informou que a fábrica estará de portas fechadas a partir do próximo dia 27.

Em protesto às demissões anunciadas pela empresa, cerca de 90 trabalhadores resolveram se concentrar na área externa da unidade, até que alguma posição seja adotada para garantir todos os direitos previstos em lei para cada empregado.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Químico (Sindiquímica), a multinacional anunciou o fechamento da unidade alegando a diminuição da demanda dos produtos no mercado interno, obrigando a matriz decidir fechar a unidade na Bahia. O sindicato está intermediando as negociações entre a empresa e os funcionários demitidos.

Em entrevista na manhã desta quinta-feira (23) o prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino, lamentou a decisão da matriz e disse que está acompanhando a situação da empresa e dos funcionários de perto.

“Nós estamos acompanhando essa situação. É uma decisão da matriz de readequar o orçamento e o planejamento da Xerox. Infelizmente eles entenderam que não havia mercado para manter a fábrica funcionando e tomaram essa posição”, explicou Dinha.

Embora reconheça que o fechamento da fábrica seja um fator negativo, afirmou que com a carteira de investimentos das novas empresas instaladas no município deverá compensar a falta da multinacional.

“É um fato negativo, porém, ciente de toda essa situação que o país atravessa, ao longo dos últimos meses eu tenho trabalhado para que outras empresas estejam suprindo essa necessidade”, completou.

Em 2008 a Xerox fechou sua unidade de Manaus e sua produção fabril foi toda concentrada na unidade de Simões Filho. Na época os funcionários não foram reaproveitados pela Xerox, mas a empresa elaborou um pacote para auxiliar os 86 trabalhadores da unidade.

Por volta das 00n30m desta terça-feira (23) uma guarnição da 22ª Companhia Independente de Polícia Militar recebeu a informação da Central de Aratu, acerca de um possível corpo dento de um veículo carbonizado.

De imediato, a guarnição da Ilha de São João deslocou e constatou a veracidade dos fatos na Via de Penetração IV, em uma rua sem saída. Pelas circunstâncias nas quais se encontrava o veículo, não foi possível identificar a vítima nem os dados do carro.

Esse é o segundo corpo encontrado em carro carbonizado em menos de uma semana em Simões Filho. A polícia trabalha com a hipótese das vítimas não serem moradores do município.

No último sábado (18), equipes da Polícia Civil encontraram um corpo carbonizado dentro de um veículo queimado, em uma estrada vicinal da BA 093. O carro modelo, Kia/Soul, foi completamente destruído pelo fogo.

Investigadores do SI (Setor de Investigação) da Policia Civil acompanharam o caso e, segundo informações, solicitarão o apoio dos agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a fim de identificar o proprietário do veiculo que poderá ser a vitima encontrado carbonizada no interior do carro, cuja identidade não foi possível verificar em razão de o fogo ter consumido o corpo assim como o veiculo por completo.

Uma situação um tanto quanto inusitada movimentou a comunidade escolar de uma instituição de ensino localizada no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RM).

Por volta das 10 horas da última quarta-feira (22), uma guarnição da 22ª Companhia Independente de Polícia Militar recebeu a informação de que havia uma briga generalizada no Colégio Estadual Reitor Miguel Calmon.

Após o chamado, os agentes se deslocaram imediatamente até a unidade escolar, que fica situado nas imediações da 22ª Delegacia Territorial do município. Ao chegar, os policias constataram a veracidade da informação e precisaram intervir.

Dois menores, identificados pelas iniciais C. N. S e T. S. S, que após discussões na fila da merenda da escola, entraram em luta corporal e acabaram quebrando alguns objetos da unidade escolar.

Os indivíduos foram detidos e apresentados na delegacia, onde foram adotadas as medidas legais para a resolução do caso. Funcionários e professores foram ouvidos a cerca da situação. Ainda não se sabe o verdadeiro motivo do desentendimento entre os alunos.
Outra ocorrência

Também nas primeiras horas manhã de quarta, ao realizar rondas nos pontos de ônibus do município uma guarnição do Pelotão Tático Operacional (PETO) conseguiu capturar um indivíduo identificado como Cleber dos Santos Oliveira, residente em Terra Nova que teria acabado de furtar os pertences de uma senhora que se deslocava até o ponto de ônibus na região do CIA.

De acordo com a Polícia Militar, as rondas nos pontos de ônibus são mais uma forma, desenvolvida pelo comando da 22ª CIPM, de aumentar a segurança da população simõesfilhense, que costuma sair cedo para ir ao trabalho.

Uma jovem de 18 anos, moradora da cidade de Camaçari, desapareceu após sair de sua residência com destino a casa de uma amiga no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

De acordo com os familiares de Thais Rocha dos Santos, a estudante está desaparecida desde à tarde do último dia 11, quando saiu dizendo que iria visitar uma amiga. No entanto, deslocamento que deveria levar em média 30 minutos de ônibus entre os dois municípios, já dura aproximadamente 10 dias.

Em entrevista ao site Simões Filho Online, a dona de casa Cecilia de Jesus Santos, 38 anos, mãe de Thais, revelou que a estudante justificou que iria para casa de uma suposta amiga, identificada apenas como Jéssica, em Simões Filho. Desde então, não teve mais qualquer informação sobre o paradeiro da filha. Thais não teria entrado em detalhes com a mãe sobre a tal amiga.

Ainda de acordo com a mãe, a garota não teria nenhum motivo aparente para fugir de casa, o que a deixa ainda mais preocupada. Desde que sumiu, o celular da estudante permanece desligado e seu perfil nas redes sociais foi desativado.“A gente está com medo porque ela nunca desativou o Face, ela era muito viciada na rede social. Estamos desesperados”, disse ela.

Conforme relatado pelos familiares, a ocorrência sobre o sumiço de Thais não foi registrado na delegacia porque os agentes exigiram que a família antes procurasse pela jovem no Instituto Medico Legal (IML), mas a mãe ainda não se deslocou até a capital baiana por falta de recursos financeiros.

Sobre a suposta amiga simõesfilhense, ainda não há nenhuma informação. Dona Cecília desconfia que o desaparecimento da jovem tenha alguma relação com o ex-marido, com quem Thais tem uma filha pequena, que está sobre a guarda de sua mãe.

Cogitado como principal candidato de oposição nas próximas eleições em 2018, o ex-prefeito Eduardo Alencar tem sido pauta dos assuntos mais comentados no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), nas últimas 48 horas.

Em entrevista na segunda-feira (20) ao programa Panorama de Notícias, o ex-gestor municipal comentou o fato de ter sido condenado em 1ª instancia a perder os seus direitos políticos e fez críticas aos seus opositores, que de acordo com informações, até foguetes soltaram ao receber a notícia da condenação.

Na oportunidade, Alencar falou que alguns vereadores se corromperam em troca de cargos públicos. Eduardo citou o vereador Eri Costa, dizendo que o edil tinha conversado com ele no sentido de votar a favor da aprovação das suas contas, mas que teria voltado atrás por causa de uma nomeação dada a sua irmã, antiga conhecida da população simõesfilhense.

“Nós estivemos conversando para que ele pudesse votar nas minhas contas, mas de uma hora para outra mudou. Passou agora a falar mal de mim na câmara também. Porque mudou? Porque foi nomeada a irmã dele, Zete. Depois que nomeou Zete ele se transformou. Mudou de água pro vinho”, declarou Eduardo.

Como não poderia deixar de se defender, o vereador Eri iniciou o seu discurso na tribuna, durante a sessão ordinária desta terça-feira (21) dizendo que nunca viu uma conversa sobre votação de contas de um ex gestor se prolongar tanto e que Eduardo Alencar é um “lobo em pele de cordeiro”.

“Eu nunca vi uma conversa se prolongar tanto como essas contas que foram reprovadas aqui nesta casa. Gosto de enfatizar a questão de serem reprovadas e ainda assim até hoje darem o que falar, porque o ex-prefeito tenta ser e até já conseguiu em alguns momentos, transformar a mentira em verdade, a verdade em mentira. Só que um dia as pessoas, o povo abre os olhos e começa a enxergar a verdadeira verdade”, disse Eri.

O edil explicou que nunca entrou em contato com Eduardo, apenas encontrou com ele na festa de aniversário de um amigo em comum e o ex-gestor pediu claramente que ele votasse a favor de suas contas. Eri disse ainda que Alencar ligou pra ele outras vezes, mas ele só atendeu em respeito ao vereador Alfredo Assis, que é muito seu amigo.

“Eu tava dando atenção a ele quando me ligava em respeito a Dr. Alfredo que é muito meu amigo. Não queria colocar Alfredo em conta não, mas falo aqui pra vocês saberem que eu nunca procurei ele pra nada”, revelou.

Eri revelou também que outros edis sofreram algum tipo de assédio do ex-gestor na tentativa de angariar votos em seu favor, mas a tentativa foi frustrada, uma vez que a maioria preferiu manter posição contrária. Eri disse que Eduardo algumas vezes demonstrou a humildade que não possui, implorando que os edis não reprovassem suas contas.

“Eu respeito os colegas que votaram. Eu entendo o assédio como foi, porque dava pra enganar. Um lobo quando se veste de cordeiro às vezes engana. E nesse sentido eu queria dizer que esse ex-prefeito foi pra rádio mentir a meu respeito. Eu queria dizer que Eri Costa é uma pessoa de conduta, nunca aceitei nada de errado, nunca aceitei um real desse ex-gestor, nunca me deu uma pessoa pra me apoiar, não devo nada, não sou defensor dele, não tenho obrigação de votar nas contas dele”, completou.

Sobre a acusação de nepotismo, o edil resolveu devolver com outras acusações que ele diz ter como provar, mas também não contestou a afirmativa de que sua irmã teria sido nomeada recentemente.

“Falou-se de nepotismo, eu acho que ele esqueceu que o cunhado dele ganhava mais de 30 salários. O irmão da esposa dele aqui, falo isso e provo, e era sem trabalhar. O irmão dele foi procurador. Eu nunca fui gestor, como é que eu posso participar de nepotismo? Será que ele não sabe o que é nepotismo cruzado? Ele sabe, mas ele acha que as pessoas são ignorantes e tenta denegrir a imagem do cidadão simõesfilhense”, afirmou.

Para concluir, Eri disse que espera que a verdade venha à tona e mandou um recado direto para o antigo alcaide. “Não faça mais isso, pode até falar mal de mim, mas tentar enganar as pessoas não. Assim como ele divulgou, que a verdade venha a tona”, concluiu.

Na tarde da última segunda-feira (20)Dezenas de pessoas participaram da 1ª Caminhada Pela Igualdade Racial, promovida pela Prefeitura de Simões Filho, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e da Cidadania (Sedesc).

Antes de saírem em caminhada até a Praça da Bíblia, houve o lançamento do Observatório da Discriminação Racial e LGBT, no Centro Social. Os eventos marcaram as comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra, data da morte de Zumbi de Palmares (1695).

De acordo com a coordenadora da Igualdade Racial, Tânia Carvalho, essas iniciativas são importantes não só para o povo negro, mas para toda a população simõesfilhense. “Estamos lançando o Observatório da Discriminação Racial e LGBT, uma política pública contra o racismo, preconceito, intolerância religiosa e violência contra a juventude negra. Precisamos refletir mais sobre os diversos grupos étnicos brasileiros e acabar de vez com essa disparidade”, ressaltou a coordenadora.

Questionada sobre a importância da criação do Observatório, a professora e artesã, Alexandra Santos, de 39 anos, enalteceu a iniciativa, frisando a relevância em valorizar os negros e as culturas afrodescendentes. “Essa caminhada é um marco para uma mudança, é um posicionamento de valorização do negro, de valorização das culturas afrodescendentes”, afirmou a professora.

O evento contou com a presença do vice-prefeito Sid Serra, vereadora Kátia Oliveira e vereador Orlando de Amadeu. Observatório da Discriminação Racial e LGBT Vai atender a população e informar sobre registros de ocorrências, legislação, pesquisas, dados e até como e onde fazer denúncias.

Observatório da Discriminação Racial e LGBT Vai atender a população e informar sobre registros de ocorrências, legislação, pesquisas, dados e até como e onde fazer denúncias. Lá serão realizadas coleta de dados e informações para a criação de programas e políticas públicas sobre o tema, mapeamento e registro de ocorrências de racismo, sexismo, intolerância religiosa e homofobia, apoio às vítimas através de assistência jurídica, palestra e oficinas.

O município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador é cortada por uma importante afluente do rio Joanes: O Muriqueira. O grande problema é que de um tempo para cá o córrego se transformou em um verdadeiro esgoto a céu aberto, isso porque recebe esgotamento sanitário de grande parte da cidade até chegar ao seu destino final, que é a bacia do Joanes.

Uma série de reportagens especiais feitas pelo jornal A Tarde, alguns moradores denunciaram a falta de responsabilidade das autoridades municipais e até mesmo da companhia responsável pelo abastecimento de água rede de esgoto, que perduram por anos a fio.

“A situação [do afluente Muriqueira] sempre foi essa. Nunca houve melhora. É um esgoto a céu aberto. Eles limpam, mas suja de novo. Ainda tem mosquitos contaminando a população”, contou a auxiliar de serviços gerais Tânia Souza, 56, que desde os 5 anos mora na cidade, na região metropolitana.

O secretário de Meio Ambiente do município, Elias Melo, também se manifestou publicamente sobre o caso e responsabilizou a Embasa pela falta no serviço que quase sempre é cobrado indevidamente.

“O Muriqueira é, hoje, o maior impacto negativo sobre o Joanes. É um rio, mas foi transformado em canal porque existe muito esgotamento sanitário in natura, que é jogado diretamente nele de forma clandestina. A maior parte das casas na cidade não tem esgotamento sanitário atendido pela Embasa. “Se você me perguntar quantos domicílios de Simões Filho são atendidos pelo esgotamento sanitário tratado, não saberia dizer. Talvez a Embasa não saiba, mas com certeza ela cobra”, frisou Elias.

Procurada pela reportagem, concessionária informou que a cobertura de esgotamento sanitário da Embasa na cidade é de 28,2%. Como consequência, a destinação dos dejetos que não estão ligados à rede é feita, segundo a secretaria, de acordo com decisão de cada morador. O descarte, por meio de canos, é feito no solo, em fossas ou até mesmo diretamente no rio.

O município, no entanto, não tem um plano de saneamento básico. Segundo técnicos da secretaria de Meio Ambiente de Simões Filho, ele está sendo elaborado, mas não informaram prazo para finalização.

Sobre a fiscalização no Joanes, o secretário atribuiu responsabilidade ao governo do estado e à Embasa. “A legislação federal estabelece os rios estaduais e federais com seus gestores. A Embasa e o estado se eximem muito e jogam para o município porque é muito fácil. A maioria dos municípios não tem estrutura para poder fazer a fiscalização e nem tem o recurso necessário”, disse.

Por meio de nota, a Embasa informou que ampliará a cobertura de esgotamento de 28,2% para 45,2%, com investimento de R$ 40,2 milhões. O aumento será concluído em janeiro de 2019.

Sobre as residências não atendidas, a empresa frisou que, de acordo com a legislação de saneamento vigente, em áreas não atendidas com rede de esgotamento sanitário, moradores devem utilizar fossas sépticas para a destinação do esgoto doméstico.

Já sobre a aeração feita no município, a concessionária ressaltou que “é um tratamento amplamente utilizado pelas empresas de saneamento do mundo e atende às normas de engenharia sanitária e ambiental”. Com relação à fiscalização, informou que “é de responsabilidade dos órgãos ambientais competentes”.

Gestor da APA, Geneci Braz disse ao jornal, que o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) tem conhecimento da situação do Muriqueira e que o problema dele, e de outros rios localizados em zonas urbanas, é a “reduzida oferta” de infraestrutura de esgotamento sanitário nessas áreas.

“À medida em que os serviços de saneamento básico forem ampliados, os lançamentos de efluentes serão minimizados. No contexto da APA, não há ação especifica para o Muriqueira. São realizadas atividades educativas e informativas visando todo o contexto da bacia do Joanes, envolvendo representantes do Conselho Gestor e das comunidades”.

O gestor informou, ainda, que, no caso de Simões Filho, é necessário que o município “intensifique ações de fiscalização” para evitar que as áreas de preservação permanente do curso d’água não sejam ocupadas por habitações informais. “É preciso também disciplinar o uso e ocupação do solo atendendo aos parâmetros estabelecidos no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do município”.

Sobre as críticas feitas pelo secretário relacionadas à fiscalização, Braz disse que, de 2012 até hoje, foram realizados 48 atendimentos às denúncias sobre irregularidades no Joanes.

Uma verdadeira lição de solidariedade e amor ao próximo marcaram a comunidade de Mapele, na zona rural de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS), neste domingo (19).

Para o senhor Claudio Donizete da Cruz, de 54 anos, vítima de um acidente de trabalho que o deixou em cima de uma cama, dependendo exclusivamente da ajuda de vizinhos, o último final de semana foi regado pela esperança de dias melhores.

Após a publicação de uma matéria especial no site Mapele News acerca das condições precárias nas quais o desempregado estava vivendo, algumas pessoas se sensibilizaram e resolveram se unir em um único propósito: promover qualidade de vida e dignidade a quem realmente necessita.

Além da vizinhança, que mesmo sendo carente de apoio dos poderes públicos tem se mobilizado para ajudar Claudio, a equipe do Bombeiro Motta, que há anos desenvolve um trabalho verdadeiramente social no município estiveram no local e proporcionaram ao desempregado aquilo que ele mesmo classifica como: “voltar a viver”.

Claudio foi presenteado com uma cama nova e um colchão do modelo “casca de ovo”, que além de ser apropriado para quem necessita permanecer muitas horas em repouso, também exerce a função “massageador”, permitindo que o corpo relaxe em quanto repousa.

Também foram entregues uma cesta básica, materiais de limpeza e higiene pessoal e roupas. Em entrevista ao Mapele News, Bombeiro Motta descreveu a sensação de poder contribuir com a situação do homem e sentir a gratidão dele estampada nos olhos.

“Foi um momento muito importante. Nós conseguimos algumas doações, mas isso não é nada, o mais importante foi estar perto dele, dando atenção, ouvindo o que ele quer, o desabafo dele e recebendo a gratidão dele em troca. Isso sim é importante, por isso esse domingo foi muito feliz pra gente, pra equipe Motta mais uma vez”, revelou o bombeiro.

Para Motta, a alegria de ver o sorriso no rosto do desempregado pelo simples fato de poder sair um pouco de dentro do barraco de madeira onde mora e poder contemplar o brilho do sol, foi indescritível.

“Ele chorou quando a gente botou ele no sol e isso foi muito emocionante. É como um atendimento salva-vidas. Aqui também é uma ação salva-vidas, porque ele está voltando a ter dignidade, ele ficou muito feliz em poder contemplar a claridade do sol”, comemorou.

O Bombeiro também fez um apelo às autoridades públicas municipais, pedindo que amparem o idoso com algum tipo de programa social como o Bolsa Família, ou o Auxílio Moradia, para que Claudio passe a viver em um ambiente mais confortável.

“Eu gostaria que essa matéria chegasse até o prefeito para que a ajuda se estendesse, porque ele mora aqui nesse barraco, de difícil acesso que não é lugar de ninguém morar, mas infelizmente as coisas acontecem e ele veio parar aqui”.

Com relação a comunidade, o bombeiro disse que apesar de também necessitar de ajuda, a comunidade toda se mobilizou para ajudar, o que mostra que não precisa ter muito para fazer a diferença na vida de alguém.

“A comunidade aqui é unida. É uma comunidade que também é carente, mas as pessoas se uniram, ajudaram a agente a trazer a maca, a subir com o colchão, então são pessoas aqui não tem muito, mas oferecem o que tem”, concluiu.

A senhora Simone Magalhães, que também esteve lá para oferecer algumas doações, contou que espera a mesma atitude de outros munícipes e também da administração pública, tendo em vista que a situação do idoso é de extrema vulnerabilidade.

“Eu queria que as pessoas se conscientizassem que ele é um ser humano, que necessita de ajuda e nós precisamos ter mais amor ao próximo, porque a gente não sabe do dia de amanhã. A situação que ele se encontra é de total vulnerabilidade, por isso eu peço as autoridades e as outras pessoas que possam olhar pra ele com carinho e oferecer alguma ajuda, seja com mantimentos ou até mesmo apenas com atenção, com uma palavra de carinho, porque ele precisa se sentir humano”, disse ela.

Para completar o domingo diferente, senhor Claudio recebeu no fim da tarde a visita do repórter Gomes Nascimento, da Rede Record Bahia, que produziu uma matéria especial, no sentido de conseguir ainda mais contribuições para o desempregado. A reportagem será transmitida em rede estadual, através do programa Balanço Geral.

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Confira as fotos da ação