O município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), registrou na última terça-feira (07), um caso da Arbovirose Vírus Ilhéus (VILH). A paciente identificada pelas iniciais C.S., 41 anos, recebeu os primeiros cuidados no Hospital Municipal de Simões Filho, através da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo transferida para o Hospital de Referência em infectologia em Salvador, capital baiana.
A paciente deu entrada no HMSF no dia 31 de janeiro, se queixando de febre, cefaleia, fadiga, dificuldade de se alimentar e dores generalizadas há 04 (quatro) dias. Ela foi atendida pela equipe da emergência do hospital, que adotou todas as condutas necessárias para a franca recuperação do quadro clínico da paciente. Após as condutas iniciais, foi adotado o protocolo instituído pela Vigilância e Proteção à Saúde, através da Vigilância Epidemiológica Municipal, com a coleta de sorologia para Arboviroses após sinalização dos exames laboratoriais apresentarem diminuição das plaquetas, a amostra sorológica foi encaminhada para o laboratório da Universidade Federal do Estado Bahia (UFBA), para análise por suspeita de arbovirose.
Na manhã desta quarta-feira (15), os profissionais da Vigilância Epidemiológica, Centro de Controle de Zoonoses, através dos Agentes de Endemias, realizaram pulverização com as bombas costais para bloquear focos e possíveis criadouros do mosquito transmissor do vírus.
“Estamos intensificando nossas ações executando as atividades respeitando as recomendações e todos os protocolos. Visando o bem-estar da população, nós adotamos medidas imediatas e iniciamos as investigações epidemiológicas, e hoje realizamos o fumacê e, já estamos planejando as próximas atividades a serem executadas”, pontuou a Secretária de Saúde Iridan Brasileiro.
Sobre o Vírus Ilhéus
O Vírus Ilhéus (VILH) é um arbovírus de ocorrência no Brasil descoberto após isolamento, sendo capturado pela primeira vez em 1947 em Ilhéus/BA, e possui um ciclo de transmissão enzoótico onde as aves são hospedeiros de amplificação e o ser humano hospedeiro acidental e terminal, haja vista que, não produz viremia suficiente para a transmissão do vírus. De acordo com estudos, a transmissão acontece dos Aedes e Psorophora, aves silvestres a seres humanos, sendo mais distribuído no País, em particular na Amazônia brasileira.