Categoria: Simões Filho

A tradicional demissão em massa ainda assombra os servidores de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Embora tenha quebrado o costume dos anos anteriores, em que quase 2.000 funcionários eram demitidos no mês de dezembro, o prefeito Diógenes Tolentino deve começar a se preocupar com a decisão de manter a folha de pagamento acima do limite prudencial.

Quanto menor a receita, maior o impacto dos gastos com pessoal, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal prevê o limite máximo de 54% da Receita Corrente Líquida para municípios gastarem neste item. Contudo, em Simões Filho está sendo gasto 69,42% .

De acordo com os dados levantados pelo Mapele News nos últimos dias, com uma receita total de 26 milhões, 133 mil e 180 reais, a prefeitura tem somente com a folha de pagamento dos servidores o montante de 18 milhões, 142 mil e 952 em despesas.

Esse exagero nas despesas com pessoal pode ser facilmente justificado se levado em consideração os salários absurdos que superintendentes e assessores da prefeitura ganham, em torno de R$ 9.000,00 e mais gratificações que chegam em quase 100%.

Com o dinheiro público escoando pelos ralos da prefeitura, o gestor simõesfilhense assume um risco imensurável, podendo ter suas contas rejeitadas pelo TCM e quem sabe até respondendo processos que no futuro podem deixá-lo inelegível.

Apesar de ter criticado por diversas vezes a administração do ex-prefeito Eduardo Alencar pelas tradicionais demissões em massa que realizou ao longo de seus mandatos, pelo que consta, também não restará ao prefeito Dinha outra alternativa que não seja o corte de funcionários.

Contudo, apesar de ter exonerado alguns funcionários que participarão da campanha da vereadora e primeira-dama Kátia Oliveira como deputada estadual, o prefeito resolveu substituir esses comissionados por pessoas próximas, que passam receber praticamente o mesmo valor de proventos.

Em contato com a nossa redação na manhã desta terça-feira (07), o ex-prefeito e também candidato a deputado estadual, Eduardo Alencar fez uma pequena análise do que ele prevê para o futuro do seu principal opositor.

“O índice da folha está alto a mais de 60% e eu acredito que ele deve está utilizando dinheiro público para empregar os cabos eleitorais da candidata a deputada estadual, usando o método do empreguismo para favorecer as pessoas a votarem em Kátia. Ele está contratando agora para depois das eleições demitir, porque não tem como você permanecer com um índice tão alto assim”, revelou Eduardo Alencar.

Ainda conforme o antigo alcaide, quem vai sofrer com as irresponsabilidades do governo atual é a população. “Quem vai pagar um preço muito alto é o município com falta de infraestrutura, atrasando folha, cidade suja e uma série de fatos que levam o município a cair cada dia mais”, completou Alencar.

Neste mesmo período do ano passado, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) levantou dados de 346 municípios baianos e identificou que 90 deles estavam no limite, 47 já na margem emergencial e 104 já haviam estourado o limite, incluindo Simões Filho. Como municípios têm a obrigação de cumprirem o piso do magistério e de entrarem com recursos para a saúde, não sobra nada. O jeito é demitir.

Os vereadores da base do prefeito Diógenes Tolentino, em Simões Filho Elimário Lima e Manoel Carteiro estão passando por um momento extremamente difícil em seus redutos eleitorais.

Desde que o gestor simõesfilhense começou a se fechar para os parlamentares da base governista deixando de atender as inúmeras reivindicações que diariamente são transmitidas pela população através dos edis, as cobranças da comunidade são inúmeras e as reclamações não param de chegar.

Dando continuidade a série de reportagens que busca mostrar a realidade das diversas comunidades para verificar como anda a evolução dos bairros e as demandas da população, na manhã desta terça-feira (07) a nossa equipe percorreu várias ruas do distrito de Mapele, fotografando as principais reivindicações.

Lixo, mato, obras inacabadas e ruas intransitáveis podem ser vistas por todos os lados. Posto sem medicamentos e falta de iluminação também estão entre os fatores negativos que revoltam a população. Nem mesmo os serviços que foram anunciados com a assinatura da ordem de serviço no início do mês de junho foram executados e as coisas só tendem a piorar.

“O prefeito fez uma festa pra assinar as ordem de serviços, bagunçaram o quiosque da quadra onde eles chamam de praça e sumiram, até hoje estamos esperando os serviços, a quadra tá um lixo, me sentindo decepcionado com essa administração”, declarou o morador Val Smetak nas redes sociais.

Apesar das cobranças diárias, ofícios e indicações apresentadas na Câmara Municipal, os vereadores estão perdendo a credibilidade junto à população, que muitas vezes atribui aos edis a culpa dos problemas que estão longe de serem resolvido,

“Nós elegemos este incompetente prefeito na esperança de que ele fosse trabalhar para o bem estar e melhor condições de vida da população. O bairro de Mapele encontra-se às escuras os representantes cobrando e ele fazendo vista grossa e queimando os vereadores perante a comunidade. Dinha é uma vergonha para a nossa cidade”, desabafou a moradora Genilda Dias.

Com a aproximação das eleições de outubro, a população, revoltada com a pouca atuação dos vereadores que estão de “mãos e pés atados”, promete não apoiar a candidata a deputada estadual e primeira-dama da cidade, Kátia Oliveira dizendo como estão se preparando para recebê-la.

“É melhor que ela nem venha pedir votos aqui, porque assim como nós já fechamos as ruas e impedimos que o prefeito passasse antes de ouvir o nosso apelo, agora também com ela não será diferente”, revelou o morador Tiago Silva.

Apesar de possuir um enorme potencial turístico e ter sido escolhido para sediar uma etapa do Campeonato Brasileiro de Canoagem, o distrito de Mapele ainda carece de intervenções primordiais como saneamento básico e infraestrutura.

A nossa equipe entrou em contato com o vereador Manoel Carteiro para esclarecer o assunto, mas ele preferiu não se posicionar. Já o vereador Elimário disse que só vai se manisfestar oficialmente após uma reunião com o prefeito Dinha, marcada para a próxima segunda-feira.

Veja como está a situação atual do bairro:

A Prefeitura de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), realiza, entre os dias 06 e 17/08 a Semana da Juventude 2018. O evento é aberto ao público e traz uma programação diversificada.

A programação tem em vista promover um diálogo aberto com os jovens, por meio das inúmeras atividades previstas para acontecer como: palestras, mesas redondas e oficinas lúdicas com temas de cunho social e shows musicais.

Entre as atrações mais esperadas do evento está o Show da Lore, com a dançarina Lorena Improta, que se apresenta no próximo sábado (11) juntamente com outros artistas locais.

Lorena Improta é uma estudante de publicidade e dançarina baiana que ganhou destaque na mídia ao vencer um concurso realizado no “Domingão do Faustão” que a elegeu como uma das bailarinas do programa, em 2015, aos 22 anos.

Em Salvador, onde nasceu, é professora de dança fitness formada e já dançou no Bloco Algodão Doce ao lado de Carla Perez, quando tinha apenas 9 anos, além de se apresentar com Scheila Carvalho em um grupo na Bahia. Também já participou de clipes dos cantores de axé Márcio Victor e do badalado Léo Santana, com quem atualmente vive uma relação amorosa.

Confira a Programação completa da semana da Juventude:

Terça (07/08): 09h – Cine debate;

13h30 – Plantio de mudas em parceria com escolas municipais da Ilha de São João e Aratu.

Quarta (08/08): de 08h às 12:00 – Testes e debates sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s);

14h – Oficina de empoderamento feminino, na Escola Municipal União da Bahia.

Quinta (09/08): 09h – Mostra / Feira de Empreendedorismo Jovem (Pátio da Prefeitura);

13h30 –  Mostra de Teatro: Violência Sexual contra crianças e adolescentes – Cidade da Criança.

Sexta (10/08): 08h – Panfletaço e caminhada de conscientização no trânsito;

17h30 – Torneio de Artes Marciais – (Ginásio de Esportes).

Sábado (11/08): 09h – Torneio de Handebol e Vôlei (Ginásio de Esportes);

19h – Shows do Festival da Juventude – Sarau Mix, Amanda Rodrigues, DJ Edinho e Lore Improta, com o show da Lore.

Segunda (13.08) – 08h30 – Enceramento, na Câmara de Vereadores.

Um jovem foi morto a tiros, na noite desta segunda-feira (06) em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Esse é o terceiro homicídio registrado na cidade desde o último domingo (05).

Tiago Oliveira da Hora, de 29 anos foi baleado enquanto transitava nas mediações da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada na Avenida Elmo Cerejo de Farias, no CIA 1. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com informações, o rapaz teria sido perseguido por um homem armado que, ao alcançá-lo, efetuou os disparos e fugiu a pé. Tiago teria sido atingido pelo menos 7 vezes, segundo testemunhas.

O corpo de Tiago foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) onde passa por exames cadavéricos e segue aguardando liberação para o sepultamento. A motivação e a autoria do crime seguem desconhecidas.

Embora a violência em Simões Filho e cidades vizinhas continuem fazendo vítimas dia após dia, uma pesquisa divulgada através do boletim informativo da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Seguranças Públicas (SSP-BA) mostra uma diminuição significativa nos índices de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) na RMS.

De acordo com a Superintendência, a redução de 47% dos CVLI na Região Metropolitana é resultado das estratégias operacionais, acompanhamento e estudo da mancha criminal que estão entre os fatores de diminuição da criminalidade.

“A redução da CVLI na RMS é fruto de uma somatória de esforços dos policiais militares no cumprimento das diretrizes operacionais de combate ao crime contra a vida e o tráfico de drogas”, comemora o comandante do policiamento na RMS, PM Alfredo Nascimento.

A concessionária de rodovias Bahia Norte, que administra os pedágios em Simões Filho e Região Metropolitana de Salvador (RMS), atingiu no último mês de julho a marca de R$ 83 milhões em ISSQN – Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza pago aos municípios sob concessão da empresa.

O valor corresponde ao repasse acumulado desde o período de implantação das praças de pedágio em agosto de 2010, quando a concessionária iniciou a administração do sistema de rodovias da BA-093, que inclui as cidades de Camaçari, Simões Filho, Salvador, Lauro de Freitas, Mata de São João, Dias D’Ávila e Candeias.

Somente a cidade de Simões Filho já recebeu quase R$ 20 milhões em recolhimento de ISSQN da Bahia Norte, ficando em segundo lugar na lista dos municípios da Região Metropolitana com maior valor do imposto pago pela concessionária, perdendo apenas para Camaçari.

O recolhimento é uma imposição feita sob a concessão das rodovias que oferece ampliação e restauração das pistas, além da operação das praças de pedágio, e o valor é proporcional à extensão de cada município por onde passam as rodovias como uma espécie de retorno ou contra partida pela concessão.

Moradores do Condomínio Ipitanga em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) estão passando por um verdadeiro sufoco. Em todos os condomínios do Minha Casa Minha Vida (MCMV) as queixas dos moradores são frequentes ao que se refere à limpeza urbana e iluminação pública, que é dever da prefeitura.

Em entrevista ao programa “Panorama de Notícias”, transmitido pela rádio Simões Filho FM 87.9, na manhã desta segunda-feira (06), o síndico do Conjunto Habitacional Ipitanga, Sr. Flávio comentou sobre o descaso com o qual a atual administração municipal tem tratado os condôminos.

“Eu já entrei em contato com todas as secretarias mandando ofícios, cobrando iluminação e limpeza do condomínio que se encontra abandonado. Aliás, o prefeito tem um acordo com todos os síndicos, que seriam limpos os condomínios, que seriam iluminados, mas até agora nada foi feito. Inclusive o ex-secretário Alan Lima recebeu de minha mão um ofício com a numeração de todos os postos dizendo quais estão apagados para que eles viessem trocar, mas até agora nós estamos esperando. Por enquanto é só promessa”.

Outra queixa do síndico é com relação à construções irregulares dos moradores que insistem em ampliar os seus apartamentos batendo lajes, fazendo garagens e puxadinhos. Segundo Flávio, isso só acontece porque não tem nenhum tipo de fiscalização por parte da prefeitura.

 “A gente tem a secretaria de Meio Ambiente, de Ordem Pública e de Habitação que é para fazer esta fiscalização, mas nem aqui eles vêm. O nosso condomínio está se acabando porque as pessoas tem que ter consciência e a prefeitura tem que fazer a parte delas”.

O síndico apresentou um orçamento divulgado pelo Ministério das Cidades, onde o município teria um montante significativo de recursos para serem aplicados em ação social para as famílias beneficiárias do programa, mas que não pode ser usado por falta de empenho da gestão em realizar uma licitação.

“Todos os condomínios tem do Ministério das Cidades 6 milhões e meio liberados para fazer serviço social e precisa que o prefeito faça licitação para contratar a empresa. A gente cobra, mas o prefeito está lá sentado e não faz nada. O dinheiro está lá, só para os Ipitanga é R$ 574 mil e não vem porque não é feita a licitação”.

Sobre o secretário de Habitação, João Contador, Flávio disse que tem sido um parceiro dos síndicos, mas infelizmente ele não pode fazer nada sozinho. Já no que se refere à Secretaria de ação social, só restaram queixas.

“Da Secretaria de Ação Social até agora não foi feito nada dentro do condomínio Ipitanga. Eu tenho pessoas aqui carentes e as vezes sou eu mesmo que corro atrás e faço a cesta básica para dar a essas pessoas, porque a Secretaria não faz nada”.

Sobre a vereadora e primeira-dama Kátia, que também está inserida no contexto da ação social, o morador informou que não conseguiu se quer marcar uma reunião com a mesma.

“Eu já tentei marcar quatro reuniões com a vereadora Katia e simplesmente ela não me atende. A gente precisa ter um diálogo aberto para que a gente possa discutir as coisas do condomínio”.

Flávio atualmente trabalha como vigilante em uma escola da rede municipal e disse que teme retaliações, inclusive exoneração, por causa dos relatos feitos durante a entrevista ao repórter Romário dos Santos.

“A retaliação já é grande em cima da minha pessoa e eu sei que de amanhã em diante eu posso estar fora da folha, mas eu não me incomodo, eu luto pelo meu condomínio e vou continuar lutando”.

Flávio conta inclusive que já sofreu ameaças de vereadores e da própria assessoria de comunicação da prefeitura por causa das críticas que costuma fazer a gestão, mas segundo ele, sempre continuará a dizer a verdade.

Para finalizar, o representante da comunidade resolveu fazer um apelo direto ao prefeito Diógenes Tolentino e voltou a dizer que teme em perder o emprego porque está revelando a verdade.

“Quero pedir ao prefeito que olhe para os nossos condomínios. Nós estamos sofrendo e precisamos que o senhor olhe por nós. Nós somos 36 mil votos em Simões Filho em todos os condomínios, onde se elege um prefeito e o senhor se comprometeu com a gente e nós estamos ainda nessa fé que o senhor como homem de Deus vai resolver. Estamos aguardando a sua boa vontade de resolver o nosso problema. Espero que por causa dessa entrevista não me seja tirado o meu pão de cada dia, que é o meu trabalho, porque é dele que eu vivo”, finalizou.

Uma matéria veiculada pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo de Televisão desmascarou um comércio de diplomas de mérito para vereadores, prefeitos e secretários municipais que será investigado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Políticos são suspeitos de usarem recursos públicos para conquistar as premiações. As empresas que fornecem os prêmios são a União Brasileira de Divulgação, ou UBD, de Pernambuco, e o Instituto Tiradentes, de Minas Gerais. Juntas, as duas instituições promovem até 20 premiações por ano.

Para mostrar a falta de critérios na hora de conceder esse tipo de premiação, a reportagem do Fantástico conseguiu negociar a compra de um diploma para um jumento – o jumento Precioso. Para mostrar como a UDB vende prêmios, o repórter da RBS TV mandou uma mensagem para o celular da empresa.

Quando começa a conversa, o repórter se apresenta como assessor de prefeituras gaúchas. Em pouco tempo, fecha a compra da premiação do “prefeito Precioso” por R$ 1.480. Na véspera do evento da UBD em Recife, a reportagem entrega o dinheiro ao dono da empresa, Fernando Vieira da Cunha, e recebe a medalha e o diploma.

Coincidência ou não, este mesmo prêmio, concedido ao “prefeito jumento Precioso”, concedeu ao prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino em novembro do ano passado a 11ª colocação entre os 50 melhores prefeitos do país.

Na época, a prefeitura divulgou que “o prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino Oliveira “Dinha” (PMDB) foi classificado como um dos 50 melhores prefeitos do Brasil de acordo com pesquisa Nacional de utilidade pública realizada pela União Brasileira de Divulgação (UBD), que avaliou praticamente todas as gestões públicas municipais nas áreas de: Educação, Assistência Social, Infraestrutura, Saúde e outros serviços prestados à sociedade”, segundo eles.

Ainda conforme divulgação da prefeitura, o título de Dinha foi conquistado pela principal marca da sua gestão, que seria o equilíbrio financeiro das contas públicas, após no sexto mês conseguir tirar o nome do município do Cadastro Único de Convênios (Cauc) – espécie de SPC/Serasa das Prefeituras brasileiras e projetar diversos investimentos em diversos setores da gestão pública. No entanto, a matéria exibida pelo Fantástico descreve que não há qualquer critério de entrega para as premiações, a não ser o valor negociado.

Nos eventos, os políticos recebem diploma de “vereador mais atuante” ou “prefeito mais atuante”. A maioria dos participantes desse tipo de evento usa dinheiro público para pagar pelas inscrições e também gasta diárias pagas pela prefeitura ou pela Câmara para ir nas cerimônias. O dono da empresa, Fernando admite que o seminário usado como pretexto para entregar a premiação é apenas para disfarçar e que o sentido real da premiação é apenas comprar publicidade.

O prefeito de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) Diógenes Tolentino parece está vivendo uma realidade completamente diferente do que o que é diariamente retratado pela população local.

Nas redes sociais, o gestor propaga textos com afirmativas extremamente positivas sobre o desenvolvimento da cidade, mesmo sabendo que as críticas e a reprovação do povo com relação ao desempenho do seu governo só aumentam a cada dia.

Na última quarta-feira (01), a prefeitura divulgou uma campanha publicitária mostrando um verdadeiro canteiro de obras em toda a cidade, onde encostas, escadarias e a Praça da Quadra 07 foram requalificadas.

Em sua página pessoal no facebook, o prefeito republicou o vídeo institucional com o seguinte enunciado: “Ver Simões Filho mudando é ter a certeza de que estamos no caminho certo! Vamos seguir juntos, fazendo da nossa #BoaTerra um cantinho de amor, fé e esperança!”

Já na tarde desta quinta-feira (02) o prefeito Dinha esteve reunido com gestores escolares da rede municipal para tratar assuntos de interesse da categoria e horas depois, novamente publicou em sua rede mensagens de otimismo, apontando que a cidade está avançando e que os seus sonhos estão sendo concretizados.

“Estamos construindo uma Simões Filho de oportunidades, concretização de sonhos e estar junto, caminhando com o povo e contrito com Deus, nosso pai é o que nos mantém de pé e firmes”, revelou o prefeito.

Apesar do empenho do gestor em propagar uma Simões Filho dos sonhos, onde os recursos públicos são aplicados com lisura e os benefícios chegam para todas as comunidades, não é esse o sentimento que os munícipes transmitem com as centenas de denúncias e reclamações enviadas diariamente à imprensa local.

Os próprios professores, durante uma audiência extraordinária realizada no dia 13 de julho para aprovar o projeto de reajuste no salário da categoria, revelaram que a gestão havia imposto o aumento de 2% ou nada.

 “Foi acordado porque colocaram a gente na parede. Na assembleia que nós tivemos, se não me falha a memória foi no mês de abril, nós recebemos o recado de que o governo federal repassou para a gente 6,81%, repasse federal, pronto, ok. Ele mandou recado, o gestor mandou recado dizendo: ou 2% ou nada, façam greve se quiser. Foi assim a fala que chegou lá para nós”, contou a professora Marilda.

Assim como a professora, diversas pessoas comentam as postagens da prefeitura e acabam descaracterizando as supostas “melhorias e evoluções” divulgadas pela prefeitura.

Fato é que, o que foi feito até agora pela administração municipal ainda é considerado muito pouco, se levado em consideração que a maioria das comunidades estão sofrendo sem iluminação, acúmulo de lixo, esgoto a céu aberto, ruas esburacadas, falta de medicamentos nos postos de saúde e tantas outras demandas.

Pelo que consta, a Simões Filho dos sonhos realmente só existe na imaginação do prefeito Dinha e dos funcionários do primeiro escalão da prefeitura, que rebatem as críticas e se indispõem com os munícipes nas redes sociais.

As reclamações contra a gestão do prefeito Diógenes Tolentino, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) não param de chegar. Negligências, maus tratos e até regime de ditadura estão entre as denúncias que diariamente circulam entre a população.

Na noite desta quinta-feira (02), uma servidora pública que atua no município há mais de 18 anos como agente de saúde denunciou o que ela chama de perseguição por parte da secretária de Saúde, Drª. Maria Betânia.

De acordo com dona Raimunda Cavalcante, após uma reunião com representantes  da pasta, em que o grupo da unidade de saúde do CIA 1 (Pan Cia) questionou algumas atitudes da gestão e declarou não está disposta a compactuar com declarações inverídicas, a secretária simplesmente suspendeu o atendimento de mamografias e preventivos que já estavam agendados para diversas pacientes no posto de saúde.

“Boa noite, sou agente comunitária de saúde há 18 anos neste município, me sinto envergonhada pela atitude da secretária de Saúde Drª Betânia, e a senhora Jackneide, em retirar as vagas de mamografia da unidade do Pam Cia. Esta vagas já tinham sido disponibilizadas a mulheres do CIA, já haviam dado a xerox da documentação e agora retiram essas vagas. Isso porque no dia 27/07 houve uma reunião na Câmara com os agentes de saúde, onde deixamos claro que não vão nos manipular. Os agentes de saúde e a população merecem respeito”, disse ela indignada.

Em contato com a reportagem do Mapele News, na manhã desta sexta-feira (03), dona Raimunda contou que os exames em questão são referentes à parceria da prefeitura com o ônibus do SESC, que está instalado na Praça da Bíblia.

Segundo ela, a princípio estariam sendo disponibilizadas 28 vagas para mamografias e 28 para preventivos na localidade do CIA 1 e parte dessas vagas seriam distribuídas pelas agentes de saúde. No entanto, durante reunião com o pessoal do SESC, foi dito que a unidade móvel estaria sendo recolhida do município por falta de competência das agentes de saúde, que não estariam levando as demandas para serem atendidas.

Ao perceberem que estavam sendo penalizadas injustamente, Raimunda conta que ela e outras colegas de trabalho exigiram que algum representante da secretaria pudesse comparecer a reunião, para esclarecer o fato.

“Nós exigimos que tivesse alguém da secretaria e da prefeitura para esclarecer a situação e de repente chega lá Jackneide representando a Secretaria de Saúde, que é da alta e média complexidade, chegou também Ferdnand Andrade e Edson Kipão. Nós debatemos muito o assunto e a representante do SESC viu que não era nossa culpa e que as informações que haviam passado para ela eram erradas”, contou a servidora.

Também conforme Raimunda, logo depois da indisposição com os representantes da prefeitura durante a reunião sobre o SESC Móvel, ela foi surpreendida com a notícia de que as vagas para o CIA 1 estariam suspensas, o que causou bastante indignação.

“Quando eu cheguei segunda-feira, a coordenadora da unidade disse que infelizmente, a documentação que a gente levou, todas as mulheres não iam mais fazer as mamografias, porque as vagas tinham sido canceladas pela Secretaria de Saúde. Que as vagas que já tinham sido disponibilizadas foram tomadas de volta. Eu fiquei indignada, liguei para a coordenadora da atenção básica, Sr.ª Iridan e a mesma me disse que simplesmente tentou conversar, mas que não tinha uma resposta positiva” explicou ela.

Diante da situação delicada, dona Raimunda questiona como ficará a credibilidade dessas profissionais que assumiram um compromisso com a população e agora não poderão cumpri-lo.

“Agora eu pergunto, isso é um absurdo. Onde vamos parar? Onde vai ficar a nossa credibilidade? Nós somos agentes de saúde e levamos informações. Essas informações têm que ser verídicas e nós não podemos estar passando para a população uma inverdade. Então, eu não sei o que está acontecendo, eu acho que está na hora de haver um esclarecimento”, completou.

Essa não é a primeira denúncia de funcionários antigos da prefeitura com relação a uma possível indisposição com o governo atual, mas nesse caso em especial, só quem saiu perdendo foi a população, especificamente as munícipes que tiveram seus exames suspensos sem nenhuma justificativa plausível.

A nossa equipe tentou contato com a assessoria de comunicação da prefeitura para averiguar a informação, mas até o fechamento desta matéria o órgão ainda não havia se manifestado oficialmente sobre o caso.