IBGE prorroga inscrições para 325 vagas com salários de até R$ 4,6 mil


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou hoje que prorrogou as inscrições do processo seletivo simplificado para contratação temporária de pessoal para a realização de pesquisas econômicas e sociodemográficas. O prazo para concorrer às 325 vagas terminava ontem, mas, agora, os candidatos podem se inscrever até o dia 25 de julho.

As oportunidades  são divididas entre agente de pesquisas por telefone (300) e supervisor de pesquisas (25).  A remuneração para agente de pesquisas por telefone é de R$ 950. Para supervisor de  pesquisas é de R$ 4,6 mil. Para agente de pesquisas por telefone é exigido nível  médio completo e 1 ano de  experiência comprovada em teleatendimento/telemarketing ativo ou receptivo nos últimos 5  anos.

A inscrição deverá ser efetuada pelo site www.cesgranrio.org.br. No ato da inscrição, o candidato deverá escolher a UF/município/área  de trabalho onde deseja trabalhar e, também, a UF/município/área de trabalho onde realizará a prova. A taxa de inscrição varia de R$ 22 a R$ 100.

Governo enviará proposta de reforma trabalhista ao Congresso Nacional


O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse nesta quarta-feira (20), que o governo do presidente em exercício, Michel Temer, vai mandar uma proposta de reforma trabalhista até o fim deste ano ao Congresso Nacional. Segundo ele, também será encaminhada aos parlamentares uma nova proposta para regulamentar a terceirização no País.

“A reforma é uma atualização da legislação, com o objetivo de simplificar para combater a burocracia”, afirmou Nogueira em café da manhã com jornalistas. Segundo ele, a reforma trabalhista não vai possibilitar o parcelamento de férias e 13º salário. “O trabalhador não vai ter prejuízo com a atualização”, disse. O ministro afirmou, porém, que o governo é favorável à flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “A CLT virou uma ‘colcha de retalhos’ que permite interpretações subjetivas”, afirmou. Ele disse que o governo vai “prestigiar” as convenções coletivas para decisões sobre jornada e de salário.

A proposta é polêmica e sempre enfrentou forte rejeição das centrais em governos anteriores. Ela permite que a negociação em acordo coletivo prevaleça sobre determinação legal, desde que respeitadas a Constituição e as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A discussão sobre a adoção do princípio de que o negociado entre patrões e empregados deve prevalecer sobre o que está previsto na legislação é antiga. A primeira vez que foi cogitada a reforma foi no governo de Fernando Henrique Cardoso. No último ano, FHC anunciou um projeto que alterava a CLT, permitindo que os acordos coletivos tivessem força de lei. Por causa das críticas dos sindicatos trabalhistas e do PT, a proposta caiu.

Depois de cinco anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou a discussão com dois projetos, o da reforma sindical e o da reforma trabalhista. No entanto, ele engavetou a ideia que poderia prejudicar seus planos de reeleição.

A equipe econômica do governo da presidente afastada Dilma Rousseff também acredita que a flexibilização trabalhista seria necessária, mas as centrais fizeram pressão novamente. Quando Miguel Rossetto assumiu o antigo Ministério do Trabalho e Previdência Social, a proposta foi engavetada.

Nesta terça-feira (19), Michel Temer afirmou a empresários que “vai enfrentar todas as resistências” para aprovar as reformas da Previdência e das regras trabalhistas.

Terceirização

Nogueira disse, ainda, que o governo vai enviar uma nova proposta para regulamentar a terceirização no País. Em abril de 2015, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que regulamenta a questão, com a ampliação da contratação de prestadores de serviços para todas as atividades das empresas privadas. O governo Dilma Rousseff era contrário ao projeto, que seguiu para o Senado e ainda não foi analisado.

O ministro do Trabalho disse que alguns pontos do projeto aprovado na Câmara e de outras propostas poderão ser aproveitados. “O governo está trabalhando em um marco que traga segurança para esses dez milhões de trabalhadores dos serviços especializados”, afirmou.

PPE

O Ministério do Trabalho vai pedir ao Congresso que o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) seja uma política permanente. Criado em julho de 2015, o plano visa à preservação de postos de trabalho em períodos de crise com a redução de salário e jornada dos trabalhadores. A adesão das empresas ao PPE pode ser feita até o fim deste ano e o programa só ficaria em vigor até o fim de 2017.

“O PPE é uma ferramenta importante na preservação de postos de trabalho”, disse o ministro Ronaldo Nogueira. O governo está trabalhando para estimular a adesão de empresas de outras atividades, principalmente de serviços. A maior parte das adesões é do setor automotivo, responsável por 68% dos contratos assinados, segundo o ministério.

Balanço da pasta de julho deste ano mostra que 97 empresas já aderiram ao PPE e outras 29 aguardam análise dos pedidos de adesão. Se todas essas solicitações forem aprovadas, o total de adesão ao programa alcançará 61.125 trabalhadores.

O PPE permite a redução da jornada de trabalho em até 30%, com redução também do salário. Em caso de redução de jornada de 30%, o corte no salário, na prática, será de 15%, já que o governo complementa os outros 15% com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A complementação está limitada a 65% do maior benefício do seguro-desemprego. O comprometimento do FAT com as adesões ao programa já é de R$ 160 milhões.

Caged

O secretário de Políticas Públicas do Emprego do Ministério do Trabalho, Leonardo Arantes, disse que “não há condições” para que o País volte a registrar mais contratações do que demissões em junho.

Se concretizada a estimativa do secretário, será o décimo quinto mês consecutivo de resultado negativo no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), cujo resultado de junho ainda está sendo fechado pelo Ministério do Trabalho. No acumulado de janeiro a maio, 448.011 postos de trabalho já foram fechados este ano.

Arantes disse que, embora negativo, o número deve continuar preservando a tendência de desaceleração de demissões em relação ao mesmo mês de 2015. No ano passado, em junho, o Brasil fechou 111.199 vagas formais de trabalho, pior resultado para o mês desde 1992.

O ministro Ronaldo Nogueira disse que o governo do presidente em exercício, Michel Temer, aposta na retomada de crescimento da economia e tem confiança de que o mercado de trabalho também responderá à mudança da confiança em relação à economia. “Chegamos no fundo do poço, no marco zero, agora estamos colocando a 1ª marcha”, afirmou. Com informações de Estadão Conteúdo.

Alunos de universidades estaduais protestam em Salvador


Estudantes das universidades estaduais da Bahia protestam nesta quarta-feira, 20, em Salvador. Eles reclamam do corte no orçamento das instituições e pedem melhorias na estrutura das unidades, como instalação de mais laboratórios e salas.

Inicialmente, a manifestação era realizada na região do semáforo e o grupo só ocupava a via durante o sinal vermelho. Em seguida, eles saíram caminhando pela avenida Tancredo Neves. Mas só ocuparam uma faixa da via, o que ajudou a não congestionar a região.

Brasil: SUS oferecerá remédio que pode prevenir infecção por HIV


O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira, 19, que pretende incluir na lista de medicamentos gratuitos do Sistema Único de Saúde (SUS), até o fim do ano, o remédio que pode prevenir a infecção pelo HIV. A informação foi dada pela diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério, Adele Benzaken, durante a 21ª Conferência Internacional de Aids, na África do Sul, e confirmada pelo órgão federal.

Chamado de profilaxia pré-exposição (PrEP), mas mais conhecido como truvada – seu nome comercial -, o medicamento diminui as chances de contaminação pelo vírus da Aids quando tomado continuamente, mas pode trazer efeitos colaterais, como leves disfunções gastrointestinais e renais. A pílula de ingestão diária combina dois tipos de antirretrovirais (tenofovir e emtricitabitina) e é indicada para a população não infectada, mas que tem maior chance de contágio. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o remédio diminui em até 92% o risco de o vírus entrar nas células.

A estimativa do Ministério da Saúde é de que 10 mil pessoas tenham acesso ao medicamento no primeiro ano. “O remédio deverá ser ofertado em serviços especializados do SUS para populações com risco acrescido, como travestis, homens que fazem sexo com homens, transexuais e profissionais do sexo”, disse a pasta, em nota.

Em julho de 2014, a OMS divulgou diretriz recomendando que homens homossexuais utilizassem a PrEP como forma adicional de prevenção à infecção por HIV, além do preservativo. “As taxas de infecção por HIV entre homens que fazem sexo com homens continuam altas em quase todos os lugares do mundo e novas opções de prevenção são necessárias com urgência”, declarou a organização, em informe na época.

Segundo o ministério, o departamento de DST, Aids e Hepatites Virais já prepara um protocolo clínico de PrEP para ser encaminhado à Comissão de Incorporação de Tecnologia no SUS, órgão que define quais medicamentos, terapias e tratamentos são incluídos na rede pública. Como a maioria dos integrantes da comissão pertence a órgãos do ministério, o antirretroviral não deverá enfrentar dificuldade para ter sua incorporação aprovada.

Aval

Para dar base à decisão de incluir o antirretroviral em sua lista de medicamentos gratuitos, o ministério financiou dois estudos de PrEP no Brasil, que estão sendo conduzidos pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e pela Fundação Oswaldo Cruz. Para Zarifa Khoury, infectologista do Instituto Emílio Ribas, a medida anunciada pelo ministério é positiva e necessária. “Até hoje, a camisinha sempre foi a única forma de prevenção, mas, claramente, não atende a todos. Tanto não atende que a epidemia não parou de se alastrar. Há algumas pessoas que não conseguem usar o preservativo em 100% das situações e, para eles, a PrEP é necessária. A ideia é que ela seja associada ao uso da camisinha.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Partido Republicano confirma candidatura de Trump à presidência


Donald Trump foi confirmado como o candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA nesta terça (19), ao conseguir o número de delegados necessário durante a convenção nacional do partido em Cleveland, Ohio.

A votação teve início às 17h10 (19h10 em Brasília) e confirmou a previsão de Trump se tornar o candidato oficial, depois de garantir a maioria necessária de 1.237 durante as prévias,ainda em maio. A confirmação aconteceu uma hora depois e foi anunciada por Donald Trump Jr., um dos filhos do candidato e delegado pelo estado de Nova York.

A convenção segue até quinta-feira, quando Trump deve aceitar formalmente a nomeação do partido.

Os votos desta terça foram por estado, com um representante de cada um anunciando seu apoio em ordem alfabética.

Porém o estado de origem de Trump, Nova York, passou sua vez a Carolina do Norte, Dakota do Norte, Ilhas Marianas do Norte, Ohio, Oklahoma, Oregon e Pensilvânia para que pudesse ser o estado a anunciar os números que oficializaram a nomeação. Donald Trump Jr. fez o anúncio cercado por seus irmãos Eric, Ivanka e Tiffany.

Com discursos empolgados e saudados com entusiasmo pelos delegados presentes no ginásio Quicken Loans, os delegados de cada estado comunicaram quantos votos Trump teve e quantos foram destinados a outros candidatos. Quase todos se referiram a Trump como “o próximo presidente dos Estados Unidos”.

Delegados celebram nesta terça-feira (19) durante votação para o candidato do Partido Republicano durante o segundo dia de convenção em Cleveland, Ohio (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)
Delegados celebram nesta terça-feira (19) durante votação para o candidato do Partido Republicano durante o segundo dia de convenção em Cleveland, Ohio (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)

 

Supremo vai decidir se WhatsApp pode ser obrigado a liberar dados de usuários


A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que liberou hoje (19) o funcionamento do aplicativo de troca de mensagens WhatsApp não acaba com a polêmica sobre a obrigatoriedade da liberação de dados de usuários para investigações criminais. A questão somente será discutida no julgamento definitivo de duas ações nas quais o PPS e o PR pedem que o bloqueio do serviço seja proibido.

As ações chegaram ao tribunal no ano passado, após as primeiras decisões que bloquearam o aplicativo. Ainda não há data para a análise da questão pelo plenário da Corte.

Na decisão proferida hoje (19), Lewandowski não entrou no mérito da discussão e disse que o assunto “constitui matéria de alta complexidade técnica” e deve ser decidida definitivamente. Para o ministro, a decisão da Justiça do Rio de Janeiro foi desproporcional, ao estender a todo o país o bloqueio do aplicativo.

“Assim, nessa análise perfunctória [superficial], própria das medidas cautelares, entendo que não se mostra razoável permitir que o ato impugnado prospere, quando mais não seja por gerar insegurança jurídica entre os usuários do serviço, ao deixar milhões de brasileiros sem comunicação entre si”, decidiu o ministro.

O bloqueio do WhatsApp foi determinado hoje (19) pela juíza Daniella Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (RJ). Na decisão, a magistrada alegou que o aplicativo descumpriu decisão judicial de interceptar mensagens postadas para uma investigação criminal. Essa é a terceira vez que o WhatsApp é suspenso no país.

Após a decisão, o Facebook, que é proprietário do aplicativo WhatsApp, alegou que não poderia cumprir o bloqueio porque as mensagens são criptografadas e, portanto, inacessíveis. Desde abril deste ano, o WhatsApp começou a adotar o recurso de segurança chamado criptografia de ponta-a-ponta.

PF prende 23 envolvidos em fraude contra a Caixa na Bahia


Foram cumpridos mandados em três localidades de Salvador e no interior da Bahia - Foto: Divulgação | PF
Foram cumpridos mandados em três localidades de Salvador e no interior da Bahia

Vinte e três pessoas foram presas durante a Operação Ali Babá, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira, 19, em Salvador e no interior da Bahia. Entre os detidos estão o líder da organização criminosa responsável por aplicar golpes na Caixa Econômica e em outros bancos e a esposa dele. O casal, que não teve o nome revelado, foi preso no município de Vitória da Conquista, no sudoeste do estado.

Dois contadores também foram detidos em Salvador e em Feira de Santana, sendo que um deles, que não teve a identidade divulgada, está confessando e repassando informações sobre a organização criminosa, de acordo com o delegado Wal Goulart, coordenador da operação.

Na capital baiana, foram cumpridos mandados em imóveis em Pernambués, na Pituba e na avenida ACM. Também foram realizadas ações em Feira de Santana, Seabra, Palmeiras, Monte Santo, Presidente Tancredo Neves e Remanso.

No total, foram expedidos 25 mandados de prisão – sendo 10 preventivas e 15 temporárias -, 28 mandados de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva. Dois homens alvo da operação não foram encontrados e serão considerados foragidos, se não se apresentarem até o final da tarde desta terça.

De acordo com o delegado, um deles viajou pouco antes da ação ser deflagrada e o outro é caminhoneiro e não estava em casa.

Inicialmente, a ação focou no líder da organização, nos contadores e nos sócios das empresas “laranjas” utilizadas para dar golpes nos bancos, mas o delegado disse que outras pessoas participavam do esquema. “Há mais de 100 envolvidos. Pessoas que falsificavam documentos, faziam declaração de imposto de renda, cediam contas para circulação do dinheiro obtido no golpe ou que usaram suas próprias empresas para contribuir com a fraude. Elas estão sendo identificadas e também vão responder”, explicou.

Ainda de acordo com o delegado, a quadrilha criou mais de mil empresas em nome de “laranjas” para adquirir empréstimos em instituições financeiras que nunca foram pagos. O golpe foi descoberto após denúncia da Caixa Econômica Federal em 2013.

Apenas neste ano, foi calculado um prejuízo de R$ 10,5 milhões, mas o delegado afirma que o montante é ainda maior, já que, a partir de 2014, a organização criminosa passou a atuar junto a bancos privados, que ainda não estimaram o prejuízo. Informações do A Tarde.

Wesley Safadão comemora aniversário de dois anos da filha: ‘Minha família, minha vida’; veja fotos


O cantor Wesley Safadão comemorou o aniversário de dois anos da filha Ysis, fruto do relacionamento com Thyane Dantas, na noite da segunda-feira (18).

(Fotos: Reprodução/Instagram e Milene Marques/Divulgação)

Nas redes sociais, o músico publicou uma foto fofa beijando a esposa, enquanto a aniversariante recebe um beijinho no rosto do irmão Yhudy, fruto do casamento de Safadão com Mileide Mihaile.

“Essa foto ficou linda demais! Ontem no aniversário da minha princesa Ysis! Minha família, minha vida, meu tudo! Obrigado, Senhor! Obrigado, também a todos que fizeram parte dessa festa conosco! Diversão garantida com eles”, agradeceu ele.

Veja mais fotos do aniversário:

(Fotos: Reprodução/Instagram e Milene Marques/Divulgação)

 

*iBahia

Apesar de incertezas, FMI prevê retomada do crescimento no Brasil em 2017


Após encolher por dois anos seguidos, a economia brasileira deve voltar a crescer em 2017, segundo um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça-feira.

Em estudo sobre o estado da economia global, o órgão elevou em 0,5 ponto percentual as projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tanto em 2016 quanto em 2017.

Segundo o fundo, a economia do país encolherá 3,3% em 2016 e crescerá 0,5% em 2017.

O último ano em que o PIB brasileiro (soma de todos os bens produzidos e serviços prestados no país) cresceu foi 2014, quando aumentou 0,1%. Em 2015, encolheu 3,8%.

FMI prevê que economia brasileira deve voltar a crescer em 2017
FMI prevê que economia brasileira deve voltar a crescer em 2017

O órgão diz que a confiança dos consumidores e empresários brasileiros parece já ter atingido seu ponto mais baixo e que a contração econômica no primeiro trimestre de 2016 foi menor que a esperada, num possível sinal de atenuação da piora nos índices do país.

“Consequentemente a recessão em 2016 está agora projetada para ser levemente menos severa, com um retorno ao crescimento positivo em 2017”, afirma o texto.

O fundo diz, no entanto, que as incertezas políticas no Brasil se mantêm e nublam o cenário futuro do país.

Melhor só que o Japão

Apesar da melhora, a economia brasileira ainda terá resultados piores que os da maioria dos países em 2016 e 2017.

Na média das nações da América Latina e Caribe, o PIB encolherá 0,4% em 2016 e crescerá 1,6% em 2017.

Segunda maior economia latino-americana, o México crescerá 2,5% em 2016 e 2,6% em 2017.

Entre as 16 principais economias do mundo, o Brasil terá o pior resultado em 2016 e só crescerá mais em 2017 que o Japão, onde o PIB deve ter alta de 0,1%.

A melhora nas projeções do FMI para alguns países emergentes, principalmente Brasil e Rússia, amenizaram o impacto do “Brexit” (anúncio de que o Reino Unido deixará a União Europeia) na economia global.

O órgão baixou em 0,2 ponto porcentual a projeção de crescimento do Reino Unido (quinta maior economia do mundo) neste ano e em 0,9 no próximo. Ainda assim, o PIB britânico deve crescer 1,7% em 2016 e 1,3% em 2017.

Image copyright Reuters Image caption Com Brexit, FMI rebaixou em 0,2 a projeção de crescimento do Reino Unido

O FMI afirma que o “voto pelo ‘Brexit’ implica um substancial aumento na incerteza econômica, política e institucional, o que deve ter consequências macroeconômicas negativas especialmente em economias avançadas europeias”.

Embora avalie que ainda é muito difícil quantificar as repercussões do voto, o fundo diminuiu as projeções de crescimento em 2017 para Alemanha, França, Itália e Espanha.

Já no resto do mundo, diz o FMI, o impacto do “Brexit” até agora foi relativamente pequeno.

Segundo o órgão, as projeções atuais sobre os efeitos da saída britânica supõem que a União Europeia e o Reino Unido evitarão um grande aumento nas barreiras econômicas ou uma grave ruptura no mercado financeiro.

O relatório do fundo aponta ainda resultados econômicos melhores que os esperados na China, num reflexo de sua política de estímulos financeiros.

O órgão diz que, embora a indústria e o comércio globais venham sofrendo com a transição da economia chinesa (que passa a enfocar mais seu mercado interno e a crescer a taxas menores), houve nos últimos meses uma retomada das atividades por causa de investimentos em infraestrutura na China e dos maiores preços de petróleo.

Refugiados, clima e zika

O FMI diz ainda que muitos exportadores de matérias-primas – caso do Brasil – enfrentam a “necessidade de ajustes fiscais consideráveis” e precisam estar alertas para riscos de instabilidade financeira.

Quanto às economias mais avançadas, afirma que divisões políticas podem prejudicar esforços para lidar com a questão dos refugiados.

“Tensões geopolíticas, revoltas armadas domésticas e terrorismo também estão tendo um forte impacto no cenário de várias economias, especialmente no Oriente Médio, com ramificações além das fronteiras.”

Outras preocupações citadas pelo FMI são fatores climáticos – como a seca no leste e sul da África – e doenças como a zika, que tem afetado principalmente países latino-americanos e caribenhos.

*BBC