A Bahia perdeu 7.547 postos de trabalho com carteira assinada em novembro e foi o estado com o pior desempenho no Nordeste, seguido de Pernambuco e Maranhão. Em todo o Brasil, foram 116.747 postos formais perdidos em novembro, no 20º mês seguido de fechamento de vagas.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O cadastro leva em consideração apenas os empregos com carteira assinada, diferentemente dos números sobre desemprego apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pnad Contínua, que são mais amplos e levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira assinada.
Na Bahia, o acumulado do ano (de janeiro a novembro de 2016) registrou uma redução de 50.912 postos de trabalho. Já o acumulado de 12 meses (de dezembro de 2015 a novembro de 2016) mostra 72.081 postos de trabalho com carteira assinada a menos.
Em todo o país, o número é maior do que o registrado em outubro (-74.748), mas menor do que o de novembro de 2015 (-130.629). Os dados mostram ainda que no acumulado do ano a queda registrada no emprego atingiu o montante de 858.333 postos de trabalho, o que representa um declínio de 2,16%. E no período dos últimos 12 meses, o número de empregos formais passou de 40,3 milhões para 38,8 milhões, uma perda de 3,65%.
De todos os setores de atividade econômica, apenas o comércio teve desempenho positivo em novembro, seguindo a tendência já registrada em outubro. Houve um acréscimo de 58.961 vagas, o que representa um aumento de 0,66%. A alta foi puxada principalmente pelo ramo varejista, que abriu 57.528 postos. A maioria dos empregos foi criada nos segmentos do vestuário e acessórios, seguidos pelos supermercados, comércios de calçados e artigos para viagens.
Entre os setores com resultado negativo, destacaram-se a Indústria de Transformação (-51.859 postos), a Construção Civil (-50.891), os Serviços (-37.959) e a Agricultura (-26.097). Na indústria, a queda ocorreu principalmente nos ramos de produtos farmacêuticos (-12.211), alimentícios (-8.442), têxteis (-6.472) e de calçados (-4.033). Já a Agricultura foi influenciada por fatores sazonais, com ênfase no cultivo de cana-de-açúcar em São Paulo, que, sozinho, fechou 4.478 postos.
O Rio Grande do Sul foi o estado com o melhor desempenho do mercado de trabalho no mês de novembro. Foi a única unidade da federação que teve saldo positivo, com a criação de 1.191 vagas formais. Os piores desempenhos foram registrados em São Paulo (-39.675 postos), em razão do saldo negativo em quase todos os setores, seguido pelo Rio de Janeiro (-12.438) e Minas Gerais (-11.402).