Papa Francisco diz que Brasil atravessa ‘momento triste’ e visita ao país em 2017 é incerta


O Papa Francisco pode não vir ao Brasil em 2017 como estava planejado. Durante a inauguração de uma estátua de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do país, nos Jardins Vaticanos, em Roma, o papa falou sobre o momento político vivido pelos brasileiros  e chegou a afirmar que o país atravessa um “momento triste”.

(Foto: Divulgação)

“Estou contente que a imagem de Nossa Senhora Aparecida esteja nos jardins. Em 2013, eu tinha prometido voltar ao Brasil. Não sei se será possível, mas, pelo menos, agora terei ela mais perto de mim”, disse o Papa.

Segundo o jornal italiano ‘La Stampa’, Francisco também convidou as pessoas a rezarem para que Nossa Senhora da Aparecida siga abençoando o Brasil. “Convido-vos a rezar para todo o povo brasileiro, neste momento triste, para vigiar os pobres, os rejeitados, os abandonados crianças idosos, moradores de rua, para vigiar o descartados e colocar nas mãos dos exploradores de todos os tipos, para salvar seu povo com justiça social e do amor de Jesus Cristo, seu Filho”, chamou.

Governo Temer quer mudar regras do Bolsa Família


Com o objetivo de ter uma fiscalização mais rigorosa, o governo Temer vai mudar as regras de acesso e permanência no Bolsa Família. A ideia é que haja um cruzamento com seis bases de dados oficiais na hora da inscrição do programa para evitar declarações falsas de renda. Além disso, todos os integrantes das famílias, inclusive as crianças, vão precisar ter CPF, e a tolerância para desligar participantes que caiam na “malha fina” será reduzida de três para duas vezes.

As novas medidas vão dificultar o acesso ao Bolsa Família, que atualmente atende cerca de 50 milhões de pessoas. No entanto, o governo defende que uma fiscalização mais rigorosa é necessária. As medidas devem contribuir para o desligamento de 600 mil famílias somente na folha de pagamento de setembro.bolsafamilia-e1472820601187

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Alberto Beltrame, o fato de todos os membros da família terem CPF, inclusive as crianças, vai evitar que uma mesma pessoa seja contada em duas famílias diferentes. Teoricamente, o sistema já faz uma conferência por nome, filiação e pelo Número de Identificação Social (NIS), mas segundo ele, esta conferência é bem menos consistente do que pelo CPF, que é um denominador comum de várias bases de dados.

O governo quer que a Caixa Econômica possa emitir o CPF, mas isso ainda vai depender das negociações com a Receita Federal.

O governo também estuda cancelar automaticamente o benefício na segunda vez que a família for notificada por inconsistências cadastrais, uma espécie de “malha fina” do programa. Atualmente, isto só acontece na terceira vez.

Além disso, também haverá um cerco aos políticos que se elegerem nas eleições municipais deste ano. O Tribunal Superior Eleitoral garantirá que os dados dos candidatos eleitos cheguem ao governo antes de janeiro, assim eventuais beneficiários do programa serão cortados do Bolsa Família.

William Bonner pode ser substituido por Evaristo Costa no JN, diz jornal


Após 20 anos a frente do Jornal Nacional, William Bonner poderá deixar a bancada. Assim como aconteceu com Fátima Bernardes, sua ex-mulher, a Globo vem dando início ao processo de sua saída. As informações são da coluna Zapping do jornal ‘Agora São Paulo’, que afirma ainda que Evaristo Costa, atualmente no ‘Jornal Hoje’ ao lado de Sandra Annenberg, está sendo cotado para substituir Bonner.

(Foto: Reprodução/Instagram)

A publicação ainda afirma que a saída de Bonner da bancada não o tiraria da função de editor-chefe do noturno. A ideia da Globo é de manter o apresentador à frente de coberturas e reportagens especiais, mas com foco no comando dos bastidores.

Álvaro Dias recorre ao STF para anular votação que manteve direitos de Dilma


O senador Álvaro Dias (PV-PR) ingressou nesta quinta-feira (1º) com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a segunda votação do julgamento do impeachment no Senado, que permitiu a Dilma Rousseff continuar ocupando cargos públicos.

“Houve uma afronta à Constituição, porque o pedido de destaque é absolutamente inconstitucional. Para preservar a Constituição e evitar que esse precedente perigoso permaneça no âmbito jurídico, nós estamos propondo a anulação da segunda votação e a acolhida integral, conforme os dispositivos da Constituição, da primeira votação”, explicou Álvaro Dias.

Na votação desta quarta, o Senado aprovou, por 61 votos a 20, o afastamento definitivo de Dilma. Já na segunda votação, por 42 votos a 36, a Casa decidiu não inabilitar Dilma Rousseff para ocupar cargos públicos por oito anos. (BN)

Festival da Primavera vai acontecer em seis lugares ao mesmo tempo; veja programação


A quarta edição do Festival da Primavera vai acontecer em seis lugares ao mesmo tempo neste mês, em Salvador. O evento ocorrerá entre os próximos dias 21 e 30 no Centro Histórico, Rio Vermelho, Parque da Cidade, Barra, Mercado Modelo e Avenida Magalhães Neto. A prefeitura confirmou, nesta quinta-feira (1º), os shows da Banda Blitz, comandada por Evandro Mesquita, e de Maria Gadú, no sábado (24) e no domingo (25).

Maria Gadú e  banda Blitz: duas das atrações do Festival da Primavera
(Fotos: Reprodução/Facebook e Divulgação)

Além das apresentações musicais, uma programação gastronômica está prevista, entre elas a Primavera Gourmet, que vai mobilizar os restaurantes da cidade a fazerem um prato específico para o evento, com o tema Riqueza da Baía de Todos-os-Santos.

Também haverá aulas gastronômicas, com uma cozinha show na Praça Caramuru, no Rio Vermelho, nos dias 22, 23 e 24. No primeiro dia, participam os chefs Tereza Paim (Casa de Tereza), Fabrício Lemos (Restaurante Origem), Celso Vieira (Pasta em Casa), Luciano Chaves (Nestlé Profissional). No segundo, Beto Pimentel (Paraíso Tropical), Artur Barbosa (RV Lounge), Ricardo Silva (Bento), Gabriel Lobo (Sagaz). No último dia, a aula será com os chefs Leka Hattori (Leka Food Truck), José Marchon (La Taperia), Camila Crithigno e Rafael Stabale (Cozinha a Dois), Marcelo Lerner e Leila Carreiro (Dona Mariquita).

A programação inclui ainda apresentações teatrais, de dança, arte circense, poesia, literatura e eventos esportivos, como um campeonato de skate, no Parque da Cidade, no dia 24 de setembro, e o Passeio Cicloturístico da Primavera, com saída do Farol da Itapuã, às 8h, no domingo (25).

Defesa de Dilma pede ao STF anulação de decisão do Senado e novo julgamento


A defesa da agora ex-presidente Dilma Rousseff entrou na manhã desta quinta-feira, 1º de setembro, com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o impeachment da petista, que a afastou definitivamente da Presidência da República. Na peça, os advogados pedem para anular a decisão tomada pelo Senado na quarta-feira, 31, que condenou Dilma a perder o mandato, e querem um novo julgamento da petista.

A peça é assinada pelo ex-ministro da Dilma e seu defensor no processo de impedimento, José Eduardo Cardozo, e por mais seis advogados. Até a análise definitiva do Supremo sobre o recurso, a defesa quer que o presidente Michel Temer volte à condição de interino. O caso foi encaminhado para o ministro Teori Zavascki, que será o relator da ação na Corte.

No recurso, os advogados destacam que não entram no mérito da discussão do impeachment – ou seja, se Dilma praticou ou não crime de responsabilidade. A defesa da presidente cassada vinha estudando a melhor estratégia para recorrer ao Supremo, considerando que os ministros da Corte têm mostrado resistência em analisar o mérito do impeachment.

“No momento da crise política mais aguda de um Estado Constitucional, na qual o Chefe de um Poder é julgado por outro Poder, manter a Constituição hígida é absolutamente imprescindível para se garantir a integridade do regime democrático. Equacionar a disputa entre “poderes” e “pelo poder” é função primordial de uma Corte Constitucional”, escrevem os advogados, para justificar a necessidade de atuação do STF.

Razões

Os advogados fundamentam o mandado de segurança em três razões e pedem que o Supremo declare inconstitucionais dois artigos da Lei do Impeachment, de 1950, usados para condenar Dilma. Primeiro, apontam que a previsão de condenar presidente pela abertura de créditos suplementares sem autorização no Congresso – prática imputada pelos senadores a Dilma -, que teria previsão na lei, não é compatível com a Constituição.

Segundo a defesa da petista, a Constituição definiu os crimes de responsabilidade e não incluiu o trecho da lei que prevê os atos “contra a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos”. Assim, eles alegam que a Constituição aboliu a previsão destes crimes.

“Ao conscientemente retirar a hipótese de atos contra ‘a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos’ do rol de crimes de responsabilidade, o Constituinte de 1988 realizou uma clara opção constitucional, que não pode ser ignorada pela legislação ordinária. Trata-se da única alteração no rol dos crimes de responsabilidade elencados constitucionalmente, mantendo-se inalteradas as demais hipóteses. Inconstitucional, portanto, a abertura de processo de impeachment, o afastamento presidencial, a decisão de pronúncia e, principalmente, a condenação com base em hipótese não recepcionada pela Carta Política de 1988”, escrevem os advogados.

O segundo motivo alegado é semelhante. A defesa sustenta que a Constituição de 1988 não recepcionou a previsão de que é crime de responsabilidade um presidente infringir a lei orçamentária – segundo fato que fez Dilma ser condenada, com base nas chamadas pedaladas fiscais. “As violações a leis orçamentárias perpetradas pelos governantes podem ser reprimidas pelos órgãos internos de controle, pelos tribunais de contas, pelo Judiciário, pelo Legislativo. Apenas as violações a leis orçamentárias que configurem ‘atentado contra a Constituição’ devem ser reprimidas pelo Senado Federal por meio do impeachment do presidente da República”, escrevem.

A terceira e última razão usada para justificar o recurso é uma alteração no conteúdo do relatório do impeachment aprovado no Senado em comparação com o texto aprovado, antes, pela Câmara, que admitiu a abertura do processo contra Dilma. Segundo a defesa, no Senado foi imputado a Dilma não só a responsabilidade de contrair empréstimos com bancos públicos, como também de determinar aos bancos a abertura dos créditos.

O ministro Teori Zavascki pode analisar o pedido liminar para suspender a efetivação de Temer na presidência de forma monocrática. A tendência é de que o mérito do caso, no entanto, seja discutido pelo plenário da Corte.

*EStadão Conteúdo

Veja vídeo: TRE-BA lança aplicativo para recebimento de denúncias nas campanhas eleitorais


Os eleitores já dispõem de uma nova ferramenta para formalização de registros de irregularidades eleitorais. Está disponível para download em tablets e smartphones o aplicativo Pardal, por onde é possível comunicar ao TRE-Ba (Tribunal Regional Eleitoral da Bahia), ocorrências relativas à propaganda irregular, compra de votos ou qualquer outra infração eleitoral.

O Pardal é gratuito e, além de acessado pelo site do TRE, pode ser baixado através do Google Play e da Apple Store.

O aplicativo obedece a Resolução nº 23491/2016, publicada na terça (16) pelo relator ministro Gilmar Mendes, para todo o Brasil. O Pardal foi desenvolvido pelo TRE do Espírito Santo, com a colaboração do órgão da Paraíba.

Para o registro de ocorrências, o cidadão deverá preencher formulário informando, obrigatoriamente, nome e CPF. Além disso, será necessário encaminhar elementos que indiquem a existência do fato noticiado, tais como vídeos, fotos ou áudios. O sigilo poderá ser solicitado à Justiça Eleitoral.

Segundo o TRE, uma das vantagens do uso do Pardal é a possibilidade do envio de informação geográfica, o que possibilita ao eleitor informar ao Tribunal a localização exata da propaganda irregular. Através do aplicativo é possível também o acompanhamento da tramitação da denúncia.

Pai de Alan Kurdi lamenta passividade sobre drama de refugiados


O pai do menino que foi fotografado morto no balneário turco de Bodrun, em setembro de 2015 – imagem que ganhou repercussão internacional e chamou atenção para a gravidade da crise migratória – lamentou nesta quarta-feira (1º) a passividade da comunidade internacional diante do drama dos refugiados.

“Depois da morte da minha família, os políticos afirmaram: ‘Nunca mais’. Todos queriam fazer algo depois da foto que tanto comoveu. Mas o que acontece agora? As mortes continuam e ninguém faz nada”, afirmou Abdullah Kurdi, de 41 anos, em entrevista ao jornal alemão “Bild”.

No naufrágio no Mediterrâneo, além de Alan (inicialmente identificado pela imprensa mundial como Aylan), de apenas 3 anos, ele perdeu o filho mais velho, velho Galip, 5, e a mulher Rehab, 35. Ele não lamenta, no entanto, a divulgação da foto do filho mais novo, por considerar que “uma coisa assim deve ser mostrada para que as pessoas vejam claramente o que acontece”. “O horror na Síria tem que terminar. As tragédias do exílio também”, disse.

Morando atualmente em Erbil, no Curdistão iraquiano, o pai de Alan e de Galip sente que está mais seguro do que antes. “Para fazer o quê?”, questiona.

 Aylan Kurdi (Foto: Reuters)Alan Kurdi foi fotografado após morrer afogado na tentativa de atravessar o Mediterrâneo (Foto: Reuters)

Governo prorroga até 31 de dezembro prazo para sacar abono de 2014


O governo estendeu até o dia 31 de dezembro deste ano o prazo para sacar o abono salarial de 2014. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que cerca de 800 mil trabalhadores ainda não sacaram o benefício de um salário mínimo (R$ 880) em uma das agências da Caixa e do Banco do Brasil. Trata-se da segunda prorrogação do prazo inicial para receber o benefício – inicialmente terminaria no dia 31 de junho e foi estendido para 31 de agosto.

 

Podem receber o benefício pessoas que trabalharam com carteira assinada por ao menos um mês em 2014, tenham ganhado, em média, até dois salários mínimos. Para ter acesso ao direito, é necessário que os trabalhadores estejam inscritos no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há, pelo menos, cinco anos.

 

O abono referente ao ano de 2015 já começou a ser pago neste ano, no dia 27 de julho, com base na data de aniversário. Nascidos de julho a dezembro podem sacar o benefício neste ano, de acordo com o mês em que nasceu. Já os aniversariantes de janeiro a junho, só vão poder retirar o abono em 2017, até o dia 30 de junho.

 

Neste caso, em relação ao abono de 2015, será a primeira vez que o benefício será pago proporcionalmente ao tempo de serviço, de maneira semelhante ao 13º salário. Assim, quem trabalhou um mês em 2015, receberá 1/12 do valor do salário mínimo que estiver em vigor na data do pagamento.

 

Para saber o quanto tem direito, o trabalhador precisa dividir o salário mínimo por 12 e multiplicar pela quantidade de meses trabalhados. A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será contada como mês integral.

Salário mínimo vai subir para R$ 945,80 a partir de 1º janeiro


O salário mínimo para o ano que vem ficará em R$ 945,80, anunciou há pouco o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. O valor consta do projeto do Orçamento Geral da União de 2017, enviado hoje (31) pelo governo ao Congresso Nacional. A proposta foi entregue por Oliveira e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL). O texto foi enviado ao Congresso logo após a cerimônia de posse do presidente Michel Temer, no Senado.

Os demais parâmetros para a economia no próximo ano, que haviam sido divulgados pela equipe econômica no último dia 17, foram mantidos. A estimativa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,8% para 2017. A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos em um país) ficou em 1,6%. O projeto prevê taxa de câmbio média de R$ 3,40 no dólar para o próximo ano, contra R$ 3,50 em 2015, e de taxa Selic (juros básicos da economia) acumulada de 12,1% ao ano em 2017, contra 14% neste ano.