Do convés de um gigantesco porta-aviões, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, recomendou nesta quarta-feira (19) que a Coreia do Norte não teste o Exército norte-americano. Em visita ao Japão, o representante do governo Trump prometeu uma resposta efetiva a qualquer uso de armas, nucleares ou não, pelo país comunista.
Vestindo um uniforme militar verde, Pence discursou a bordo do porta-aviões batizado com o nome do ex-presidente Ronald Reagan. Ele garantiu que o governo Trump vai manter o esforço com aliados como Japão, China e outras potências globais para exercer pressão econômica e diplomática sobre Pyongyang. Ele advertiu os marinheiros, porém, que “como vocês sabem, a chave é a prontidão”.
“Os Estados Unidos da América sempre irão buscar a paz mas, sob o governo Trump, o escudo está a postos e a espada está pronta”, disse Pence a 2,5 mil marinheiros a bordo do porta-aviões, na base naval americana de Yokosuka, na Baía de Tóquio.
“Aqueles que desafiarem nossos objetivos ou nossa prontidão devem saber que vamos derrotar qualquer ataque e responder ao uso de qualquer arma, convencional ou nuclear, com uma devastadora e efetiva resposta americana”, disse.
O vice-presidente afirmou que os EUA vão honrar a aliança com os países do Círculo do Pacífico e proteger a liberdade de navegação no Mar da China Meridional, área marítima vital para a distribuição mundial.
Pence e o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, ressaltaram que o recente lançamento malsucedido de um míssil pela Coreia do Norte foi uma provocação imprudente. O vice ainda garantiu aos aliados na Ásia que o país está pronto para trabalhar pela desnuclearização pacífica da Península Coreana.
Mattis denunciou a tentativa de lançamento de míssil ao começar uma viagem ao Oriente Médio, informando jornalistas que o acompanhavam na Arábia Saudita que “o líder norte-coreano, mais uma vez, imprudentemente, tentou provocar alguma reação lançando um míssil.” O termo “imprudente” também foi usado pela Coreia do Norte para descrever os treinamentos militares em larga escala conduzidos pelos EUA e a rival Coreia do Sul, que o país entende como ensaios para uma invasão.
Mattis não identificou o tipo de míssil lançado, mas disse que não tinha alcance intercontinental, ou seja, que não chegaria a atingir o território americano. Ele não avaliou o que pode ter provocado a falha no lançamento.