Remédio usado no tratamento de malária pode proteger fetos do Zika


Um remédio usado para tratar doenças como a malária pode ser eficaz na proteção do cérebro de fetos contra a infecção pelo vírus da zika. O medicamento cloroquina pode evitar que o vírus danifique células nervosas em formação. Testes em humanos precisam ser feitos antes da liberação do uso para este fim. Segundo O Globo, a comprovação da eficácia do remédio foi feita por equipes dos institutos de Biologia, de Ciências Biomédicas da UFRJ e D’Or. “A cloroquina mostrou aqui no laboratório que é muito eficiente para impedir a infecção de células que estão se tornando neurônios durante oe desenvolvimento do sistema nervoso e isso é muito importante no contexto da microcefalia, porque aparentemente os estudos estão mostrando que o cérebro dos fetos é mais suscetível a essa infecção logo no início da gestação”, contou Loraine Campanati, professora do Instituto de Ciências Biomédicas.

Papa pede a missionários que rezem para que se torne “mais pobre”


O papa Francisco esteve hoje (7) reunido com membros de uma associação médica de caridade que atua na África, apelando para que orem para que se torne “mais pobre”, em solidariedade aos povos africanos que passam dificuldades.

“Peço-vos, por favor, que rezem também por mim, para que Deus me faça cada dia mais pobre”, afirmou à organização ‘Médicos com a África’, elogiando o trabalho por ela desenvolvido em sete países africanos.

O papa também realçou que a saúde “não é um bem de consumo, mas um direito universal, logo o acesso aos serviços médicos não pode ser um privilégio”, segundo informou a agência France Presse (AFP), assinalando que ainda há muitos países em que este é um privilégio dos cidadãos mais abastados.

“Os cuidados médicos, especialmente no nível mais básico, são na verdade negados em muitas partes do mundo e em muitas regiões da África. Não é um direito para todos, mas ainda um privilégio reservado a alguns, aqueles que podem pagá-los”, disse Francisco.

O papa destacou que a situação na África assume contornos particularmente críticos. “Na África, demasiadas mulheres morrem ao dar à luz e muitas crianças não sobrevivem além do primeiro mês de vida devido a doenças e má nutrição”, afirmou perante uma audiência com 9 mil médicos e voluntários que se deslocaram ao Vaticano.

A caridade médica desempenha o seu trabalho “com coragem numa expressão de que a Igreja não é uma ‘super clínica para pessoas importantes’, mas antes um ‘hospital de campo'”, afirmou. E destacou: “É uma igreja com um grande coração, próxima dos muitos feridos e humilhados da história, a o serviço dos mais pobres.”

A organização ‘Médicos com a África’ foi criada na Itália há 65 anos por um médico e um padre e opera em Uganda, Tanzânia, Moçambique, Etiópia, Angola, Sudão do Sul e Serra Leoa.

Dilma faz discurso com tom de despedida durante evento


A presidente Dilma Rousseff afirmou que será difícil o eventual governo de Michel Temer acabar com os programas da sua gestão. Em um evento de inauguração da sede da Embrapa Agricultura e Pecuária em Palmas e em tom de despedida, Dilma disse que todos precisam lutar – não só ela – para que não haja retrocesso.

“Vai ser difícil eles conseguirem quebrar todos os programas, mas que vão tentar, vão”, afirmou a petista, a cinco dias da provável decisão do Senado de afastá-la da Presidência e abrir processo de impeachment contra ela por crime de responsabilidade.

Sem citar nominalmente Temer, a presidente destacou que o foco do presidente interino, se assumir, é tirar do Bolsa Família de 36 milhões de beneficiários. Segundo Dilma, eles querem fazer a economia com o dinheiro dos mais pobres e “jamais se reelegeriam”.

Em um aceno ao setor do agronegócio, a presidente disse que vai ser “muito difícil” reduzir recursos para o programa de safra. No início do pronunciamento, Dilma fez um agradecimento especial à Kátia Abreu, ao afirmar que o Brasil precisa de exemplos, referindo-se à ministra da Agricultura. A petista reconheceu a “lealdade” dela – a única dos sete ministros que o PMDB tinha que ainda está no cargo. Kátia deve reassumir o mandato do Senado para votar contra o impeachment da presidente.

Na solenidade, Dilma anunciou a criação da Universidade Federal do Araguaia e ressaltou que uma das maiores iniciativas da gestão dela e de Lula foi interiorizar as universidades. Ela disse que, desde o início do governo Lula, houve uma mudança no despesa pública, quando se foram feitas escolhas como a ampliação dos gastos em agricultura, produção e ações sociais.

“Fizemos uma escolha diferente dos nossos antecessores e optamos pelo crescimento”, afirmou.

A presidente disse que vai continuar lutando contra o pedido de impeachment em análise no Senado, que, para ela, não tem base legal. Ela mencionou que situações semelhantes que agora justificam o pedido de afastamento feitas por outros presidentes e governadores passaram em “brancas nuvens”.

Dilma afirmou que os decretos citados no pedido de impeachment não referem-se a recursos que a Presidência pegou para si. Para ela, o que está em questão são atos dos quais ela participou e que são regulares. “Além de ser golpe, eles não gostam das minhas escolhas de onde gastar o dinheiro”, criticou.

Sem se referir pessoalmente ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por ter deflagrado o processo de impeachment, a presidente disse não ter contas no exterior e nem ter recebido dinheiro de propina. “Falam que eu sou uma pessoa dura, eu não sou dura, sou honesta, é diferente”, afirmou.

A petista defendeu que, se querem fazer um julgamento do governo dela, que se recorra ao povo brasileiro e não realize uma “eleição indireta”. “Espero e tenho certeza, irei resistir até o fim e conto com vocês”, concluiu.

*Estadão Conteúdo

Dilma defende Bolsa Família e critica revisão de programas sociais


Em discurso durante visita a obras da integração do rio São Francisco, em Cabrobó (PE), a presidente Dilma Rousseff defendeu as políticas sociais adotadas pelos governos do PT, a exemplo do Bolsa Família, e criticou propostas de revisão dos programas de benefícios, referindo-se ao que tem sido veiculado como propostas sociais de um eventual governo Michel Temer.

“As pessoas acham que os gastos sociais são um desperdício, um gasto desnecessário para a quantidade de famílias que recebem o Bolsa Família. Acham que só 5% mais pobres devem receber o Bolsa Família. Quanto é 5%? 10 milhões. Quantas pessoas recebem o Bolsa Família? 47 milhões”. A presidente acrescentou: “Sabe qual a conta do foco? Dar só para 10 milhões. Os outros que se virem. Eu e minha chapa fomos eleitos para garantir o Bolsa Família para os 47 milhões. O voto que vocês me deram foi para garantir as políticas sociais.”

O documento “Travessia Social” do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, defende o aperfeiçoamento dos programas sociais do governo federal. “É preciso dizer que nem todas as políticas sociais no Brasil têm seu foco nos grupos sociais mais carentes”, diz o documento divulgado pela imprensa nesta semana.

A cerimônia no sertão pernambucano contou com discursos dos governadores da Paraíba e do Ceará, Ricardo Coutinho (PSB) e Camilo Santana (PT) que criticaram o processo de impeachment contra a presidente, que tramita no Senado.
Dilma disse que, se abandonar o cargo, seus opositores vão empurrar a “sujeira para debaixo do tapete”. “E eu não vou para debaixo do tapete. Eu vou ficar aqui brigando. Eu sou a prova da injustiça. Eles estão condenando neste impeachment uma pessoa inocente. Não há nada mais grave que condenar uma pessoa inocente”, afirmou Dilma. “O lado certo da história é o nosso lado, o lado do povo deste país”, disse a presidente.

Na quarta (11), o Senado vota pela admissibilidade da denúncia que pede a saída da presidente. Se o plenário aprovar a medida por maioria simples, Dilma será afastada por até 180 dias e o vice Michel Temer assume o poder.

*Uol

Dilma diz que Temer está ‘usurpando o poder’ e é ‘cúmplice do golpe’


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (6) que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) está “usurpando o poder” e é “cúmplice” do processo de impeachment contra seu mandato, classificado por ela como “golpe”.

Segundo Dilma, seu impeachment é “violento” porque teve como condutor o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado do mandato e do cargo nesta quinta-feira (5) pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

“Não vamos nos iludir. Todos aqueles que são beneficiários desse processo, como por exemplo os que estão usurpando o poder, infelizmente o vice-presidente da República, são cúmplices de um processo extremamente grave”, disse Dilma em discurso de quase meia hora no Palácio do Planalto.

A presidente afirmou ainda que Cunha é uma pessoa “destituída de princípios morais e éticos” e afirmou que o peemedebista fez “chantagem explícita” com seu governo antes de aceitar o pedido de impeachment.

“O meu processo é tão violento porque foi necessária uma pessoa destituída de princípios morais e éticos, acusado de lavagem de dinheiro, de ter contas no exterior, para perpetrar o golpe”, declarou a presidente.

“Ontem [quinta-feira], o Supremo disse que o senhor Eduardo Cunha era uma pessoa que usava de ‘práticas condenáveis’, e uma das práticas mais condenáveis foi a chantagem explícita feita pelo Eduardo Cunha com o meu governo”, completou a presidente.

À época em que aceitou o pedido de impeachment contra Dilma, Cunha tentava conseguir que os três deputados do PT no Conselho de Ética da Câmara votassem a favor dele no colegiado, mas o comando petista orientou que os parlamentares ficassem contra Cunha. Em seguida, o peemedebista acatou o processo de impeachment, que foi aprovado na Câmara no último dia 17.

Dilma afirmou que “o pecado original” não pode “ficar escondido” e que é “muito incômoda” porque foi eleita e não cometeu “nenhum crime”.A presidente rechaçou mais uma vez a hipótese de renunciar ao cargo e disse que “resistirá até o último dia”.

“Se eu renuncio, enterro a prova viva de um golpe absolutamente sem base legal e que tem por objetivo ferir interesses e conquistas dos últimos 13 anos”, disse. “Tenho disposição de resistir e resistirei até o último dia”, completou.

Dilma participou nesta manhã de uma cerimônia no Planalto para a assinatura da contratação de 25 mil unidades do Minha Casa, Minha Vida. Com informações da Folhapress.

Governo decreta aumento de 9% para Bolsa Família


A presidente Dilma Rousseff editou o Decreto 8.747/2016, que autoriza aumento médio de 9% nos benefícios do Bolsa Família, anunciado por ela no último Dia do Trabalho, em 1º de maio. O texto está publicado no Diário Oficial da União (DOU) e diz que que “os Ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Planejamento, Orçamento e Gestão poderão, em ato conjunto, majorar os valores dos benefícios e os valores referenciais para caracterização de situação de pobreza ou extrema pobreza”.

De acordo com o decreto, o repasse do valor básico mensal para famílias em situação de extrema pobreza sobe de R$ 77 para R$ 82. Os outros benefícios passam de R$ 35 para R$ 38 e de R$ 42 para R$ 45. O documento não cita a data de vigência dos novos valores, o que deverá ser definido em ato posterior dos três ministérios. Mas a previsão é que o aumento comece a valer em junho, conforme Dilma anunciou.

Segundo o governo, o custo desse aumento já estava previsto no Orçamento deste ano. O decreto, no entanto, ressalva que “compete ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome a avaliação sobre o cumprimento dos requisitos previstos pelo 6º parágrafo do art. 2º da Lei nº 10.836, de 2004”, que cria o Programa Bolsa Família. Esse trecho da lei diz que os valores dos benefícios poderão ser majorados “em razão da dinâmica socioeconômica do País e de estudos técnicos sobre o tema”, desde que os custos sejam compatibilizados com as dotações orçamentárias existentes.

*Estadão Conteúdo

Jornalista Ana Portela sofre AVC e está internada no Hospital do Subúrbio


A jornalista Ana Portela sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), na última quarta-feira (4) e foi internada às pressas no Hospital do Subúrbio, em Salvador. Amigos afirmam que o estado da baiana foi considerado grave, porém o hospital não confirmou as informações obtidas.

Ana Portela já atuou na Record Bahia, como repórter do programa Bom D+ e entre as ex-colegas de profissão está a apresentadora Daniela Prata, que pediu orações para a amiga em suas redes sociais. “Gostaria de pedir orações para a colega, amiga, ser humano maravilhoso, pessoa de amor, Ana Portela. Vamos orar por ela, por favor. Motivo de saúde. Obrigada! As orações emanam boas energias que ajudam na melhora. Evoquemos boas energias para ela, de saúde, força e paz. Obrigada”, comentou.

Informações dão conta de que Ana Paula teria tido uma melhora nesta sexta-feira(06)e estaria em recuperação na UTI da unidade hospitalar.

Dilma: “Resistirei até o último dia”


A presidente Dilma Rousseff afirmou em evento realizado no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (6) que irá resistir “até o último dia”.

“Sabemos que a história deixará bem claro quem é quem neste processo. Por isso, queriam que eu renunciasse. Sou muito incômoda, primeiro porque sou a presidenta eleita. Segundo, porque não cometi nenhum crime. Terceiro, porque sou a prova viva de um golpe sem base legal que tem por objetivo ferir interesses e ferir conquistas adquiridas ao longo dos últimos 13 anos. Tenho a disposição de resistir. Resistirei até o último dia”, enfatizou Dilma.

Nesta sexta-feira, os integrantes da Comissão Especial do Impeachment no Senado vão votar o relatório apresentado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que recomenda a continuidade do processo.

Incêndio mata pai e seis filhos no sudeste da Turquia


Um homem e os seis filhos morreram em um incêndio aparentemente acidental na madrugada desta sexta-feira em Gaziantep, cidade do sudeste da Turquia, informou a agência de notícias Dogan.

De acordo com a agencia de notícias AFP, Mehmet Emin Bakir, de 70 anos, e os seis filhos, com idades entre 2 e 15 anos, não conseguiram escapar das chamas que destruíram a casa da família. A esposa e mãe de seus filhos, Naciye Bakir, de 56 anos, ficou ferida e está hospitalizada.

O incêndio na casa da família modesta de agricultores provavelmente foi provocado por uma vela, segundo a agência.

Com afastamento de Cunha, bolsa recua com incerteza política


O mercado financeiro reage com cautela ao afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, nesta quinta-feira (5).

Investidores e analistas avaliam as implicações da medida para um eventual governo sob o comando do atual vice-presidente Michel Temer. Também preocupam as dificuldades que Temer estaria enfrentando para montar um governo pró-mercado.

As incertezas políticas, somadas à cautela no cenário externo, levam o Ibovespa a operar em baixa. O dólar oscila perto da estabilidade, em mais uma sessão sem atuação do Banco Central no mercado de câmbio.

Os índices acionários globais mostram pequenas variações, apesar da alta do petróleo, digerindo dados mostrando desaceleração do setor de serviços na China e aumento do número de pedidos de auxílio-desemprego acima do esperado nos EUA.

O Ibovespa operava há pouco em baixa de 1,70%, aos 51.657,44 pontos.

“As reações de investidores ainda se encontram longe de um consenso, pois ao mesmo tempo em que pode parecer ‘positiva’ a saída de Cunha, também pode complicar a aprovação de medidas econômicas em eventual governo Temer”, afirma a equipe de análise da corretora H.Commcor, em boletim.

Já os analistas da Lerosa Investimentos destacam as incertezas em torno de um eventual governo Temer. “A fala de Temer mencionando que não poderá executar o corte de ministérios inicialmente projetado, e a especulação em torno de um ministério não tão ‘notável’ assim, incutiu cautela aos investidores, ao sinalizar que a barganha por cargos no governo pode indicar dificuldades para futuras aprovações no Congresso”.