O ex-secretário de Trânsito e Transportes, também ex-candidato a vice-prefeito em 2016 pelo grupo do ex-prefeito, Eduardo Alencar, Denyson Santana, um dos maiores articuladores políticos da antiga gestão, e atual chefe de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) comandada pelo secretário Edson da Kipão, em entrevista concedida na rádio da cidade de Camaçari, na tarde desta quarta-feira (19), falou sobre a administração nos últimos 7 anos, liderada pelo prefeito Diógenes Tolentino. Ele elogiou a articulação do vice-prefeito Sid Serra para sua vinda ao grupo de Dinha e na oportunidade, Santana relembrou a rasteira recebida nas eleições passadas.
No final de 2021, Denyson Santana decidiu sair do grupo do ex-prefeito Eduardo Alencar. De acordo com ele, “o grupo se desfez e ficou sem uma liderança, sem norte e por isso, teve que construir novos caminhos”, afirmou Santana à época.
Durante entrevista, Denyson iniciou sua fala falando sobre uma rasteira recebida do partido ao qual tinha se filiado em 2018, para concorrer como deputado estadual.
“Eu passei por um processo que seria candidato a deputado nas eleições de 2018; tive uma frustração do ponto de vista de uma rasteira nos bastidores políticos do partido e o então deputado federal e presidente da legenda a qual aconteceu esta situação não se eximiu do lançamento de filiação, é feito pelo presidente local do partido, e descumprindo todas as solicitações e documentações do presidente, não fez o registro da minha filiação, o que mais tarde, comprovei judicialmente que eu fiz a minha filiação, que eu tinha o abono do meu registro e não foi feito e teve a penalidade para o presidente do partido naquele momento”, revelou Denyson.
Sobre sua saída do grupo do ex-prefeito Eduardo Alencar, Denyson explicou que nas eleições de 2020 foi preterido na composição da chapa oposicionista, sendo que o ex-prefeito Eduardo Alencar escolheu por si só, o ex-vereador Dr. Alfredo Assis na vice.
“Na eleição de 2018, que ele (Alencar) sagrou deputado, depois veio a eleição de 2020, que novamente perdemos, só que aquela eleição de 2020, volto a recordar: tinha um processo interno dentro do grupo de escolha do vice da chapa, naquele momento, internamente, eu fui preterido, em detrimento de Dr. Alfredo, ainda assim, eu continuei no grupo seguindo e no final daquela eleição já se tinha mais elementos de distanciamentos do que propósitos em comum que unia e mantinha aquele grupo unido. O grupo deixou de existir”, desabafou Santana.
Em relação à vinda ao grupo do atual prefeito de Simões Filho, Dinha Tolentino, de acordo com Denyson, a articulação de vice-prefeito Sid Serra foi fundamental no processo de transição política.
“A gente teve alguns convites formalizados de lideranças do estado, de deputados pra fazer a dobradinha e no final através do vice-prefeito Sid Serra, meu amigo que eu parabenizo, teve a sensibilidade de fazer esta ponte de uma aliança programática com o governo e a gente veio desde lá atrás no sentido de realmente fazer parte de um grupo, e pra fazer parte de um grupo não necessariamente você precisa estar na folha da prefeitura”, pontuou demonstrando a sua gratidão, o ex-Alencarino.
Sobre o trabalho do prefeito Dinha na cidade, Denyson foi muito mais além nas suas convicções, e disse que Simões Filho mudou muito desde 2017.
“Nesses 7 últimos anos, não tem como omitir a real transformação da cidade nos últimos 7 anos e o mais importante é dizer assim: eu fiz parte desta mudança”, enfatizou.
“Não tem como negar e tentar esconder a importância do governo do prefeito Dinha no seu primeiro mandato e nesses poucos mais de 2 anos e 4 meses do atual mandato, você ver o quanto Simões Filho mudou, então, é importante do ponto de vista não só político, mas de gestão, e eu que sou uma pessoa apaixonada pela gestão pública, de ver o quanto Simões Filho mudou, evoluiu e isso é mérito do prefeito Dinha, que teve esta sensibilidade. Muitos falavam e criticavam que um comerciante da cidade, uma pessoa que é do povo e filho da cidade não iria fazer muito pelo povo, houve apostas que seria um fracasso, mas, eu sempre digo: tudo que a gente faz e planeja, principalmente na política, a gente tem que combinar antes com o povo e o povo referendou um segundo mandato, referendou a aprovação de um governo. Tem dificuldades e problemas, têm, mas ele conseguiu nesse período demonstrar que ele era capaz e nisso a gente tira o chapéu e diz: independente de lados políticos, você tem que reconhecer o adversário, hoje, aliado político, o mérito dele (Dinha)”, finalizou Denyson Santana.