Com Serra na plateia, show de Woody Allen em NY tem ‘Fora, Temer’


O show da banda de jazz do cineasta Woody Allen no Hotel Carlyle, em Nova York, teve gritos de “Fora, Temer”, na última segunda-feira (19).

Segundo informações da coluna de Alcelmo Gois, do jornal O Globo, o coro de protesto teve participação da atriz Patrícia Pillar. Também estava na plateia o ministro das Relações Exteriores, José Serra.

Serra está em Nova York para acompanhar as reuniões da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Sérgio Moro aceita denúncia e Lula vira réu na Operação Lava Jato


O juiz federal Sérgio Moro aceitou denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta terça-feira (20) e o tornou réu na Operação Lava Jato pela segunda vez. Também tornaram-se réus Marisa Letícia, mulher de Lula; Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS; Paulo Gordilho, arquiteto; Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula; Agenor Franklin Magalhães, ex-executivo da OAS; Fábio Hori Yonamine, ex-presidente da OAS Investimentos; e Roberto Moreira Ferreira, ligado à OAS.

A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi apresentada na semana passada e aponta irregularidades no caso do tríplex no Guarujá e no armazenamento de bens pessoais. Segundo a acusação, a OAS beneficiou Lula com esses serviços no valor de R$ 3,7 milhões como forma de propina, em troca de contratos com a Petrobras. Em julho, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, aceitou denúncia do MPF que acusava Lula de obstrução da Justiça por comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. (BN)

Temer diz na ONU que impeachment respeitou ordem constitucional


No discurso em que abriu hoje (20) a 71ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Michel Temer reiterou o compromisso “inegociável” do Brasil com a democracia, citando, inclusive, o processo que resultou no impedimento da presidenta Dilma Rousseff, feito, segundo ele, “dentro do mais absoluto respeito à ordem constitucional”.

Temer abordou também alguns conflitos internacionais, como o entre Israel e Palestina e a guerra da Síria. Segundo o presidente, em um mundo “ainda tão marcado por ódios e sectarismos, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio mostraram que é possível o encontro entre as nações em atmosfera de paz e harmonia”.

O presidente elogiou também o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos e criticou o protecionismo agrícola patrocinado por diversos países.

Foto: Beto Barata/Agência Brasil

Sobre a atual situação política brasileira, pós-afastamento de Dilma, Temer disse trazer às Nações Unidas uma mensagem de compromisso inegociável do país com a democracia. “O Brasil acaba de atravessar processo longo e complexo, regrado e conduzido pelo Congresso Nacional e pela Suprema Corte brasileira, que culminou em um impedimento. Tudo transcorreu dentro do mais absoluto respeito à ordem constitucional.”

“Temos clareza sobre o caminho a seguir: o caminho da responsabilidade fiscal e da responsabilidade social”, afirmou o presidente, ressaltando que a confiança já começa a se restabelecer-se e que um horizonte mais próspero começa a se delinear.

Temer aproveitou a oportunidade para convocar investidores estrangeiros a fazerem negócios com o Brasil. “Nosso projeto de desenvolvimento passa, principalmente, por parcerias em investimentos, em comércio, em ciência e tecnologia. Nossas relações com países de todos os continentes serão, aqui, decisivas.”

O presidente enfatizou que o Brasil tem um Judiciário independente, um Ministério Público atuante e órgãos do Executivo e do Legislativo que cumprem seu dever. “Não prevalecem vontades isoladas, mas a força das instituições, sob o olhar atento de uma sociedade plural e de uma imprensa inteiramente livre”, disse Temer, pouco antes de apontar como tarefa atual do país a retomada do crescimento econômico, a fim de restituir empregos aos trabalhadores brasileiros.

Tradição

Ter uma autoridade brasileira abrindo a série de pronunciamentos de chefes de Estado e de governo na assembleia geral é uma tradição na ONU, iniciada em 1947 pelo diplomata brasileiro Osvaldo Aranha. A exemplo de discursos feitos anteriormente por outros presidentes brasileiros, Temer reiterou a posição brasileira em defesa de uma reforma do Conselho de Segurança da entidade.

“As Nações Unidas não podem resumir-se a um posto de observação e condenação dos flagelos mundiais. Devem afirmar-se como fonte de soluções efetivas. Os semeadores de conflitos reinventaram-se. As instituições multilaterais, não. O Brasil vem alertando, há décadas, que é fundamental tornar mais representativas as estruturas de governança global, muitas delas envelhecidas e desconectadas da realidade. Há que reformar o Conselho de Segurança da ONU. Continuaremos a colaborar para a superação do impasse em torno desse tema”, disse Temer. Com informações da Agência Brasil.

PMDB e PT é a aliança que mais se repete nas eleições municipais deste ano


Eles podem ter rompido as relações no plano federal, mas nas eleições municipais deste ano a aliança que mais se repete em todo o Brasil é entre PMDB e PT. De acordo com levantamento feito por O Globo, o partido da ex-presidente Dilma apoia a legenda do presidente Michel Temer em 648 municípios. Ainda segundo a publicação, o PT compõe 30% das coligações que dão apoio a candidatos peemedebistas. PSDB, PSD, DEM, PP e PDT também reproduzem alianças com o PMDB. Enquanto em números absolutos o PT é o maior apoiador dos peemedebistas, proporcionalmente, o DEM é que o mais oferece apoio ao PSDB. Os democratas aparecem em 36% das alianças com os tucanos. Já PT e PCdoB reproduzem nessas eleições o casamento do plano federal. Os petistas apoiam os comunistas em 37% das coligações. (BN)

Nos EUA, Temer discursa na ONU e apresenta reformas


O presidente Michel Temer deu início no domingo (18), à sua primeira visita aos Estados Unidos, com uma agenda que será dividida entre a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e evento empresarial destinado a apresentar as reformas econômicas propostas por seu governo e à tentativa de atrair investimentos para os projetos de infraestrutura divulgados na semana passada.

Um grupo de cerca de 25 brasileiros receberam o presidente aos gritos de “Fora, Temer, golpista” quando ele chegou, no fim da tarde, ao hotel Plaza Athénée, onde ficará hospedado durante sua visita de três dias a Nova York. Esta é a segunda viagem internacional do presidente desde sua confirmação no cargo, em 31 de agosto. Logo depois de tomar posse, ele foi à China, onde participou de reunião de líderes do G-20.

Nesta segunda-feira (19), Temer fará o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, que, tradicionalmente, cabe ao presidente do Brasil. Não há previsão de uma reunião formal de Temer com o presidente dos EUA, Barack Obama, mas ambos devem se encontrar rapidamente no plenário da ONU, já que o norte-americano será o segundo a discursar. A assessoria de Temer disse que nem o Brasil nem os EUA propuseram encontro bilateral entre os presidentes.

Temer terá reuniões privadas com os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa; do Peru, Pablo Kuczynski; e do Uruguai, Tabaré Vázquez, cujo governo divulgou nota crítica ao impeachment de Dilma Rousseff no início do mês.

Agenda

O presidente brasileiro chegou a Nova York no fim da tarde de domingo, acompanhado dos ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, Meio Ambiente, Sarney Filho, e Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, e do secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, chegou a Nova York no sábado. O da Fazenda, Henrique Meirelles, se juntará à comitiva na terça-feira. Maurício Quintella, dos Transportes, chega a Nova York nesta segunda-feira.

A agenda oficial de Temer começa com a participação em uma reunião sobre a questão dos refugiados e migrantes convocada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. A questão dos refugiados também será discutida em um encontro promovido por Obama, na tarde de terça-feira. O governo dos EUA pressiona o Brasil e os demais países que participarão do evento a adotar metas específicas para o recebimento de refugiados nos próximos anos.

O clima será outro tema do encontro da ONU. Na quarta-feira, o Brasil será um dos países que comunicarão o secretário-geral da ONU que já ratificaram o Acordo de Paris. Fechado em dezembro, o tratado estabelece metas de redução das emissões que provocam efeito estufa. Para entrar em vigor, o tratado precisa ser ratificado por 55 países que representem 55% das emissões. O Brasil ratificou o acordo em 12 de setembro.

Empresários

Depois do evento do clima, Temer se reunirá com cerca de 20 CEOs de grandes empresas americanas, no qual pretende falar sobre as reformas propostas por seu governo e também conhecer a percepção deles em relação ao Brasil. Em seguida, terá almoço com investidores, analistas de mercado e representantes de agências de classificação de risco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ação contra Dilma e Temer fica para 2017 e elimina chance de diretas


O Tribunal Superior Eleitoral apresentou o calendário previsto internamente para o processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer na campanha de 2014. Como destaca a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a programação praticamente elimina a possibilidade de eleições diretas no caso de condenação.

O TSE deve receber ainda documentos inéditos e novos depoimentos serão realizados. Isso irá prorrogar para 2017 a conclusão da ação proposta pelo PSDB.

A publicação explica que, nNesse caso, a disputa seria indireta, por meio do Congresso, caso Dilma Rousseff e Michel Temer sejam condenados pelo tribunal.

Enquanto isso, integrantes centrão pretendem colocar em votação uma PEC de Miro Teixeira (Rede-RJ) que prevê eleição indireta para presidente somente se o cargo ficar vago a menos de seis meses do fim do mandato — o prazo hoje é de dois anos.

A mensagem de apoio que o centrão levou a Michel Temer em carta nesta quinta-feira (15) não demonstra apenas boa vontade do grupo com o Planalto.

‘Antes tarde do que nunca’, afirma Dilma Rousseff sobre cassação de Cunha


A ex-presidente Dilma Rousseff comentou pela primeira vez a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), principal articulador do golpe contra ela, quando era presidente da Câmara dos Deputados.

Cunha perdeu o mandato na última segunda-feira (12), por 450 votos contra apenas 10 favoráveis. Foi ele quem aceitou o pedido de impeachment contra Dilma quando presidia a Câmara, em 2015.

“Antes tarde do que nunca, mas os custos políticos da demora feriram a democracia brasileira com o golpe do impeachment”, comentou Dilma, em e-mail enviado à Folha, segundo a coluna Painel.

Candidatos pastores cresce 25% em quatro anos


O número de candidatos que usam ‘pastor’ no nome de urna cresceu 25% em comparação com as últimas eleições municipais, em 2012. De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 2.759 candidatos utilizam a palavra “pastor” no nome de campanha, 557, “pastora” e 15 usam variações como “pastorzinho” e “pastorzão”.

Segundo o portal G1, também estão concorrendo 2.186 candidatos registrados como “irmão” e 841 como “irmã”. Existem 150 candidatos que utilizam o termo “padre” antes do nome e 44 políticos que utilizam algum padre como referência no nome da urna.

Há ainda 63 “pais”, 37 “mães”, seis “freis” e 62 “bispos”, totalizando mais de 6.600 nomes com referências religiosas diretas. O levantamento leva em conta apenas palavras que não fazem parte do nome ou do sobrenome do candidato.

Temer nega boatos sobre FGTS e diz que benefício continuará financiando obras


O presidente Michel Temer aproveitou as comemorações de 50 anos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para desmentir boatos de que trabalhadores demitidos sem justa causa poderiam perder o direito ao saque desse benefício. Por meio de um vídeo divulgado hoje (14) pelo Palácio do Planalto, Temer garantiu que os recursos obtidos a partir desse fundo continuarão sendo usados para a ampliação das obras de saneamento e de moradia.

Na gravação, Temer lembrou que nos 50 anos de existência do FGTS, muitos dos valores obtidos a partir do fundo foram usados para ampliar o número de moradias no país, tendência que será mantida. Segundo ele, mais de 4 mil municípios, o que representa 73% dos municípios brasileiros, já tiveram obras financiadas pelos recursos do FGTS. “Vamos continuar a utilizar esse recursos para ampliar saneamento, moradia e outras atividades do Poder Público”, disse o presidente. “Serão aplicados mais de R$ 218 bilhões em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana”, acrescentou.

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O presidente Michel Temer disse que os recursos do FGTS continuarão sendo usados em obras de saneamento e habitação – Arquivo/Agência Brasil)

“De vez em quando se divulgou que quem tivesse perdido o emprego por despedida injusta não poderia sacar os valores do FGTS. Não é verdade. Não há nenhum pensamento a respeito dessa matéria no governo. O FGTS continuará a exercer o seu papel, como vem exercendo ao longo do tempo”.

Ainda nesta manhã, Temer anunciará, juntamente com o ministro Ricardo Barros, ações de gestão na saúde pública. Entre as medidas a serem divulgadas estão investimentos em Unidades de Pronto Atendimento e ações com entidades filantrópicas. Em seguida, às 11h, o presidente dará posse à nova advogada-geral da União, Grace Mendonça.

Cunha critica aliados, mas poupa Geddel: ‘sempre foi correto comigo’


O agora ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve o mandato parlamentar cassado na Câmara na noite desta segunda-feira (12), espalhava lamentos e reclamações nas horas que antecederam a votação no plenário. De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o peemedebista reclamava de Moreira Franco, secretário do presidente Michel Temer, e do próprio Temer. O único poupado teria sido o baiano Geddel Vieira Lima, ministro-chefe da Secretaria de Governo.

“Esse sempre foi correto comigo”, teria dito Cunha sobre o peemedebista da Bahia.

Ainda sobre o presidente, Cunha dizia que “Michel não fez nada” por ele, enquanto ouvia um emissário do Palácio do Planalto dizer que o governo não pode tudo. O peemedebista esperava lealdade do governo Temer por conta da sua atuação na instalação do impeachment de Dilma na Câmara e acabou levando o PMDB ao poder.

Fora da vida parlamentar, Cunha diz que vai escrever um livro sobre os bastidores da queda de Dilma e promete contar tudo. A estimativa é que seja lançado em dois meses.

*Bocão News