Aos 62 anos, morre o ator Antônio Pompêo no Rio de Janeiro


O ator Antônio Pompêo foi encontrado morto, nesta terça-feira (5), no Rio de Janeiro. As causas da morte ainda não foram divulgadas. O artista participou de vários filmes e atuou em novelas da Globo como “O Rei do Gado”, “A Viagem”, “Pecado Capital”, “Mulheres de Areia”, “A Casa das Sete Mulheres”, “Pedra Sobre Pedra” e “Fera Ferida”.

O mais recente trabalho de Antônio foi na novela “Balacobaco”, da Record, em 2012. A atriz Zezé Motta lamentou a morte do colega em sua rede social. “Em choque, e com muito pesar que comunico a perda do meu amigo e grande ator Antônio Pompêo. Juntos, trabalhamos em Xica da Silva, Quilombo, entre tantos outros projetos no cinema, na televisão foram mais de 05 novelas onde tivemos a oportunidade em estarmos juntos… A dor é grande! Descanse em paz meu amigo.”

O ator também ficou conhecido por ser militante e por ter sempre se posicionado contra o preconceito. Em 2010, ele chegou a publicar um artigo no jornal ‘O Globo’ sobre o tema: “O racismo é uma serpente de muitas cabeças. Damos um golpe no seu corpo e ela se multiplica. Precisamos lutar para que essa igualdade exista e que todos possam participar”.

Fonte: iBahia

FIQUE POR DENTRO – Direitos Humanos, Combate às Drogas e Educação


Em seu primeiro artigo do ano de 2016, o ex-Coordenador da Guarda Civil Municipal de Simões Filho, Erivaldo Santos fala sobre três assuntos: Direitos Humanos, Combate às Drogas e Educação, apontando estratégias emergenciais de como superar esses desafios no município de Simões Filho e, sobretudo, com um olhar crítico aos que têm o poder de mudar e contribuir para uma sociedade mais equânime no território simõesfilhense.

DIREITOS HUMANOS – Falar de um tema como esse é muito complexo, pois mexe com a consciência social, mesmo sabendo que essa bandeira é uma das fortes esperanças de um futuro melhor para a humanidade. Hoje temos o recém criado DPCDH (Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos) da PMBA, que busca robustecer a presença do Estado e preparar seus policiais para contribuírem com políticas públicas de caráter social, membros de Igrejas evangélicas e principalmente o Ministério da Justiça, todos lutando para proteger os mais vulneráveis da sociedade Brasileira.

Nossa Cidade de Simões filho dará um grande passo ao acordar para essa realidade. Temos que unir a Policia Militar, Policia Civil, Poder Executivo, Poder Judiciário, Poder Legislativo, Associações Comunitárias, Igrejas, ONGs e demais instituições para promover e desenvolver diretrizes capazes de punir os opressores da vida humana e banir de vez a violência que hoje se prolifera não somente aqui em nossa cidade, mas em todo o território Nacional.

Devemos construir uma sociedade mais justa e igualitária, criando grupos de DH para garantir assim, os direitos fundamentais de todos nós.

COMBATE AS DROGAS – Esse tema mexe com várias famílias da nossa cidade e necessita principalmente de vontade política do Poder Municipal, pois vivemos momentos terríveis por não ter uma Secretaria ou Coordenação de Segurança Pública ou talvez Coordenação de Prevenção a Violência, o que por várias vezes questionei sobre a falta da criação deste órgão que em muito ajudaria a superarmos esses problemas sociais, fortalecendo o combate a violência e principalmente as drogas.

É notório que infelizmente recursos financeiros advindos do Governo Federal ou Estadual, nunca chegam na sua totalidade ao município e quando chegam as vezes são usados ou direcionados para outros objetivos. Falta planejamento para o enfrentamento desse grande problema e devemos agir agora para solucioná-lo.

Mesmo sabendo que as drogas lícitas (Álcool – Cigarro) e ilícitas (Maconha – Cocaína – Crack) são hoje os principais causadores da violência e problemas de saúde no nosso município, não se vê iniciativa dos Poderes Públicos para garantir o combate nem um tratamento adequado para dependentes e usuários, colocando assim, toda a nossa sociedade com medo e em risco eminente.

Infelizmente nos deparamos diariamente nas portas das escolas do nosso município com traficantes ou jovens que sobrevivem do tráfico, já que os principais “patrões” não se expõem e prosperam com esse descaso social, sem serem incomodados e bajulados para darem apoio financeiro a pré-candidatos sem escrúpulos e sem compromisso social.

EDUCAÇÃO – A péssima qualidade do ensino e escolas sem condições adequadas para que professores e alunos possam freqüentar as salas de aulas é um dos fatores que mais atrapalham a educação em nosso Município. As conseqüências são inimagináveis e causadoras da evasão escolar, bem como o aumento da violência em nossas escolas. Mesmo com a mídia todos os dias denunciando que a falta de uma educação planejada é um dos principais fatores da violência na sociedade e um grande impulsionador da economia, temos ainda dificuldades de aplicar com mais determinação a educação nos estabelecimentos educacionais e principalmente em nossos lares.

Claro que conseguimos alguns avanços, mas a falta de compromisso de alguns secretários deixam a desejar e prejudicam o desenvolver das nossas crianças, que em fase de crescimento necessitam de uma base bem sustentável.

Vejo o Ministério Público como um dos principais fiscalizadores da educação, onde deveriam cobrar da Secretaria de Educação o controle da evasão escolar, bem como intimar os pais que por descuido ou irresponsabilidade não acompanham o desenvolvimento escolar dos seus filhos e nem as suas freqüências nos estabelecimentos.

Segundo a Lei os pais são responsáveis pelo acompanhamento escolar dos filhos, sendo o abandono intelectual um crime. Isso melhoraria e muito o desenvolvimento da educação e a diminuição da criminalidade, não esquecendo do papel do Executivo e Legislativo, que deveriam elaborar boas estratégias e um bom planejamento, dando aos munícipes escolas de referência e com qualidade que não deixem a desejar.

 Erivaldo dos Santos (Cabo da PMBA)

                                          CURSOS

– Direitos Humanos Nacional e Internacionas – UFBA/MJ/SNDH

– Direitos Humanos – DPCDH/PMBA

– Filosofia dos Direitos Humanos Aplicados à Atuação Policial – SENASP

– Extensão Universitária em Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – DPE/PRPE/UFSC

– Gestão em Modernização de Serviços Públicos – CETED/SETRAS

– Promotor Nacional de Policia Comunitária – PMBA

Neufrágio: Pelo menos 20 corpos de migrantes são encontrados na costa da Turquia


Pelo menos 20 migrantes, entre eles várias crianças, morreram nesta terça-feira (5) em dois naufrágios ao largo da costa ocidental da Turquia, quando tentavam alcançar as ilhas gregas, informou a agência de notícias turca Dogan.

A primeira embarcação partiu da região de Dikili (Oeste), tendo como destino a ilha grega de Lesbos e naufragou, com 22 pessoas a bordo, devido aos fortes ventos no Mar Egeu. Os guardas costeiros turcos conseguiram salvar oito pessoas e os corpos de 13 foram encontrados numa praia do distrito de Ayvalin, ao Norte, de acordo com o último balanço das autoridades divulgado pela agência.

Outra embarcação, com 58 migrantes, também naufragou ao largo da área balneária de Dikili, tendo os corpos de sete pessoas, incluindo mulheres e crianças, sido encontrados em uma praia próxima. Vários migrantes foram hospitalizados com hipotermia, informou a Dogan.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 700 pessoas, a maioria refugiados dos conflitos na Síria e no Iraque, morreram ou desapareceram no ano passado quando tentavam atravessar o Mar Egeu para alcançar a Grécia, porta de entrada da União Europeia (UE).

Apesar das temperaturas de inverno e das más condições meteorológicas que tornam a travessia mais perigosa, numerosos migrantes continuam a utilizar a via, de acordo com as autoridades turcas.

Dados da OIM indicam que, em 2015, 1 milhão de migrantes entrou na UE, 700 mil passando da Turquia para as ilhas gregas pelo Mar Egeu.

Brasil tem alta de dengue antes do verão; em 2015 foram 1,58 milhões de casos


Após registrar queda significativa em agosto, o número de casos de dengue voltou a subir. O aumento foi identificado em todas as regiões do país e aponta também para o crescimento da população de Aedes aegypti em todo o território nacional — um indicativo de que os riscos para as outras doenças transmitidas pelo vetor, zika e chikungunya, também são altos. Até a primeira semana de dezembro, haviam sido notificadas 1.587.080 infecções por dengue, 123.304 a mais do que o verificado até a última semana de setembro.

“Todos os anos, o país registra aumento de casos no período das chuvas, no verão. Mas, em 2015, o fenômeno aconteceu de forma antecipada”, afirma João Bosco Siqueira Júnior, professor do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Goiás (UFG). A tendência de elevação acontece a partir de dezembro e janeiro. Em 2015, o aumento começou em outubro e novembro.

Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o maior avanço da epidemia foi registrado no Centro-Oeste, onde a incidência dobrou entre outubro e novembro e saltou de 21 para 45 casos por 100 mil habitantes. No Sudeste, o comportamento foi semelhante: passou de 10,7 para 19,2 por 100 mil habitantes. No Nordeste, o aumento foi menos expressivo, de 18,6 para 23,8, mas a marca põe a região na segunda posição de incidência de dengue.

As mortes também não deram trégua. Mais cem casos foram contabilizados entre a última semana de setembro e a primeira de dezembro. Pelos dados reunidos até agora, 2015 teve pelo menos 839 óbitos provocados pela doença, o maior número registrado na história desde que o vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, voltou ao país, em 1982. Em 2013, que apresenta a segunda maior marca, foram 674 mortes.

Recorrência
A antecipação de casos de dengue, embora rara, não é inédita. Nos verões de 2001-2002 e 2009-2010, o aumento precoce do número de casos também foi registrado. “Foram anos em que a epidemia de dengue foi mais intensa”, diz Siqueira Júnior.

Para o professor, o fato de a alta de casos já estar em curso não significa, por si só, que a epidemia será mais grave. “Havia uma esperança de que 2016, depois do aumento tão expressivo de 2015, tivesse um comportamento melhor. Mas, em dengue, não há previsões. Você sempre pode ter risco de epidemia no país, porque há sempre uma parcela da população suscetível.” Há uma combinação de fatores que definem problema: o clima, a população de mosquitos e população suscetível ao vírus circulante no ano.

Para Siqueira Júnior, no entanto, os números têm de ser analisados de uma nova forma neste ano. Embora isolados já sejam bastante preocupantes — uma vez que a dengue pode levar à morte –, os dados indicam haver uma população expressiva do mosquito, vetor também da chikungunya e do zika, vírus apontado como a causa do crescimento do número de microcefalia no país em 2015.

A estatística dá mostra do risco de a população enfrentar agora uma tríplice epidemia: dengue, chikungunya e zika. “(O Boletim Epidemiológico) É um reforço para a necessidade de se combater o mosquito”, diz o professor. Siqueira Júnior observa que a epidemia, além dos riscos à população, sobrecarrega os sistemas de saúde.

Ele avalia também que as estatísticas brasileiras são transparentes e feitas de forma a retratar o alcance da dengue em toda a população. “Não são todos os países que adotam essa metodologia. Isso faz com que nossos números sejam muito impressionantes, mas não significa que sejamos os únicos.” (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

Cientistas descobrem quatro novos elementos químicos da tabela periódica


Os livros de química acabam de ficar desatualizados: quatro novos elementos foram oficialmente acrescentados à tabela periódica, completando sua sétima linha. O anúncio foi feito pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac), que avalia as pesquisas feitas nessa área.

Os novos elementos — 113, 115, 117 e 118 — não existem na natureza. Eles foram criados sinteticamente em laboratório e sobrevivem por apenas algumas frações de segundo. As equipes que os produziram, do Japão, da Rússia e dos Estados Unidos, poderão escolher seus nomes e símbolos. Por enquanto, eles estão sendo chamados de unúntrio (113), ununpentium (115), ununseptium (117) e ununoctium (118). Novos elementos podem ser batizados com o nome de um conceito mitológico, um mineral, um lugar, um país, uma propriedade ou o nome de um cientista.

“A comunidade química está ansiosa para ver sua tabela mais querida finalmente ser concluída até a sétima linha”, disse o professor Jan Reedijk, presidente da Divisão de Química Inorgânica da Iupac, no anúncio sobre as inclusões.

A tabela periódica, criada em 1869 pelo cientista russo Dmitri Mendeleev, agrupa os elementos químicos conforme sua composição química e propriedade. Esses são os primeiros elementos a serem adicionados à tabela desde 2011, quando foram incluídos o 114 e o 116.

Imagem de “espírito” aparece em ultrassom e assusta internautas


A imagem de um possível espírito apareceu em uma ultrassom e chamou atenção dos internautas na última sexta-feira (1º). Na imagem, publicada no Imgur, é possível ver o bebê no centro da ultrassom. Mas, no canto direito, muitas pessoas disseram ter visto um “demônio”.

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(Foto: Reprodução/Imgur)

“Meu Deus, tem um demônio ao lado do bebê”, se assustou um internauta. “Essa imagem me assustou muito. Acabei de ligar meu celular para clarear meu quarto e ver se tinha alguém aqui”, escreveu outro.

Para alguns internautas, porém, a foto representa algo positivo. “É um deus Hindu no lado direito”, disse um usuário. A foto já teve mais de 1,6 milhão de visualizações.

Fonte: CORREIO

Estado Islâmico ameaça Reino Unido em novo vídeo


O grupo extremista Estado Islâmico divulgou neste domingo um vídeo no qual ameaça o Reino Unido e o primeiro-ministro do país David Cameron.

Nas imagens, cinco homens de aparência árabe, que seriam espiões a serviço do governo britânico, foram mortos a tiros.

As ameaças contra o Reino Unido foram feitas por um militante mascarado, que tinha forte sotaque britânico. Ele disse que o David Cameron é um “escravo da Casa Branca” e que irá “perder essa guerra, como perdeu a do Iraque e do Afeganistão”.

Era possível ver também uma criança com sotaque do Reino Unido usando uma roupa de camuflagem e uma faixa preta na cabeça, característica do grupo.

A força aérea britânica realizou ao menos dez ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria desde o início de dezembro. Aviões de guerra do Reino Unido também bombardearam alvos no Iraque.

Crise: Desemprego em 2016 será pior do que no ano passado, dizem economistas


Os brasileiros enfrentaram o fechamento de postos de trabalho em 2015, em decorrência das dificuldades econômicas no país. Em 2016, o cenário pode se repetir, segundo avaliação de especialistas.Para o vice-diretor da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Renaut Michel, a taxa de desemprego no Brasil deverá continuar crescendo em 2016, por causa da queda no nível da atividade econômica. “Não há nenhum tipo de expectativa positiva”, disse o especialista em mercado de trabalho.
Para ele, embora a construção civil, um dos setores que mais empregam no país, tenha sentido mais os impactos da crise, outros setores da indústria poderão ser afetados este ano. “A indústria já vem mal há um bom tempo. Enfrenta um problema sério de perda de competitividade, de queda de investimentos. Minha expectativa é que continue um ano muito ruim para a indústria, mas em alguma medida vai afetar também o comércio e o serviço, porque o ambiente de incertezas está levando as famílias a consumirem menos. Em consequência disso, os empresários investem menos e bancos também não emprestam”.
O único setor que deve continuar apresentando bom desempenho é o agronegócio. “Mas não vai conseguir ser suficiente para minimizar o impacto muito ruim da trajetória do emprego nos próximos meses”, acrescentou.Já o professor João Luiz Maurity Sabóia, do Instituto de Economia, lembra que em outubro do ano passado, a taxa de desemprego era 7,9%, conforme a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa era praticamente a mesma registrada em 2008, que foi 7,5%, no auge da crise econômica internacional. Os metalúrgicos foram umas das categorias afetadas pelo desemprego no ano de 2015.
Fonte: Bahia Econômica

INSS abre inscrição para 950 vagas nesta segunda (04)


O prazo para inscrição no concurso público do INSS, um dos mais aguardados pelos concurseiros e que oferece 950 oportunidades, com salário de até R$ 7,4 mil, começa nesta segunda-feira, 4. As provas estão marcadas para maio de 2016.

Níveis médio e superior

Mais de 80% das vagas são para o cargo de técnico do seguro social, que exige nível médio completo e tem salário inicial de R$ 4.886,87.  O cargo de analista do INSS, voltado a candidatos com nível superior em serviço social e registro no conselho de classe, traz 150 postos de trabalho, com salário de R$ 7.496,09.

As inscrições devem ser feitas até 22 de fevereiro pelo site www.cespe.unb.br. A taxa de  inscrição custa R$ 65 para nível médio e R$ 80 para nível superior. A prova está prevista para 15 de maio de 2016.

O programa do edital inclui direito administrativo, direito constitucional, informática e raciocínio lógico. A prova para analistas terá ainda legislação previdenciária, legislação da assistência social do trabalhador e da pessoa com deficiência e serviço social. A prova para técnicos terá ainda ética no serviço público e regime jurídico único.

Separados pela guerra da Síria, mãe e filho voltam a se ver em São Paulo


O ano de 2016 começou cheio de emoção para o sírio Majd Soufan. Depois de uma longa espera, o engenheiro de 28 anos reencontrou sua mãe, Eman, que chegou para se unir a ele em busca de uma vida nova no Brasil.

Foram cinco anos de separação forçada pela guerra. Majd mora em São Paulo desde 2013, mas antes disso já havia deixado seu país para morar na Malásia, após ter se envolvido em protestos contra o governo sírio. Depois que o conflito começou, em 2011, a família foi se fragmentando. O pai continua na Síria e o irmão mora no Líbano.

O voo de Eman chegou na manhã do dia 1º de janeiro. Majd passou a virada do ano em casa, mas mal dormiu, por causa da ansiedade. Assim que viu a mãe despontando no portão de desembarque do aeroporto de Guarulhos, ele correu ao seu encontro. Foram vários minutos de choros e abraços (veja no vídeo acima).

“Eu esqueci do mundo. Corri, ela abriu os braços. Sabe como é, abraço de mãe”, relembra ele.

Naufrágio e lobos

O sírio Miguel Soufan e a mãe, Eman Haidar, no aeroporto de Guarulhos (Foto: Flávia Mantovani/G1)O sírio Miguel Soufan e a mãe, Eman Haidar, no aeroporto de Guarulhos (Foto: Flávia Mantovani/G1)

Eman passou por muita coisa até chegar aqui. Professora universitária em Damasco, a mulher de 56 anos tentou manter uma vida normal enquanto pôde, mas quando viu que não havia perspectiva de fim para o conflito, decidiu sair da Síria.

O marido, que a acompanhava na fuga, foi barrado na fronteira. Ela então continuou a jornada sozinha. E passou por todo tipo de percalço no caminho: sobreviveu ao naufrágio de um bote, enfrentou horas de caminhada em estradas, pântanos e até em uma floresta onde havia lobos, quase sufocou dentro de um caminhão fechado, dormiu na rua em várias ocasiões.

Conseguiu chegar à Alemanha depois de mais de um mês de viagem, mas não se adaptou. Longe da família, dormindo em campos de refugiados e sem recursos, ela preferiu se reunir com o filho no Brasil. A ideia agora é tentar trazer o marido da Síria para São Paulo.

Nome brasileiro e Corinthians

O sírio Miguel Soufan e a mãe, Eman Haidar, na casa onde moram, na zona leste de São Paulo (Foto: Flávia Mantovani/G1)O sírio Miguel Soufan e a mãe, Eman Haidar, na casa onde moram, na zona leste de São Paulo (Foto: Flávia Mantovani/G1)

Para tentar regularizar a documentação da mãe, Majd recorreu a órgãos internacionais como a Acnur (agência da ONU para refugiados). A passagem ele comprou com a ajuda de companheiros de trabalho.

Amigos brasileiros de Majd também doaram alguns móveis para ele começar a equipar a casa que aluga com outros jovens sírios no Belém (região leste), onde há um quarto separado para sua mãe.

A vontade de se adaptar é tanta que o rapaz adotou um nome diferente assim que chegou aqui: gosta de ser chamado de Miguel, para facilitar a pronúncia. Ele também escolheu um time nacional para torcer. “Sou corintiano. A primeira vez que eu assisti um jogo de futebol foi no estádio do Corinthians. Gostei do time”, explica.

A mãe dele não fica atrás na dedicação a se adaptar. Trouxe na mala 400 fichas de papel com palavras em português, que ela escreveu depois de pesquisar na internet. Ela já aprendeu várias: de “abóbora” a “estúpido”, de “mar” a “Ocidente”.

Enquanto aperta a mão do filho e o chama por apelidos carinhosos da infância, Eman resume, em português, o que espera de 2016: “Feliz Ano Novo”.

Fonte: G1