[soundcloud soundcloudurl=”https://soundcloud.com/silvio-souza-mapelenews/presidente-da-camara-municipal-de-simoes-filho” ][/soundcloud] No cenário atual em que os debates giram em torno do papel dos poderes públicos, uma classe considerada ‘minoria e excluída’ aflora um tema à respeito da ‘Acessibilidade e Igualdade de Oportunidades’ para as pessoas com deficiência no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Uma mobilização promete ‘parar a cidade’ e deve ganhar força no sentido de chamar a atenção dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
A iniciativa capitaneada por João Júnior, Delegado do Conselho Estadual de Pessoas com Deficiência (COED) e morador da cidade de Simões Filho; tem como objetivo ‘acordar e cobrar’ dos funcionários do povo, políticas públicas eficazes; já que desde 1988 a Lei assegura direitos que até o momento estão ‘renegados’ no município, entre eles a falta de avanço com a ‘Acessibilidade de uma forma geral’ e a suspensão dos passes no transporte público.
“A nossa cidade não tem política voltada para às pessoas com deficiência”, disse o Delegado no Conselho Estadual que também é Presidente da Associação dos Deficientes de Lauro de Freitas (ASPDELF) em parceria com a União dos Deficientes de Camaçari (UDEC). Em entrevista ao ‘Mapele News”, o militante ao criticar e considerar como ‘falta de respeito do poder público’, ainda acrescentou. “Vamos fazer uma marcha em Simões Filho e vamos parar essa cidade para saberem que aqui existem pessoas com deficiência”, desabafou.
Responsabilizando a falta de sensibilização dos representantes do Poder Legislativo Municipal, João Júnior fez duras críticas ao Chefe do Legislativo, o Presidente Joel Luiz Andrade Cerqueira (PT). “Um grupo da ADESF – Associação dos Deficientes de Simões Filho -, teve com ele na Câmara que prometeu um ‘elevador para melhorar a acessibilidade, porque os deficientes também necessitam fazer suas reivindicações e até hoje isso não foi feito”.
“Houve uma reunião e um amigo o indagou. – Joel, nosso Presidente da Câmara, o senhor nos tinha prometido que na sua gestão iria colocar o elevador na Câmara Municipal e até hoje nada”, revelou, João Júnior que fez mais um desabafo. “Estamos cansados de gritar e ninguém nos ouvir”.
Revoltado com a atuação do Poder Legislativo de Simões Filho, o militante avaliou como ‘baixa’ o comprometimento de Joel Cerqueira e de todos os vereadores. “A visão que eu tenho dele [Joel Cerqueira] é a falta de respeito com as pessoas com deficiência, pelo não cumprimento da sua palavra. Com o Presidente da Câmara de Simões Filho já perdemos a ‘esperança’, mas, com o povo estamos unidos e juntando forças por que sabemos que ‘juntos somos mais fortes’”, disse o Delegado do Conselho Estadual de Pessoas com Deficiência (COED).
“O que mais atrapalha as nossas vidas é a falta de acessibilidade que não existe em Simões Filho e isso envolve nas áreas: Urbana, Digital, Transporte (ônibus), Lazer (Parques e Praças). É uma deficiência muito grande em Simões Filho em relação a esta causa”, afirmou João Júnior que há 9 anos é cadeirante. “Muitos deficientes da cidade já me pediram ‘socorro’, principalmente com o constrangimento com o passe municipal”, revelou.
Preocupado e revoltado pela classe está desassistida, João Júnior procurou o ex-Coordenador da Guarda Municipal de Simões Filho, Erivaldo Santos, que de imediato deu apoio e busca forças para uma assistência melhor para os ‘deficientes de Simões Filho’. “Temos que ter uma Comissão dos Direitos Humanos para atender às minorias. É uma luta que eu aceitei o desafio e vou somar com eles. Doa a quem doer, principalmente àqueles que não cooperam e vamos mobilizar a sociedade para entender que esta causa é justa”, afirmou, Erivaldo Santos.
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Ainda segundo o Delegado do COED, a exclusão é evidente em Simões Filho com relação aos passes municipais. “Os deficientes estão sendo expulsos dentro dos ônibus com um documento sem data de validade e emissão. É uma folha de ofício que a prefeitura dá e até entendo os permissionários”. Manifestando lutar pela classe, Erivaldo Santos, pediu um comprometimento maior da Câmara. “Eu peço a Câmara de Vereadores que respeite os deficientes; eles são seres humanos e merecem respeito”, disse.
O desabafo da categoria revela os desafios sobre à necessidade de ‘avançar pela causa em que fatores atuais como à microcefalia, as vulnerabilidades sociais e o aumento da violência podem aumentar os números de deficientes no Brasil e em Simões Filho, e esses parâmetros revelam a necessidade de políticas públicas para os deficientes’.
Questionado sobre a promessa do ‘elevador’ que garantiria maior acessibilidade para os deficientes do município procurar os parlamentares em seus gabinetes; já que ficam no andar superior, João Júnior, esclareceu a promessa. “O Presidente da Câmara e todos os outros Vereadores ‘não estão nem aí para os deficientes de Simões Filho’; se não já teriam colocado o elevador”, criticou.
A equipe de reportagem esteve na casa do Presidente da Câmara no bairro do CIA I, mas ele não foi encontrado.
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