Bahia perde 7,2 mil postos formais de trabalho, diz Caged


Dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) apontam que a Bahia perdeu 7.285 postos de trabalho com carteira assinada em julho, resultado da diferença entre 45.979 admissões e 53.264 desligamentos registrados no período. Dos postos fechados, 5.520  foram em Salvador e na Região Metropolitana e 1.765 no interior.

As vagas com carteira assinada são aquelas nas quais o trabalhador tem acesso a direitos trabalhistas e previdenciários. Ainda segundo o Caged, no acumulado do ano (1º de janeiro a 31 de julho), a Bahia já observa a extinção de 37.585 vagas com carteira. Desempenho que leva a Bahia à 24ª posição entre os 26 estados e o Distrito Federal, no ranking de geração de vagas formais este ano. Regionalmente, o estado é o oitavo do Nordeste, formado por nove estados.

Nesta região, apenas Pernambuco tem desempenho pior, com a extinção de 56.705 vagas com carteira. O melhor é o Piauí, que, como todos os estados da região, também apresenta saldo negativo de geração de emprego formal, com 9.148 postos fechados. Em todo o Brasil, o Caged verificou, em julho, redução de 94.724 postos formais: 1.168.011 admissões contra 1.262.735 desligamentos. No acumulado do ano, a perda é de 623.520 postos formais em todo o país.

Bandeira tarifária segue verde, sem cobrança extra na conta


Pelo sexto mês seguido, a bandeira tarifária que será aplicada nas contas de luz em setembro será verde, o que significa que não haverá nenhum valor adicional a ser pago pelos consumidores brasileiros. Ao definir a continuidade da bandeira verde, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) considerou o resultado positivo do período úmido e o aumento de energia disponível, com redução de demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro.

Havia uma expectativa no setor elétrico de que a bandeira pudesse passar para amarela no mês de setembro, principalmente porque o nível dos reservatórios das hidrelétricas das regiões Norte e Nordeste estão baixos para esta época do ano. Quando há pouca água nos reservatórios, é preciso acionar as termelétricas para garantir o suprimento de energia, o que encarece o custo da energia. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios no Nordeste está em 20% de sua capacidade máxima e, no Norte, o nível está em 48,4%.

O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado em janeiro de 2015, como forma de recompor os gastos extras das distribuidoras de energia com a compra de energia de usinas termelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade.

Desde o início da vigência do sistema, até fevereiro de 2016, abandeira se manteve vermelha, primeiramente com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e, posteriormente, com a bandeira vermelha patamar 1, que significa acréscimo de R$ 3,00 a cada 100 kWh. Em março deste ano, a bandeira passou para amarela (com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh) e, desde abril deste ano, a bandeira está verde.

Segundo a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que já era incluído na conta de energia, por meio do reajuste tarifário anual das distribuidoras. A agência considera que a bandeira torna a conta de luz mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente. Com informações da Agência Brasil.

Senadores a favor do impeachment abrem mão de perguntas para acelerar julgamento


Para evitar que o depoimento da presidenta afastada Dilma Rousseff, marcado para a próxima segunda-feira (29), seja adiado, por causa da demora nas oitivas das testemunhas, todos os partidos favoráveis ao impeachment firmaram acordo há pouco e vão retirar as inscrições para fazer perguntas às cinco pessoas arroladas pela defesa. Segundo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os parlamentares deste grupo só vão usar a palavra “se for necessária uma intervenção”.

“Todos estão retirando suas assinaturas porque estas testemunhas já foram ouvidas na comissão especial e trazem aqui o objetivo intrínseco de procrastinar a sessão”, afirmou. Diante do clima tenso que marcou as primeiras horas da sessão, o ministro do Supremo Tribunal Federal que preside o julgamento, Ricardo Lewandowski, antecipou o horário do almoço para as 11h30 e a sessão será retomada às 13h. Aécio disse que espera que neste intervalo os senadores estejam “tomando chá de camomila e suco de maracujá“.

Mais de duas horas depois do início dos trabalhos, nem a primeira testemunha, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, começou a responder as perguntas. Até a segunda suspensão dos trabalhos, às 11h15, motivada por bate-bocas, senadores se revezaram em questões sobre a suspeição de alguns nomes indicados a falar.

A polêmica levou o advogado da presidenta Dilma, José Eduardo Cardozo, a abrir mão de uma delas – Esther Dweck, convidada a trabalhar no gabinete da senadora petista Gleisi Hoffmann – e transformar a condição do professor Ricardo Lodi Ribeiro, último a ser ouvido, de testemunha para informante, por ter atuado como assistente da perícia do Senado sobre os crimes atribuídos a Dilma.

Sem vaga em casa de repouso, idosos precisam se separar depois de 62 anos juntos


Dois idosos que viveram juntos quase a vida toda tiveram que se separar porque não conseguiram uma vaga na mesma casa de repouso no Canadá. Wolf Gottschalk, 83 anos, e sua esposa, Anita, 81, se casaram em 1954 e estão juntos há 62 anos.

De acordo com o ‘Daily Mail’, o casal se conheceu quando eram jovens e suas famílias viviam no mesmo condomínio em Dusseldorf, na Alemanha. Eles se casaram e decidiram se mudar para as terras canadenses, com a possibilidade de dar uma melhor vida aos três filhos.

Wolf e Anita Gottschalk se casaram em 1954
(Foto: Reprodução/Facebook)

Depois de anos vivendo felizes lado a lado, um empecilho trouxe tristeza para a vida dos dois. Com a saúde já debilitada, Wolf e Anita precisaram se mudar e viver sob cuidados médicos, mas não conseguiram ficar juntos pela falta de espaço em um centro médico da pequena cidade de Surrey, no estado da Colúmbia Britânica.

Com isso, eles só conseguem se ver de forma esporádica. “Minha avó não pode nem dar um beijo de boa noite nele”, lamenta a neta, Ashley Bartyik.

Wolf e Anita precisaram viver separados após 62 anos juntos
(Foto: Reprodução/Daily Mail)

Segundo a neta, ainda mais triste é a reação de Wolf. Solitário, ele sente saudades da esposa e fica sentado na janela do seu quarto chamando Anita pelo seu apelido carinhoso: ‘little mouse’ (ratinha, em português).

A história de Wolf e Anita foi divulgada no Facebook por Ashley e fez sucesso, sendo compartilhada por mais de 3 mil pessoas em apenas dois dias. “Depois de 62 anos juntos, eles são inseparáveis. Eles fazem tudo juntos”, disse a jovem.

História de Wolf e Anita fez sucesso ao ser compartilha nas redes sociais
(Foto: Reprodução/Daily Mail)

Nos comentários do Facebook, amigos da jovem lamentaram a situação. “Essa é uma foto muito profunda, mas também bonita. Eu desejo tudo de bom para você e sua família. Permaneçam fortes”, disse um usuário.

“Orações e pensamentos positivos para você e sua família nesse momento terrível. Eu lembro de meus avós, juntos por quase 70 anos, também tiveram que ser separados em uma casa de repouso”, comentou outra.

Sessão do impeachment é marcada por bate-boca entre senadores


O primeiro momento de maior tensão hoje (25) no julgamento do processo de impeachment, no Senado, contra a presidenta afastada Dilma Rousseff levou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, a suspender a sessão por alguns minutos para tentar restabelecer a ordem. A confusão começou quando a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) afirmou que nenhum senador tem condições morais para julgar o afastamento permanente de Dilma.

“Aqui não tem ninguém com condições para julgar ninguém. Qual a moral do Senado para julgar uma presidente da República?”, disse, visivelmente exaltada. A declaração foi interrompida pela manifestação indignada de outros senadores longe do microfone, entre eles, Ronaldo Caiado (DEM-GO), a quem Gleisi respondeu acusando: “o senhor é do trabalho escravo”, disse ao microfone.

Gleisi rebatia o senador Magno Malta (PR- ES), a quem coube colocar o contraponto a uma das questões de ordem apresentadas por aliados de Dilma que afirmaram que o impeachment é defendido para blindar o presidente interino, Michel Temer, e alguns integrantes de seu governo citados em delações da Lava Jato.

Senadores Ronaldo Caiado e Lindbergh Farias discutem no primeiro dia da sessão de julgamento do impeachment da presidenta Dilma (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Lata e lixo
“É o sujo falando do mal lavado. É a lata e o lixo. Não sou do PMDB, não sou do PSDB,  que são os inimigos declarados do processo eleitoral”, disse. Sobre gravações que estão sendo reveladas ao longo das investigações, Malta atacou:“Se valesse alguma coisa, Aloizio Mercadante deveria estar preso”.

Diante do bate-boca estabelecido, com a volta dos trabalhos, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu serenidade nas discussões para que as testemunhas começassem a ser ouvidas.  Ao retomar a sessão, Lewandowski anunciou o indeferimento da questão de ordem da senadora Fátima Bezerra (PT-RN) que voltou a apontar suspeição do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), pelo vínculo com o partido tucano, a quem aliados de Dilma atribuem a autoria do processo.

“Isto não é democracia. É um tribunal de exceção”, acusou. Aliada do governo Temer, Simone Tebet (PMDB-MS) disse que a alegação revela “medo” dos contrários ao processo e afirmou que a questão já foi decidida por todas as instâncias que receberam recursos no mesmo sentido.

O ministro Lewandowski também indeferiu pedido feito pela senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) que solicitou a impugnação do procurador Júlio Marcelo de Oliveira, primeira testemunha a falar na sessão de hoje, afirmando que ele teria um posicionamento parcial. Lewandowski negou o pedido dizendo que Júlio Marcelo “possui idoneidade e capacidade técnica para apresentar testemunho”.

A sessão foi aberta por volta de 9h35 e até o momento só foram apresentados pedidos de esclarecimentos sobre a sessão. Ainda hoje, quatro testemunhas serão arroladas pela acusação e pela defesa.

*Agência Brasil

Congresso deve alterar PEC e aumentar em R$ 28 bilhões piso para a Saúde


O Congresso Nacional deve modificar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto dos gastos públicos para aumentar em R$ 28 bilhões o piso mínimo que a União é obrigada a gastar com Saúde no próximo ano. Embora seja uma mudança significativa na proposta do novo regime fiscal, o movimento não encontra grande resistência no governo e deve ser uma das concessões que a equipe econômica será obrigada a fazer para diminuir a resistência dos parlamentares em aprovar o teto, que vai atrelar o crescimento das despesas públicas à inflação do ano anterior, segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Pelo texto enviado, se a PEC for aprovada, o piso das despesas com a Saúde em 2017 será de R$ 90,6 bilhões, o correspondente ao orçamento deste ano corrigido pela inflação estimada em 2016. A bancada da Saúde quer que o governo use como parâmetro para definir o piso o que foi gasto no ano passado (R$ 100,1 bilhões) mais a inflação acumulada deste ano e de 2015, o que dá R$ 118,5 bilhões.

O governo já encontrou focos de resistência à inclusão das áreas de saúde e educação maiores do que os previstos inicialmente e deve ceder também no prazo de vigência do teto de 20 anos (com possibilidade de mudança nas regras no décimo ano), que poderá cair para sete anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sobe para 247 total de mortos por terremoto na Itália


O número de mortos no terremoto que atingiu ontem a Itália aumentou hoje (25) para 247, informa a agência France Presse. Anteriormente, foram anunciadas 159 vítimas fatais e 368 feridos. O número exato de desaparecidos ainda é desconhecido.

O número de vítimas do forte tremor no centro da Itália subiu para 247 pessoas, informa a agência Ansa. O jornal italiano La Repubblica informou que, na noite passada, houve 60 réplicas, a mais forte de magnitude 4,5. No total, de acordo com a publicação, nas últimas 24 horas, houve pelo menos 300 eventos sísmicos.

Ontem à noite, o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi se encontrou com equipes de resgate na área afetada pelo terremoto. “Nenhuma família, nenhuma cidade, nenhuma aldeia será abandonada” – prometeu ele. Renzi avisou que provavelmente o número de mortos ainda vai aumentar. Três áreas foram gravemente afetadas pelo terromoto – Lazio, Úmbria e Marcas. O Conselho de Ministros italiano convocou uma reunião.

Senado começa hoje a julgar última etapa do impeachment de Dilma; veja como será


A novela política que movimentou o Brasil nos últimos dez meses entra em sua reta final,  hoje, quando o Senado inicia o último julgamento do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT). A partir das 9h, caberá aos 81 parlamentares da Casa decidir se a petista perderá ou não o cargo pelos crimes de responsabilidade de que foi acusada.

De um lado, aliados de Michel Temer (PMDB) apostam em 61 votos para empossá-lo definitivamente na Presidência. Do outro, a tropa liderada pelo PT espera uma reviravolta capaz de reverter a derrota. No meio, o muro montado em frente ao Congresso para dividir manifestantes dos dois grupos. Mas até o veredito do Plenário, serão seis dias de suspense e disputa, com ingredientes típicos da crise: discursos inflamados, bate-boca, manobras, conchavos e, claro, eventuais traições.

Dilma: julgamento final (Foto: Divulgação)

Sob comando do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, o julgamento será dividido em capítulos. Na cena de abertura, ainda nas primeiras horas da manhã de hoje, os senadores terão cinco minutos para apresentar questões de ordem sobre a tramitação do processo.

Os parlamentares contrários aos questionamentos poderão usar o mesmo tempo para se manifestar, antes que Lewandowski decida se acata ou rejeita os pedidos. Independente da resposta, ela não poderá ser objeto de recurso ao plenário. Encerrada essa etapa, começa a fase dedicada ao depoimento das oito testemunhas convocadas – seis de defesa e duas de acusação.

Pelo rito definido entre Lewandowski e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), as testemunhas vão depor individualmente. Cada parlamentar terá direito a três minutos para dirigir perguntas a elas, que devem responder às indagações pelo mesmo tempo, com espaço para réplica e tréplica em igual limite.

Já os responsáveis pela defesa e acusação podem interrogar cada testemunha por seis minutos, prazo também concedido para as respostas. Réplicas e tréplicas ficarão limitadas a quatro minutos. Como é esperada participação grande de senadores nos interrogatórios, fora intervalos a cada quatro horas de sessão, a previsão de Lewandowski é de que os depoimentos se estendam pelo fim de semana. No entanto, o presidente do STF quer concluir essa etapa até a madrugada do sábado.

Clímax
Um dos pontos altos do julgamento está marcado para a próxima segunda-feira. Nesse dia, Dilma sentará no banco dos réus no Senado. Entre os aliados da petista, há expectativa  de que a presidente afastada mantenha o tom emocional em sua exposição de 30 minutos. A senha foi dada por ela, anteontem, durante ato organizado por apoiadores do PT em São Paulo.

Em Brasília, foi montado um muro na frente do Congresso para dividir manifestantes (Foto: Elza Fiuza/ABr)

Na ocasião, Dilma disse que iria confrontar os acusadores não por causa de seus “belos olhos”, mas por acreditar na democracia. “Quem lutou contra a tortura, contra um câncer, agora vai lutar em qualquer disputa. Se considerarmos que a democracia é uma árvore, este golpe parlamentar é como um ataque de parasitas, que assumem lentamente o controle dessa árvore”, emendou.

Quando terminar o discurso inicial, Dilma será interrogada pelos senadores, advogados de defesa e de acusação, além do próprio presidente do STF. Cada um terá cinco minutos para fazer perguntas, mas não há limite de tempo para as respostas da petista, que ainda possui direito de permanecer calada. Em seguida, defensores e acusadores iniciarão o debate, com uma hora e meia para ambos os lados, além de direito à réplica e tréplica

Última cena
Na sessão de terça-feira, começa o derradeiro capítulo do julgamento do impeachment. Começa com discursos de dez minutos para cada senador inscrito. Quando todos tiverem falado em plenário, o presidente do Supremo encaminha a votação e abre espaço para pronunciamentos de dois parlamentares contra e dois a favor de Dilma.

Lewandowski conduz processo de impeachment (Foto: Agência Senado)

É nessa hora que os destinos de Dilma e Temer, protagonistas da novela política, começarão a ser definidos. Pelo microfone, Lewandowski perguntará: “Cometeu a acusada os crimes de responsabilidade que lhes são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?”. Logo depois, os senadores registram os votos. Se o painel eletrônico apontar ao menos 54 contra Dilma, adeus Presidência. Caso contrário, quem dirá isso é Temer. Com informações do CORREIO.

Mulher acha bilhete de loteria em bolsa e fatura R$ 505 mil


  • Bilhete premiado estava perdido dentro de bolsa

Uma irlandesa foi surpreendida ao arrumar a bolsa esta semana. Isso porque ela achou um bilhete premiado no valor de 139.025 euros (cerca de R$ 505 mil).

“Minha bolsa estava cheia e eu decidi limpá-la. Havia alguns bilhetes de loteria lá. Eu pensei, então, que poderia haver algum prêmio ali”, contou a sortuda para o jornal irlandês “Independent”.

Sem muitas pretensões, a irlandesa decidiu conferir os bilhetes. “Eu verifiquei os bilhetes no escanner da lotérica e fiquei surpresa quando recebi uma mensagem de contato da Loteria Nacional. Quando eu descobri o quanto eu havia ganhado, fiquei absolutamente embasbacada”, disse.

Brasileiros relatam sensação durante terremoto na Itália; 120 pessoas morreram


Brasileiros que estavam em regiões atingidas pelo terremoto que destruiu cidades no centro da Itália e deixou 120 mortos, relataram o susto que levaram ao serem acordados pelos fortes tremores na madrugada de terça-feira (23). O Itamaraty informou que não há registro de brasileiros entre as vítimas.

‘Acordei com a cama tremendo muito’

Brasileira relata tensão após tremor na Itália (Foto: Priscila Haydée/ Arquivo Pessoal)Brasileira relata tensão após tremor na Itália (Foto: Priscila Haydée/ Arquivo Pessoal)

“Eu e meu namorado estávamos dormindo quando acordei achando que ele estava tendo uma convulsão porque a cama tremia muito. Só quando olhei para a porta e vi que também tremia é que percebi que era um terremoto e começou o desespero”, conta Priscila Haydée, de 30 anos, natural de Taubaté, no interior de São Paulo.

Ela conta que as pessoas se desesperaram por lembrarem do grande tremor de 2009 de magnitude 6,3, que deixou mais de 300 mortos na região de L’Aquila.

“As pessoas se mobilizaram muito rápido depois do primeiro reflexo. Algumas deixaram a casa para se abrigarem no carro. Buscávamos informações com a defesa civil a todo momento”, disse.

Priscila Haydée está em Roma há um ano e meio cursando doutorado em cinema. Esse é o primeiro tremor desde que ela chegou ao país.

A estudante conta que foram três tremores de cerca de vinte segundos, o primeiro às 3h36 (22h36 desta terça, 23, no horário de Brasília). Ela descreve o momento como um dos mais longos que já passou.

‘É como se você estivesse em um barco’
A brasileira Luciana Migliaccio, que mora há 20 anos na Itália, falou à GloboNews sobre o que sentiu durante o terremoto. “É uma sensação muito dificil de explicar. É como se a gente estivesse em um barco. Você sente enjoo, tontura, começa a sentir que está tremendo sempre. É complicada a situação física e emocional”, descreve.

Luciana diz que levantou com a cama tremendo e desceu do prédio levando uma lanterna e uma garrafa de água. “Descemos porque ficamos com medo. A orientação é pegar lanterna, vestir um tênis e um casaco e ficar em um lugar onde não caia nada na cabeça da gente. Fomos para o meio da rua e ficamos lá por algumas horas. Sentimos um segundo terremoto depois”, conta.

“Em Roma, onde eu estou, tremeu bastante, mas nada caiu. Outras cidades foram totalmente destruídas”, diz a brasileira, que agora está mais calma, mas já deixou pronto um kit de sobrevivência com uma troca de roupa, lanterna, água e biscoitos para o caso de uma réplica que exija outra saída de casa.

‘Minha cama parecia uma gelatina’

Primeiro tremor durou 'dois minutos', conta Rosana (Foto: Rosana Conrado)Primeiro tremor durou ‘dois minutos’, conta Rosana (Foto: Rosana Conrado)

Há 15 dias na Itália, a paulista Rosana Conrado estava dormindo quando tudo começou a chacoalhar muito. “Minha cama parecia uma gelatina. As trincas das janelas se abriram e as portas começaram a bater”.

“O alarme do prédio tocava sem parar. Acordei em pânico e não sabia o que fazer. Fiquei apavorada”, relata à BBC Brasil.

Rosana, que está na cidade de Camerino, a 160 km do epicentro do terremoto, diz que sentiu os efeitos do tremor por cerca de “dois minutos”.

“Foi um susto e tanto para nós brasileiros que nunca passamos por isso na vida”, lembra ela, que viajou ao país para fazer um curso de italiano.

Ela acrescenta que, no momento do abalo, houve queda de energia. Em meio à escuridão, Rosana vestiu a roupa “correndo” e buscou abrigo na praça central da cidade.

“Ali eu e meus amigos encontramos várias pessoas, entre crianças e idosos. Uma delas chorava muito”, diz.

‘O som do tremor é assustador’
O gaúcho Patrick Orlando, que vive em Roma, estava na cidade de L’Aquila, onde pôde ser sentido o tremor. “O som do tremor é assustador”, contou.

“Foi muito forte”, detalhou Patrick em mensagens enviadas ao G1 durante deslocamento até Sabaudia, na província de Latina. Segundo ele, L’Aquila está sendo evacuada.

“Estou na estrada agora indo para uma cidade mais segura”, escreveu. “Está parecendo uma cidade fantasma”, completou.

‘A situação daqui é crítica’

Rodrigo Silva trabalha como segurança na Itália (Foto: Rodrigo Silva/Arquivo Pessoal)
Rodrigo Silva trabalha como segurança na Itália
(Foto: Rodrigo Silva/Arquivo Pessoal)

Rodrigo Silva, natural de Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo, mora na cidade de Amatrice, uma das atingidas pelo tremor, e ajudou a retirar vítimas do terremoto. “A situação daqui é crítica. Morreu muita gente, mas resolvi sair de Amatrice para ir até a outra cidade [Pescara del Tronto], onde o terremoto foi mais forte, para ajudar.”

Segundo Rodrigo, que trabalha como segurança e está há pelo menos três anos na Itália, há muitos mortos pela cidade. Ele enviou um vídeo e fotos ao G1 de Pescara del Tronto que mostram a magnitude da destruição. “Mal cheguei aqui e os bombeiros já retiraram dois corpos. Não tem mais brasileiros comigo, mas eu quis vir e tentar ajudar a retirar alguns dos escombros. A situação está realmente crítica aqui.”

‘Sensação de esperar a casa cair’

Brasileira Jéssica Dido mora em cidade próxima de onde foi registrado o terremoto na Itália (Foto: Arquico pessoal)Brasileira Jéssica Dido mora em cidade próxima de onde foi registrado o terremoto na Itália (Foto: Arquico pessoal)

Jéssica mora há um ano em Ripa, uma cidade ao lado da laquila, que foi uma das mais atingidas pelo terremoto, e conta que a sensação foi horrível. “Foi terrível, uma noite péssima para todo mundo. Foi minha primeira experiência com terremoto. Estou nervosa, um pouco passada porque é uma sensação da gente sentar na cama e esperar a casa cair na nossa cabeça. É bem ruim mesmo”, diz Jéssica.

A brasileira diz que nunca tinha passado por momentos de tensão como este. “É uma sensação péssima, espero que as pessoas estejam bem. É um terror todo mundo saindo de dentro das casas, indo para os carros, dormindo para fora.”

G1