Um policial militar foi encontrado morto ao lado da esposa e do filho dentro do apartamento que a família morava, no bairro da Pituba, em Salvador. Segundo informações a Central de Polícia, na madrugada desta quarta-feira (15), vizinhos ouviram tiros vindos da residência, localizada no Loteamento Aquarius, e tentaram contato com os moradores, que não responderam.
De acordo com a PM, o subtenente Cláudio Guimarães Müller de Azevedo, 43 anos, foi achado baleado ao lado da esposa, a professora universitária e dona do Studio de Pilates e NeoPilates Equilíbrio do Corpo, Catarina Teixeira Müller, 39, e do filho Lucas, 12. A família morava no 11º andar do bloco B, do Edifício Arpoador, na Rua Clara Nunes, próximo ao Colégio Anchietinha.
Última postagem de Catarina no Facebook, na última segunda-feira (13) |
Ainda segundo a Central de Polícia, vizinhos chamaram parentes das vítimas que, na manhã desta quarta, foram até o prédio e abriram o apartamento, encontrando os corpos. A 13ª CIPM também esteve no local.
Conforme a PM, as mortes serão investigadas pela Polícia Civil. O subtenente Cláudio Guimarães Müller de Azevedo era lotado na 35ª CIPM e há 18 anos integrava a corporação. O 11º andar do prédio foi isolado para a realização da perícia.
De acordo com o capitão André Álvares, da 35ª CIPM, os membros da corporação descobriram que o colega havia morrido porque ele não compareceu ao trabalho nesta quarta-feira. O PM estava escalado para acompanhar as manifestações na região do Iguatemi.
(Foto: Hilza Cordeiro/CORREIO) |
Como ele não apareceu, ainda segundo o capitão, colegas foram ao prédio dele, tocaram a campainha, mas ninguém atendeu. Ele então procuraram o síndico, que informou que um tio teria a chave do apartamento. Com a chegada deste parente, a residência foi aberta e os corpos encontrados. O corpo de Catarina, ainda segundo o oficial, estava no quarto do casal.
O capitão André não viu mudanças no comportamento do subtenente Cláudio que demonstrassem algum desequilíbrio.”Eu não vi mudanças no comportamento dele nos últimos dias. Ontem ele conversou, brincou. Se me perguntassem se isso aconteceria hoje eu não diria que sim. Era um profissional honesto e alta qualidade. A corporação inteira está consternada”, contou o oficial.
Um funcionário do prédio que que não quis se identificar disse ao CORREIO que nunca presenciou nenhum desentendimento entre o casal. “Tenho 9 anos trabalhando aqui e nunca presenciei e nem soube de nenhuma discussão entre eles”, relatou.
O morador de um prédio vizinho ao que ocorreu a tragédia lamentou o fato. “Os tempos estão difíceis. Hoje em dia a tendência é o nervoso, o estresse. Foi uma tragédia”, contou o aposentado.
Passeio no Dique do Tororó (Foto: Reprodução) |
Amigos lamentam mortes
Horas após a divulgação da notícia da morte do policial militar Cláudio Guimarães Müller de Azevedo, da professora universitária Catarina Teixeira Müller e do filho do casal, Lucas, diversas mensagens foram postadas nas redes sociais da família lamentando o ocorrido.
Ainda perplexos com o que ocorreu, muitas pessoas dizem não acreditar ou entender o motivo de tamanha barbárie. “Que Deus possa perdoar esse gesto lamentável e receba você e sua familia de braços abertos”, postou Osni Passos.
“Não to acreditando nisso, meu amigo Querido. Sem palavras”, escreveu Jorgiane Sales. “Meu Deus, sem acreditar. Muito triste!”, disse Elinilce Alcântara.
Uma postagem enigmática de Cláudio de mais de um mês atrás voltou a repercutir após morte dele. No dia sete de fevereiro ele escreveu: “Vai em frente sem parar que a parada e suicida, porque a vida é muito curta e a estrada é comprida”.
Da Redação, com Hilza Cordeiro (
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