A comunidade do Loteamento Jardim Renatão, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) tem vivido momentos de muita dificuldade, especialmente no que se refere aos serviços de infraestrutura e ordem pública.
De acordo com os moradores, mato, lixo espalhado e insetos fazem parte da rotina da população local, sem falar nas ruas esburacadas e difícil acesso nas travessas mais internas do bairro, onde a passagem de veículos ficou inviável.
“O Jardim Renatão está entregue às baratas. Tem mato pra todo lado, inclusive até a minha nora pediu uma pessoa pra mandar cortar o mato, cortaram, largaram tudo no meio da rua e os moradores foram quem fizeram a limpeza”, revelou dona Maria Zélia.
Ainda segundo dona Zélia, na Rua Iraque, onde ela reside, nem mesmo o serviço de roçagem foi feito. Ela conta que uma pessoa portadora de deficiência física, tem que ser carregada pelos vizinhos cada vez que precisa sair de casa.
“O asfalto, Deus nos livre, não tem nem no sonho. É uma lama quando chove, uma pessoa deficiente os outros têm que carregar ele até o largo pra botar no carro e cada dia que passa a situação fica pior”, ressaltou ela.
A líder comunitária afirma que fez um abaixo assinado, com 130 assinaturas desde o mês de março do ano passado pedindo uma caixa coletora de lixo e foi informada que estava em falta. De lá pra cá, os munícipes continuam esperando a chegada do container.
A iluminação também é um dos fatores que tem sido motivo de reclamações entre os moradores. A falta de lâmpadas nos postes ameaça inclusive a segurança de quem precisa transitar pelas ruas do bairro à noite.
Um morador antigo do bairro, explicou que a ladeira que dá acesso a Convel por dentro do Loteamento Jardim Renatão está com difícil acesso, sem iluminação e com muita vegetação em seu entorno.
“Nós estamos passando por uma situação inadmissível. Infraestrutura e saneamento básico nós não temos. A prefeitura não se preocupou nem em colocar uma máquina pra abrir essas ruas. Enfim, nós estamos vivendo um verdadeiro caos dentro do loteamento”, lamentou o Sr. Franco.
No que se refere ao transporte público, o usuário informou que, somente os chamados “Ligeirinhos”, que inclusive são irregulares, fazem a locomoção dos passageiros entre o bairro e o Centro da cidade.
“Eles são o socorro de todas as famílias, não só no Renatão, mas no Cristo Rei, Rua Nova e em toda a Simões Filho, que o transporte está um caos. Se não fosse os ligeirinhos, nós não sabíamos como chegar no trabalho, como chegar no hospital e no Centro da cidade. Está difícil morar não só aqui como em qualquer ponto da cidade. Há muitos anos é isso aí”, salientou ele.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal ainda não se manifestou sobre o caso. As reivindicações foram expostas ao repórter Valfredo Silva, durante a transmissão da primeira edição do programa Bahia no Ar, na manhã desta sexta-feira (05).