Trump ou Biden? Americanos votam nesta terça em eleição sob tensão máxima


Dezenas de milhões de americanos comparecem às urnas nesta terça-feira, 3 de novembro, para escolher entre o presidente Donald Trump e o candidato democrata Joe Biden, em eleições que marcam a divisão e a polarização nos Estados Unidos, país abalado pela pandemia de covid-19 e a crise econômica.

O país também se prepara para eleições marcadas pela incerteza, já que o elevado percentual de votos emitidos por correio devido à pandemia do coronavírus dificultam o anúncio do resultado ainda na terça-feira à noite e o presidente já afirmou que seus advogados estão prontos para uma disputa judicial.

Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama e tem 77 anos, lidera as pesquisas e espera conquistar a Casa Branca para os democratas.

O presidente republicano, de 74 anos, demonstrou uma grande energia nos últimos dias e seguiu um ritmo frenético de campanha. Ele promete voltar a surpreender e contrariar as pesquisas, como fez em 2016.

“Vamos ter outra vitória maravilhosa”, afirmou Trump para simpatizantes em Grand Rapids, Michigan, mesmo local em que encerrou a campanha há quatro anos.

No fim de sua campanha em Pittsburgh, Biden afirmou que o objetivo será “curar o país” e pediu a todos que “se levantem e recuperem” a democracia.

A disputa eleitoral foi marcada pela pandemia de Covid-19, que provocou mais de 231 mil mortes no país.

Biden acusa o presidente – que foi hospitalizado depois de contrair a covid-19 – de “propagar” o vírus em seus comícios e Trump respondeu com a alegação de que o rival pretende “fechar” o país.

Dixville Notch, um vilarejo de 12 habitantes na região nordeste dos Estados Unidos, cumpriu a tradição de ser a primeira localidade a abrir as urnas à meia-noite. Mas o restante da Costa Leste abrirá os locais de votação às 6h ou 7h locais (8h e 9h de Brasília).

Mais quatro anos de Trump?

“Não posso suportar mais quatro anos de Trump”, declarou à AFP em Pittsburgh Jane Perry, uma aposentada que compareceu a um evento de campanha de Biden apresentado pela cantora Lady Gaga.

Do lado do presidente, Lara Schmidt, 42 de anos, repetiu com fervor as acusações do presidente sobre a votação antecipada. “Se os votos por correspondência acontecem de maneira ilegal, vou ajoelhar e rezar”, disse.

Quase 100 milhões de americanos votaram de maneira antecipada para evitar as aglomerações em um momento de aceleração dos casos da covid-19.

Em alguns estados, os votos emitidos pelo correio podem chegar vários dias após as eleições, o que antecipa uma apuração complicada.

Advertências do FBI

Diante da incerteza, várias cidades, incluindo Washington e Nova York, blindaram estabelecimentos comerciais e prédios como proteção a eventuais distúrbios.

O FBI advertiu para potenciais confrontos em Portland, cidade que virou um símbolo da divisão nos Estados Unidos e cenário de protestos contra o racismo.

Este foi um dos temas que marcaram a campanha após as grandes manifestações em junho, motivadas pela morte de um cidadão negro por um policial branco.

Para Trump, a mensagem se concentrou em repetir o mantra de “lei e ordem” e acusar o rival de ser “socialista”, com a advertência de que sob mandato democrata os Estados Unidos poderiam virar Cuba ou Venezuela.

Os democratas – que tentaram sem êxito um julgamento político contra Trump por abuso de poder – alertaram para as consequências potencialmente devastadoras de um segundo mandato do republicano.

Duas visões em confronto. De um lado o presidente, com o lema “Estados Unidos em primeiro lugar” e que, apesar de ter passado quatro anos como governo em Washington, continua se apresentando como um ‘outsider’ político.

Do outro lado está um veterano da política, que passou 36 anos no Senado e oito como vice-presidente. Biden venceu as primárias com uma mensagem simples: vencer Donald Trump, que chamou de “pior presidente” da história.

Um plano para os “hispano-americanos”

As eleições contam com 32 milhões de latinos registrados para votar, mas há quatro anos apenas 47,6% do grupo compareceram às urnas.

Desta minoria – que pode se crucial em alguns estados -, as pesquisas apontam que 69% apoiam Biden e 26% Trump.

Consciente do peso deste eleitorado, Trump tuitou em espanhol na segunda-feira seu plano para os “hispano-americanos”, que prevê incluir na economia 500.000 negócios de latinos e criar dois milhões de novos empregos.

Nesta terça-feira, os olhares estão voltados para a Flórida, um dos grandes estados pendulares que pode ser uma das regiões decisivas para a conquista da Casa Branca. Em 2016 Trump venceu no estado, mas agora as pesquisas apontam uma leve vantagem de Biden, mas dentro da margem de erro.

Outro local que concentrará a atenção é a Pensilvânia, estado natal de Biden, onde as intenções de voto apontam a vantagem do democrata, mas também dentro da incerteza da margem de erro.

Twitter e Facebook marcaram como “enganosa” uma mensagem postada na segunda-feira pelo presidente, na qual ele afirmava que a votação por correio na Pensilvânia levaria à fraude “desenfreada” e à violência nas ruas.

A Suprema Corte provocou um revés para a campanha de reeleição de Trump na semana passada, quando permitiu que os votos emitidos pelo correio neste estado sejam contados até três dias após a noite da eleição.

Jornal Atarde

BN/ Paraná: Pesquisa indica vitória de Elinaldo em Camaçari


O prefeito Elinaldo (DEM) deve sair vitorioso da eleição do dia 15 de novembro em Camaçari. Tanto no cenário espontâneo quanto no cenário estimulado, ele aparece como o candidato favorito a vencer a eleição, à frente de Ivoneide Caetano (PT), segundo uma pesquisa encomendada pelo Bahia Notícias ao Instituto Paraná Pesquisas.

Publicado nesta segunda-feira (2), o levantamento ouviu 580 eleitores do município entre quarta (28) e sábado (31). Com grau de confiança de 95% e margem de erro de 4,0% para os resultados gerais, a pesquisa está registrada no TSE sob o nº BA-01997/2020.

No cenário estimulado, quando o nome dos candidatos é sugerido aos entrevistados, Elinaldo conseguiu 47,8% das intenções de votos. Já Ivoneide, 23,3%. Na sequência, aparecem os demais, empatados tecnicamente: Oziel (PDT), com 4,1%; Educador Sócrates Magno (PSOL), com 2,1%; Francisco Irmão (SD), com 0,9%; Pedrinho de Pedrão (Avante), com 0,9%; ACS (PL), com 0,7%; Andre Pegova (PMN), com 0,7%; Heckel Pedreira (Rede), com 0,7%; Josué Marinho (PV), com 0,7%; e Rinaldo Chaveiro (DC), também com 0,7% das intenções de voto.

Brancos, nulos e nenhum somaram 11,9% das respostas e 5,7% disseram que não saberiam em quem votar ou não responderam a questão.

Já no cenário espontâneo, quando os entrevistados citam o nome que lhes vêm à cabeça, boa parte desses candidatos não conseguiu uma indicação expressiva. De novo, Elinaldo aparece na frente, com 33,3% das intenções de voto e Ivoneide fica na segunda posição, com 10,9%. Oziel tem 1%, Educador Sócrates Magno apenas 0,5% e os outros nomes citados somaram juntos 1,4%.

A maior parte do eleitorado, 41,6%, disse que não saberia em quem votar se a eleição fosse hoje e 11,4% afirmaram que não votariam em ninguém.

Já no quesito rejeição, Ivoneide passa Elinaldo. A esposa do ex-prefeito da cidade, Luiz Caetano (PT), é indicada por 34% dos entrevistados como a candidata em quem eles não votariam de jeito nenhum. Elinaldo é essa pessoa para 22,8%. Em seguida, Oziel aparece como mais rejeitado por 15,2%, Pedrinho de Pedrão, por 12,8%, Pegova, 11%, Marinho, 9,5%, Francisco Irmão, 9,3%, ACS, 9%, Pedreira, 8,4% e Magno, por 8,3%.

AVALIAÇÃO DO GOVERNO

Favorito a vencer a eleição, Elinaldo tem a gestão avaliada positivamente pela maior parte do eleitorado camaçariense. De acordo com o questionário, 14,5% dos eleitores acham o governo democrata ótimo e 26,6% o avaliam como bom. No meio termo, estão os 33,1% que avaliam como regular.

Por outro lado, 9% acham a gestão ruim e  15% a avaliam como péssima. Outros 1,9% não sabe ou não opinou a respeito.

Matéria extraída do site Bahia Noticias

Camaçari: Após ação contra chapa, juiz proíbe carreatas de todos candidatos


Uma decisão manteve proibida a realização de carretas, passeatas e caminhadas, de todos os candidatos em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Em sentença desta sexta-feira (30), o juiz eleitoral André de Souza Dantas Vieira negou um recurso da coligação “Camaçari para quem vive aqui” da candidata à prefeita Ivoneide Caetano (PT). A representação foi feita pelo PP do candidato a vice de Ivoneide, Fabio Lima.

O recurso, no caso embargos de declaração, buscava a correção do que a coligação de Ivoneide Caetano chamou de “erro” e “omissão” na sentença do juiz. É que a chapa tinha movido processo contra a coligação “Pra Camaçari seguir avançando” do prefeito Elinaldo Araújo, apontando propaganda irregular desses adversários ao realizar carreatas.

No entanto, o juiz não só proibiu os eventos pela campanha de Elinaldo como estendeu a todos os outros postulantes. Em caso de desobediência a multa é de R$ 100 mil. Nas eleições de 2020 concorrem à prefeitura de Camaçari 11 candidatos.

Bahia Noticias

‘Estamos praticamente vencendo a pandemia’, diz Bolsonaro


O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira, 11, em evento na Bahia, que o país está “praticamente vencendo” a pandemia do novo coronavírus.

“Estamos praticamente vencendo a pandemia, o governo fez tudo para que os efeitos negativos da mesma fossem minimizados. Quer seja com auxílio emergencial que atingiu 65 milhões, quer seja auxílio a micro e pequenas empresas com crédito. Ou seja investindo também massivamente meios e recursos para que governadores e prefeitos não faltassem junto à saúde como atender os infectados”, afirmou o presidente.

O Brasil vem registrando queda na média de novas mortes por covid-19 desde setembro. Porém, especialistas afirmam que os dados não representam que essa seja a tendência da pandemia no país. O Brasil, até o momento, tem 129.865 mortos por coronavírus.

Bolsonaro é denunciado em Haia por genocídio e crime contra humanidade


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é alvo de denúncia de um grupo sindical de trabalhadores da saúde no que se refere às políticas de enfrentamento à pandemia da Covid-19 (novo coronavírus) no país. A representação, neste domingo, 26, foi apresentada ao Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, nos Países Baixos, e endereçada à procuradora-chefe da Corte, Fatou Bensouda.

No documento, os profissionais afirmam que o presidente cometeu crimes contra a humanidade por meio de “falhas graves e mortais na condução da pandemia de Covid-19”. O TPI julga graves violações de direitos humanos, como genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

Até o início da noite deste domingo, o Brasil contabilizou 87.052 mortes por coronavírus, de acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de saúde. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que só vai se manifestar após uma intimação.

Outras denúncias

Jair Bolsonaro já é alvo de outras quatro representações criminais no Tribunal Penal Internacional. Três delas acusam o presidente de crime contra a humanidade por sua atuação diante da crise sanitária. A outra o denuncia por “crimes contra a humanidade e atos que levam ao genocídio de comunidades indígenas e tradicionais” do país.

Atarde

Bolsonaro testa positivo novamente para o novo coronavírus e deve adiar vinda a Bahia


Jair Bolsonaro testou positivo novamente para o novo coronavírus. Segundo a CNN Brasil, o presidente segue infectado pela Covid-19 e foi informado na manhã desta quarta-feira (22) após realização de novo exame.

Esse é o terceiro teste feito pelo presidente desde a confirmação de que contraiu o novo coronavírus, em 7 de julho. Desde então, ele segue em isolamento no Palácio da Alvorada.

Com a confirmação do exame, o presidente deve novamente adiar a sua agenda de viagens, que incluí uma passagem pelo Piauí para participar da entrega de uma adutora do Ministério do Desenvolvimento Regional em Campo Alegre de Lourdes (BA).

Deputado Igor Kannário prevê instalação de câmeras nos coletes dos policiais e em viaturas


Um projeto de lei para tornar obrigatória a instalação de câmeras em coletes, viaturas e capacetes de policiais , foi apresentado nesta terça-feira, 14, pelo deputado federal Igor Kannário (Democratas).

O projeto de lei número 3796/2020, prevê que as câmeras tenham boa resolução, zoom e opção de impressão. “A filmagem e gravação da ação policial é ferramenta utilizada pelas principais polícias mundiais e visa, particularmente, resguardar o policial e comprovar a correta abordagem, preservando a ação e as provas nelas colhidas”, ressalta Kannário.

As câmeras também devem ter tecnologia “com sensibilidade à luz compatível com a iluminação do local, a fim de permitir a identificação fisionômica de pessoas ou situações presentes no sistema monitorado”.

Caso aprovada, a medida valerá para todos os integrantes dos órgãos de segurança pública do país, como as polícia Civil, Militar, Penal, Federal e Rodoviária Federal.

O projeto também prevê que o sistema seja instalado de forma gradativa, no período de um ano, após publicação da lei. Além disso, as imagens devem ser preservadas por seis meses e a fiscalização ficaria a cargo de cada Secretaria de Segurança Pública dos estados.

Fonte: Atarde

Jair Bolsonaro diz que testou positivo para covid-19


O presidente Jair Bolsonaro informou nesta terça-feira (7) que seu exame para detectar se está com Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, deu positivo.

O presidente afirmou que chegou a ter febre de 38 graus, mas que, à noite, a temperatura começou a ceder. Afirmou também que sentiu mal-estar e cansaço. Ele disse que agora está se sentindo “perfeitamente bem”.

 Boletim: Bolsonaro diz que seu exame para Covid-19 deu positivo

De acordo com Bolsonaro, ele tomou hidroxicloroquina, remédio que vem defendendo como tratamento para a Covid-19. Não há comprovação científica da eficácia da hidroxicloroquina para a doença.

“Estou bem, estou normal, em comparação a ontem [segunda], estou muito bem. Estou até com vontade de fazer uma caminhada, mas, por recomendação médica, não farei”, afirmou.

Bolsonaro já havia informado a apoiadores na segunda-feira (6) que estava com febre e dores no corpo e, por isso, decidiu fazer o exame. Ele também disse que fez uma radiografia e que o pulmão “estava limpo”.

O presidente tem 65 anos e faz parte da faixa etária considerada por especialistas como grupo de risco.

Medidas de prevenção

Desde o início da pandemia no país, no fim de fevereiro, Bolsonaro vem descumprindo orientações de autoridades de saúde sobre medidas de prevenção do contágio.

Ele sempre foi contrário ao fechamento do comércio e ao isolamento social, ações tomadas pelos governos estaduais para diminuir o ritmo dos contágios. De acordo com especialistas, o isolamento é a forma mais eficaz de evitar o alastramento do vírus.

Nos últimos quatro meses, Bolsonaro provocou aglomerações ao visitar o comércio de rua em Brasília e em visitas a cidades do entorno do Distrito Federal. Ele também participou de manifestações a favor do governo. Em diversas dessas ocasiões ele não usou máscara, posou para fotos, tocou nas pessoas.

Encontros recentes

No sábado (4), o presidente, ministros e um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), participaram de almoço promovido pela embaixada dos Estados Unidos no Brasil em comemoração à independência norte-americana.

Na ocasião, os participantes posaram para fotos sem máscaras. Em uma das imagens, Bolsonaro aparece abraçado ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

A embaixada norte-americana informou que o embaixador Todd Chapman não apresenta sintomas e “fará os testes”.

Também no sábado, o presidente viajou para Santa Catarina, onde sobrevoou áreas atingidas por um ciclone na semana passada. Conforme fotos divulgadas pelo Palácio do Planalto, o presidente, usando máscara, apertou a mão de uma mulher, caminhou ao lado de políticos e fez foto ao lado de funcionários do aeroporto.

Na segunda, Bolsonaro teve uma série de reuniões ao longo do dia com ministros, entre os quais, Paulo Guedes (Economia), José Levi (AGU), Braga Netto (Casa Civil), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (GSI). Heleno já teve Covid-19 e se recuperou.

‘Gripezinha’

“Em 24 de março, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, Bolsonaro chamou a covid-19, doença provocada pelo coronavírus, de “gripezinha”.

“No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho”, afirmou na ocasião.”

Outros testes

Desde março Bolsonaro fez outros três testes para detecção do coronavírus. O primeiro foi realizado após retornar de viagem aos Estados Unidos, na qual mais de 20 pessoas que tiveram contato com a comitiva tiveram a doença.

Em maio, em uma ação movida pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o governo federal entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os laudos dos três exames, todos com resultado negativo.

Os exames foram entregues ao STF porque o presidente anunciou várias vezes que os resultados eram negativos, mas se recusava a mostrar os laudos.

 G1

Após teste positivo, Bolsonaro diz que fará novo exame para detectar coronavírus


O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 6, que vai realizar um novo teste da covid-19. De acordo com o jornalista Claudio Humberto do programa Repórter Bandeirantes, da Rádio BandNews, o presidente foi confimado com coronavírus.

Ao retornar à residência oficial do Palácio da Alvorada, ele disse a apoiadores que fez uma radiografia do pulmão e um exame para detecção da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

“Eu vim agora do hospital, fiz uma ‘chapa’ de pulmão. Tá tudo limpo. Vou fazer exame do covid agora há pouco, mas tá tudo bem”, afirmou ele em frente ao Palácio da Alvorada. As declarações do presidente foram transmitidas no YouTube.

Segundo a CNN Brasil, Bolsonaro disse à emissora que está com 38ºC de febre e 96% de taxa de oxigenação no sangue. Ele afirmou ainda que está tomando hidroxicloroquina.

Segundo relataram interlocutores ao jornal Folha de S. Paulo, Bolsonaro cancelou sua participação presencial em eventos nesta semana, entre eles a reunião do conselho de governo que tradicionalmente ocorre às terças. Ele também relatou a aliados que deve realizar videoconferências nesta semana para evitar o risco de contágio caso tenha sido contaminado.

Mesmo admitindo a suspeita, Bolsonaro parou para falar com o grupo que o aguardava voltar à residência oficial após o dia de trabalho. Ele usava máscara durante a conversa e pediu que as pessoas não chegassem perto dele. “Não pode chegar muito perto não, tá. Recomendação para todo mundo”.

Um apoiador perguntou a Bolsonaro se poderia tirar a máscara para fazer uma foto com ele. Em um primeiro momento, o presidente diz que o apoiador pode tirar a proteção. Mas depois emendou: “Quer dizer… Não mandei você tirar. Você tirou porque você quis”, disse, provoca risos.

Segundo a agenda oficial, o presidente despachou durante todo o dia e esteve com seis ministros. Ele teve reuniões com os ministros Paulo Guedes (Economia), Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Levi Mello (Advocacia-Geral da União).

A última agenda ocorreu às 16h40 com o secretário especial de Cultura, Mário Frias. Bolsonaro já havia realizado três testes para detectar a covid-19. Os exames foram realizados em março, após o presidente voltar de viagem oficial aos Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente Donald Trump. Pelo menos 23 pessoas da comitiva brasileira foram diagnosticadas pela doença.

Atarde

Bolsonaro sanciona lei do salário-mínimo


O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que estabelece o valor do salário-mínimo para 2020, de R$ 1.039 em janeiro e de R$ 1.045 a partir de 1º de fevereiro.

A lei foi publicada nesta sexta-feira, 12, no Diário Oficial da União, mas os valores já estavam em vigor desde a edição de medidas provisórias (MPs), que necessitaram de aprovação do Congresso Nacional

No final do ano passado, o governo editou a MP nº 916/2019, com reajuste de 4,1% no mínimo, que passou de R$ 998 para R$ 1.039. O valor correspondia à estimativa do mercado financeiro para a inflação de 2019, segundo o Índice Nacional do Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Porém, o valor do INPC acabou fechando o ano com alta superior, de 4,48%, e, com isso, deixou o novo valor do mínimo abaixo da inflação. Por lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário-mínimo, embora a inflação oficial seja a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano de 2019 em 4,31%.

Assim, o governo editou a MP nº 919/2020, com o valor de R$ 1.045 para o salário-mínimo, a ser aplicado partir de fevereiro.

Até o ano passado, a política de reajuste do salário-mínimo, aprovada em lei, previa uma correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Esse modelo vigorou entre 2011 e 2019. Porém, nem sempre houve aumento real nesse período porque o PIB do país, em 2015 e 2016, registrou retração, com queda de 7% no acumulado desses dois anos.

A expectativa é que o governo apresente um projeto de lei com a nova política de correção do salário-mínimo. Em janeiro, antes da pandemia de covid-19, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que tal projeto incluirá uma mudança no período usado para definir os reajustes para evitar situações como a deste ano. Em vez do INPC do ano anterior fechado, de janeiro a dezembro, o governo pretende usar o índice entre dezembro do ano anterior e novembro do exercício atual para calcular o valor do mínimo para 2021.

Andreia Verdélio | Agência Brasil