Os caminhoneiros planejam uma nova paralisação por tempo indeterminado, com início a partir desta segunda-feira, 1º. No entanto, até o momento não se sabe se ela de fato vai ocorrer, ou se será maior ou menor do que a de 2018. Entre as reivindicações da categoria estão a melhora das condições de trabalho, o marco regulatório do transporte marítimo (BR do Mar) e o direito à aposentadoria especial. O grupo também protesta contra o aumento do preço do combustível.
Segundo informações do UOL, no dia 15 de dezembro do ano passado, a categoria decidiu pela greve durante assembleia geral extraordinária do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Como a entidade tem mais de 40 mil caminhoneiros de todos os estados, organizados em diversas entidades, a abrangência da paralisação é desconhecida.
No entanto, em entrevista ao UOL, o presidente do CNTRC, Plínio Dias, afirmou que a situação agora é “pior” do que a de 2018 e que até 80% dos caminhoneiros poderão aderir à mobilização, que é apoiada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
“As nossas pautas, que a gente trabalhou em 2018, a gente ganhou e não levou. O que funciona é só o eixo erguido do pedágio, pra não pagar. Todas as reivindicações de 2018 não vingaram, só uma, que é a do eixo erguido”, disse Plínio à publicação.
A orientação, conforme o representante, é que os caminhoneiros não interditem totalmente as pistas e que ônibus, caminhões com insumos hospitalares e carga viva tenham livre passagem. Ele afirma ainda que a duração da mobilização vai depender de um acordo com o governo.
“Se os caminhoneiros tivessem sido atendidos antes de segunda-feira, não haveria paralisação. (…) É prazo indeterminado até o governo chamar, o senhor presidente Bolsonaro, chamar o conselho e também juntamente com a categoria, para a gente fazer uma reunião aberta, para decidir o que vai acontecer com a nossa pauta. Da maneira que está, ninguém vai trabalhar, não”, afirmou.
Há três anos atrás, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, a paralisação de 10 dias afetou todo o sistema de distribuição, e consequentemente, a economia em todo o país. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a fazer um apelo aos motoristas para que adiassem a greve. Na ocasião, ele disse que o governo estuda formas de reduzir o PIS/Cofins e o preço do diesel, mas que a saída não será fácil.
Conteúdo: A tarde