Impeachment não passa o Brasil a limpo, diz Marina Silva


A ex-senadora Marina Silva, filiada à Rede Sustentabilidade, disse nesta quinta-feira que, embora seja legal, o processo de impeachment não atende ao desejo da população de “passar o Brasil a limpo”.

Marina fez o comentário ao defender novamente a cassação na Justiça Eleitoral da chapa vitoriosa nas eleições de 2014 composta pela presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), e seu vice, o agora presidente em exercício, Michel Temer (PMDB). Processos que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tentam abreviar o mandato do governo eleito por conta de denúncias sobre o uso de recursos ilícitos, como dinheiro desviado da Petrobras, na campanha.

“As denúncias e os crimes que foram praticados e que estão sendo comprovados pela Lava Jato colocam cada vez mais o sentido de urgência do TSE”, afirmou Marina, após repetir que as denúncias de corrupção na Petrobras que recaem sobre o PT implicam também o PMDB.

“Uma vez comprovado que houve corrupção e que foram fraudadas as eleições pelo uso de dinheiro do ‘petrolão’, deve-se cassar a chapa que violou a lei. Aí, será dado um forte sinal para a sociedade de que o crime eleitoral não compensa”, acrescentou a ex-ministra do Meio-Ambiente.

Marina conversou com a Agência Estado após proferir na noite desta quinta-feira uma palestra sobre mudanças climáticas e crise ambiental num templo evangélico no centro da capital paulista. Na entrevista, ela avaliou que o governo Temer, apesar de ter “inegavelmente” acertado na escolha da equipe econômica, não “dialoga” com as grandes questões em discussão no mundo, mencionando temas ambientais.

“Não podemos passar o recado de que, resolvendo a economia, o resto não importa”, disse Marina. Ao comparar a qualidade técnica da equipe econômica com os erros cometidos em outras áreas, acabou dando ainda uma alfinetada no presidente interino, autor de poemas nas horas vagas. “Fazendo uma metáfora, é como se tivéssemos uma pessoa excelente em ortografia e gramatica , mas que não é capaz de fazer um poema. Só entender de economia não basta.”

A ex-senadora defendeu também a legalidade do processo de destituição de Dilma, que está na reta final no Senado. “Houve um crime de responsabilidade. A constituição assegura que um governante pode ser deposto (nesse caso) e essa é a realidade.”

Um dia após o término, na madrugada de quarta-feira, da sessão do Senado que encaminhou o processo de impeachment a julgamento final, Marina afirmou durante sua palestra na catedral presbiteriana que o mundo vive uma crise civilizatória, na qual uma das bases reside na grave crise política – igualmente exacerbada, segundo ela, no Brasil. De acordo com Marina, a política se tornou impotente em resolver os problemas da humanidade.

Num discurso em que por diversas vezes fez referências a passagens bíblicas a um publico majoritariamente de evangélicos, a ambientalista disse que a ruptura a um modelo de desenvolvimento ambientalmente sustentável terá que ser conduzido pela sociedade, e não por um partido ou por um presidente eleito.

“Talvez a mudança não venha de políticos. Pesquisas mostram que 39% dos consumidores aspiracionais querem mais do que preço, design e qualidade. Querem ética, produtos que não tenham sido feitos em prejuízo à contaminação da água, com trabalho escravo. A sociedade pressiona por mudanças”, disse a candidata derrotada no primeiro turno das eleições de 2014. “Um modelo sustentável precisa ser sustentável do ponto de vista ético e, para nós que cremos, do ponto de vista espiritual”, complementou Marina. Com informações do Estadão Conteúdo.

TSE quer incluir delações em ação contra chapa Dilma-Temer, diz jornal


dilma

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) querem que sejam incluídas as delações obtidas por meio da Operação Lava Jato no processo que pode cassar a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer. Na semana passada, o empreiteiro Marcelo Odebrecht citou envolvimento de Temer no esquema de propinas.

Segundo informações do jornal O Globo, a informação que circula nos bastidores é a de que juízes estudam a possibilidade de pedir que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo julgamento da Lava Jato, encaminhe documentos que possam fundamentar a cassação. Ele já teria começado a fazê-lo, mas as delações ainda não foram solicitadas formalmente.

Até o momento, as delações que citam o presidente interino não foram homologadas na justiça. Por isso, devem ser mantidas em sigilo. A decisão sobre o compartilhamento das provas dos depoimentos deve ficar a cargo do ministro Herman Benjamin, que assume a posição de corregedor no fim deste mês.

Segundo reportagem da revista Veja, Temer pediu “apoio financeiro” a Odebrecht em maio de 2014. O empresário teria repassado R$ 10 milhões ao PMDB. O nome do presidente interino também apareceu na delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Machado mencionou pedido de propina de Temer para financiar a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo em 2012. O valor acordado teria sido de R$ 1,5 milhão. Com informações do Notícias ao Minuto.

Brasil: Retomada da Faixa 1 do “Minha Casa Minha Vida” só será feita após conclusão de obras paralisadas


O ministro das Cidades, Bruno Araújo, anunciou que as contratações da nova faixa 1,5 do programa Minha Casa Minha Vida devem começar em 1º de setembro, mas por outro lado novas contratações da faixa 1 só serão abertas quando todas as obras paralisadas forem concluídas, o que só deve acontecer em 2017.

“Depois que concluirmos 100% da retomada das obras paralisadas falaremos em novas contratações da faixa 1. Esperamos retomar tudo em sete meses”, afirmou, o ministro das Cidades, após cerimônia no Palácio do Planalto com empresários do setor da construção civil.

Araújo detalhou que os recursos para o lançamento da faixa 1,5 são oriundos do FGTS e têm pequena participação do Tesouro Nacional. Já a retomada das obras paralisadas da faixa 1 acontecem com dinheiro antes alocado para mobilidade e saneamento, mas que não estava sendo utilizado e, portanto, foi remanejado pelo ministério.

“Nós assumimos as obras paralisadas; coube ao presidente Temer a tarefa de equalizar e retomar”, disse, ressaltando que a paralisação se deu por falta de recursos que agora estão sendo priorizados.

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Na cerimônia, que contou com a presença do presidente em exercício Michel Temer, o ministro anunciou que a pasta vai retomar 10 mil unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida e contratar unidades na nova faixa 1,5 do programa, atendendo famílias com renda bruta mensal limitada a R$ 2.350. Segundo o balanço do ministério, o governo afastado da presidente Dilma Rousseff deixou 50,2 mil resistências com obras paralisadas.

Segundo a pasta, na nova modalidade a família contará com subsídios de até R$ 45.000, conforme renda e localização do imóvel, além de juros reduzidos. Para a faixa 1,5, de acordo com os dados do Ministério das Cidades, serão destinados R$ 3,8 bilhões. Com informações do Estadão Conteúdo.

Rombo nas contas já chega a R$ 169 bi


Faltando menos de cinco meses para o fim do ano, as contas do governo já estão no limite. Na quarta-feira, 11, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a programação orçamentária do governo para este ano já atingiu um saldo negativo de R$ 169 bilhões, dos R$ 170,5 bilhões previstos na meta fiscal deficitária de 2016.

“Os limites orçamentários do governo federal estão próximos de estourar e ainda temos cinco meses pela frente até o fim do ano”, disse Padilha, ao responder a uma pergunta sobre a disposição do governo em socorrer os Estados do Nordeste. Ele participava de evento ao lado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Em meio a este cenário, o mercado já aposta no descumprimento da meta fiscal de 2016, apesar de ter sido previsto um rombo muito maior do que o que vinha sendo projetado pela equipe econômica da presidente afastada Dilma Rousseff. Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, o déficit do governo será maior do que o planejado. Ele ressalta que a equipe econômica acabou concedendo aumentos que o mercado “não imaginava”, como o reajuste dos servidores. “Se olharmos o mercado e os ativos, parece que está tudo bem, mas é pela liquidez lá fora. Tem aquele ditado: ‘a paciência tem limite'”, disse.

O economista avaliou ainda que, mesmo que o governo resolva aumentar impostos após o impeachment para recuperar parte das receitas, o efeito em 2016 será muito pequeno.

Sem reserva

A meta fiscal que prevê um déficit de até R$ 170,5 bilhões este ano tinha uma reserva de R$ 18,1 bilhões para absorver possíveis frustrações nos planos, como receitas não concretizadas. Mas esse fôlego foi embora no mês passado, quando o governo resolveu usá-la para evitar contingenciamento de recursos do orçamento – ou seja, cortes de gastos. Na ocasião, o governo precisou usar R$ 16,5 bilhões dessa reserva, sendo que R$ 10,774 bilhões foram decorrentes de expectativas de receita não concretizadas.

O ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, já havia indicado receio em torno de um eventual estouro da meta. Em julho, ele disse que o governo começava a se preocupar com receitas que estavam caindo mais que o esperado, o que, consequentemente, atrapalha o cumprimento da meta fiscal.

“A meta é realista e não embute folgas. Hoje há, por exemplo, muitas dúvidas sobre a efetividade da estimativa de receitas de R$ 20 bilhões com a repatriação de recursos do exterior. Só saberemos efetivamente em novembro o valor”, disse, na ocasião.

A programação orçamentária à qual se referiu o ministro da Casa Civil é referente ao ano completo de 2016, ou seja, hoje o governo tem apenas R$1,5 bilhão para suprir riscos fiscais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Projeto ‘Primeiro Emprego’ vai oferecer nove mil vagas de trabalho até 2018 na Bahia


Estudantes da Rede Estadual de Educação Profissional da Bahia poderão conseguir uma das nove mil vagas de trabalho que serão oferecidas pelo projeto “Primeiro Emprego” até 2018. Segundo a Secretaria da Educação, os trabalhos serão em secretarias e órgãos estaduais da Bahia, além de empresas privadas parceiras do governo do estado.

Mais de 37 mil estudantes ativos e formados devem fazer a atualização de seus dados a partir da próxima segunda-feira (15). A ação segue até o dia 19 de agosto e dá início ao processo de credenciamento dos jovens ao projeto Primeiro Emprego, que inicia as contratações em setembro.

Devem atualizar os dados todos os estudantes ativos e aqueles que se formaram a partir de 2015, público alvo do “Primeiro Emprego”. Para fazer a atualização, os jovens devem acessar o site da Secretaria da Educação e clicar no banner do projeto.

Trump radicaliza e acusa Obama e Hillary de serem fundadores do Estado Islâmico


O candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou hoje (11) o tom das críticas ao presidente Barack Obama e à adversária democrata Hillary Clinton. Em entrevista por telefone ao programa Box Squawk, da rede de televisão a cabo CNBC, Trump acusou Obama de ser o fundador do Estado Islâmico e Hillary, de “cofundadora”.

Para justificar a acusação, Trump disse que o Estado Islâmico nasceu e se desenvolveu com a retirada das tropas americanas do Iraque, em 2011, no governo Obama. O presidente Obama opôs-se à guerra no Iraque e, na campanha para a Casa Branca, em 2008, prometeu acabar com ela. O Estado Islâmico, tanto no Iraque quanto na Síria, tomou o lugar da Al Qaeda, um movimento islâmico de oposição, surgido após a invasão dos Estados Unidos ao Iraque em 2003.

Na entrevista, Trump disse ainda que quer ganhar as eleições com o estilo que tem mostrado ao longo da campanha: franco e sem censura. “Eu sou um contador da verdade, tudo o que faço é dizer a verdade”, acrescentou o candidato republicano que, nas últimas semanas, tem perdido pontos nas pesquisas eleitorais. No próprio Partido Republicano, são crescentes as crítica de parlamentares à forma descortês, ou até mesmo desrespeitosa, com que Trump se refere aos muçulmanos e aos imigrantes, principalmente os de origem latina.

Na entrevista desta quinta-feira, Trump lembrou que tem sido bem-sucedido até agora na campanha presidencial, na condição de “forasteiro” da política, em uma referência ao fato de ter vindo de fora dos quadros partidários e, mesmo assim, ter obtido apoio para ser o candidato republicano. Trump disse que, se seu comportamento lhe custar as eleições, “que assim seja”. E acrescentou: “Há algo de errado em dizer isso? As pessoas estão reclamando que eu disse que ele [presidente Obama] foi o fundador do Estado Islâmico.”

O candidato afastou a possibilidade de atenuar as críticas diante da possibilidade de perder as eleições. “Se, no final de 90 dias [tempo aproximado que falta para as eleições, marcadas para novembro] eu cair – [isso ocorreria]  porque eu sou um pouco politicamente incorreto.” Trump disse ainda que, caso isso ocorra, “está tudo bem” e que, em tal hipótese, voltará “para uma boa forma de vida”. Donald Trump é um bem-sucedido empresário e investidor norte-americano, com projeção também na mídia local.

Os ataques de Trump ao presidente Obama começaram em um comício em Sunrise, no estado da Flórida. Foi nesse comício que Trump insinuou, pela primeira vez, a acusação de que Obama e Hillary seriam “fundadores do Estado Islâmico”. Devido à gravidade da acusação, que implica admitir – sem nenhuma evidência – que o próprio presidente dos Estados Unidos estaria por trás de um movimento que assassina cidadãos norte-americanos, líderes políticos esperavam que Trump recuasse, o que não ocorreu.

Na semana passada, Trump já tinha dado sinais de que iria radicalizar as declarações com os oponentes do Partido Democrata, quando disse, também na Flórida, que Hillary Clinton “deve receber um prêmio como fundadora do Estado Islâmico”.

Zika vírus pode causar deformidades em articulações de bebês, diz pesquisa


Cientistas brasileiros descreveram, pela primeira vez, como a infecção por zika em mulheres grávidas pode fazer com que as crianças desenvolvam artrogripose, uma síndrome que provoca graves deformidades nas articulações, principalmente em braços e pernas. A pesquisa foi publicada na revista científica BMJ.

Os especialistas acompanharam sete bebês que nasceram com infecção por zika em Pernambuco. Neuropediatra do Hospital Barão de Lucena, no Recife, e principal autora do estudo, Vanessa Van Der Linden explica que a análise detalhou que a artrogripose tem origem no processo de formação dos neurônios e não está relacionada a problemas específicos das articulações.

A principal hipótese é de que a má-formação seja produzida por um processo que envolve neurônios motores, que controlam a contração e o relaxamento dos músculos. Isso faria o feto permanecer com posturas fixas no útero que provocariam as deformidades. “Observamos também que quatro crianças apresentavam uma medula espinhal mais fina do que o normal e danos cerebrais, mostrando que realmente existe uma associação entre a artrogripose e as consequências neurológicas da infecção por zika.”

De acordo com a pesquisadora, o quadro pode estar relacionado a várias causas e é diagnosticado quando há deformidades em articulações em pelo menos duas partes diferentes do corpo. Para que a relação com o vírus transmitido pelo mosquito Aedes agypti fosse confirmada, todas as outras possíveis causas de má-formação precisaram ser excluídas. Para isso, as crianças passaram por exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Dos sete bebês acompanhados, seis tinham microcefalia e todos apresentavam sinais de calcificação no cérebro, quando ocorre acúmulo de cálcio nos tecidos cerebrais. A pesquisadora disse que a hipóteses é a de que o zika vírus destrói células do cérebro, formando uma espécie de cicatriz onde o cálcio é depositado.

O fato de um dos bebês não ter microcefalia também é relevante, segundo Vanessa. “Isso nos levou a concluir que não há uma correlação necessária entre a gravidade da infecção por zika, uma vez que o caso de uma das crianças não era grave com a artrogripose.”

O estudo deve ajudar os especialistas a entender melhor os sintomas provocados pelo vírus e seus mecanismos de infecção. Os cientistas recomendam que a síndrome da zika congênita seja acrescentada ao diagnóstico diferencial de infecções congênitas e de artrogripose.

*IG

Inspirado no Pokémon Go, site cria nova versão batizada de ‘Pokérruptos’


Depois do sucesso do jogo Pokémon Go, um site lançou o “Pokérruptos” com personagens que fazem referência a políticos brasileiros, como Dilmett (a presidente afastada Dilma Rousseff), Gobaltemer (o presidente interino Michel Temer), Psyécio (o senador Aécio Neves), Lulassauro (Lula) e Kunhagler (Eduardo Cunha), entre outros.

Cada personagem tem uma descrição no site. O de Dilmett é “não se engane com o sorriso. Dilmett é muito cabeça dura, fica facilmente irritada e sempre troca os pés pelas mãos”. A de Gobaltemer é “o Pokérrupto vampirão fica muito tempo nas sombras e vez ou outra coloca suas asinhas de fora. Torna-se vulnerável quando resolve sair da escuridão”.15

O site descreve alguns recursos do jogo, como a captura preventiva. O texto afirma: “Para ser o maior caçador de Pokérruptos, você precisa desta arma poderosa. Esses monstrinhos são muito articulados e escorregadios. Com a Captura Preventiva, você pega mais fácil seu Pokérrupto e evita que ele arme um plano para fugir da Pokézeleira”.

A pretenção é ser um jogo de cartas, onde cada “Pokérrupto” tem uma pontuação em cada um dos cinco itens: popularidade, articulação, influência, esquemas e processos. Com informações da Agência O Globo.

Ministro diz que homens vão menos em unidades de saúde porque trabalham mais que mulheres


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta quinta-feira (11) que os homens buscam menos os serviços de saúde porque trabalham mais do que as mulheres e são provedores da maioria das famílias.

A declaração foi feira após o lançamento de uma campanha da pasta com mais de seis mil homens cujas parceiras fizeram parto pelo SUS. Do total pesquisado, 31% afirmou que não costuma ir às unidades de saúde em busca de auxílio na prevenção de doenças.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Barros disse que a pesquisa revela um hábito dos homens. “É uma questão de hábito, de cultura, até porque os homens trabalham mais, são os provedores da maioria das famílias e não acham tempo para se dedicar à saúde preventiva”. Ainda de acordo com o jornal, o ministro afirmou também que essa cultura precisa ser modificada.

A Folha disse também que de acordo com a pesquisa realizada pelo ministério, apenas 2,8% dos homens apontaram o horário de funcionamento das unidades como motivo para não irem aos serviços de saúde. A maioria justificou que nunca precisou, ou seja, que procura as unidades apenas em situações urgentes.

Meirelles diz que teto de gastos é o que importa em socorro a Estados


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (11) que o que mais importa no acordo com os Estados e no ajuste das contas federais é o teto dos gastos.

“E o teto dos gastos está proposto na emenda constitucional referente aos gastos federais e também é parte do acordo dos Estados. Foi aceito pelos Estados, foi assinado. Está hoje objeto também de liminar do Supremo, de maneira que o ajuste fiscal dos Estados está caminhando bem”, disse Meirelles em evento em São Paulo.

Após sofrer críticas dirigidas pelos assessores do governo do presidente interino, Michel Temer, Meirelles justificou-se afirmando que “existia uma contrapartida auxiliar, que era uma limitação de novos aumentos para servidores, porém subordinados ao teto, isto é, isto aí visava talvez facilitar um pouco a administração Estadual em atingir o teto”.

Ele minimizou a relevância, porém. “Agora, não é de fato totalmente necessária essa contrapartida auxiliar. Por que? Porque o governador dispõe de todos os instrumentos legais para não dar aumento. Ele não é obrigado a dar aumento. Então, se tiver uma lei, etc, talvez torne mais fácil o processo negocial local. Em dito isso, o que sempre dissemos é que o importante é o teto”, disse.

Meirelles reforçou que o teto foi aprovado e que o ajuste fiscal dos Estados está em andamento.

Segundo ele, agora só é necessário aguardar que seja mantida a integralidade do texto e, depois, a aprovação pelo Senado.

“Em resumo, é um processo legislativo longo. Vivemos numa democracia e é importante que esse processo legislativo de aprovação pelo Congresso seja prosseguido de uma forma satisfatória, como está. Em resumo, sempre dissemos, o teto é o aspecto central do processo de ajuste fiscal”, disse o ministro.

Em relação ao cronograma, Meirelles disse que a previsão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é a de que o teto seja aprovado na Câmara em segundo turno até o final de outubro e que seja analisado e votado pelo Senado nos últimos dois meses do ano. Com informações da Folhapress.