Em conversa com apoiadores no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta segunda-feira, 18, que “quem decide se um povo vai viver na democracia ou na ditadura são as suas Forças Armadas”. A guinada ao discurso ideológico acontece após fracassos e pressões no enfrentamento da pandemia de Covid-19.
Bolsonaro enalteceu as Forças Armadas e disse que delas depende a democracia ou a ditadura em um país.
“Por que sucatearam as Forças Armadas ao longo de 20 anos? Porque nós, militares, somos o último obstáculo para o socialismo. Quem decide se um povo vai viver na democracia ou na ditadura são as suas Forças Armadas. Não tem ditadura onde as Forças Armadas não apoiam”, disse o presidente.
“No Brasil, temos liberdade ainda. Se nós não reconhecermos o valor destes homens e mulheres que estão lá, tudo pode mudar. Imagine o Haddad no meu lugar. Como estariam as Forças Armadas com o Haddad em meu lugar?”, indagou Bolsonaro referindo-se a seu adversário na eleição de 2018, Fernando Haddad (PT).
Bolsonaro ironizou o ditador Nicolás Maduro e o envio de cilindros de oxigênio pela Venezuela para Manaus.
“Agora se fala que a Venezuela está fornecendo oxigênio para Manaus. É White Martins, é uma empresa multinacional que está lá também. Agora, se o Maduro quiser fornecer oxigênio para nós, vamos receber, sem problema nenhum. Agora, ele poderia dar auxílio emergencial para o seu povo também. O salário mínimo lá não compra meio quilo de arroz”, disse Bolsonaro, que também falou em tom de ironia sobre o corpo de Maduro.
“Vem uns idiotas, eu vejo aí, elogiando ‘olha o Maduro, que coração grande ele tem’. Realmente, daquele tamanho, 200 kg, 2 metros de altura, o coração dele deve ser muito grande. Nada mais além disso”, afirmou Bolsonaro.
A conversa foi publicada em um vídeo cheio de cortes, por um canal bolsonarista na internet.
A tarde