Saúde: Construção das UBS em Simões Filho chegam em fase de conclusão


Para garantir mais saúde e comodidade para o simõesfilhense, a Prefeitura de Simões Filho, segue intensificado ações e, as obras de construção das três Unidades de Saúde Básica (UBS), chegam em fase de conclusão.

A unidade de Pitanga de Palmares fica localizada na Rua Esperança e, a fase atual é a instalação das torneiras, cifrões, tomadas e bomba d’água.

No Ponto de Parada, na Rua Vale das Fontes, está sendo realizado pintura, colocação de cerâmica e forro. Além da parte elétrica.

No bairro do Eucalipto, a UBS fica na Travessa Santa Rita e equipe está executando o revestimento interno, com pintura, cerâmica, forro, pintura e pavimentação externa.

Todas as unidades contarão com  com recepção, sala de vacina, observação, curativo, enfermagem, consultório médico e odontológico, além de sala de atividades para agentes comunitários de saúde, estocagem de medicamentos e sanitários.

A iniciativa visa ampliar o campo de atendimento e cobertura da atenção básica na cidade, além de atender uma média de 80% das necessidades de saúde da população.

 

Prefeito de Simões Filho Diógenes Tolentino é eleito vice-presidente do Consórcio da Policlínica Regional


O Prefeito de Simões Filho, cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS), Dinha Tolentino, foi eleito como vice-presidente do Consórcio da Policlínica Regional que está sendo construída na cidade. O evento aconteceu na sede da Prefeitura, na tarde desta terça-feira (23).

“Fico muito feliz por ser eleito vice-presidente do consórcio. Agradeço aos prefeitos e representantes pelo voto. A policlínica atenderá uma demanda social e colocará à disposição da população atendimentos em consultas e exames de média e alta complexidade, reduzindo o tempo de espera”, destacou o gestor.

A unidade atenderá os simõesfilhenses e mais 5 municípios: Camaçari, Lauro de Freitas, Conde, Dias d’Ávila e Mata de São João. Durante o encontro, o gestor ainda visitou as instalações físicas da Policlínica. Um edifício de três pavimentos, que ofertará serviços em diversas especialidades médicas a exemplo de angiologia, cardiologia, endocrinologia, gastrenterologia, neurologia, ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia, ginecologia/obstetrícia, mastologia e urologia.

Após a visita, Dinha recepcionou, em seu gabinete, a comissão de gestores e representantes, para Assembleia Geral Extraordinária do Consórcio Público Interfederativo de Saúde da região. Na reunião, foi destacado o compromisso celebrado entre os municípios para o funcionamento da Unidade de atendimento.

Vereador Manoel Carteiro detona empresa “Jotagê” que faz a coleta de lixo em Simões Filho


Manoel Carteiro faz duras críticas à empresa de limpeza urbana Jotagê em Simões Filho

Durante sessão ordinária no Plenário Walter Jorge dos Santos, na Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira (23/04), alguns vereadores voltaram a criticar veemente a empresa Jotagê que presta serviço de limpeza na cidade e que diariamente vem tendo classificação 0 (zero) pela população simõesfilhense.

Nesse sentido, o vereador do distrito de Mapele, Manoel Carteiro (PSB), apontou alguns problemas relacionados à coleta de lixo e entulho nos bairros e pediu a atenção da empresa nessas questões.

No decorrer do seu discurso, o parlamentar demonstrou “bastante preocupado” com o problema classificado como “sério” e se indignou com a falta de compromisso da empresa que presta serviço ao município.

“Essa empresa está deixando a desejar em nossa cidade. Nós estamos andando pela cidade e estamos encontrando muito entulho e muito lixo. Estive andando pelo bairro do Cia e tinha muito lixo nas ruas. Em Mapele solicitei e ontem a praça estava mal varrida, então, precisamos tomar uma providência e chamar os responsáveis pela empresa e o secretário responsável pela pasta”, disse.

Para finalizar, o vereador Manoel disse ainda que a empresa Jotagê precisa dizer porquê não está conseguindo limpar a cidade.

“Essa empresa precisa dizer qual é o problema que a cidade não avança na limpeza e se não tem condições de fazer a limpeza que rescinda o contrato e vamos procurar outra empresa porque precisamos verdadeiramente buscar um solução para a limpeza da nossa cidade. A cidade está muito suja, não só com lixo, mas necessitando de roçamento e capinação porque os bairros estão cheios de mato”, disparou Carteiro.

Ponto de vista: Orlando de Amadeu critica senador Otto Alencar e elogia gestão Dinha


O presidente da Câmara de Simões Filho, vereador Orlando de Amadeu (PSDB), na manhã desta terça-feira (23/04), durante sessão ordinária, ao fazer uso da palavra franqueada, enalteceu ações realizadas pelo prefeito Diógenes Tolentino (MDB), e questionou ao líder da oposição, sobre emendas do Senador Otto, irmão do ex-prefeito, na ordem de R$ 50 milhões/ano, mas que nem R$ 1 (um real), até o momento não teria disponibilizado para obras e investimentos no município.

“Nós tivemos um Senador da República, irmão do ex-prefeito, que diz que representa Simões Filho e que tem R$ 50 milhões de emendas por ano, e eu pergunto para o vereador da oposição quanto ele destinou para cidade, não destinou nem R$ 1 para Simões Filho e nós temos o deputado Paulo Azi que em poucos anos destinou mais de R$ 20 milhões de emendas para Simões Filho”, alfinetou Amadeu.

Ao enaltecer iniciativas da gestão, o chefe do Legislativo Municipal disse que “ações do Governo Dinha vem acontecendo no município de Simões Filho” e destacou ainda que “quem é simõesfilhense sabe que os problemas da cidade não começaram na atual gestão, mas desde a existência da cidade”.

Entre as ações do governo municipal citadas por ele, que tiveram como objetivo melhorar a vida da população, estão a “Via Universitária, pavimentação asfáltica nos diversos bairros como Ponto de Parada, Mapele, Centro, além de conseguir com muita luta depois de muitos anos, o SAC e a Policlínica”. “A Policlínica está em construção, ainda não está concluída, mas é uma luta do prefeito Dinha”, acrescentou.

Amadeu citou a deputada estadual Kátia Oliveira, como uma importante força para representar o povo e cobrar ações ao Governo do Estado e agradeceu pela manutenção do tradicional pescado distribuído para 15 mil famílias simõesfilhenses, na quarta-feira (17/04).

“A gente viu a alegria daquelas pessoas que estavam recebendo o peixe para um dia tão especial como é a sexta-feira Santa e quero agradecer este compromisso que a gestão do prefeito Dinha junto com o Serviço Social do nosso município tem com os nossos munícipes”.

Ele concluiu dizendo: “Nós estamos felizes em saber que o prefeito Dinha tem conquistado os objetivos e melhorias para esta cidade”.

Inscrições para Universidade Para Todos é iniciadas nesta terça (23)


Os estudantes de Simões Filho que desejam participar do pré-vestibular gratuito, Universidade Para Todos (UPT), poderão realizar a inscrição a partir desta terça-feira (23), através do site: www.educacao.ba.gov.br/universidadeparatodos. O prazo para inscrições vão até o dia 02/05.

O curso preparatório acontece de segunda a sexta-feira, e ampliam os conhecimentos a respeito das principais disciplinas do Ensino Médio, como Matemática, Português, Literatura, História, Geografia, Biologia, Física, Química, Redação e Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol).

 Os alunos também participarão de oficinas, revisões, seminários, simulados e orientações vocacionais. Para realizar a inscrição, os interessados deverão ter concluído o ensino médio na rede estadual ou municipal do Estado da Bahia ou estar matriculado no 3º ano do Ensino Médio em uma instituição pública (pela modalidade Regular, EJA ou de Educação Profissional).

 Ao todos, 100 vagas são ofertadas para a cidade de Simões Filho, sendo 50 na Escola Municipal Nossa Esperança, em Pitanga de Palmares, e 50 no CIA 1, no Polo Universidade Aberta do Brasil (UAB), descentralizando, com o objetivo de atender os educandos de diversos bairros da cidade.

 A seleção será feita através das médias de Português e de Matemática, que foram informadas pelo candidato no ato da inscrição. Após a publicação dos resultados, os selecionados serão convocados para a realização da matrícula, que acontecerá de 07 a 10 de maio de 2019, no local e turno que optaram para cursar. Os documentos necessários serão: cópia e original do CPF, RG, comprovante de residência, além do Histórico Escolar do Ensino Médio e do Ensino Fundamental II.

 

Deputada Kátia denuncia superlotação no transporte público intermunicipal; “moradores estão sofrendo”


A deputada estadual Kátia Oliveira (MDB) cobrou, nesta segunda-feira (22), da Agerba a ampliação da frota dos ônibus intermunicipais que fazem a linha do distrito de Ilha de São João, em Simões Filho, até a estação do metrô no Retiro, em Salvador. A solicitação foi feita em ofício enviado ao diretor executivo do órgão estadual, Carlos Henrique Martins.

Nesta segunda, um grupo de moradores do distrito chegou a realizar um protesto na BA-526 para pedir melhorias no transporte intermunicipal.

A parlamentar lembra que a população do distrito já sofre com a má qualidade do serviço de transporte intermunicipal, mas ressalta que a situação foi agravada em 2017, com a extinção de três linhas operadas pela empresa Expresso Metropolitano. Eram elas: Ilha de São João-Campo Grande (via Suburbana); Ilha de São João-Pituba; e Ilha de São João-Campo Grande (via BR-234).

Com isso, toda a comunidade passou a ser atendida apenas pela linha que vai até a estação do metrô.

“Moradores de Ilha de São João sofrem diariamente com os ônibus intermunicipais lotados. Essa linha não suporta a demanda da comunidade, ocasionando superlotação, o que fere diretamente o direito fundamental ao transporte e mobilidade urbana eficiente”, enfatiza a deputada.

Além disso, Kátia afirma que “a situação jurídica em questão se trata de relação de consumo, sendo devido aos passageiros a prestação de serviço seguro e de qualidade, o que não está ocorrendo”.

No ofício, a parlamentar também pede que seja agendada uma audiência entre a Agerba, a Expresso Metropolitano e a Comissão de Líderes, que representa os moradores de Ilha de São João, além da própria deputada.

Ginástica Rítmica: Simões Filho recebe representante da Confederação Brasileira


Alunas da Ginástica Rítmica (GR), do Programa Simões Filho Esportes, recepcionará, nesta quarta-feira (24), às 15h, a coordenadora do comitê técnico de GR da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Renata Teixeira.

“O esporte abre portas e nos possibilita uma nova percepção de mundo. Aqui em Simões Filho, os nossos alunos são estimulados a seguirem firmes e determinados no caminho do esporte. Nesse sentido, convidei Renata Teixeira para dialogar com as nossas atletas. Certamente, será um encontro memorável”, destacou Sirliane Ribeiro, secretária de Esporte, Lazer e Juventude (Sejuv).

Durante o encontro, as atletas simõesfilhenses, do Programa Simões Filho Esporte, terão acesso a informações sobre o mundo da modalidade esportiva, poderão esclarecer dúvidas e compartilhar experiências com a técnica.

“Precisamos continuar fortalecendo a rede de incentivo ao esporte e, ao longo dos anos, tenho presenciado o poder da GR na vida dos jovens. Nesse encontro, com a professora Renata, esperamos continuar contribuindo para a prática do esporte e incentivando na realização dos sonhos dessas meninas. Renata acaba de chegar da Europa, onde atuou como árbitra brasileira, no World Cup in Sofia (BUL), e o compartilhamento dessas vivências é fundamental na nossa modalidade”, pontuou Evelin Lobo, presidente da Federação Baiana de Ginástica.

Renata Teixeira além de ser coordenadora técnica de GR da CBG, é árbitra internacional de ginástica rítmica da Federation Internacional Gymnastics (FIG), diretora técnica de ginástica rítmica da Federação de Ginástica do Estado do Rio de Janeiro (FGERJ) e comentarista de ginástica rítmica do programa SporTv.

 

Simõesfilhenses têm fim de semana abençoado; nenhum homicídio foi registrado neste feriado


O feriado prolongado da Semana Santa terminou sem registro de violência no município de Simões Filho. Segundo informações do boletim da Secretaria de Segurança Publica (SSP), não foram registrados mortes ou atentado contra a vida de ninguém entre sexta-feira (19) e domingo (21).

De acordo com o comando da 22ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), o policiamento foi reforçado por agentes da 81ª CIPM através da Operação RMS Segura, especialmente nas localidades mais críticas da cidade.

Além de coibir a violência, durante a Semana Santa a Operação RMS Segura recuperou veículos, aprendeu armas e prendeu alguns meliantes que atuavam no município.

Em Salvador diversas ocorrências foram registradas pela SSP entre as primeiras horas da sexta-feira e o domingo como, Estrada das Barreiras, Tancredo Neves, Campinas de Pirajá, Massaranduba e Peripiri.

Já na região metropolitana de Salvador, foram registrados em, Camaçari, Dias D’Ávila, Mata de São João, Vilas de Abrantes e São Sebastião do Passé.

Simões Filho e mais 270 cidades da Bahia têm água contaminada por agrotóxicos; veja lista


Testes realizados pelas empresas de abastecimento de municípios brasileiros mostram que quatro cidades da Bahia consomem um perigoso coquetel com 27 agrotóxicos encontrados na água utilizada pela população. Mucugê, na Chapada Diamantina, Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Itapetinga, Centro Sul, e São Félix do Coribe, no Oeste, estão no topo de uma lista de 271 municípios baianos (veja lista no final da matéria) em que se encontrou pelo menos um agrotóxico na água que abastece as torneiras das cidades.

Obtidos em uma investigação conjunta pela ONG Repórter Brasil, da Agência Pública e da organização suíça Public Eye, os dados dizem respeito ao período entre 2014 e 2017. As informações são parte do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) do Ministério da Saúde. O estudo detectou em 1.396 municípios no país todos os 27 pesticidas.

No caso de Mucugê, o CORREIO apurou que o número elevado de agrotóxicos na água pode ter relação direta com as plantações de batata, morango e tomate na região. Moradores, biólogos, profissionais de saúde do município e até agricultores confirmam o problema e começam a ver os reflexos na população.

“Aqui tem fazendas grandes com plantações que consomem muito agrotóxico. Contamina solo, lençol freático, água para consumo residencial. A gente vê muita gente com alteração de hormônio, tireoide, muita gente hipertensa e diabética. É difícil comprovar que isso tem relação com o consumo da água, mas que se usa muito agrotóxico na região, com certeza”, disse um especialista na área de saúde de Mucugê, que preferiu não se identificar.

Biólogo e agricultor de Mucugê, Osório Neto diz que a batata, cultura número um da região, junto com as demais, compromete a qualidade da água há muito tempo. “Na realidade os três municípios vizinhos são contaminados com agrotóxicos: Mucugê, Ibicoara e Barra da Estiva. Os agrotóxicos que se usam em batata tem uma concentração maior de agrotóxicos. Isso há muito tempo tá assim. Demorou de estourar”, afirma Osório.

Por outro lado, o próprio Osório, que é agricultor, garante que usa agrotóxicos ecologicamente corretos, específicos para cada cultura. E observa que o uso desses químicos em plantações está reduzindo. “Os próprios agricultores resolveram mudar isso. As fazendas e grandes empresas deixaram de usar produtos altamente tóxicos, passaram a usar moderadamente e agora estão partindo para outro estágio, como fazer rotação de culturas e usar sementes resistentes”, observa.

Mas, admite Osório, ainda vai levar muito tempo para que o solo contaminado de Mucugê se livre dos resíduos dos agentes contaminadores. “Os agrotóxicos altamente pesados foram retirados de combate há mais de dez anos. Tinham dois inseticidas aqui que eram terríveis. Eram faixa vermelha. Depois usaram faixa amarela e agora estão usando material resistente. Acontece que os resíduos que ficaram no solo levam décadas para se dissolver”, acredita o biólogo.

A Estação de Tratamento de Água de Mucugê é de responsabilidade do município. Segundo Edna Moura, bióloga da vigilância sanitária de Mucugê, o município tem a obrigação de fazer coleta de duas amostras de água ao ano, como manda a portaria 2914/2011 – no caso de cidades com menos de 10 mil habitantes, o que não tem ocorrido.

Edna diz que a vigilância tem enviado por conta própria amostras para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), do Governo do Estado. No ano passado, porém, das quatro análises enviadas para o laboratório, Mucugê só teve acesso ao resultado de uma, que não identificou alteração.

Para Edna, é preciso refazer sempre as análises e cobrar do Lacen que divulgue os resultados. Inclusive, 15 dias atrás, novas amostras para analisar agrotóxicos foram enviadas para laboratório. “O resultado mais recente que eu tenho, que foi do ano passado, deu normal, dentro dos parâmetros. Mas, é preciso refazer essas análises”, diz Edna. “Sabemos que estamos em uma região com grandes plantações de batata, de morango e não podemos descartar contaminação. Essa temática está muito complexa e se coloca atualmente na Bahia inteira”, argumenta.

O que assusta é a possibilidade de os males trazidos pelos agrotóxicos estarem agindo de forma silenciosa nas populações, sem que se saiba a origem do problema. “Aqui em Mucugê dificilmente você vê alguém dizer que uma alergia ou qualquer outra doença é fruto do consumo de água com agrotóxico. Claro, tem gente que faz essa ligação. Mas, nunca vi ninguém dizer que vai procurar indenização de alguma empresa por conta disso, por exemplo”, diz o biólogo Osório Neto.

O farmacêutico bioquímico responsável pelo sistema de tratamento de Mucugê, Luciano Guedes, questionou a credibilidade da pesquisa e destacou que o procedimento realizado na cidade é o padrão.

“Seguimos rigorosamente todos os critérios estabelecidos. Trabalhamos diuturnamente. Testes de controle interno são feitos a cada duas horas e mensalmente a água é passada por testes, com amostras enviadas ao Lacen e ao laboratório vinculado ao município”, disse Luciano.

Para discutir o assunto, a Câmara dos Vereadores da cidade receberá nessa segunda-feira (22) uma reunião entre membros da prefeitura, vigilância sanitária e entidades do meio ambiente para discutir soluções acerca do resultado obtido pelo estudo.

“Temos que fazer análises para ter certeza que a pesquisa fala a verdade. Faremos testes padrões para avaliar isso. O nosso levantamento, no entanto, não encontrou a presença de nenhum agrotóxico”, disse o farmacêutico.

Risco na torneira
Dos 27 agrotóxicos encontrados pela pesquisa,  16 são classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como extremamente ou altamente tóxicos e 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, malformação fetal, disfunções hormonais e reprodutivas. Importante ressaltar que as quatro cidades atingem o número máximo de agrotóxicos, mas há muitas outras com uma quantidade perigosa de químicos, como Macarani, também no Centro Sul, com 25 agrotóxicos, e até a própria Salvador, com 16 pesticidas.

O levantamento revela ainda quais químicos estão acima dos níveis permitidos pela legislação do país e pela regulação europeia, que proíbe 21 dos 27 pesticidas encontrados na água dos brasileiros. Mas, ainda que não ultrapassem os limites legais aqui, a preocupação é de que eles juntos atuem como um coquetel nocivo à saúde.

“Mesmo que um agrotóxico não tenha efeito sobre a saúde humana, ele pode ter quando mistura com outra substância”, explica Cassiana Montagner, que pesquisa a contaminação da água no Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Os agentes químicos são avaliados isoladamente e ignoram os efeitos das misturas que ocorrem na vida real”, diz a médica e toxicologista Virginia Dapper. Ambas são fontes no trabalho feito em conjunto pela Repórter Brasil, Agência Pública e organização suíça Public Eye.

Itapetinga

Em Itapetinga, no Centro-Sul da Bahia, foram detectados 27 agrotóxicos, sendo 11 associadas a doenças crônicas como o câncer. A gestão da água e do esgoto é realizada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). O diretor, Alex Dutra, afirmou que o tratamento é “100% seguro e 100% dentro do exigido pelo Ministério da Saúde”. Análises são realizadas semestralmente na cidade. Amostras são enviadas para São Paulo.

“Sempre estamos abaixo do nível dos 27 agrotóxicos. Nós fazemos todas as análises sempre e seguimos o recomendado. Se o problema que a entidade sugere é a presença de diversos agrotóxicos em um município, é necessário alterar a exigência do Ministério da Saúde, porque nós seguimos à risca o que eles exigem”, opinou.

Dutra afirmou que irá conversar com os representantes da agricultura das cidades de Barra do Choça, Caatiba e de Itapetinga, que são cortados pelo mesmo rio, para verificar os produtos utilizados e buscar melhorias para a população.

Barra do Choça e Caatiba, por exemplo, têm a presença de três agrotóxicos proibidos no Brasil em suas águas, de acordo com o levantamento.

O último relatório de análises da água de Itapetinga foi divulgada no site da cidade. No relatório, todos os agrotóxicos realmente estavam abaixo do nível permitido no país, mas houve a presença dos 27, assim como a pesquisa revelou.

Na Bahia, dos quatro municípios em que foram detectados os 27 agrotóxicos, Camaçari é o único em que se detectou agrotóxicos com concentrações acima do nível permitido no Brasil. Também apenas em Camaçari a Embasa (Empresa Baiana de Água e Saneamento) trata a água. As demais têm gestão própria do abastecimento. Já dentre as 271 cidades com pesticidas a Embasa gerencia a maior parte do fornecimento de água com por exemplo em Salvador.

Em nota, a Embasa informou que as análises realizadas semestralmente pela empresa no período entre 2014/2018 apresentaram valores que demonstram a inexistência de substâncias presentes em agrotóxicos. “Isso significa que os parâmetros de potabilidade da água distribuída pela empresa estão de acordo com as determinações da Portaria de Consolidação nº 05, anexo XX, de 2017, do Ministério da Saúde”, diz a nota.

A secretaria de Saúde de Camaçari foi procurada pelo CORREIO, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem. O município de São Félix de Coribe, que possui o tratamento da água através do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), também foi procurado pelo jornal, mas não deu retorno aos questionamentos da reportagem.

Saúde em alerta

As intoxicações por agrotóxico, em casos graves, podem até gerar coma, parada cardíaca, hemorragia ou perda da visão. Na Bahia, o problema é tratado como uma questão de saúde pública, já que está entre os oito estados do Brasil em consumo do produto.

Os defensivos agrícolas possuem diversos níveis de intoxicação, que podem variar de acordo com a quantidade do produto e tempo de exposição a ele.

O Ministério da Saúde alerta que os venenos podem entrar no corpo por meio de contato com a pele, mucosas, respiração ou ingestão. Os sintomas mais comuns logo após a exposição são mal-estar, dor de cabeça e cansaço. Nos casos mais graves, pode se identificar lesões de pele, tonturas, dificuldade respiratória, podendo ocorrer coma e morte.

Os agroquímicos também podem desenvolver problemas crônicos, que aparecem após algum tempo, como distúrbios como irritabilidade, ansiedade, alterações do sono e da atenção, depressão; dor de cabeça, cansaço, alergias de pele e respiratórias, problemas neurológicos e até alguns tipos de câncer.

O bioquímico Luciano Costa destaca que a presença dos agrotóxicos na água acima do nível permitido pelo Ministério da Saúde pode provocar diversas doenças.

“Funciona como o efeito radioativo, ele vai acumulando no organismo. Ou seja, você pode ter problemas mais graves no futuro quando consome esse tipo de material”, disse.

Ele destacou que quanto maior a quantidade ingerida e o tempo de exposição, piores são os sintomas e as consequências para a saúde.

“Não é que a pessoa de imediato vai ter câncer, mas como algumas substâncias são cancerígenas, quando há uma grande exposição, os riscos aumentam”, explicou.

A Pública –  Agência de Jornalismo Investigativo – e ONG Repórter Brasil, que pesquisaram os dados de contaminação da água, são organizações especializadas em jornalismo investigativo fundadas em 2011 e 2001, respectivamente. A Pública foi o terceiro veículo de comunicação brasileiro mais premiado em 2016 e já conquistou os principais prêmios de Jornalismo do Brasil a exemplo do Tim Lopes, Petrobras e Vladmir Herzog.

Agronegócio questiona dados de contaminação 

A divulgação, nessa semana,  do resultado do estudo de contaminação de água por agrotóxicos pela Agência Pública, Repórter Brasil e organização Public Eye gerou questionamentos. Além das próprias empresas de tratamento de água desmentirem as informações ou falarem que elas são tendenciosas, associações do setor agrícola também foram contrárias aos dados apresentados.

A Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), por exemplo, afirmou que os dados foram publicados “de forma alarmista” com pesquisas “absolutamente desconhecidas por autoridades nacionais e internacionais”.

“A matéria trata de forma cientificamente distorcida a questão do resíduo de agroquímicos na água dos municípios brasileiros, já que apenas 0,3% das análises realizadas estão acima dos valores máximos estabelecidos pelas autoridades brasileiras. O texto importa parâmetros europeus e faz uma análise fora do contexto da realidade brasileira, um país tropical e com mais de 65% do seu território coberto por vegetação nativa”, diz a entidade em nota enviada à imprensa.

A entidade destacou que os agrotóxicos passam por aprovação da Anvisa, MAPA E Ibama e estão “entre os produtos mais regulamentados em todo o mundo” e que o processo de desenvolvimento do produto é longo, podendo chegar a 10 anos, justamente por conta da quantidade de pesquisa necessária para produzi-los.

“Cada país estabelece diferentes limites, pois eles também dependem do uso local; por isso comparar regiões globais não é a maneira mais adequada de verificar a qualidade da água. O monitoramento da qualidade da água deve levar em conta o uso e a exposição, ou seja, avaliando-se cientificamente o risco”, opinou a entidade.

Sobre o aumento de toxicidade entre mistura de agrotóxicos, a entidade afirmou que “deve-se ponderar que não se pode esperar que os defensivos com diferentes modos de ações para os organismos alvos apresentem toxicidade acumulativa”.

O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), entidade que representa os fabricantes de agrotóxicos, destacou a avaliação já realizada previamente pela Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura.

“Garante que eles são seguros ao trabalhador, população rural e ao meio ambiente sempre que utilizados de acordo com as recomendações técnicas aprovadas e indicadas em suas embalagens”.

“O setor de defensivos agrícolas realiza iniciativas para garantir a aplicação correta de seus produtos, uma vez que alguns problemas estruturais da agricultura como a falta do hábito da leitura de rótulo e bula e analfabetismo no campo trazem um desafio adicional de cumprimento às recomendações de uso”, acrescentou o sindicato.

A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) informou que só vai se pronunciar sobre o caso após apurar os dados e confrontá-los com outros levantamentos.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, órgão do governo estadual, foram procuradas mas em função do feriadão não foram localizados representantes para se posicionar.

Veja a lista das cidades da Bahia que estão com a água contaminada, segundo o estudo:

  1. ABARE
  2. AGUA FRIA
  3. AIQUARA
  4. ALCOBACA
  5. ALMADINA
  6. AMARGOSA
  7. AMELIA RODRIGUES
  8. ANAGE
  9. ANDARAI
  10. ANGICAL
  11. ANTAS
  12. ANTONIO CARDOSO
  13. ANTONIO GONCALVES
  14. APUAREMA
  15. ARACATU
  16. ARACI
  17. ARAMARI
  18. ARATACA
  19. ARATUIPE
  20. AURELINO LEAL
  21. BAIANOPOLIS
  22. BANZAE
  23. BARRA DO CHOCA
  24. BARRA DO ROCHA
  25. BARREIRAS
  26. BELMONTE
  27. BIRITINGA
  28. BOA NOVA
  29. BOA VISTA DO TUPIM
  30. BONINAL
  31. BONITO
  32. BREJOES
  33. BROTAS DE MACAUBAS
  34. BRUMADO
  35. CAATIBA
  36. CABACEIRAS DO PARAGUACU
  37. CACHOEIRA
  38. CACULE
  39. CAETANOS
  40. CAETITE
  41. CAIRU
  42. CAMACAN
  43. CAMACARI
  44. CAMAMU
  45. CAMPO FORMOSO
  46. CANAVIEIRAS
  47. CANDEIAS
  48. CANDIDO SALES
  49. CANUDOS
  50. CAPELA DO ALTO ALEGRE
  51. CAPIM GROSSO
  52. CARAIBAS
  53. CARAVELAS
  54. CARDEAL DA SILVA
  55. CHORROCHO
  56. CICERO DANTAS
  57. CIPO
  58. COARACI
  59. CONCEICAO DA FEIRA
  60. CONDE
  61. CONDEUBA
  62. CONTENDAS DO SINCORA
  63. COTEGIPE
  64. CRAVOLANDIA
  65. CRISOPOLIS
  66. CRISTOPOLIS
  67. DARIO MEIRA
  68. DIAS D’AVILA
  69. ELISIO MEDRADO
  70. ENCRUZILHADA
  71. ENTRE RIOS
  72. ESPLANADA
  73. EUCLIDES DA CUNHA
  74. EUNAPOLIS
  75. FATIMA
  76. FEIRA DE SANTANA
  77. FLORESTA AZUL
  78. FORMOSA DO RIO PRETO
  79. GANDU
  80. GAVIAO
  81. GENTIO DO OURO
  82. GLORIA
  83. GONGOGI
  84. GUAJERU
  85. GUARATINGA
  86. IACU
  87. IBIASSUCE
  88. IBICOARA
  89. IBICUI
  90. IBIPEBA
  91. IBIRAPITANGA
  92. IBIRAPUA
  93. IBIRATAIA
  94. IBITIARA
  95. IBITITA
  96. IBOTIRAMA
  97. IGRAPIUNA
  98. IGUAI
  99. ILHEUS
  100. INHAMBUPE
  101. IPIAU
  102. IPIRA
  103. IPUPIARA
  104. IRAMAIA
  105. IRAQUARA
  106. IRARA
  107. ITABELA
  108. ITABERABA
  109. ITABUNA
  110. ITACARE
  111. ITAETE
  112. ITAGI
  113. ITAGIBA
  114. ITAGIMIRIM
  115. ITAGUACU DA BAHIA
  116. ITAJU DO COLONIA
  117. ITAMARAJU
  118. ITAMARI
  119. ITAMBE
  120. ITANAGRA
  121. ITANHEM
  122. ITAPARICA
  123. ITAPE
  124. ITAPEBI
  125. ITAPETINGA
  126. ITAPICURU
  127. ITAPITANGA
  128. ITARANTIM
  129. ITIUBA
  130. ITUACU
  131. ITUBERA
  132. JACARACI
  133. JACOBINA
  134. JAGUAQUARA
  135. JAGUARARI
  136. JAGUARIPE
  137. JANDAIRA
  138. JEREMOABO
  139. JIQUIRICA
  140. JITAUNA
  141. JUCURUCU
  142. JUSSIAPE
  143. LAFAIETE COUTINHO
  144. LAGOA REAL
  145. LAJE
  146. LAJEDAO
  147. LAJEDINHO
  148. LAJEDO DO TABOCAL
  149. LAMARAO
  150. LENCOIS
  151. LICINIO DE ALMEIDA
  152. LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA
  153. LUIS EDUARDO MAGALHAES
  154. MACARANI
  155. MACAUBAS
  156. MAETINGA
  157. MAIQUINIQUE
  158. MAIRI
  159. MALHADA
  160. MALHADA DE PEDRAS
  161. MANOEL VITORINO
  162. MANSIDAO
  163. MARACAS
  164. MARAGOGIPE
  165. MARAU
  166. MARCIONILIO SOUZA
  167. MASCOTE
  168. MATA DE SAO JOAO
  169. MEDEIROS NETO
  170. MIRANGABA
  171. MIRANTE
  172. MORPARA
  173. MORRO DO CHAPEU
  174. MORTUGABA
  175. MUCUGE
  176. MUCURI
  177. MULUNGU DO MORRO
  178. MUNIZ FERREIRA
  179. MUQUEM DE SAO FRANCISCO
  180. MURITIBA
  181. NAZARE
  182. NILO PECANHA
  183. NOVA CANAA
  184. NOVA FATIMA
  185. NOVA IBIA
  186. NOVA REDENCAO
  187. NOVA SOURE
  188. NOVA VICOSA
  189. NOVO TRIUNFO
  190. OLINDINA
  191. OURICANGAS
  192. OUROLANDIA
  193. PALMEIRAS
  194. PARAMIRIM
  195. PAU BRASIL
  196. PAULO AFONSO
  197. PE DE SERRA
  198. PEDRAO
  199. PEDRO ALEXANDRE
  200. PILAO ARCADO
  201. PIRAI DO NORTE
  202. PIRIPA
  203. PIRITIBA
  204. PLANALTINO
  205. PLANALTO
  206. POCOES
  207. POJUCA
  208. PONTO NOVO
  209. PORTO SEGURO
  210. POTIRAGUA
  211. PRADO
  212. PRESIDENTE JANIO QUADROS
  213. PRESIDENTE TANCREDO NEVES
  214. QUEIMADAS
  215. QUIJINGUE
  216. RAFAEL JAMBEIRO
  217. RIACHAO DAS NEVES
  218. RIACHAO DO JACUIPE
  219. RIBEIRA DO AMPARO
  220. RIBEIRA DO POMBAL
  221. RIO DE CONTAS
  222. RIO DO ANTONIO
  223. RIO DO PIRES
  224. RIO REAL
  225. RUY BARBOSA
  226. SALINAS DA MARGARIDA
  227. SALVADOR
  228. SANTA BRIGIDA
  229. SANTA CRUZ CABRALIA
  230. SANTA LUZIA
  231. SANTA TERESINHA
  232. SANTANA
  233. SANTO AMARO
  234. SANTO ANTONIO DE JESUS
  235. SANTO ESTEVAO
  236. SAO DESIDERIO
  237. SAO DOMINGOS
  238. SAO FELIPE
  239. SAO FELIX DO CORIBE
  240. SAO JOSE DA VITORIA
  241. SAO JOSE DO JACUIPE
  242. SAO MIGUEL DAS MATAS
  243. SAO SEBASTIAO DO PASSE
  244. SATIRO DIAS
  245. SAUBARA
  246. SEABRA
  247. SENHOR DO BONFIM
  248. SIMOES FILHO
  249. SITIO DO QUINTO
  250. TANHACU
  251. TAPIRAMUTA
  252. TEIXEIRA DE FREITAS
  253. TEODORO SAMPAIO
  254. TEOFILANDIA
  255. TEOLANDIA
  256. TERRA NOVA
  257. TREMEDAL
  258. TUCANO
  259. UBAIRA
  260. UBAITABA
  261. UBATA
  262. UMBURANAS
  263. UNA
  264. URUCUCA
  265. UTINGA
  266. VARZEA DA ROCA
  267. VARZEA NOVA
  268. VEREDA
  269. VITORIA DA CONQUISTA
  270. WAGNER
  271. WENCESLAU GUIMARAES
Fonte: Correio24

Atracado na Marina de Aratu em Simões Filho, remoção de ferry Mont Serrat ainda depende do clima


O procedimento de envelopamento do ferry boat Mont Serrat, que junto com o Ipuaçu está atracado na Marina de Aratu, em Simões Filho, há pelo menos 20 anos, foi finalizado e considerado um “sucesso” pelo advogado especialista em Direito Marítimo, Zilan Costa e Silva.

A técnica de envelopamento tem como objetivo evitar desastres ambientais na Baía de Aratu, em decorrência do óleo e lixo presentes na embarcação

Segundo Zilan, que é o advogado da SS Metais, empresa que arrematou as sucatas dos ferries boats Mont Serrat e Ipuaçu, a partir de agora uma série de testes serão feitos e após autorização da Marinha será feita a remoção da sucata.

A remoção, no entanto, depende também da colaboração do clima. Conforme o advogado, será necessário aguardar o momento em que o vento, a maré e a corrente estejam favoráveis.

Por Jade Coelho