Profissionais de saúde em Simões Filho seguem sendo vacinados


Segundo dia de vacinação para os trabalhadores de Saúde contra a COVID-19 em Simões Filho, cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS). Nesta quarta-feira (20), a ação foi realizada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital Municipal.

A cidade recebeu mil doses da vacina e após finalizar a primeira remessa, ficará no aguardo de mais doses, que também serão disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, para finalizar a primeira etapa do Plano de Vacinação.

Para o prefeito Dinha Tolentino é um momento de alegria e afirma que seguirá trabalhando até que toda a população seja vacinada.

“Estamos seguindo as orientações do Ministério da Saúde e vacinando os trabalhadores que estão à frente no combate ao Coronavírus. Profissionais que diariamente se dedicam para salvar. Estou muito contente com o avanço da ciência e seguiremos trabalhando muito para garantir que a vacina chegue a toda população”, disse Dinha.

 

Sid Serra assegura empenho da gestão municipal junto ao Governo do Estado no envio de mais vacinas para Simões Filho


O município de Simões Filho, cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS), iniciou a vacinação dos profissionais de saúde contra a Covid-19, na última segunda-feira (19). As atividades seguirão acontecendo nas Unidades de Saúde e nesta terça-feira (20), vice-prefeito Sid Serra destacou a importância da iniciativa e reafirmou que o município vai na luta para que sejam enviadas mais vacinas.

“A chegada da vacina é um ponto positivo, mas elas não atendem a nossa demanda e necessidade. Com a remessa recebida, mil doses, não conseguiremos atender na totalidade os grupos de prioridade, como já sinalizado pela nossa secretária de Saúde Iridan. Nesse sentido, já iniciamos os diálogos com as nossas equipes, e juntos com o nosso prefeito Dinha Tolentino e deputada estadual Kátia Oliveira vamos lutar para que o governo do estado envie mais vacinas e adote medidas que venham a cumprir o determinado no plano de vacinação”.

Nessa primeira fase estão sendo imunizados os trabalhadores da área da saúde que estão na linha de frente contra a pandemia de Covid-19, além dos idosos com mais de 60 anos que moram em instituições como casas de repouso e quilombolas.

“É sobre esperança, amor e cuidado! Nesse momento precisamos imunizar a população prioritária, temos uma parte dos idosos, uma parte dos quilombolas e os profissionais de saúde. Volto a afirmar que vamos continuar trabalhando para que, gradativamente, toda a população será́ imunizada”, concluiu o vice-prefeito.

Vale lembrar que os processos de distribuição das vacinas passam por três esferas diferentes. Inicia no governo federal, cabe a ele elaborar o PNI (Plano Nacional de Imunização), que encaminha as doses aos estados e só depois os municípios recebem as vacinas.

Médicos no AM relatam Covid com maior gravidade, velocidade e letalidade em jovens


Profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19 em Manaus, capital do Amazonas, têm relatado que a doença tem aumentado a velocidade de evolução e a gravidade. De acordo com reportagem do Uol, a segunda onda da Covid-19 tem demonstrado maior transmissibilidade causada por mutações que geraram uma nova variante no estado.

Os registros de mortes dos últimos 30 dias apontam que pessoas mais jovens têm sido mais atingidas. Quatro em cada dez vítimas fatais no período tinham menos de 60 anos.

“Algo de muito diferente está ocorrendo em Manaus. Não sei informar se é uma cepa nova ou se é algo diferente. Mas quem está na linha de frente está vendo um aumento da gravidade dos casos”, afirma Noaldo Lucena, infectologista e pesquisador que atua em clínica popular, atendimento domiciliar e hospitais públicos.

“Claramente estamos diante de um ser invisível que é muito mais patogênico e transmissível. Hoje chegam famílias inteiras com os sintomas ao mesmo tempo, antes era um de cada vez”, completa.

Ainda segundo o pesquisador, os pacientes vêm apresentando lesões mais graves nos pulmões. “Neste ano, eu já vi mais 150 pessoas aqui na clínica e mais 300 no serviço público. Digo que menos de 2% deles tinham comprometimento leve. Os demais eram comprometidos acima de 50%. Alguns com 70%, 80%, 90%, com necessidade de internação imediata e até suporte ventilatório”, analisa.

Os sintomas também são mais silenciosos, dificultando a análise feita a partir de exame clínico. A partir do Portal da Transparência dos cartórios, o Uol revela que o Amazonas registrou 710 óbitos, sendo 285 de pacientes com menos de 60 anos. Isso representa 40,1% do total, contra 36,1% verificado anteriormente.

Segundo a infectologista Silvia Leopoldina, que atua nas redes públicas estadual e municipal de Manaus, “antes, os primeiros sintomas de gravidade apareciam em torno do décimo dia em diante. Agora têm pacientes que, com sete, oito dias, estão com comprometimento de 75% dos dois pulmões”.

A enfermeira e professora Ana Paula Rocche, que trabalha com atendimento a pacientes, conta que as pessoas têm relatado, ao invés de dor, uma “agonia” no peito. “O pulmão parece que vai ressecando, que vai encolhendo; e aí você entra com tudo que é antibiótico, anticoagulante e o pulmão não expande. Isso não é normal”, revela.

Para o professor da Universidade Federal do Amazonas e pesquisado da Fiocruz Amazônia, Bernardino Albuquerque, a situação atual do estado decorre principalmente do colapso do sistema de saúde.

“A partir do final de dezembro, houve uma saturação no atendimento. Temos visto pacientes esperando horas em uma ambulância. O estado clínico fica agravado por essa peregrinação, além de faltar insumos. Se tivéssemos um sistema de saúde preparado para atender esse segundo momento, não haveria tantas mortes. O governo desmontou toda estrutura que tinha antes, estamos começando tudo de novo”, pondera.

Já o pesquisador Felipe Naveca, também da Fiocruz Amazônia, afirma que há chances da nova variante do novo coronavírus ser mais grave, “mas não existem evidências ainda sobre ser mais patogênica”.

Bahia Noticias

Deputada Kátia Oliveira comemora início de vacinação na Bahia: “momento de fé e esperança para nosso povo”


A deputada estadual Kátia Oliveira (MDB) comemorou nesta terça-feira (19) o início da vacinação contra a Covid-19 na Bahia em cerimônia simbólica que ocorreu no santuário das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em Salvador. Os imunizantes, que chegaram ao estado na noite desta segunda-feira (18), começaram a ser distribuídos aos municípios já ao longo da madrugada.

“É um momento de fé e esperança para o nosso povo, após quase um ano desde que essa doença chegou ao Brasil e ao nosso estado. Tem sido uma batalha dura contra esse inimigo invisível, mas, agora, com o início da vacinação, esperamos que possamos superar de vez essa crise”, afirmou a parlamentar.

A Bahia recebeu 376 mil doses da vacina produzida pelo Instituto Butantan neste primeiro momento. O público alvo desta primeira etapa são os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. No estado, a primeira pessoa a ser vacinada foi a enfermeira Maria Angélica de Carvalho, 53 anos.

“Agora, nós temos muita fé de que a vacinação vai seguir com agilidade para logo possamos começar a imunizar a população em massa. Até lá, as pessoas devem continuar se cuidando, tomando todas as medidas protetivas, pois o vírus ainda está presente. Em breve, voltaremos à normalidade”, disse Kátia Oliveira.

 

Petrobras anuncia aumento de mais de 8% na gasolina a partir desta terça-feira


A nova estratégia da Petrobras é não divulgar o percentual de reajuste dos combustíveis, mas apenas o preço praticado nas refinarias, distante da realidade das bombas. Segundo anunciou nesta segunda-feira (18/1), a partir de terça-feira (19), “o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará a ser de R$ 1,98 por litro, refletindo um aumento médio de R$ 0,15 por litro no preço de venda”. Apesar de questionada pela reportagem sobre o percentual de reajuste, a Petrobras não respondeu.

O cálculo sobre a alta de R$ 1,83 por litro para R$ 1,98, considerando os R$ 0,15 médios de aumento médio informados pela petroleira, é de um salto de quase 8,2% no preço do combustível. Apesar de não informar o percentual, em nota, a empresa argumenta que “contribui para a transparência de preços para a sociedade” ao publicar, em seu site, “dados referentes aos seus preços de venda às distribuidoras dos seus principais produtos”.

Desde 7 de agosto de 2019, os preços passaram a ser publicados, por local e modalidade de venda, no formato determinado pela Resolução ANP nº 795/2019. “Os novos preços são acrescentados no arquivo disponibilizado a partir da sua data de vigência, sem exclusão da vigência anterior. Dessa forma, é possível acompanhar a evolução dos preços por local”, explicou.

Vale lembrar que a empresa não dá a informação voluntariamente, apenas em resposta a um pedido formal, o que é feito diariamente pela reportagem do Correio.

A estatal disse, ainda, que “os preços praticados têm como referência os preços de paridade de importação e, desta maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo. No ano de 2020, o preço médio da gasolina comercializada pela Petrobras atingiu mínimo de R$ 0,91 por litro.”

Gasolina vendida na bomba

A empresa ressaltou que o preço da gasolina vendida na bomba do posto revendedor é diferente do valor cobrado nas refinarias pela Petrobras. “Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos próprios postos revendedores de combustíveis”.

Para justificar a afirmação, a companhia publicou um gráfico no qual apresenta os preços médios ao consumidor e sua composição nas 13 principais capitais do país para as semanas de 29/12/2019 a 04/01/2020 e de 03/01/2021 a 09/01/2021. “Pode-se observar que a participação dos preços de realização da Petrobras na composição de preços ao consumidor de gasolina caiu de 31% para 29%”, alegou.

No gráfico, o valor da gasolina era de R$ 4,58 na primeira semana de avaliação e passou a R$ 4,62 na segunda semana, terminada em 9 de janeiro. As variações mais significativas entre um período e outro, segundo o levantamento informado pela Petrobras, foram o aumento de 11% para 12% nas margens das distribuidoras e revendedoras e a elevação de 14% para 15% no etanol anidro, que é acrescentado na proporção de 27% na gasolina.

A Petrobras também fez questão de divulgar que, segundo dados do Global Petrol Prices, em 11 de janeiro de 2021, o preço médio ao consumidor de gasolina no Brasil era o 52º mais barato dentre 165 pesquisados, estando 21,6% abaixo da média de US$ 1,05 por litro.

Correio Braziliense

Rejeição de Bolsonaro chega a 40%. Apoio cai 6 pontos, aponta XP-Ipespe


Pesquisa divulgada pela XP-Ipespe nesta segunda-feira , 18, que avalia a aprovação do presidente Jair Bolsonaro, indicou que subiu de 35% para 40% a população que considera sua gestão ruim ou péssima.

Entre os que consideram o governo sendo ótimo ou bom, houve uma queda de 6 pontos percentuais desde a última pesquisa, indo de 38% para 32%. É a primeira vez desde maio de 2020 em que é notado aumento na percepção negativa e redução no número de apoiadores de Bolsonaro.

Além disso, é a primeira vez desde julho em que a avaliação negativa é maior do que a positiva. Os números refletem o delicado momento que o país vivencia durante a segunda onda da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), a incerteza em relação a compra de vacinas por parte do governo federal e a dramática situação envolvendo a falta de oxigênio em Manaus.

Foram realizadas 1.000 entrevistas com abrangência nacional, no período de 11 a 14 de janeiro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Bahia receberá 319 mil doses da Coronavac; veja divisão por grupos prioritários


A Bahia vai receber 319.520 doses da Coronavac nesta segunda-feira (18). A divisão com a quantidade de doses por estado foi divulada pelo Ministério da Saúde, na noite de domingo (18). Dessa forma, serão vacinadas 179.361 pessoas, considerando as duas doses necessárias.

O número de doses não contempla o total de pessoas que fazem parte do grupo prioritário da fase 1, segundo o plano de vacinação do governo do estado. Nesta fase, estão contemplados trabalhadores da área de saúde, idosos com mais de 75 anos, brasileiros acima de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência, indígenas e comunidades tradicionais, totalizando 1.791.438 de pessoas. Para atender a todas, serão necessárias 3.582.876 doses.

Segundo o Ministério da Saúde, com essas primeiras doses serão vacinados, na Bahia, 9.788 pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas; 829 pessoas com deficiência institucionalizadas; 27.201 indígenas; e 142.087 profissionais da saúde, o que corresponde a 34% desse público.

Na Bahia, a sede do Grupamento  Aéreo da Polícia  Militar será o ponto de guarda das doses de vacinas que chegarão ao estado. De acordo com o Governo do Estado, o local foi escolhido  de maneira estratégica, com o objetivo  de facilitar a distribuição  do material em todo o estado, de maneira mais rápida.

Camaras frigoríficas  já  estão no Graer. De acordo com a Secretaria  de Saúde do Estado (Sesab), municípios distantes mais de 300 quilômetros  da capital baiana terão as doses enviadas por aeronaves. As demais devem ser entregues por meio terrestre com escolta da Polícia Militar para garantir a segurança no deslocamento.

Distribuição

A distribuição das vacinas será feita com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e caminhões com áreas de carga refrigeradas. As companhias aéreas Azul, Gol, Latam e Voepass também farão o transporte gratuito das caixas de vacinas para todos os estados que necessitem de transporte aéreo.

Após a entrega das vacinas aos estados, os governos estaduais irão se encarregar de levar as vacinas até os municípios em parceria com o Ministério da Defesa.

Os primeiros voos sairão de São Paulo, primeiramente para o Distrito Federal e para as capitais de 10 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

Veja divisão das doses da Coronavac para cada estado:
Região Norte

Rondônia – 33.040
Acre – 13.840
Amazonas – 69.880
Roraima – 10.360
Pará – 124.560
Amapá – 15.000
Tocantins – 29.840
Total de doses – 296.520

Região Nordeste

Maranhão – 123.040
Piauí – 61.160
Ceará – 186.720
Rio Grande do Norte – 82.440
Paraíba – 92.960
Pernambuco – 215.280
Alagoas – 71.080
Sergipe – 48.360
Bahia – 319.520
Total de doses – 1.200.560

Região Sudeste

Minas Gerais – 561.120
Espírito Santo – 95.440
Rio de Janeiro – 487.520
São Paulo – 1.349.200
Total de doses – 2.493.280

Região Sul

Paraná – 242.880
Santa Catarina – 126.560
Rio Grande do Sul – 311.680
Total de doses – 681.120
Região Centro-Oeste

Mato Grosso do Sul – 61.760
Mato Grosso – 65.760
Goiás – 182.400
Distrito Federal – 105.960
Total de doses – 415.880

Correio24

Polícia Militar apreende veículo clonado em Simões Filho


Neste sábado, 16, às 12h, no Bairro Simões Filho I, durante rondas ostensivas preventivas, a guarnição percebeu que dois indivíduos estavam em atitude suspeita a bordo de um veículo, marca Chevrolet, modelo Spin. Prontamente, os policiais realizaram a aproximação e abordagem do automóvel.

Ao verificar a documentação, notou-se que no sistema o nome do proprietário divergia das informações do documento apresentado.

Desta forma, numa avaliação mais criteriosa, a guarnição identificou vários indícios de adulteração no chassi do veículo, onde foi feito o deslocamento e apresentação na 22ªDT/Simões Filho.

Anvisa aprova uso das vacinas de Oxford e CoronaVac ; entenda


A Diretoria Colegiada da Anvisa (Dicol) da Anvisa aprovou, em reunião extraordinária realizada neste domingo (19) , o uso emergencial de vacinas de Oxford e CoronaVac contra a Covid-19 no Brasil. A votação da diretoria foi finalizada com todos os cinco votos a favor do uso das vacinas.

A Anvisa informou nesse sábado, 16, que Fiocruz e Butantan terminaram a entrega de documentos sobre as vacinas. Uma equipe de cerca de 50 pessoas trabalhou na análise dos dois processos. Os pareceres técnicos foram entregues à diretora Meiruze Freitas, farmacêutica e servidora da agência, que será a relatora do processo. Ela é responsável pela área que trata do registro de medicamentos e vacinas.

A primeira apresentação técnica da reunião foi a do gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, que está apresentando detalhes sobre os estudos da Coronavac – a autorização da vacina do Butantan será a primeira a ser avaliada.

Ele informou que, no processo de recebimento de dados, foram realizadas 41 comunicações entre a agência e o instituto. Entre as informações apresentadas pelo Butantan estão os testes de estabilidade do imunizante, que determinarão o prazo de validade e as condições de armazenamento.

De acordo com Mendes, os testes apontaram que, para a matéria-prima, o teste demonstrou validade de seis meses, mas que essa validade pode ser extrapolada para 12 meses para o produto final contanto que o Butantã apresente dados extras de monitoramento. O armazenamento do produto deverá ser numa temperatura de 2ºC a 8ºC.

O estatístico da Anvisa Leonardo Fábio Filho apresentou os cálculos que foram refeitos pela agência para verificar a eficácia do produto calculada pelo Butantan. A equipe da agência confirmou o índice de 50,4% de eficácia geral apresentado pelo Butantan. “Refizemos todos esses cálculos, vamos fazer outros ainda, recebemos a base de dados brutos na quinta-feira e estávamos até agora pouco rodando as análises”, disse.

Mendes ressaltou que, nas análises de segurança, a Anvisa também confirmou a segurança da vacina. De acordo com o diretor, não ocorreu nenhuma reação adversa grave entre os voluntários.

Embora tenham confirmado os dados principais de eficácia e segurança, os técnicos da Anvisa apresentaram algumas incertezas que ainda permanecem sobre o resultados da vacina. Os servidores ressaltaram não foi possível calcular a eficácia da vacina por faixa etária, principalmente entre idosos. “A quantidade de idosos (infectados na amostra) era muito pequena e não permitiu estabelecer perfil de segurança e eficácia da vacina para esse grupo. O baixo número de casos, três no grupo placebo e 2 no grupo vacinal, não permitem conclusões mais robustas”, disse Mendes.

Ele ressaltou como incerteza ainda a dúvida sobre a eficácia do imunizante contra casos moderados e graves, já que o número de infecções com esse quadro de gravidade também foi pequeno. Com isso, como já mencionado pelo próprio Butantan, a análise de 100% de eficácia não tinha ainda relevância significativa.

O gerente-geral de medicamentos disse ainda que o Butantan não apresentou os dados de eficácia de acordo com o intervalo entre a primeira e a segunda dose – que pode ser administrada de 14 a 28 dias após a dose inicial.

O servidor da Anvisa afirmou ainda que faltam relatórios mais completos de imunogenicidade, que mostram a quantidade de anticorpos produzidos pelos voluntários.

Laboratórios serão notificados logo após decisão
Butantan e Fiocruz serão notificados pela Anvisa sobre a decisão após a reunião. “Também será publicado no portal da Agência um relatório com as bases técnicas da avaliação sobre a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de cada vacina contra a covid-19”, diz a Anvisa.

Apenas farmacêuticas que realizaram estudos clínicos de fase 3 no País podem pedir o aval para aplicar a vacina neste formato, pelas regras atuais da agência. O uso emergencial pode ser feito mesmo com estudos de desenvolvimento do produto em andamento.

A Anvisa esteve no centro de brigas políticas durante a pandemia. O governo de São Paulo levantou suspeitas sobre interferência política no órgão quando, em novembro, estudos da Coronavac foram suspensos – decisão comemorada pelo presidente Jair Bolsonaro. Servidores da agência chegaram a lançar nota defendendo a autonomia do órgão.

Corrida para a vacina
O aval da Anvisa abrirá uma corrida entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, pela “primeira foto” da vacinação contra a covid-19 no Brasil.

O Ministério da Saúde planeja começar a campanha nacional na quarta-feira, 20, às 10h. Como revelou o Estadão, o Palácio do Planalto pode receber uma cerimônia, na terça-feira, 19, para marcar o começo da campanha. Não está descartado aplicar a primeira dose durante este evento, mas a pressão pela crise em Manaus (AM) pode levar o governo a desistir da cerimônia em Brasília.

O governo paulista apontava 25 de janeiro como data para o começo de sua campanha, mas Doria já afirma que poderá vacinar imediatamente após a decisão da Anvisa. O governador fará um pronunciamento à imprensa, do Hospital das Clínicas da USP, após a reunião da Anvisa.

Ainda é incerto, porém, como será o começo da vacinação no país. Os planos do governo Bolsonaro de receber 2 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca no domingo, 17, foram adiados pelo governo da Índia. O presidente Bolsonaro disse na sexta-feira, 15, que a entrega deve levar mais dois ou três dias, mas o governo não confirma nem sequer em que data o voo que em direção à Índia deixará o Brasil para receber esta vacina.

Após a negativa da Índia, o ministério pediu para o Butantã entregar imediatamente todas as 6 milhões de doses da Coronavac que estão prontas para uso. O governo de São Paulo respondeu que enviará esta carga, mas pede para que as doses que serão aplicadas na população paulista sigam no Estado. O impasse pode parar na Justiça, reconhecem autoridades dos dois lados da disputa.

Vacinas contra coronavírus começam a ser distribuídas na segunda, diz Pazuello


A distribuição das vacinas contra o novo coronavírus para os Estados brasileiros começa às 7h desta segunda-feira (18). O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em pronunciamento na tarde deste domingo (17).

A fala do ministro ocorreu cerca de uma hora após a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que autorizou o uso emergencial das vacinas de Oxford e CoronaVac no Brasil.

Em São Paulo, o governo estadual já iniciou a vacinação minutos após a decisão da Anvisa, com a imunização da enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, que atua na linha de frente do coronavírus.

Pazuello disse que a distribuição das vacinas para os Estados vai respeitar a proporção de população pertencente a cada grupo de risco de cada Estado. Em Santa Catarina, o governo já anunciou que pretende repassar as doses aos municípios em até 24 horas após receber os imunizantes do governo federal.

Ele também criticou o início da vacinação feito pelo governo de São Paulo e sugeriu que a medida estaria “em desacordo com a lei”, pelo fato de as primeiras doses terem sido aplicadas sem passar pelo Ministério da Saúde. Ele também chegou a dizer que o governo federal não faria uma “jogada de marketing” para iniciar a vacinação, em aparente crítica ao ato feito pelo governador João Doria.

Pazuello informou que a quantidade de doses que será encaminhada a cada estado será divulgada ainda neste domingo, e que o ministério incluiu uma taxa de risco para situações de regiões em fases críticas da Covid-19, como o Amazonas.

A distribuição terá um ato simbólico pela manhã, e em seguida será encaminhada a pontos focais dos estados por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Ainda nesta segunda os Estados poderão iniciar a distribuição para os municípios. Assim, o Ministério da Saúde pretende começar a vacinação simultaneamente em todo o país na quarta-feira (20), às 10h.