Governo anuncia R$ 5 bilhões para micro e pequenas empresas


Em mais uma medida às vésperas da votação do impeachment no Senado, o governo Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (10) a criação de linhas de crédito para capital de giro de micro e pequenas empresas no valor de R$ 5 bilhões, sendo R$ 3 bilhões oferecidos por meio do BNDES e os outros R$ 2 bilhões, via Banco do Brasil.

Segundo o ministro Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social), a contrapartida do contrato entre o governo e as empresas é a “preservação de empregos” e a “contratação de aprendizes” em um “momento de dificuldade” da economia do país.

“A preocupação é criar medidas pró-emprego para preservar emprego num momento de dificuldade e estimular contratações especialmente da juventude brasileira”, disse Rossetto a jornalistas na saída de uma reunião com a presidente no Palácio do Planalto.

Ainda de acordo com o ministro, as novas linhas de crédito estarão disponíveis a partir da semana que vem, com taxas de juros que variam entre 17,1% e 19,5% ao ano e carência de 6 a 12 meses. A ideia é beneficiar empresas com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano e preservar, segundo o petista, até 1,5 milhão de postos de trabalho.“Para além de estarmos devolvendo uma demanda do setor, que é capital de giro, estabelecemos uma contrapartida. As empresas que contratarem essa linha de crédito assumem o compromisso de preservar o número de postos de trabalho por até 12 meses”, disse Rossetto.

Já as empresas que tenham 10 ou mais funcionários terão que contratar pelo menos um jovem aprendiz.

“A prioridade é a contratação de jovens na condição de aprendizes. Os jovens são os mais atingidos na taxa de desemprego. 18% dos jovens estão desempregados”, afirmou Rossetto. “Queremos, com esse crédito, preservar até 1,5 milhão em postos de trabalho”, completou.

Da reunião entre Dilma e Rossetto nesta terça (10) participou também o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

Rossetto afirmou ainda que Dilma “segue determinada e firme” diante do andamento do processo de impeachment e que “vai continuar” o debate junto ao Senado e ao STF (Supremo Tribunal Federal).

“Ela vai continuar buscando em todos os espaços a legalidade”, completou o ministro. Com informações da Folhapress.

Dilma planeja entregar mandado de segurança contra impeachment


A presidente Dilma Rousseff analisa a possibilidade de apresentar um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular o processo de impeachment ainda nesta terça-feira (10).

Segundo o jornal O Globo, o principal argumento para o mandado seria o desvio de finalidade cometido por Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O então presidente da Câmara teria aceitado o pedido de impedimento de Dilma por “vingança”, após o PT ter decidido não apoiá-lo na Comissão de Ética da Câmara.

A defesa de Dilma considera que o desvio de finalidade viciou todo o processo de impeachment.

A equipe de Dilma, encabeçada pelo ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, analisa as possíveis estratégias para apresenação do mandado.

A publicação destaca ainda que o cenário mudou desde a decisão do deputado Waldir Maranhão (PP-MA). O presidente interino da Câmara voltou atrás na anulação das sessões do impeachment e tornou a votação válida outra vez.

O grupo da presidente Dilma discute as possíveis medidas para derrubar o impeachment ou, pelo menos, retardar a votação do Senado.

Ainda segundo a reportagem, a análise é de que, uma vez que os senadores votem a matéria em plenário, culminando com o afastamento de Dilma por até 180 dias, as chances de reverter a cassação ficam praticamente inviáveis.

A expectativa do governo era contar com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para atrasar um pouco o cronograma estabelecido na Câmara após Waldir Maranhão decidiu anular as sessões da Câmara que resultaram na autorização para o Senado julgar a presidente Dilma. Porém, Renan ignorou o ato de Maranhão e manteve o rito estabelecido, que prevê a votação para esta quarta-feira.

Letícia Sabatella entrega carta sobre golpe contra Dilma para o Papa


Nesta segunda (9), o Papa Francisco se reuniu com a atriz Letícia Sabatella e com a juíza Kenarik Boujikian Felippe, do Tribunal de Justiça São Paulo pra falar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que ambas classificam como golpe. As informações são do site Brasil de Fato.

Durante o encontro realizado em Roma, foi entregue ao Papa uma carta do dvogado Marcelo Lavenere, membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e autor do pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1992.

No documento, Lavenere afirma que o Brasil “se encontra na iminência de sofrer um ‘golpe de estado'” e que o processo de impeachment contra Dilma é “desprovido de fundamento legal”. Ele explica a articulação política de parlamentares e partidos polítocos de oposição, envolvidos em corrupção, para deslegitimar o voto de 54 milhões de brasileiros.

“Ele nos ouviu atentamente, nos disse que irá orar pelo povo brasileiro, que se preocupa com o Brasil. E perguntando a ele sobre a postura de diálogo necessário sobre o nosso ponto de vista, ele reiterou que o diálogo é uma necessidade para a construção de um mundo melhor para todos”, disse Kenarik em entrevista à Rádio França Internacional (RFI).

A atriz classificou o atual “clima de intolerância” do país como “uma doença”. “Acho que é pertinente pedirmos o auxílio e levar ao papa o que está acontecendo. Existe uma sombra, um ódio, uma busca pelo bode expiatório que não vai resolver a situação sistemática do país”, disse.

*Notícias ao Minuto

Simões Filho: Projetos da Secretaria de Habitação prevê mais 7 mil unidades do programa ‘Minha Casa Minha Vida’


 [soundcloud soundcloudurl=”https://soundcloud.com/silvio-souza-mapelenews-598222033/simoes-filho-projetos-da-secretaria-de-habitacao-preve-mais-7-mil-unidades-do-programa” ][/soundcloud] Na véspera da 4ª Conferência das Cidades que acontece nesta terça-feira (10), em Simões Filho, o Secretário de Habitação, Virgílio Daltro revelou que existe uma  demanda de 35 mil unidades habitacionais do programa ‘Minha Casa Minha Vida’ e a administraçõ pública por entender que o programa é de interesse social, já encaminhou projetos que necessitam da liberação do Ministério das Cidades. A previsão é de mais 7 mil unidades habitacionais para o município.

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Em entrevista, Virgílio Daltro ainda revelou à sua preocupação para que não haja atrasos; nem retrocessos que impeçam a liberação de alguns empreendimentos e consequentemente o início das obras.

“Temos visto o esforço do prefeito Eduardo Alencar que vêm facilitando a nossa vida e conduziu isso por Brasília”, declarou o secretário que explicou que o Executivo Municipal se empenha no sentido de conseguir o apoio do Ministério das Cidades para que os demais residenciais sejam liberados.

‘Residencial das Rosas, Cedro Sapucaia, Santa Rosa, Platô, I, II, III, IV, V, VI e VII’ são os futuros empreendimentos que a Secretaria de Habitação atua como uma força para conseguir o apoio do Governo Federal.

“Falta assinar os contratos e o que precisa é o Governo Federal não atrapalhar a vinda desses empreendimentos para Simões Filho”, revelou Daltro que demonstrou também preocupação com a questão política.

A Presidente Dilma Rousseff afirmou para a imprensa no final da última semana; que sua luta é dar continuidade aos programas sociais e que uma das tentativas do seu ‘impedimento’ pela oposição é devido aos ‘gastos do governo com os menos favorecidos’.

Caso ocorra a transição do governo, os futuros empreendimentos em Simões Filho que garantirá mais 7 mil unidades habitacionais poderão ser afetados.

O Secretário fez questão de frisar que as construtoras já deram entrada e depende mesmo da ‘liberação do Ministério das Cidades’.

A 4ª Conferência que acontece a partir das 08:30h, no auditório do Centro Social, norteará as demandas e necessidades do município com o objetivo de ampliar o desenvolvimento; tendo como direcionamento principal efetivar ações e metas e constitui etapa preparatória para as Conferências Estadual e Nacional que deverão acontecer de 1º de novembro de 2016 a 31 de março de 2017.

Presidente da Câmara Waldir Maranhão anula impeachment de Dilma


O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), aliado de Dilma Rousseff, acatou recurso da Advocaia Geral da União (AGU), que anula o impeachment na Câmara.

O deputado do PP marcou uma nova votação do pedido impeachment para daqui a 5 sessões do plenário da Câmara.

Em nota divulgada à imprensa, Maranhão diz que a petição da AGU ainda não havia sido analisada pela Casa e que, ao tomar conhecimento dela, resolveu acolher. Na decisão, ele argumenta “ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão”.

Para Maranhão, os partidos políticos não poderiam ter fechado questão a favor ou contra o impeachment. Quando há o chamado fechamento de questão, os deputados devem seguir a orientação partidária sob pena de punição, como expulsão da legenda.

Documento sobre a decisão do presidente interino da Câmara Federal

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“Não poderiam os partidos políticos terem fechado questão ou firmado orientação para que os parlamentares votassem de um modo ou de outro, uma vez que, no caso deveriam votar de acordo com as suas convicções pessoais e livremente”, destacou o presidente em exercício da Câmara na decisão.

Maranhão argumenta ainda que os deputados não poderiam ter anunciado suas posições antes da sessão da Câmara que decidiu dar continuidade ao processo de afastamento da presidente Dilma. Ele também afirma que a defesa de Dilma deveria ter tido o direito de falar durante a votação do impeachment.

“Não poderiam os senhores parlamentares antes da conclusão da votação terem anunciado publicamente seus votos, na medida em que isso caracteriza prejulgamento e clara ofensa ao amplo direito de defesa que está consagrado na Constituição. Do mesmo modo, não poderia a defesa da senhora Presidente da República ter deixado de falar por último no momento da votação, como acabou ocorrendo”, afirma.

*Bocão News

Semana no Senado terá votações de impeachment e de cassação


A semana começará cheia no Senado, com votações importantes sobre duas cassações de mandato. Os senadores se debruçarão sobre a análise da admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff – que, se for aceita, implicará no afastamento imediato dela do cargo – e da cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral (Sem Partido-MS). Além disso, os membros da comissão parlamentar de inquérito que investiga denúncias contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) devem concluir os trabalhos, com a votação do relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Diante da aprovação do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) na Comissão Especial do Impeachment, na última sexta-feira (6), a previsão é que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), faça a leitura do resultado ao plenário nesta segunda-feira (9). Com isso, começará a contar o prazo de 48 horas para que a votação do parecer pela admissibilidade do processo seja marcada no plenário.

Assim, a sessão para discussão do parecer começará na próxima quarta-feira (11), mas a previsão é que a votação só ocorra na quinta-feira (12) porque, se os senadores quiserem, o presidente poderá suspender a sessão na quarta-feira à noite e retomá-la no dia seguinte pela manhã. O tempo estimado apenas para a fase de discursos dos senadores é de 20 horas, mas o plenário ainda deve discutir questões de ordem que serão apresentadas pela base governista e o encaminhamento dos líderes. A previsão é que a votação ocorra pelo painel eletrônico, sem a chamada nominal que houve na votação da Câmara.

Delcídio
Antes da votação da admissibilidade do impeachment, no entanto, os senadores deverão se debruçar sobre outra questão relevante logo no início da semana: a cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral. Na segunda-feira a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deverá aprovar o parecer do Conselho de Ética da Casa que recomenda a perda do mandato por quebra de decoro parlamentar, atestando a constitucionalidade do processo.

Com isso, o plenário poderá votar, na terça-feira (10), se cassa o senador, que foi flagrado em conversa com o filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, oferecendo propina e um plano de fuga para que Cerveró não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público no âmbito da Operação Lava Jato. O próprio Delcídio, posteriormente, firmou esse tipo de acordo, no qual disse que a tentativa de atrapalhar as investigações foi feita a pedido do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff.
CBF

Senado terá ainda que votar o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito do Futebol. A previsão inicial é que o relatório seja votado na terça-feira, logo após ser lido aos membros da CPI.
Diante do anúncio feito pelo presidente da comissão, Romário (PSB-RJ), de que apresentaria um voto em separado para ser também analisado, a votação pode ser adiada para vistas.

*Agência Brasil

Em jogo tenso, Vitória perde na Fonte Nova, mas é campeão baiano


Gol tricolor saiu aos 20 do primeiro tempo. Apesar da pressão, o Bahia não conseguiu devolver placar do Barradão

O Vitória é o campeão baiano de 2016. O Leão perdeu por 1 a 0 na Fonte Nova neste domingo (8), mas se sagrou campeão graças ao resultado da última semana, quando venceu por 2 a 0 no Barradão. O gol tricolor saiu aos 20 do primeiro tempo e o Bahia dominou grande parte do jogo, mas não conseguiu converter a pressão em mais um gol. O Leão volta a erguer a caneca estadual – a última vez foi em 2013.

O Bahia pressionou desde o primeiro minuto. Feijão fez boa jogada, João Paulo Gomes bateu cruzado e a zaga conseguiu afastar.  O próprio João Paulo Gomes, jogando pelo meio, voltou a ter chance aos 17 minutos, quando deu uma caneta em Welison, avançou pelo lado, mas se atrapalhou na hora de cruzar.

E aos 20 saiu o gol. Thiago Ribeiro recebeu pela esquerda, cruzou, a bola bateu em Amaral e Feijão e entrou no gol de Caíque, abrindo o placar para o tricolor. Logo após o gol, houve confusão entre os dois bancos de reservas. O goleiro reserva do Bahia, Jean, foi expulso, assim como o treinador de arqueiros, Tiago Melo. Felipe Fernandes, médico do Vitória, também recebeu o cartão vermelho.

Vencendo por 1 a o, o tricolor precisava de mais um gol para conseguir o tricampeonato. E o time continuava pressionando. Caíque conseguia fazer as defesas e o Vitória não conseguia ir para a frente.

No final do primeiro tempo, mais confusão, depois que o goleiro Marcelo Lomba acusou Vander de deixar o pé de propósito em um lance.

  • (Foto: Betto Jr/CORREIO)
  • (Foto: Betto Jr/CORREIO)
  • (Foto: Betto Jr/CORREIO)
  • (Foto: Betto Jr/CORREIO)

Segundo tempo

O Leão teve sua melhor chance aos 4 do segundo tempo, quando Kieza recebeu na área e chutou forte, mas Lomba conseguiu fazer bela defesa. Doriva tentou mudanças no time. Juninho entrou na vaga de Paulo Roberto. Luisinho entrou no lugar de João Paulo Gomes. A última mudança foi Henrique no lugar de Danilo Pires.

De fora da área, Danilo Pires chutou forte, mas viu Caíque cair para fazer a defesa. O Vitória se segurava e tentava ameaçar no contra-ataque – Leandro Domingues chutou de longe e mandou com perigo.

No Vitória, Tiago Real entrou na vaga de Leandro Domingues e Alípio no de Vander. O jogo continuava tenso. Aos 33, Henrique caiu na área e o Bahia pediu pênalti, mas o árbitro mandou seguir.

O Ba-Vi teve mais confusão aos 42. Lucas Fonseca e Diego Renan se estranharam depois de entrada forte do zagueiro tricolor e os dois foram expulsos. Aos 48, Juninho cruzou para Tinga, que cabeceou para fácil defesa de Caíque.

Remédio usado no tratamento de malária pode proteger fetos do Zika


Um remédio usado para tratar doenças como a malária pode ser eficaz na proteção do cérebro de fetos contra a infecção pelo vírus da zika. O medicamento cloroquina pode evitar que o vírus danifique células nervosas em formação. Testes em humanos precisam ser feitos antes da liberação do uso para este fim. Segundo O Globo, a comprovação da eficácia do remédio foi feita por equipes dos institutos de Biologia, de Ciências Biomédicas da UFRJ e D’Or. “A cloroquina mostrou aqui no laboratório que é muito eficiente para impedir a infecção de células que estão se tornando neurônios durante oe desenvolvimento do sistema nervoso e isso é muito importante no contexto da microcefalia, porque aparentemente os estudos estão mostrando que o cérebro dos fetos é mais suscetível a essa infecção logo no início da gestação”, contou Loraine Campanati, professora do Instituto de Ciências Biomédicas.

Papa pede a missionários que rezem para que se torne “mais pobre”


O papa Francisco esteve hoje (7) reunido com membros de uma associação médica de caridade que atua na África, apelando para que orem para que se torne “mais pobre”, em solidariedade aos povos africanos que passam dificuldades.

“Peço-vos, por favor, que rezem também por mim, para que Deus me faça cada dia mais pobre”, afirmou à organização ‘Médicos com a África’, elogiando o trabalho por ela desenvolvido em sete países africanos.

O papa também realçou que a saúde “não é um bem de consumo, mas um direito universal, logo o acesso aos serviços médicos não pode ser um privilégio”, segundo informou a agência France Presse (AFP), assinalando que ainda há muitos países em que este é um privilégio dos cidadãos mais abastados.

“Os cuidados médicos, especialmente no nível mais básico, são na verdade negados em muitas partes do mundo e em muitas regiões da África. Não é um direito para todos, mas ainda um privilégio reservado a alguns, aqueles que podem pagá-los”, disse Francisco.

O papa destacou que a situação na África assume contornos particularmente críticos. “Na África, demasiadas mulheres morrem ao dar à luz e muitas crianças não sobrevivem além do primeiro mês de vida devido a doenças e má nutrição”, afirmou perante uma audiência com 9 mil médicos e voluntários que se deslocaram ao Vaticano.

A caridade médica desempenha o seu trabalho “com coragem numa expressão de que a Igreja não é uma ‘super clínica para pessoas importantes’, mas antes um ‘hospital de campo'”, afirmou. E destacou: “É uma igreja com um grande coração, próxima dos muitos feridos e humilhados da história, a o serviço dos mais pobres.”

A organização ‘Médicos com a África’ foi criada na Itália há 65 anos por um médico e um padre e opera em Uganda, Tanzânia, Moçambique, Etiópia, Angola, Sudão do Sul e Serra Leoa.

Dilma faz discurso com tom de despedida durante evento


A presidente Dilma Rousseff afirmou que será difícil o eventual governo de Michel Temer acabar com os programas da sua gestão. Em um evento de inauguração da sede da Embrapa Agricultura e Pecuária em Palmas e em tom de despedida, Dilma disse que todos precisam lutar – não só ela – para que não haja retrocesso.

“Vai ser difícil eles conseguirem quebrar todos os programas, mas que vão tentar, vão”, afirmou a petista, a cinco dias da provável decisão do Senado de afastá-la da Presidência e abrir processo de impeachment contra ela por crime de responsabilidade.

Sem citar nominalmente Temer, a presidente destacou que o foco do presidente interino, se assumir, é tirar do Bolsa Família de 36 milhões de beneficiários. Segundo Dilma, eles querem fazer a economia com o dinheiro dos mais pobres e “jamais se reelegeriam”.

Em um aceno ao setor do agronegócio, a presidente disse que vai ser “muito difícil” reduzir recursos para o programa de safra. No início do pronunciamento, Dilma fez um agradecimento especial à Kátia Abreu, ao afirmar que o Brasil precisa de exemplos, referindo-se à ministra da Agricultura. A petista reconheceu a “lealdade” dela – a única dos sete ministros que o PMDB tinha que ainda está no cargo. Kátia deve reassumir o mandato do Senado para votar contra o impeachment da presidente.

Na solenidade, Dilma anunciou a criação da Universidade Federal do Araguaia e ressaltou que uma das maiores iniciativas da gestão dela e de Lula foi interiorizar as universidades. Ela disse que, desde o início do governo Lula, houve uma mudança no despesa pública, quando se foram feitas escolhas como a ampliação dos gastos em agricultura, produção e ações sociais.

“Fizemos uma escolha diferente dos nossos antecessores e optamos pelo crescimento”, afirmou.

A presidente disse que vai continuar lutando contra o pedido de impeachment em análise no Senado, que, para ela, não tem base legal. Ela mencionou que situações semelhantes que agora justificam o pedido de afastamento feitas por outros presidentes e governadores passaram em “brancas nuvens”.

Dilma afirmou que os decretos citados no pedido de impeachment não referem-se a recursos que a Presidência pegou para si. Para ela, o que está em questão são atos dos quais ela participou e que são regulares. “Além de ser golpe, eles não gostam das minhas escolhas de onde gastar o dinheiro”, criticou.

Sem se referir pessoalmente ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por ter deflagrado o processo de impeachment, a presidente disse não ter contas no exterior e nem ter recebido dinheiro de propina. “Falam que eu sou uma pessoa dura, eu não sou dura, sou honesta, é diferente”, afirmou.

A petista defendeu que, se querem fazer um julgamento do governo dela, que se recorra ao povo brasileiro e não realize uma “eleição indireta”. “Espero e tenho certeza, irei resistir até o fim e conto com vocês”, concluiu.

*Estadão Conteúdo