Com um eleitorado de mais de 70 mil pessoas, a cidade de Simões Filho (BA) terá seis candidatos concorrendo ao cargo de prefeito do município. Diógenes Tolentino (MDB), Eduardo Alencar (PSD), Antônio Carvalho (PROS), Raquel Oliveira (PSOL), Rogério Ribeiro (REDE) e Juscelino dos Santos (DC), todos vão disputar a preferência do eleitorado.
Todas as entrevistas, foram concedidas no programa Bahia no Ar, comandado pelo radialista Roque Santos, na rádio Sucesso FM 93.1/ rádio metropolitana web). Os candidatos tiveram 1 hora cronometrados para falar sobre suas propostas durante o bate-papo e responder perguntas sobre assuntos relacionados ao município. Conforme combinado antecipadamente com os próprios candidatos, não houve nenhuma espécie de corte ou edição nos vídeos ou áudio nem participação de nenhum ouvinte durante as perguntas e respostas.
Com esse objetivo, os candidatos a prefeito pelo município de Simões Filho, segundo o apresentador, terão a segunda rodada de entrevistas e durante 60 minutos, cada político terá a oportunidade apresentar e defender o seu plano de governo.
O primeiro a participar da sabatina, foi o delegado de polícia, Rogério Ribeiro que atuou por quase oito anos, “policial por mais de trinta anos, e mais de quarenta anos dedicados ao serviço público”, conforme frisado por ele.
Principais propostas:
“Enxugamento da máquina pública” e “municipalização do CIA” estão entre as propostas do delegado aposentado.
Durante a conversa com o radialista Roque Santos, o ex-delegado aposentado, que irá brigar para assumir a cadeira do executivo no próximo pleito municipal programado para o mês de novembro deste ano, destacou que está preparado para exercer a administração da cidade.
Segundo o pré-candidato, o primeiro ato, caso seja eleito, “será a abertura de um concurso público para trezentos guardas municipais […] o objetivo é fazer um policiamento preventivo, para auxiliar a Polícia Militar e Civil”, afirmou.
Raquel Oliveira (PSOL) foi o segundo candidato a participar da entrevista. A candidatura de Raquel ainda não foi formalizada, tendo em vista que o nome da pré-candidata não foi incluso na lista do PSOL para a corrida municipal de 2020, programada para o mês de novembro.
Inicialmente, ela frisou: “na minha cabeça eu estou candidata”. A afirmação veio após o radialista ressaltar que a candidatura de Raquel ainda não foi formalizada, tendo em vista que o nome da pré-candidata não foi inserido na lista do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), no que diz respeito a disputa eleitoral de 2020 no município, programada para acontecer no mês de novembro. O Ministério Público e a Justiça Eleitoral de Simões Filho entenderam que requisitos não foram cumpridos no prazo.
Questionada sobre as propostas de campanha, Raquel, de maneira compendiada, destacou que prioriza “uma gestão diferenciada, voltada nas políticas públicas para os jovens, para a mulher, com creche em tempo integral para as crianças [por exemplo]”.
Na quarta-feira, foi a vez do deputado estadual, Eduardo Alencar, candidato à prefeitura de Simões Filho pelo PSD. Anteriormente, ele já foi prefeito da cidade por quatro mandatos.
Eduardo, que já foi prefeito do município por quatro mandatos, se defendeu das informações de que ele teria deixado uma dívida de, aproximadamente, R$ 300 milhões durante sua última administração (2013-2016). Os dados fazem parte de um Relatório Conclusivo de Transição, que foi apresentado à Câmara Municipal de Vereadores em 2017.
“Ótima oportunidade para esclarecer isso. O prefeito atual [Diógenes Tolentino, Dinha] bradou que deixei dívidas. Primeiro era duzentos e trinta milhões e depois passou para mais de trezentos milhões. É bom deixar claro que existe hoje a dívida previdenciária, com o INSS, de gestões antigas que deixaram dívidas. Na gestão de Edson Almeida, ele trabalhou os quatro anos sem pagar a previdência, ele não pagava a previdência e entrava com uma liminar. Essas dívidas na União não prescrevem. […]. Eu peguei toda a dívida que tinha e pagava mês a mês, consegui sanar algumas dívidas e ficou alguns valores menores, que a nossa equipe falhou em detectar. Mas, a dívida existe, não foi minha e não é no valor que foi dito, de mais de trezentos milhões, não vou transferir a responsabilidade para mim”, afirmou Alencar.
Propostas
Entre as propostas de campanha citadas por Alencar está a construção de uma nova rodoviária na cidade. De acordo com o pré-candidato, o projeto é um desejo antigo.
Já na quinta, o empresário e candidato a prefeito da cidade, Antonio Carvalho, disse ao radialista que em 2016 não teve legenda para disputar a eleição municipal. mais que “Em 2020 eu tenho legenda para disputar pelo PROS, o eleitor pode ficar tranquilo”, garantiu o empresário.
Questionado pelo radialista Roque Santos se ele retiraria o nome da disputa deste ano de 2020 para apoiar outro candidato, como por exemplo a pré-candidata do PSOL, Raquel Oliveira, Carvalho frisou: “Teria que ver a proposta dela, se ela tiver uma proposta boa, sim”.
Antônio Carvalho ressaltou: “Minha estratégia, desde antes da pandemia [do novo coronavírus], desde [19]96, quando havia colocado meu nome na política, o objetivo é incentivar nosso grupo local, o comércio local, para gerar emprego […] Cem por cento [100%] de incentivo ao comércio local”.
“Nosso projeto se concentra em fazer um governo participativo”, acrescentou.
O pré-candidato ainda assegurou que, caso seja eleito, encontrará dois problemas na administração da cidade.
“Vamos ter dois problemas, não só financeiro, mas um problema sério de saúde. Vamos ter uma situação difícil não só em Simões Filho, mas em todo o Brasil […] A estratégia para vencer é de motivação, de liberdade”, disse.
Outro ponto abordado durante a entrevista foi a Segurança Pública da cidade. Segundo Antônio, “Simões Filho é vista como uma cidade de desova”. Ele afirmou que sua proposta é “treinar a Guarda Municipal para tornar a Guarda Municipal respeitada. Vamos fazer convênio com a Polícia Militar […] Não vou aumentar o custo do município, vou implementar”.
O penúltimo a ser sabatinado pelo apresentador do programa, foi o atual prefeito e candidato, Diógenes Tolentino, Popular Dinha.
Durante entrevista, o atual prefeito rebateu duramente seu principal adversário político, Eduardo Alencar, e afirmou que estar sendo “vítima diariamente de fake news, com informações mentirosas e inverdades”. Além disso, o alcaide relembrou e considerou como momentos de “TERROR”, as demissões de funcionários nomeador, pela gestão passada.
Ele ainda narrou à situação encontrada quando assumiu a Prefeitura. “Encontramos um caos em todos os níveis, não só nas questões sociais, mas também de infraestrutura, e econômica”, entretanto, demonstrou superação. “Com muita coragem, determinação e acima de tudo com muito amor por esse povo, nós começamos a mudar esta realidade, mudar uma realidade que muitas das vezes, (Roque Santos) custou renúncias, sacrifícios, cortes que foram feitos, para que o município não voltasse a viver aquele momento de terror”, disse.
Ele disse ainda que “opositores estão tentando tirar o foco da real realidade e ainda citou dívidas herdadas. “Quando assumiu a administração em 2017. “Em 2009, tínhamos uma dívida em torno de R$ 90 milhões, dívida total do município com precatórios reconhecidos, dívida com o INSS, e dívida de restos a pagar, e ao término de 2016, quando eu assumi o governo (2017), assumi uma dívida acima de R$ 350 milhões, um crescimento absurdo, um crescimento que não comprova e não demonstra ‘no que for feito esse investimento’, pontuou.
Após fazer duras críticas ao seu opositor, ele disse que vai apresentar ao radialista seu plano de governo.
Para finalizar a primeira rodada de entrevistas com os candidatos a prefeito de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, segunda-feira, foi a vez do candidato a prefeito, pelo partido Democracia Cristã (DC), Juscelino dos Santos, conhecido como Amigo Ju.
Entre as propostas de campanha citadas por ele está a redução de cargos e salários dos servidores do alto escalão,
“Nosso primeiro ato como prefeito era saber e estudar qual o tamanho real do abacaxi, e fazer toda técnica possível para enxugar a máquina pública, conforme consta no nosso plano de governo. Além disso, também vamos reduzir os salários do prefeito, vice e secretário em torno de 30%, e 20 % dos cargos comissionados, disse.
O candidato a prefeito tem um patrimônio declarado em mais de R$ 1 milhão.
O candidato a prefeito de Simões Filho, pelo partido Democracia Cristã (DC), declarou seu patrimônio no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como sendo de R$1.364.244,54, sendo até o momento o que apresentou maior patrimônio, entre os candidatos.
Textos extraídos do Site Bahia no Ar.