‘Lula é nosso candidato para 2018’, diz Rui Falcão


Ele deixou claro, em entrevista à Folha de S. Paulo, que o Partido dos Trabalhadores não tem plano B para as próximas eleições

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido lançará a candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2018. Ele deixou claro, em entrevista à Folha de S. Paulo, que o Partido dos Trabalhadores não tem plano B para as próximas eleições.

“Quem pensa em plano B descarta o plano A”, diz Falcão, que rejeita apoio a outro nome de esquerda, como Ciro Gomes (PDT). Falcão, que deixará o cargo em abril de 2017, defende Lula para o comando do PT.

Falcão reconhece alguns erros, após perder 61% das prefeituras que governava, mas atribui a sucessão de infortúnios a um “processo de perseguição” ao partido –no qual o juiz Sergio Moro teria papel proeminente.

Decisão de suspender Venezuela do Mercosul ‘é precedente perigoso’, afirma Dilma


A ex-presidente Dilma Rousseff divulgou neste sábado (3) uma nota na qual critica a decisão de suspender os direitos da Venezuela como sócia no Mercosul. Segundo a petista, a medida, anunciada pelos governo do Brasil, Argentina e Paraguai, é um “um ato e precedente perigoso e irresponsável pois compromete a convivência entre as nações da América do Sul”.

“Só faz política externa com porrete e ameaças um país imperial. Nação democrática tampouco desrespeita a soberania de um país-irmão”, reclamou.

Para Dilma, a suspensão é um recurso extremo e inadequado. No entanto, destacou, “não se pode esperar muito do governo ilegítimo que usurpou o meu mandato por meio de um golpe parlamentar travestido de impeachment”. “A medida mostra a pequenez do governo do Brasil diante das exigências da América Latina”, afirmou Dilma.

 Leia a íntegra

NOTA À IMPRENSA

A decisão de suspender a Venezuela do Mercosul, anunciada pelos governos do Brasil, Argentina e Paraguai, é um ato e precedente perigoso e irresponsável pois compromete a convivência entre as nações da América do Sul.

Só faz política externa com porrete e ameaças um país imperial. Nação democrática tampouco desrespeita a soberania de um país-irmão.

A justificativa para a retaliação é inconsequente porque dos 41 acordos dos quais é exigida a adesão da Venezuela, o próprio Brasil não ratificou pelo menos cinco deles. Outros países do Mercosul também não adotaram algumas dessas normativas.

A suspensão é um recurso extremo e inadequado. No entanto, não se pode esperar muito do governo ilegítimo que usurpou o meu mandato por meio de um golpe parlamentar travestido de impeachment.

A medida mostra a pequenez do governo do Brasil diante das exigências da América Latina.

*Estadão Conteúdo

‘Testa de ferro’ de Cunha e Cláudia Cruz é descoberto


O “testa de ferro’’ do deputado cassado Eduardo Cunha e de seus familiares para pagamentos em espécie é Sidney Roberto Szabo, que foi presidente do fundo de pensão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).

A informação foi divulgada pela reportagem do jornal O Globo, dentro das investigações apresentadas no âmbito da operação Lava-Jato. Mensagens encontradas pela Operação, apontam que ele providenciava dinheiro vivo para Cláudia Cruz, mulher de Cunha.

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Segundo o MPF, em mensagem eletrônica trocada entre Sidney Szabo e o contador, em 2013, Szabo busca informações a respeito de nota fiscal a ser emitida em favor de Cláudia Cruz, para que seja gerado um “valor líquido” de R$ 40 mil. Os procuradores acreditam que os dois se referiam a dinheiro em espécie.

Outra mensagem mencionada pelos procuradores foi trocada entre Szabo e Danielle Dytz da Cunha, filha do ex-deputado. Danielle teria solicitado que fossem providenciados pagamentos a pessoas físicas no valor de R$ 79,9 mil.

PSDB cogita apoiar fim de governo Temer e ter FHC na presidência, diz jornal


O PSDB não está satisfeito com o governo de Michel Temer e já cogita apoiar a saída dele do Palácio do Planalto caso a economia não se recupere. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o partido já conversa sobre a possibilidade de Fernando Henrique Cardoso ser eleito em uma eventual eleição indireta.

O PSDB espera que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possa cassar a chapa formada por Michel Temer e Dilma Rousseff para a eleição de 2014 e um novo presidente tenha que ser escolhido. A sigla coloca o mês de março como data limite para que a economia se recupere no país e Temer consiga ter a imagem de um presidente que conseguiu organizar as contas públicas.

Nesta quarta-feira (30), o IBGE anunciou que o PIB brasileiro caiu 0,8% no terceiro trimestre de 2016. Este foi o sétimo trimestre consecutivo com queda na economia.

*BN

Maioria do STF aceita denúncia e Renan vira réu por peculato


A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu aceitar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2013 contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) pelo crime de peculato, que consiste no desvio de dinheiro público. Se os votos já proferidos forem mantidos, Renan passa à condição de réu no STF.

A sessão continua para que os ministros possam decidir sobre a prescrição dos crimes de falsificação e uso de documento falso. A Corte debate as divergências apresentadas nos votos já proferidos. Votaram, até o momento, os ministros Edson Fachin, relator, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Marco Aurélio. Faltam os votos dos ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia.

Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela rejeição total da denúncia por entenderem que não há indícios para a abertura de ação penal.

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Foto: Carlos Humberto/SCO/STF

O Supremo julga nesta tarde denúncia na qual Renan é acusado de usar o lobista de uma empreiteira para pagar pensão a uma filha que teve fora do casamento. O peemedebista também é acusado de ter adulterado documentos para justificar os pagamentos. O caso foi revelado em 2007. Na época, após a denúncia, Renan teve de renunciar à presidência do Senado.

Senado: Otto vota contra urgência para medidas anticorrupção


O senador baiano Otto Alencar (PSD) se posicionou contra a articulação feita por um grupo de senadores para votar nesta quarta-feira (30), às pressas, o projeto de medidas anticorrupção. A proposta foi aprovada na madrugada desta quarta, na Câmara dos Deputados, com uma série de mudanças em relação ao texto original, enviado à Casa pelo Ministério Público Federal.

As modificações receberam duras críticas de deputados da oposição, magistrados e procuradores da força-tarefa da Lava Jato, que chegaram a ameaçar deixar os trabalhos da operação, caso o projeto seja aprovado no Senado.

Em entrevista ao Bahia Notícias, Otto disse ter votado contra o requerimento de urgência apresentado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

“Não se podia aprovar uma matéria dessa natureza de forma tão rápida. Tem que se agir com moderação, equilíbrio”, afirmou. Agora, a proposta vai para a Comissão de Constituição e Justiça, onde será discutida pelo colegiado. (BN)

Lula será ouvido por Moro pela primeira vez nesta quarta-feira (30)


O ex-presidente Lula, arrolado como testemunha de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha, será ouvido pelo juiz Sérgio Moro na tarde nesta quarta-feira (30), por meio de videoconferência. Esta será a primeira vez que Lula falará ao juiz.

O ex-presidente estará em São Bernardo do Campo, de acordo com informações do G1.

Testemunhas nas ações penais contra o próprio ex-presidente e contra o ex-deputado federal Eduardo Cunha também serão ouvidas, durante toda esta quarta-feira.

Primeiro vão depor quatro testemunhas de acusação no processo contra Lula, entre elas o pecuarista José Carlos Bumlai, que já foi condenado na Lava Jato, por ter feito um empréstimo e repassado ao PT, e o empresário Armando Dagre Magri, que afirmou ter visto a ex-primeira-dama Marisa Letícia em um apartamento tríplex, no Guarujá, litoral paulista.

À tarde, a partir das 14h, Moro retoma a audiência do processo contra Lula para ouvir mais três testemunhas de acusação. Dessas, duas são ex-executivos da construtora OAS, que trabalhavam na empresa à época em que as supostas irregularidades teriam ocorrido.

Bumlai voltará a ser ouvido a partir das 17h30, no processo contra Eduardo Cunha, mas dessa vez na condição de testemunha de defesa. A ação contra o ex-deputado trata sobre o pagamento de propina devido ao contrato de exploração de petróleo no Benin, na Áfica. Segundo o MPF, Cunha também usou contas na Suíça para lavar o dinheiro. Com informações do Notícias ao Minuto.

Câmara: Durante a madrugada, deputados modificam pacote anticorrupção


Em uma votação que varou a madrugada desta quarta-feira (30) o plenário da Câmara aprovou uma série de mudanças no pacote de medidas contra corrupção proposto pelo Ministério Público Federal. Para o relator do projeto, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o pacote foi completamente desconfigurado.

Apesar de terem desistido de incluir no pacote a anistia à prática do caixa 2, os deputados incluíram medidas polêmicas e retiraram do textos propostas consideradas essenciais do projeto. O projeto seguirá agora para a apreciação do Senado.

“O objetivo inicial do pacote era combater a impunidade, mas isso não vai acontecer porque as principais ferramentas foram afastadas. O combate à corrupção vai ficar fragilizado e, com um agravante, que foi a essa intimidação dos investigadores”, disse o relator.

Ao final da votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o resultado e disse que se tratou de uma decisão “democrática do plenário”. “Mesmo que não tenha sido o que alguns esperavam, isso foi o que a maioria decidiu”, disse.

Desde que o projeto foi votado na comissão especial na semana passada, líderes partidários não esconderam o descontentamento com o relatório elaborado por Lorenzoni. Segundo os parlamentares, o projeto contemplava apenas os interesses do Ministério Público.

Na madrugada desta quarta, o chamado texto-base do projeto foi aprovado praticamente por unanimidade, mas depois disso diversas modificações no projeto foram aprovadas. A primeira delas foi a inclusão no pacote da previsão de punir por crime de abuso de autoridade magistrados, procuradores e promotores. A emenda, que obteve o apoio de 313 deputados, foi vista como uma retaliação por membros da força-tarefa da Operação Lava Jato. Muitos dos que votaram a favor da medida são investigados por conta do esquema de corrupção da Petrobras.

Os deputados também incluíram a possibilidade de punir policiais, magistrados e integrantes do MP de todas as instâncias que violarem o direito ou prerrogativas de advogados. A emenda foi patrocinada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Entre as medidas que foram retiradas do texto está a criação da figura do “reportante do bem”, que era uma espécie de delator que não havia participado do esquema de corrupção, mas que contaria tudo o que sabia e seria premiado com até 20% dos valores que fossem recuperados.

Os deputados também retiraram do pacote a previsão de dar mais poder ao Ministério Público em acordos de leniência com pessoas físicas e jurídicas em atos de corrupção.

A Câmara derrubou ainda a responsabilização dos partidos políticos e dirigentes partidário por atos cometidos por políticos filiados às siglas. Outra medida suprimida foi a tipificação do crime de enriquecimento ilícito e das regras que facilitavam o confisco de bens provenientes de corrupção.

Do texto original enviado pelo Ministério Público Federal, foram mantidos no pacote apenas a criminalização do caixa 2 de campanha eleitoral, o aumento de punição para crime de corrupção (com crime hediondo a partir de 10 mil salários mínimos), a transparência para tribunais na divulgação de dados processuais, limitação de recursos para protelação de processos e ação popular, este último incluído pelo relator no pacote. Com informações do Estadão Conteúdo.

Governo: Oposição anuncia novo pedido de impeachment contra Temer


Partidos e organizações de esquerda reunidos na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (29) anunciaram a intenção de protocolar no próximo dia 6 um novo pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer.

Fazem parte do grupo PT, PC do B, PDT, PSOL, UNE (União Nacional dos Estudantes), CUT (Central Única dos Trabalhadores) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), entre outros.

O pedido se somará ao já apresentado isoladamente nesta segunda-feira (28) pelo PSOL.

Assim como o anterior, a tendência é a de que o novo documento também caminhe para os arquivos da Câmara. Isso porque cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir se esses pedidos devem seguir a tramitação ou ser sumariamente rejeitados.

Maia é um dos principais aliados de Michel Temer.

“Há consenso de que há crime de responsabilidade e de que o pedido de impeachment é a peça concreta que cabe neste momento”, afirmou a líder da oposição na Câmara, Jandira Feghali (PC do B-RJ), após a reunião. Além de deputados, senadores e integrantes dos grupos, participou da reunião também o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão (gestão de Dilma Rousseff).

Assim como o do PSOL, o novo pedido de impeachment é baseado no argumento de que o presidente cometeu crime de responsabilidade no caso que resultou na saída do governo dos ministros Marcelo Calero (Cultura) e Geddel Vieira Lima (Governo).

Em entrevista coletiva no domingo (27) Temer negou ter agido em benefício de Geddel no episódio da liberação de um empreendimento imobiliário na Bahia e disse não ter cometido ilegalidades.

De acordo com Feghali, o pedido deve ser assinado pelas entidades de esquerda e apoiado pelos partidos de oposição. Com informações da Folhapress.

‘Não temos instituições muito sólidas’, afirma Temer a empresários


O presidente da República, Michel Temer, declarou, em evento a empresários nesta segunda-feira (28) em Brasília, que o Brasil “não tem instituições muito sólidas” e, por isso, qualquer “fatozinho” consegue abalar as instituições.

De acordo com o presidente, em viagens que tem feito ao exterior, os empresários estrangeiros se mostram “ansiosos” para investir no país, mas certas instabilidades institucionais, sem citar casos específicos, acabam, segundo ele, assustando os potenciais investidores. Para Temer, essas instabilidades são “passageiras” e não devem ser “levadas a sério”.

“Os senhores imaginam o capital estrangeiro como está ansioso para aplicar no Brasil? Os senhores sabem melhor do que eu, mas é interessante que de vez em quando há uma certa instabilidade institucional, não é? Um fato ou outro. Como nós não temos instituições muito sólidas, qualquer fatozinho, me permita a expressão, ela abala as instituições. Então, o investidor fica um pouco assustado […]. Essas instabilidades são passageiras e elas não podem ser levadas a sério porque levado a sério tem que ser o país”, afirmou.

Ao longo do discurso, que durou quase 30 minutos, Temer disse que o governo está fazendo o possível para sair da recessão e gerar confiança e que “não decepcionará” os empresários.

Na fala, ele citou ações para tentar retomar o crescimento e conter o déficit público, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e o plano de concessões à iniciativa privada, inclusive com a cessão de prédios públicos.

“Vamos privatizar várias entidades e prédios públicos que pertencem à União e são desnecessários. Tudo o que eu digo está pautado pelo texto constitucional. Precisamos harmonizar as duas forças produtivas do país, o empresariado e o trabalhador”, disse.

Na avaliação do presidente, a população busca agora uma “democracia da eficiência nos serviços públicos e privados” e o governo não deve se assustar com “eventuais” movimentos que a pleiteiam.

“As pessoas normalmente têm pressa e é natural. Não temos que nos impressionar com os movimentos sociais, pois são postulações legítimas […] para logo alcançarmos o crescimento do país. […] Na verdade, não devemos nos assustar com eventuais movimentos que pleiteiam cada vez mais eficiência”, acrescentou. (G1)