O vereador de Caxias do Sul (RS), Sandro Fantinel (sem partido), que fez comentários preconceituosos contra os baianos se manifestou publicamente nesta quinta-feira (2), em suas redes sociais. Em vídeo, o político diz que está ‘profundamente arrependido’ e relatou ameaças sofridas pela família;
“Em um momento de lapso mental, proferi palavras que não representam o que eu sinto pelo povo da Bahia e do Norte/Nordeste. Somos todos iguais e registro que estou profundamente arrependido… Mas o que está acontecendo, meu povo, é que a minha esposa chora noite e dia, recebendo mensagens ofendendo ela com todos os piores nomes que vocês podem imaginar. Ela está pensando até em me deixar. O meu pai e a minha mãe com 80 anos só choram dia e noite pelas ligações maldosas que estão recebendo e ofensas. Eu pergunto: o que eles fizeram de errado? Cobrem de mim, não da minha família”, disse Fantinel, em lágrimas.
“Se alguém cometeu um erro, fui eu que cometi. Eu estou extremamente arrependido e peço perdão pelo o que eu fiz. Se eu pudesse voltar atrás, eu não faria mais e não vou fazer nunca mais. Me perdoem todos aqueles que se sentiram ofendidos”, concluiu o vereador.
Fantinel fez um discurso na tribuna da Câmara de Caxias do Sul em que atacou os trabalhadores baianos, depois que um grupo foi resgatado em condições similares à escravidão em vinícolas da região. Na sua fala, o vereador pediu que produtores “não contratem mais aquela gente lá de cima”, em uma referência aos baianos, sugerindo que optem por argentinos, que são “limpos e trabalhadores”. O vereador disse ainda que baianos só sabem “bater tambor” e ficar na praia.
Depois da fala, em meio a uma onda de repúdio, Fantinel foi expulso do Patriota. Além disso, o deputado estadual Leonel Radde (PT) registrou um boletim de ocorrência contra ele.
O Ministério Público do Trabalho gaúcho afirmou que vai investigar o parlamentar por apologia ao trabalho escravo. O Ministério Público da Bahia também divulgou nota de repúdio.
As Defensorias dos estados da Bahia e do Rio Grande do Sul também pediram a cassação do vereador.
Cassação
A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul aceitou por unanimidade o pedido pela cassação do vereador Sandro Fantinel (sem partido), durante sessão nesta quinta-feira (2). Uma comissão parlamentar vai agora avaliar o pedido, com 90 dias para decidir se o vereador vai perder o mandato.
Sandro Fantinel não comentou até o momento a decisão da abertura do processo que pode levar à sua cassação.
Ao todo, quatro pedidos de cassação foram feitos, e todos foram analisados de vez, com uma única votação.
Relembre o caso
O vereador Sandro Luiz Fantinel fez um comentário xenofóbico ao usar a tribuna em sessão da Câmara de Caxias do Sul, nesta terça-feira (28) e questionou a repercussão do caso de trabalhadores resgatados em situação de escravidão realizada na cidade vizinha. Em seu discurso xenofóbico, o parlamentar pede que os produtores da região “não contratem mais aquela gente lá de cima”, se referindo a trabalhadores vindos da Bahia, uma vez que a maioria resgatada foi . A maioria dos trabalhadores contratados para a colheita da uva veio daquele estado. Fantinel sugere que se dê preferência a empregados vindos da Argentina, que, segundo ele, seriam “limpos, trabalhadores e corretos”. O deputado estadual Leonel Radde (PT) registrou um Boletim de Ocorrência contra Fantinel. Autoridades manifestaram repúdio à fala do vereador.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) se manifestou no Twitter sobre a fala do vereador: “Eu repudio veementemente a apologia à escravidão e não permitirei que tratem nenhum nordestino ou baiano com preconceito ou rancor. É desumano, vergonhoso e inadmissível ver que há brasileiros capazes de defender a crueldade humana. Determinei, portanto, a adoção de medidas cabíveis para que o vereador seja responsabilizado pela sua fala”, afirmou o governador. O secretário Felipe Freitas da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, afirmou que o governo do Estado, as instituições do sistema de justiça e sobretudo, o povo da Bahia, seguirão mobilizados na luta contra o trabalho em condição análoga à escravidão e continuarão trabalhando em defesa de condições dignas de vida e trabalho para toda população. “Não cederemos a violência, venha de onde vier. Respeite o povo da Bahia”, disse Freitas.
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, também se manifestou no Twitter. “Não representa o povo do Rio Grande do Sul. Não admitiremos esse ódio, intolerância e desrespeito na política e na sociedade. Os gaúchos estão de braços abertos para todos, sempre”, disse Leite. Em nota, a mesa diretora da Câmara de Vereadores afirmou que é a Casa da Representatividade e do Respeito. “A Mesa Diretora não compactua com nenhuma manifestação de preconceito, discriminação, racismo ou xenofobia”.
Correio24
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai lançar nesta quinta-feira (2), o novo Bolsa Família. No evento, realizado no Palácio do Planalto, será assinada a Medida Provisória que define os parâmetros da política pública.
De acordo com a assessoria do presidente, o programa vai garantir um valor mínimo de de R$ 600 por família; um adicional de R$ 150 para crianças de até seis anos de idade; e mais R$ 50 para crianças acima de 7 e jovens com menos de 18.
O novo formato do programa vinha sendo definido por integrantes das equipes econômica e a social do governo desde o início deste ano.
O vereador Sandro Fantinel de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, questionou nesta terça-feira (28), durante sessão na Câmara, as condições de trabalho análogo à escravidão em foram encontrados 207 trabalhadores em vinícolas na Serra Gaúcha, no estado, na sexta (24). A Polícia confirmou que 198 deles vieram de cidades da Bahia.
Sandro Fantinel culpa os empregados pelas condições em que foram encontrados. “Um agricultor me ligou e pediu para eu ver um alojamento onde ficam os trabalhadores temporários e não dava para entrar do fedor de urina, da imundície que eles deixaram em uma semana. E a culpa é de quem? O patrão vai ter que pagar o empregado para fazer limpeza para os bonitos? Temos que botar eles em um hotel cinco estrelas para não termos problema com o Ministério do Trabalho?”, questionou, antes de citar os baianos.
Em seguida, o vereador falou para as empresas agrícolas e aos agricultores não contratarem trabalhadores baianos. “Não contratem mais aquela gente lá de cima. Contratem argentinos. São limpos, trabalhadores, corretos e quando vão embora ainda agradecem pelo trabalho.”
Em sessão gravada, o vereador continua: “Nunca tivemos problema com um grupo de argentinos. Agora com os baianos, que a única cultura que eles tem é viver na praia tocando tambor, era normal que se fosse ter esse tipo de problema. E que isso sirva de lição. Que vocês deixem de lado esse povo que está acostumado com Carnaval e festa.”, continua.
“Se estava tão ruim a escravidão, porque eles não quiseram deixar a empresa? Vamos abrir o olho quando eles falam em ‘trabalho análogo a escravidão’”, finaliza.
Na quinta-feira (23), a Polícia Federal do Rio Grande do Sul encontrou os trabalhadores em uma situação degradante após três trabalhadores procurarem a unidade operação de Caxias do Sul para dizer que recém tinham fugido de um alojamento em que eram mantidos contra a vontade.
Segundo a PF, a empresa que mantinham os trabalhadores em condições análogas à escrividão tem contratos com diversas vinícolas da região, presta serviços de apoio administrativo e os trabalhadores teriam sido contratados para atuar na colheita da uva.
A polícia apurou no local que esses homens, a maioria da Bahia, eram recrutados nos seus estados de origem para trabalhar no Rio Grande do Sul. Ao chegar no estado, encontravam uma situação diferente das prometidas pelos recrutadores.
Além disso, relataram enfrentar atrasos nos pagamentos dos salários, violência física, longas jornadas de trabalho e oferta de alimentos estragados. Também disseram que eram coagidos a permanecer no local sob a pena de pagamento de uma multa por quebra do contrato de trabalho.
Ibahia
A deputada estadual Kátia Oliveira (União Brasil) apresentou uma indicação ao governo do estado para criar o programa “Poupança Jovem”, que visa garantir que estudantes em situação de vulnerabilidade possam continuar seus estudos após o ensino médio. A iniciativa ressalta a parlamentar, tem também o objetivo de reduzir a evasão escolar e melhorar os níveis de aprendizagem dos alunos da rede estadual.
A sugestão dela é que o governo deposite nesta poupança R$ 1.000 por ano de aprovação do estudante, até que ele conclua a educação básica. “Desta forma, ao término do ensino ele, o estudante terá um valor inicial a ser investido na continuidade da carreira, seja através de um curso de idiomas, aquisição de equipamentos úteis à educação, ingresso em curso técnico ou ainda iniciando a jornada acadêmica em nível superior”, frisou.
A parlamentar sugere que o programa seja iniciado nas escolas situadas nos municípios com os piores indicadores socioeconômicos, priorizando ainda unidades educacionais que apresentaram alta taxa de evasão escolar nos últimos dois anos letivos. Na justificativa da Indicação 26319/2023, ela ressalta que a Bahia aparece com uma das maiores taxas de abandono escolar no ensino médio, segundo pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Segundo Kátia Oliveira, o valor acumulado servirá de apoio à continuidade da jornada de aprendizagem e de facilitação de ingresso no mercado de trabalho. “Essa iniciativa pode despontar como uma importante ferramenta a contribuir para a permanência na escola, redundando, ao fim, na formação de um número cada vez maior de cidadãos com suas potencialidades profissionais efetivadas e com habilidades sociais cada vez mais apuradas”, salienta.
Na justificativa da proposta, a deputada cita uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre possíveis causas que levam os alunos a não permanecerem em sala de aula. “Dentre os motivos relacionados, cumpre trazer à tona que as dificuldades financeiras e a conseguinte necessidade de ingresso precoce no mercado de trabalho, notadamente o informal, figuraram como a segunda maior causa quando da evasão escolar, estando atrás apenas da falta de interesse por parte dos próprios alunos em continuarem suas jornadas acadêmicas”, pontua.
O presidente Lula (PT) negocia com investidores chineses a volta das atividades da antiga fábrica da Ford, em Camaçari, na Bahia. Após 20 anos de atividades no estado, a Ford anunciou o encerramento das atividades de produção na localidade em janeiro de 2021, causando a perda de de 4,8 mil empregos com carteira assinada.
No momento, a conversa do governo com os chineses avançou para a utilização do espaço na produção de carros elétricos, segundo a informação da Veja divulgada esta semana. O presidente acelerou os preparativos para a visita à China, que deve acontecer em março. E a negociação ainda deve envolver o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que integrará a delegação brasileira.
Além da expectativa de acordos importantes nas áreas de agronegócio, infraestrutura e tecnologia, o chefe do Executivo pretende agilizar a negociação pensada para o aproveitamento da unidade industrial de Camaçari. A ideia é articular os passos junto ao governo do Estado.
Em ação recente, feita no final do último ano, o Governo da Bahia fez a assinatura de um protocolo de intenções com a BYD Auto, subsidiária da BYD, multinacional de alta tecnologia chinesa, para a implantação de três fábricas.
As unidades ficaram responsáveis pela produção de chassis de ônibus e caminhões elétricos, veículos de passeio elétricos e híbridos, além de processar lítio e ferro fosfato.
O movimento faz parte do objetivo de Lula de ter um equilíbrio entre os interesses dos Estados Unidos e da China, ainda que estejam em conflito no âmbito econômico.
A tarde
Existe uma forte especulação nos bastidores da política municipal da cidade de Simões Filho que a atual secretária municipal de Governo, Simone Costa, deverá ser a escolhida do prefeito Dinha e seu grupo político para disputar a prefeitura da cidade nas próximas eleições de 2024.
Segundo informações que não foram confirmadas pelo prefeito, já existe algumas conversas individuais, em particular, ou melhor, entre paredes do prefeito com seus pares, vereadores, secretários, empresários e algumas lideranças fortes no munícipio. Se confirmado, Simone será (se eleita) a segunda mulher na história de Simões Filho a comandar a cidade em sua existência.
Ainda de acordo com “relatos não confirmado pelo prefeito Dinha”, o alcaide tem apresentado nomes (sem efeito) e falado da importância de ter uma mulher na cadeira do executivo municipal a cada um dos membros da sua base.
Olho Vivo também informou que existem quatro nomes que foram riscados da lista do atual prefeito e mesmo que o vento sopre não será o escolhido como seu sucessor em 2024, mas tem possibilidade de ser o vice. Os nomes dos descartados não foram divulgados por questão de confiança.
O radialista da cidade de Camaçari, Roque Santos, decidiu ao vivo no programa Linha Quente, atacar (politicamente) o ex-prefeito do município de Simões Filho e atual deputado estadual Eduardo Alencar. Em sua opinião, o comunicador resolveu fazer uma minuciosa avaliação da postura política do ex-gestor, que segundo ele (Roque), “Eduardo Alencar desrespeita o povo”.
O ataque seguido de crítica surgiu após o radialista avaliar a postura política do ex-gestor. Segundo Roque Santos, o ex-prefeito “Eduardo Alencar só vai a Simões Filho pedir o voto com aquele baratino e caô caô puro”.
“Você acha que o povo é idiota!. Não é, o povo não é idiota, Eduardo Alencar parece que estudou na mesma faculdade de Luiz Caetano, só que Luiz Carlos Caetano é um aluno mais disciplinado, e Eduardo é aquele aluno que faltava aula, o chamado aluno mangueado, mas os dois, aprenderam a mesma coisa: matar lideranças politicas”, disparou o radialista Roque Santos.
Ainda segundo o comunicador, o braço direito de Eduardo, o Edson Almeida já tem idade bastante avançada para ficar fazendo o que o ex-gestor quer.
Qual a liderança hoje do grupo de Eduardo que anda com Eduardo? Me diga que eu posso está errado. Edson Almeida coitado meu Jesus Cristo, chega naquela idade para Eduardo está lhe dando pirulito”.
Bastante filme em suas palavras, Roque também fez uma avaliação sobre alguns supostos pretendentes ao cargo de prefeito em 2024 escolhido por Dinha, e durante sua fala disse que tem quase certeza que Simone Costa será a candidata escolhida pelo atual alcaide (Dinha).
Sid Serra não constrói isso! Sid quando a gente faz uma crítica ele fica de bicão. Eri não constrói. Eri o cara liga 490 vezes para ele atender uma. Eri é meu amigo, gente boa, mas amigo é aquele que mostra seus defeitos. Orlando tinha tudo para ser o escolhido, mas a vaidade derrubou Orlando e ele sabe disso que já disse a ele pessoalmente: a vaidade de querer atropelar as etapas acabou matando Orlando politicamente. O sonho de Orlando de ser o escolhido é 0. Chance zero”, afirmou Roque.
Para finalizar sua análise e criticas, Roque concluiu dizendo que Dinha, prefeito de Simões Filho vai fazer seu sucessor brincando. “Dinha está quilômetros à frente de Eduardo Alencar. Politicamente falando quem é Eduardo para colar nos pés de Dinha. Dinha não tem adversário politicamente falando, claro que Dinha tem que respeitar e Dinha não vai dizer isso por respeito ao adversário, mas eu como radialista posso dizer”, disparou.
A deputada estadual Kátia Oliveira (União Brasil) foi reeleita vice-presidente da Comissão dos Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), posto que já havia ocupado na última legislatura. A parlamentar reafirmou sua luta no combate à violência contra o público feminino, além da ampliação da participação das mulheres na política.
“Precisamos cada vez mais ampliar as políticas públicas de proteção e combate à violência contra a mulher, principalmente as mais carentes, que são mais vulneráveis. Na Comissão da Mulher, vamos continuar trabalhando para protegê-las e garantir mais ferramentas para a participação política, de forma que mais de nós, mulheres, possam ser representadas nos espaços de poder”, salientou.
Kátia Oliveira ressaltou que o combate à violência contra a mulher deve ser uma prioridade do poder público. “Cada vez mais temos casos de feminicídio e vários tipos de agressões contra as mulheres e nós, aqui na ALBA, como bancada feminina, temos a obrigação e o dever de sermos esta voz firme, ativa e constante na preservação da vida”, frisou.
A deputada apresentou, já neste início da nova legislatura, um projeto de lei para obrigar bares, restaurantes, casas noturnas e de eventos a adotarem medidas de auxílio à mulher que se sinta em situação de risco. A proposta visa proteger mulheres que se sintam em situação de assédio ou risco à vida e integridade física nas dependências destes estabelecimentos.