Decano do STF Celso de Mello, diz que a fala de Eduardo Bolsonaro é golpista


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, afirmou que as declarações de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do Jair Bolsonaro, de que bastam um cabo e um soldado para fechar o STF, são “inconsequentes e golpistas”.

Disse ainda que a votação expressiva, recebendo quase 2 milhões de votos, que o deputado obteve para o parlamento não legitima uma “investida contra a ordem político-jurídica”.

Celso de Mello teve uma das reações mais indignadas e enfurecidas. Questionado, decidiu enviar a declaração por escrito à Folha, e pediu que ela fosse publicada “na íntegra e sem cortes”.

Escreveu Celso de Mello: “Essa declaração, além de inconsequente e golpista, mostra bem o tipo (irresponsável) de parlamentar cuja atuação no Congresso Nacional, mantida essa inaceitável visão autoritária, só comprometerá a integridade da ordem democrática e o respeito indeclinável que se deve ter pela supremacia da Constituição da República!!!! Votações expressivas do eleitorado não legitimam investidas contra a ordem político-jurídica fundada no texto da Constituição! Sem que se respeitem a Constituição e as leis da República, a liberdade e os direitos básicos do cidadão restarão atingidos em sua essência pela opressão do arbítrio daqueles que insistem em transgredir os signos que consagram, em nosso sistema político, os princípios inerentes ao Estado democrático de Direito”.

O vídeo com as declarações de Eduardo Bolsonaro, que circulam foram realizadas durante uma palestra, causando imenso desconforto na Suprema Corte.

Os ministros aguardam a chegada do presidente da Corte, Dias Toffoli, para discutir um posicionamento, o mesmo estava em Veneza para compromissos profissionais e deve chegar nesta segunda-feira (22) em Brasília.

50% dos eleitores afirmam que há ‘alguma chance’ de haver nova ditadura no Brasil, diz Datafolha


Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (19) traçou a opinião dos brasileiros sobre chances de haver uma nova ditadura no Brasil, opiniões sobre as realizações do regime e ainda sobre o direito de ação do governo em relação a oito temas.

Na primeira pergunta sobre o tema, o Datafolha perguntou: “Atualmente, você acha que há alguma chance de haver uma nova ditadura no Brasil?”.

As respostas foram:

  • Sim, há muita chance – 31%
  • Sim, um pouco de chance – 19%
  • Nenhuma chance – 42%
  • Não sabe – 8%

De acordo com o instituto, o índice de eleitores que declararam haver alguma chance cresceu 11 pontos em comparação com a pesquisa de fevereiro de 2014. Os que respondiam que “há muita chance” passou de 15% para 31%, e os que diziam haver “um pouco de chance” passou de 24% para 19%.

Já, o índice de eleitores que declararam não haver nenhuma chance de uma nova ditadura no país recuou de 51% para 42% e 8% não opinaram (era 10%).

Sexo, renda e eleitores

No detalhamento por segmentos, a pesquisa mostra que os maiores percentuais de quem afirmou que não há “nenhuma chance” está entre os homens e as pessoas com renda acima de 5 salários mínimos. A percepção de que há “alguma chance” de uma nova ditadura no país é mais alta entre as mulheres.

Masculino

  • Sim, há muita chance – 27%
  • Sim, um pouco de chance – 18%
  • Nenhuma chance – 50%
  • Não sabe – 5%

Feminino

  • Sim, há muita chance – 34%
  • Sim, um pouco de chance – 21%
  • Nenhuma chance – 34%
  • Não sabe – 11%

Renda – mais de 10 salários mínimos

  • Sim, há muita chance – 22%
  • Sim, um pouco de chance – 16%
  • Nenhuma chance – 60%
  • Não sabe – 2%

Renda – mais de 5 a 10 salários mínimos

  • Sim, há muita chance – 23%
  • Sim, um pouco de chance – 15%
  • Nenhuma chance – 60%
  • Não sabe – 2%

Renda – mais de 2 a 5 salários mínimos

  • Sim, há muita chance – 29%
  • Sim, um pouco de chance – 20%
  • Nenhuma chance – 46%
  • Não sabe – 5%

Renda – até 2 salários mínimos

  • Sim, há muita chance – 36%
  • Sim, um pouco de chance – 21%
  • Nenhuma chance – 31%
  • Não sabe – 11%

Bolsonaro e Haddad

O instituto aponta ainda que a percepção de que há “alguma chance” de uma nova ditadura é mais alta entre os eleitores de Fernando Haddad (PT), com 75%. Entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PSL), a percepção de não haver possibilidade de uma nova ditadura no país é mais alta: 65%.

Entre os eleitores de Jair Bolsonaro

  • Sim, há muita chance – 13%
  • Sim, um pouco de chance – 16%
  • Nenhuma chance – 65%

Entre os eleitores de Fernando Haddad

  • Sim, há muita chance – 53%
  • Sim, um pouco de chance – 22%
  • Nenhuma chance – 16%

Realizações da ditadura

O instituto também perguntou: “Pelo que você sabe ou ouviu dizer, a ditadura militar que governou o país de 1964 a 1985 deixou mais realizações positivas do que realizações negativas para o Brasil ou deixou mais realizações negativas do que realizações positivas para o Brasil?”.

As respostas foram:

  • Deixou mais realizações positivas do que realizações negativas – 32%
  • Deixou mais realizações negativas do que realizações positivas – 51%
  • Não sabe – 17%

No detalhamento por segmentos, a pesquisa aponta que que na região Sul está o maior percentual de eleitores que acredita que a ditadura deixou mais realizações positivas do que negativas. No Nordeste, o maior percentual dos que apontam mais realizações negativas.

Sul

  • Deixou mais realizações positivas do que realizações negativas – 41%
  • Deixou mais realizações negativas do que realizações positivas – 37%
  • Não sabe – 22%

Nordeste

  • Deixou mais realizações positivas do que realizações negativas – 24%
  • Deixou mais realizações negativas do que realizações positivas – 58%
  • Não sabe – 18%

Direito de ação do governo sobre 8 temas

A pesquisa também questionou: “Vou ler algumas frases e gostaria que você dissesse de cada uma se você concorda ou discorda que o governo brasileiro deva ter o direito de:”

Proibir greves

  • CONCORDA – 24%
  • Concorda totalmente – 14%
  • Concorda em parte – 10%
  • NEM CONCORDA NEM DISCORDA – 2%
  • DISCORDA – 72%
  • Discorda em parte – 15%
  • Discorda totalmente – 57%
  • NÃO SABE – 2%

Intervir nos sindicatos?

  • CONCORDA – 41%
  • Concorda totalmente – 24%
  • Concorda em parte – 17%
  • NEM CONCORDA NEM DISCORDA – 2%
  • DISCORDA – 51%
  • Discorda em parte – 14%
  • Discorda totalmente – 37%
  • NÃO SABE – 6%

Proibir a existência de algum partido?

  • CONCORDA – 33%
  • Concorda totalmente – 21%
  • Concorda em parte – 11%
  • NEM CONCORDA NEM DISCORDA – 2%
  • DISCORDA – 61%
  • Discorda em parte – 14%
  • Discorda totalmente – 47%
  • NÃO SABE – 4%

Censurar jornais, TV e Rádio?

  • CONCORDA – 23%
  • Concorda totalmente – 13%
  • Concorda em parte – 10%
  • NEM CONCORDA NEM DISCORDA – 1%
  • DISCORDA – 72%
  • Discorda em parte – 11%
  • Discorda totalmente – 61%
  • NÃO SABE – 4%

Fechar o Congresso Nacional?

  • CONCORDA – 21%
  • Concorda totalmente – 14%
  • Concorda em parte – 8%
  • NEM CONCORDA NEM DISCORDA – 2%
  • DISCORDA – 71%
  • Discorda em parte – 17%
  • Discorda totalmente – 54%
  • NÃO SABE – 6%

Prender suspeitos sem a autorização da Justiça?

  • CONCORDA – 32%
  • Concorda totalmente – 21%
  • Concorda em parte – 11%
  • NEM CONCORDA NEM DISCORDA – 1%
  • DISCORDA – 65%
  • Discorda em parte – 15%
  • Discorda totalmente – 50%
  • NÃO SABE – 3%

Torturar suspeitos para tentar obter confissões ou informações?

  • CONCORDA – 16%
  • Concorda totalmente – 10%
  • Concorda em parte – 7%
  • NEM CONCORDA NEM DISCORDA – 1%
  • DISCORDA – 80%
  • Discorda em parte – 11%
  • Discorda totalmente – 68%
  • NÃO SABE – 3%

Controlar o conteúdo das redes sociais?

  • CONCORDA – 43%
  • Concorda totalmente – 24%
  • Concorda em parte – 18%
  • NEM CONCORDA NEM DISCORDA – 1%
  • DISCORDA – 52%
  • Discorda em parte – 11%
  • Discorda totalmente – 42%
  • NÃO SABE – 4%

Sobre a pesquisa

  • Margem de erro: 2 pontos percentuais para mais ou para menos
  • Entrevistados: 9.137 eleitores em 341 municípios
  • Quando a pesquisa foi feita: 17 e 18 de outubro
  • Registro no TSE: BR-07528/2018
  • Contratantes da pesquisa: TV Globo e “Folha de S.Paulo”
  • nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.

Vox Populi: Haddad cresce e chega a 46% dos votos válidos; Bolsonaro tem 54%


No total de votos, contando brancos, nulos e indecisos, Haddad tem 37% contra 43% do capitão da reserva. Segundo a pesquisa, 12% declararam que votarão em branco ou nulo e 8% ainda estão indecisos.

 

Pesquisa Vox Populi divulgada nesta sexta-feira (19) mostra um crescimento da candidatura de Fernando Haddad (PT) na reta final do segundo turno das eleições presidenciais. O petista aparece com 46% dos votos válidos, enquanto o oponente, Jair Bolsonaro (PSL) tem 54%, na pesquisa espontânea. Na pesquisa estimulada, quando são mostrados os nomes dos candidatos, o petista tem 47% dos votos válidos, contra 53% do militar.

No total, contando votos brancos, nulos e indecisos, Haddad tem 37% contra 43% do capitão da reserva. Segundo a pesquisa, 12% declararam que votarão em branco ou nulo e 8% ainda estão indecisos.

Por região

Na pesquisa espontânea por regiões, Haddad marca 55% da preferência do eleitorado nordestino, contra 27% de Bolsonaro. O capitão da reserva fica à frente nas demais regiões. No Sudeste, marca 49%, contra 28% do petista, no Sul, 53% a 33%, e no Centro Oeste/Norte, 45% a 34%.

Mudança de voto

Segundo o Vox Populi, entre os eleitores que definiram seu voto, 8% ainda podem mudar de ideia e outros 3% dizem que não há nada decidido e “podem mudar de ideia até amanhã” – 89% dizem que não pretendem mudar de ideia.

Rejeição

Em relação à rejeição, os dois candidatos estão empatados tecnicamente. De acordo com a pesquisa, Haddad é rejeito por 41% dos eleitores ouvidos, enquanto Bolsonaro tem índice de rejeição de 38%.

A pesquisa ouviu 2 mil eleitores entre os dias 16 e 17 de outubro em 120 municípios de todos os estados e o Distrito Federal. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Ibope: entre os nordestinos, Haddad tem 57%; Bolsonaro, 33%


A pesquisa Ibope divulgada na noite desta segunda-feira (15) traz um cenário em que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) lidera as intenções de votos na maioria das regiões do país, exceto o Nordeste.

No Sul, está o maior percentual de apoiadores de Bolsonaro: 62%. Lá, 28% preferem Haddad.

No cenário nacional, o candidato Jair Bolsonaro tem 59% dos votos válidos, enquanto Haddad tem 41%.

A pesquisa Ibope tem margem de erro de 2% para mais ou para menos, ouviu 2.506 mil eleitores em 176 municípios e foi feita entre os dias 13 e 14 de outubro. O estudo está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob número BR‐01112/2018. O nível de confiança é 95%.

Eleições 2018: Bolsonaro e Haddad empatam tecnicamente em pesquisa CNT/MDA


Levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) feito pelo instituto MDA, divulgado neste domingo, 30, mostra, pela primeira vez, um empate técnico entre os candidatos à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Segundo a pesquisa, Bolsonaro tem 28,2% das intenções de voto e Haddad 25,2%.
 Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 9,4%, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 7,3%.
No segundo turno, Haddad venceria Bolsonaro por 42,7% a 37,3%. Bolsonaro perderia de Ciro e venceria Alckmin. Haddad aparece empatado tecnicamente com Ciro, e ambos venceriam Alckmin em um eventual segundo turno.
A pesquisa foi realizada na quinta, 27, e na sexta-feira. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
 Confira os números da intenção de voto estimulada para o 1º turno:
Jair Bolsonaro 28,2%
Fernando Haddad 25,2%
Ciro Gomes 9,4%
Geraldo Alckmin 7,3%
Marina Silva 2,6%
Henrique Meirelles 2%
João Amoêdo 2%
Álvaro Dias 1,7%
Cabo Daciolo 0,7%
Guilherme Boulos 0,4%
Vera 0,3%
João Goulart Filho 0,1%
José Maria Eymael 0,1%
Branco/Nulo 11,7%
Indecisos 8,3%

Lewandowski autoriza Lula a conceder entrevistas a jornalistas


O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou hoje (28) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder entrevistas da carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde ele se encontra preso desde 7 de abril.

A decisão do ministro foi proferida após reclamação ao STF feita pela jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, e pelo jornalista Florestan Fernandes. Eles contestaram decisão da juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, que em agosto havia negado o acesso da imprensa a Lula.

Lewandowski acolheu os argumentos dos reclamantes e entendeu que a decisão da juíza seria uma censura prévia ao trabalho da imprensa, o que viola decisão do próprio Supremo, que na ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) 130 vetou qualquer tipo de censura prévia.

Ex-presidente Lula participa da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil

“Dessa forma, não há como se chegar a outra conclusão, senão a de que a decisão reclamada, ao censurar a imprensa e negar ao preso o direito de contato com o mundo exterior, sob o fundamento de que ‘não há previsão constitucional ou legal que embase direito do preso à concessão de entrevistas ou similares’, viola frontalmente o que foi decidido na ADPF 130”, escreveu Lewandowski.

O ministro também afastou a justificativa da juíza de que o acesso de jornalistas a Lula causaria um problema de segurança na carceragem onde ele se encontra, citando diversas entrevistas que presos em regime fechado concederam, “sem que isso acarrete problemas maiores ao sistema carcerário”. Entre as entrevistas citadas está a do ex-senador Luiz Estevão (2017), a do narcotraficante Marcinho VP (2016) e a da cantora mexicana Gloria Trevi (2001).

“Não é crível, portanto, que a realização de entrevista jornalística com o custodiado, ex-presidente da República, ofereça maior risco à segurança do sistema penitenciário do que aquelas já citadas, concedidas por condenados por crimes de tráfico, homicídio ou criminosos internacionais, sendo esse um argumento inidôneo para fundamentar o indeferimento do pedido de entrevista”, disse o ministro.

Desde 7 de abril, Lula cumpre, na capital paranaense, pena de 12 anos e um mês de prisão, imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

Fonte: EBC

Após sofrer atentado, Bolsonaro aparece com 30% das intenções de voto; diz pesquisa


Após sofrer atentado, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 30% das intenções de voto em pesquisa FSB/BTG Pactual divulgada nesta segunda-feira (10). O levantamento foi o primeiro realizado depois do ataque sofrido por Bolsonaro na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, na última quinta-feira (06).

Na segunda posição aparece o candidato Ciro Gomes (PDT), com 12% das intenções de voto. Em seguida, três candidatos registraram 8%: Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Fernando Haddad (PT). João Amoêdo (Novo) e Alvaro Dias (Podemos) tiveram 3%.

Os eleitores de Bolsonaro são os que têm mais certeza do seu voto. Para 78% deles, a decisão é definitiva. Nesse quesito, Haddad (68%) aparece em segundo lugar, seguido por Alvaro Dias (62%), Amoêdo (59%), Ciro (58%), Alckmin (49%), Boulos (40%), Marina (37%) e Meirelles (24%).

O levantamento foi realizado entre os dias 8 e 9 de setembro com 2000 eleitores e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Ela foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TRE) com o número BR-01522/2018.

 

Candidato à presidência Jair Bolsonaro leva facada durante ato público em Juiz de Fora


O candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro, levou uma facada na região da barriga durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), na tarde desta quinta-feira (06). Um suspeito foi preso.

Bolsonaro foi levado à Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. O hospital informou que ele deu entrada na emergência por volta de 15h40, com “uma lesão por material perfurocortante na região do abdômen”.

Inicialmente, um de seus filhos, o deputado estadual Flavio Bolsonaro, afirmou que o ferimento havia sido superficial, mas exame indicou a suspeita de uma lesão no fígado. Ele foi encaminhado para cirurgia, e os médicos constataram que não houve lesão no fígado, mas houve lesões no intestino.

Na cirurgia, foi feita uma ileostomia, um procedimento que conecta o intestino delgado para uma bolsa fora do corpo, evitando que as fezes passem pelo intestino grosso e possam causar uma infecção no local onde os médicos resolveram a perfuração.

Em nota, a Polícia Federal afirmou: “[Bolsonaro] contava com a escolta de policiais federais quando foi atingido por uma faca durante um ato público na cidade de Juiz de Fora (MG). O agressor foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da PF naquele município. Foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato”.

O suspeito de ter dado a facada foi identificado pela PM como Adélio Bispo de Oliveira. Segundo informações da polícia, ele foi espancado por pessoas que estavam no local.

Segundo o comandante do 2º Batalhão da PM de Juiz de Fora, tenente-coronel Marco Antônio Rodrigues de Oliveira, o suspeito “alegou que tentou ferir o candidato Jair Bolsonaro por ter divergências de ideias e pensamentos com ele. Ele não tem nenhuma filiação partidária. Falou que [foi] uma questão pessoal dele. Depois não manifestou mais nada”.

A polícia fez buscas em um imóvel onde Oliveira morou em Montes Claros, cidade a cerca de 800 km de Juiz de Fora, mas não encontrou nada.

No momento em que foi esfaqueado, Bolsonaro estava sendo carregado nos ombros por um apoiador de sua campanha, fazendo corpo a corpo com eleitores, na região do Parque Halfeld. Enquanto ele acenava para os simpatizantes de sua candidatura, o homem se aproximou e deu uma facada no presidenciável.

Informações: G1

 

Big Data: Rui lidera corrida pelo Palácio de Ondina nos quatro cantos da Bahia


A pesquisa eleitoral realizada pela Real Time Big Data entre os dias 16 e 17 deste mês de agosto mostra que o governador Rui Costa (PT) lidera a corrida pelo Palácio de Ondina em todas as regiões da Bahia. O estudo por região foi divulgado pela RecordTV Itapoan nesta segunda-feira (27).

Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o petista aparece com 61% das intenções de voto. Zé Ronaldo, candidato ao governo pelo DEM, tem 12%. O terceiro colocado é João Henrique (PRTB), que pontua com 1%. Os outros candidatos somam 3%. Indecisos representam 15%, nulos e brancos, 8%.

No sul baiano, Rui Costa lidera com 46%; Zé Ronaldo, 10%; outros, 1%; indecisos, 28%; nulo e branco, 15%.

No centro-norte e nordeste, o petista também aparece a frente dos demais candidatos com 48%. Zé Ronaldo tem 30%; João Henrique, 1%; outros, 3%; indecisos, 12%; nulos e brancos, 6%.

Nas regiões do oeste baiano e Vale do Rio São Francisco, Rui Costa tem 55%.  Zé Ronaldo aparece com 12%; outros 1%; indecisos são 27%, nulo ou branco representam 5%.

A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob número de identificação BA-05201/2018, ouviu 1.200 eleitores, tem nível de confiança de 95% e margem de erro de até 3% para mais ou para menos.

 Por: Redação BNews

Com discurso moralista, Bolsonaro pode ajudar a eleger vereador com passagem na polícia e prefeito impopular na Bahia


Com discurso moralista, o candidato a presidente da república, Jair Bolsonaro (PSL) acumulou grande eleitorado nos últimos anos, sobretudo a gama de brasileiros mais conservadores. O icônico deputado federal, apelidado de “mito”, virou uma espécie de “mártir da moralidade pública” após defender posicionamentos polêmicos em programas popularescos de baixa audiência na TV aberta.

De um instante para o outro, o que era considerado apenas piada, acabou se tornando coisa séria quando Bolsonaro decidiu se lançar pela primeira vez ao Executivo – após quase três décadas na Câmara Federal.

Bolsonaro tem um discurso voltado ao combate dos direitos de gays, mulheres e cotas para negros. E tem se colocado como um candidato honesto em meio ao lamaçal que tomou conta da política nos últimos anos. No entanto, na Bahia, as alianças políticas fechadas pelo presidenciável vão de encontro a sua conduta ética e moral.

Ele selou uma aliança que pode eleger dois personagens bastante conhecidos do eleitorado baiano: o vereador Igor Kannário (PHS) e o ex-prefeito João Henrique (PRTB). O primeiro almeja uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia. O segundo, a cadeira do governador. A ajuda se dará porque o PSL coligou com o PRTB na chapa majoritária e com o PHS na proporcional.

Kannário, célebre pela alcunha de “Príncipe do Gueto”, já foi detido e teve seu nome envolvido em diversas polêmicas. Em 2014, ele foi conduzido até a delegacia após ser acusado de desacato a um policial.  Em 2015, também foi detido por porte de maconha.

Desde então, se expressa duramente contra agentes ligados a segurança pública – justamente o eleitorado da chapa de Bolsonaro. Um discurso que arrebata as multidões nas regiões periféricas e desperta impopularidade entre as autoridades. Mais recentemente, no início de 2018, foi parado em uma blitz e teve o veículo apreendido por causa do licenciamento atrasado.

Já João Henrique é considerado um dos prefeitos mais impopulares da história de Salvador. Em 2009, o ex-gestor teve a popularidade medida com nota 5,1, de 10, pelo instituto da Datafolha. Sua gestão ficou bastante marcada diante da população pela pouca atenção para a mobilidade urbana e segurança dos bens públicos da cidade, além de atrasos em grandes obras (como a do metrô).

João Henrique também manteve uma relação bastante próxima com o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) – preso no ano passado por suspeita de ser dono de um montante de R$ 51 milhões em dinheiro vivo, guardados em um apartamento na capital baiana. Na época, o emedebista foi um dos principais articuladores que ajudaram na reeleição do ex-prefeito.

Informações: BNews