Anvisa suspende lote de medicamento Omeprazol


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta segunda-feira (10) o lote 486773A do medicamento genérico Omeprazol 40 mg, pó liofilizado para solução injetável. O lote do medicamento genérico usado para o tratamento de úlceras gástricas foi fabricado pela Eurofarma Laboratórios S.A e era válido até dezembro de 2017.

De acordo com o comunicado apresentado pelo órgão, o medicamento apresentou falhas técnicas nos rótulos. A resolução RE 1.847/17 que suspende a distribuição, comercialização e uso do lote 486773A do Omeprazol, determina, também, que a empresa faça o recolhimento do produto.

“Reforma Trabalhista poderá piorar condições do trabalhador”, declara advogado


O Senado brasileiro deve concluir nesta terça-feira (11), a partir das 11h, no plenário, a votação da reforma trabalhista. A votação ocorrerá depois de mais de dois meses de debates e 864 emendas de senadores apresentadas.

O advogado e assessor jurídico da CUT Nacional , José Eymard Loguercio, falou recentemente sobre os impactos negativos da Reforma Trabalhista para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

“A reforma trabalhista, da maneira como está, piora as condições de vida da população empregada, porque retira determinadas garantias. Ao longo do tempo é algo com a tendência de diminuir o custo da mão de obra e, portanto, diminuir da massa salarial. Sob este ponto de vista ela é um “tiro no pé” no desenvolvimento econômico e político e pode ser um grande atraso social”, defende Loguercio.

Para Loguercio, o futuro do Brasil, se aprovada a Reforma, será igualmente desastroso. “A reforma não está pensada para gerar empregos, embora esse seja o discurso. Esse tipo de legislação nunca gerou em nenhum lugar do mundo. O que gera emprego é uma economia que tenha a possibilidade de movimentar e, portanto, de criar determinadas condições para o progresso econômico e social”, ressalta.

O texto prevê a alteração de mais de 100 artigos da CLT, retirando direitos dos trabalhadores e valorizando a política do “negociado sobre o legislado” permitindo até mesmo acordos diretos entre empregados e empregadores, destaca o especialista.

A medida também enfraquecerá a atuação da Justiça do Trabalho e dos Sindicatos. “Em países da Europa, como França e Espanha, reformas trabalhistas com viés semelhante a do Brasil, de retirada de direitos, não geraram nenhum resultado positivo. Ao contrário, o índice de desemprego só aumentou. Portugal, por exemplo, só passou a ter um resultado melhor na economia quando resgatou direitos, fazendo justamente o caminho inverso”, finalizou.

Boletos vencidos poderão ser pagos em qualquer banco a partir desta segunda-feira (10)


A partir desta segunda-feira (10), boletos vencidos poderão ser pagos em qualquer agência bancária. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) começa a adotar, de forma escalonada, uma plataforma de cobrança que permite a quitação de boletos em atraso em qualquer instituição financeira.

Por enquanto, a novidade só estará disponível para os boletos de valor igual ou superior a R$ 50 mil. O valor mínimo será reduzido para R$ 2 mil em 11 de setembro, R$ 500 em 9 de outubro e R$ 200 em 13 de novembro. A partir de 11 de dezembro, boletos vencidos de todos os valores passarão a ser aceitos em qualquer banco.

A nova plataforma de cobrança permitirá a identificação do Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do pagador, o que facilitará o rastreamento de pagamentos. Ao quitar o boleto, o próprio sistema verificará as informações. Se os dados do boleto coincidirem com os da plataforma, a operação é validada. Caso haja divergência nas informações, o pagamento só poderá ser feito no banco de origem da operação.

De acordo com a Febraban, o atual sistema de cobrança funciona há mais de 20 anos e precisava ser atualizado. A previsão inicial era que o novo sistema entrasse em vigor em março para valores acima de R$ 50 mil, mas teve que ser adiada para este mês. Segundo a Febraban, o adiamento foi necessário para garantir a alimentação da plataforma de cobrança por todas as instituições financeiras.

Crise no Brasil pode levar país de volta ao mapa da fome


Três anos depois de o Brasil sair do mapa mundial da fome da ONU, o que significa ter menos de 5% da população sem se alimentar o suficiente, o velho fantasma volta a assombrar famílias em situação de extrema pobreza no país.

O alerta, endossado por especialistas ouvidos pelo GLOBO, é de relatório produzido por um grupo de mais de 40 entidades da sociedade civil, que monitora o cumprimento de um plano de ação com objetivos de desenvolvimento sustentável acordado entre os Estados-membros da ONU, chamado Agenda 2030. O documento será entregue às Nações Unidas na semana que vem, durante a reunião do Conselho Econômico e Social, em Nova York.

Na casa de Maria de Fátima, a comida se tornou escassa depois que ela foi demitida do emprego de cozinheira na prefeitura de Belford Roxo, há oito meses. Os dois filhos mais velhos vivem de bicos, cada vez mais raros. Os três integram a estatística recorde de 14 milhões de desempregados, resultado da recessão iniciada no fim de 2014. Pesam ainda a crise fiscal, que tem levado União, estados e municípios a fazerem cortes em programas e políticas de proteção social, e a turbulência política.

Quando o país atingiu um índice de pleno emprego, na primeira metade desta década, mesmo os que estavam em situação de pobreza passaram a dispor de empregos formais ou informais, o que melhorou a capacidade de acesso aos alimentos.

De acordo com Francisco Menezes, coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e consultor da ActionAid, que participaram da elaboração do relatório, chega ser vergonhosa a situação qe o Brasil voltou a viver nos últimos anos.

“A exclusão de famílias do Bolsa Família, iniciada ano passado, e a redução do valor investido no Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), que compra do pequeno agricultor e distribui a hospitais, escolas públicas e presídios, são uma vergonha para um país que trilhava avanços que o colocava como referência em todo o mundo”, finalizou.

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Justiça decreta perda de mandato do deputado federal Luiz Caetano


O juiz de direito da 1ª Vara da Fazenda Pública da Camaçari, César Augusto Borges de Andrade, condenou o deputado federal Luiz Caetano (PT) à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos pelo período de cinco anos e proibição de contratar com o poder público. A decisão do magistrado expedida no último dia 5 é referente a uma ação civil por ato de improbidade administrativa ingressada pelo Ministério Público Estadual depois que aprovados em concurso público de 2010 para o cargo de procurador jurídico reclamaram que Caetano, então prefeito da cidade, teria descumprido a lei municipal que tratava da criação de cargos para a Procuradoria Jurídica.

De acordo com a ação do MP, os aprovados para as seis vagas oferecidas não foram nomeados porque Caetano manteve procuradores jurídicos em cargos comissionados na Procuradoria Municipal. Pela lei municipal número 874/2008, que instituiu o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos dos Servidores Públicos Municipais de Camaçari, os cargos em comissão de procurador jurídico e assistente jurídico seriam extintos na medida em que ocorresse o provimento através de concurso público com a previsão de 16 cargos de procurador do município.

No entanto, em 2010, foi lançado um edital para concurso que previa somente seis vagas para procurador, embora a legislação municipal apontasse a criação de 16.

“Aproximadamente dois anos após a homologação do referido certame, os cargos de procurador do município continuavam sendo exercidos irregularmente por servidores comissionados, sob a denominação de procuradores jurídicos, em clara e manifesta omissão do requerido nos autos na condição de gestor público municipal”, ressaltou o MP na denúncia levada à Justiça.

Segundo o juiz César Andrade, o então prefeito Luiz Caetano apresentou sua defesa com o argumento de que, em agosto de 2011, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) emitiu parecer apontado que as condutas denunciadas pelo MP “encontravam-se em conformidade com a legislação”.

A defesa jurídica de Caetano também afirmou que a ação civil não deixava claro “o dolo” que teria cometido. “Sem esta indicação precisa, não há possibilidade legal de condenação pelos supostos atos de improbidade administrativa”, teria argumentado o ex-prefeito e agora deputado federal, que pediu a improcedência da ação civil. O petista disse que não houve ocupação indevida de cargos públicos na sua gestão, uma vez que “os integrantes da Procuradoria Geral possuíam qualificações técnicas para o exercício das referidas funções”.

No entanto, o juiz não concordou com os argumentos apresentados pelo acusado e lembrou que, mesmo com candidatos aprovados para a Procuradoria Jurídica do município, o então prefeito determinou a publicação de edital de licitação para contratação de escritório de advocacia para prestação de serviços administrativos e judiciais, “funções privativas da Procuradoria do Município”.

“Após apreciação dos depoimentos colhidos em audiência, bem como da prova documental produzida nos autos, restou demonstrado de que o concurso público regulamentado através do Edital nº 01/2010, disponibilizou seis vagas para provimento de advogados ao cargo de procurador do município de Camaçari, porém a legislação municipal na época dos fatos estabelecia dezesseis vagas para provimento do referido cargo público, ao qual, em nenhum momento fora preenchido através de concurso público. […] Luiz Carlos Caetano manteve-se omisso e não promoveu a nomeação e posse dos candidatos aprovados, nem mesmo dentro das vagas estabelecidas através de edital, tendo mantido servidores precários para a execução das referidas funções jurídicas, sob o argumento de que os candidatos aprovados não encontravam-se familiarizados com as diversas ações judiciais envolvendo a municipalidade, tendo optado em manter, no quadro funcional da administração pública, os servidores nomeados e contratados pelo próprio”, elencou o magistrado em sua sentença condenatória.

O deputado afirmou, por meio da sua assessoria de imprensa, que vai recorrer da decisão expedida em primeira instância. “Iremos recorrer contra essa decisão. Acho que, nos últimos cinco anos, essa é quarta vez que surgem fatos apontando inelegibilidade, em todos os casos, nós recorremos e conseguimos reverter. Vamos recorrer ao Tribunal de Justiça e, se for necessário, iremos até outras instâncias superiores”, diz a nota do parlamentar e ex-prefeito.

O congressista também ressaltou que não houve dolo ou houve malversação de recursos públicos em seus atos praticados à época prefeito de Camaçari.

Por Aparecido Silva

 

Cortes no Orçamento do governo atingem áreas sociais


A interrupção do fornecimento de passaportes e a redução da fiscalização em rodovias não são as únicas áreas sensíveis impactadas pelos cortes do Orçamento. Setores e ações considerados emblemáticos pelo alcance social e a urgência também estão sendo impactados em várias lugares da Esplanada.

O valor gasto pelo Incra com indenização de imóveis em territórios quilombolas, por exemplo, caiu de R$ 13,2 milhões para 2014 para R$ 3,5 milhões no ano de 2017. Para reconhecimento dos territórios, o valor caiu de R$ 3,4 milhões para R$ 1,3 milhão.

“A situação é gravíssima, o Incra está paralisado, e os conflitos nesses territórios podem se agravar”, disse o presidente da organização não governamental Conaq, coordenação nacional de quilombolas, Denildo Rodrigues de Moraes, o Biko.

Uma das áreas mais sensíveis na União é a de monitoramento e fiscalização de terras ocupadas por índios isolados na região amazônica. Há 54 registros de grupos isolados no país, com 20 casos confirmados e mais seis povos de contato recente. Para toda a tarefa, a Funai conta com apenas 113 servidores.

O orçamento para o setor desabou, e a Funai reduziu expedições para checagem da segurança dos índios. A previsão orçamentária com as frentes desabou de R$ 4 milhões, em 2016, para apenas R$ 1,9 milhão, em 2017.

Uma das razões apresentadas pelo então presidente da Funai, Toninho Costa, para pedir demissão do cargo em abril foi justamente a queda dos gastos com essas frentes.

“Se não houver aporte financeiro, ações prioritárias na proteção dos índios isolados ficarão comprometidas, o que pode levar a consequências trágicas”, disse Costa nesta sexta (7).

A escassez de dinheiro atinge também atividades de agências reguladoras, como fiscalização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e da ANA (Agência Nacional de Águas).

O aperto no Orçamento compromete igualmente a atividade diária de universidades e institutos de educação federais. A Universidade Federal de Campina Grande e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, afirmam que só possuem recursos para pagar contas de energia, água, telefone e vigilância até outubro.

Etiópia: Terremotos podem reabrir a “porta do inferno”


Satélites da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) identificaram no início deste ano novas fissuras perto de um dos vulcões mais ativos do mundo, o Erta Ale, na Etiópia, também conhecido como “montanha fumegante” e a “porta do inferno”.

A região é caracterizada por intensa movimentação geológica e, no futuro, pode protagonizar a separação do continente africano.

“Esse vulcão está posicionado em uma ‘junção tripla’ de placas tectônicas no leste africano denominada de junta tríplice de Afar. Essas zonas compreendem o afastamento relativo entre três placas tectônicas, cuja abertura promove a subida de magmas, que são as lavas vulcânicas, até a superfície”, diz o professor Carlos Roberto de Souza Filho, do Instituto de Geociências da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Segundo o especialista, o Erta Ale é um vulcão muito ativo e possui um lago de lava com mais de cem anos em uma de suas caldeiras, e daí devem ter surgido os apelidos aterrorizantes.

“O Erta Ale é um vulcão ‘escudo’, caracterizado pela efusão de magma basáltico muito fluido que origina uma estrutura de derrames de lava partir da cratera em cone amplo, com baixos ângulos topográficos. É um tipo de vulcão com forma mais plana e que não forma grandes elevações”, diz o professor.

África pode ter nova separação

O que o satélite da Nasa detectou recentemente é que essas três placas próximas ao vulcão estão se separando rapidamente, ativando vários vulcões na região. As novas fissuras foram abertas em 21 de janeiro de 2017, derramando grandes quantidades de lava. Na região, também foram registrados transbordamentos em um dos lagos do Erta Ale.

Pesquisadores acreditam que a separação entre essas três placas tectônicas poderia causar a separação da África e o surgimento de uma nova ilha no nordeste do continente.

“O que está acontecendo na junção tríplice é uma ruptura dessa região do continente africano e a abertura de um oceano. Só que esse é um processo geológico lento”, diz o professor, sobre a movimentação que não chega a poucos centímetros por ano.

“Levará milhões de anos para que esse processo de separação ocorra e que um braço de oceano se instale ali, separando aquele bloco continental do restante do continente africano”, explica.

Porta do inferno

A última grande erupção do Erta Ale aconteceu em setembro de 2005, quando animais que viviam em áreas próximas morreram e os habitantes foram forçados a sair da região. Mas a ameaça é constante: houve fluxo de lava em 2007, 2009 e 2010 e uma erupção em novembro de 2008.

A região onde fica o Erta Ale – ao norte da Etiópia e perto da fronteira com a Eritreia – é quase inabitada e, além do perigo de uma erupção, há uma tensão política, já que os dois países disputam os limites da fronteira.

Em janeiro de 2012, um grupo de turistas e pesquisadores que viajava para conhecer o Erta Ale foi atacado. Cinco pessoas morreram, cinco ficaram feridas e duas foram feitas reféns por representantes da Frente Revolucionária da Unidade Democrática Afar.

Segundo Souza Filho, três elementos são usados pelos cientistas para medir a possibilidade de uma erupção: a temperatura da superfície, o aumento da presença de gases vulcânicos, como o dióxido de enxofre, e pequenas mudanças na forma da superfície do terreno. Nenhuma delas, no entanto, é capaz de medir com certeza quando um vulcão vai entrar em erupção.

“Não existe nenhum método preciso, seja por satélite, seja com medidas terrestres, para se prever quando exatamente ocorrerá uma erupção. Claro, existe uma relação importante entre sismicidade, que são os terremotos, e erupções, mas não é uma relação linear”, explica.

Fonte: Uol

“Quando acontecer um acidente eles não vão se responsabilizar pelas vidas das pessoas”, disse Jackon Bonfim sobre os “ligeirinhos”


Na última terça-feira (04), a Prefeitura de Simões Filho a pedido do Ministério Público (MP), assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) referente a regulamentação do Transporte Público de Simões Filho. Na oportunidade, o MP estabeleceu o período de 5 meses entre o envio do projeto de Lei para a Câmara de Vereadores e a realização da licitação para contração da empresa que prestará o serviço no município.

Em entrevista na manhã desta sexta-feira (07) o secretário de Mobilidade Urbana, Jackson Bonfim falou sobre o processo de regularização do transporte municipal, já e tramitação, e chamou a atenção da população com relação ao chamado “Ligeirinho”.

“Nós precisamos deixar bem claro para a sociedade simõesfilhense que o sistema de transporte ligeirinho é ilegal. Eu não gosto nem de usar a palavra clandestina, porque clandestinidade é um assunto muito mais grave.

O secretário explicou que a situação de irregularidade do ligeirinho vai além da falta de registro ou permissão para circular, uma vez que, alguns condutores nem habilitados são e ainda assim resolvem fazer o transporte, colocando em risco as vidas dos usuários.

“A gente sabe quem são os ligeirinhos, mas a gente sabe também que dentro deste sistema existem pessoas alugando veículos de terceiros, as vezes sem a devida documentação, sem o IPVA ou o Seguro Obrigatório do veículo pagos, sem carteira de motorista, a policia militar já fez apreensão de alguns nesta situação”, revelou.

Jackson recomendou que os passageiros antes de utilizar o transporte se assegurem de que condutor está com os documentos em dia e salientou o fato dos usuários estarem descobertos das verbas indenizatórias caso ocorra algum acidente.

“Nós temos que recomendar para os passageiros que pegam esse tipo de veículo que tenha muito cuidado, porque na hora que acontecer um acidente essas pessoas não vão se responsabilizar pelas indenizações e pelas vidas das pessoas”, salientou.

O secretário afirmou que a SEMOB continuará fiscalizando o transporte público municipal em todas as esferas e reiterou os ricos que o passageiro assume no momento em que opta em utilizar um transporte irregular.

“O papel da prefeitura e da Polícia Militar está sendo feito, que tentar inibir esses transportes irregulares, agora, que as pessoas também que pegam assumam a responsabilidade na hora que entram no veículo, e caso aconteça um acidente eles vão ser responsabilizados, tanto o condutor quanto os usuários”, finalizou.

A entrevista foi concedida ao radialista Roque Santos, durante o Programa Bahia no Ar, transmitido pela Rádio Sucesso FM 93.1.

PRF reduz rondas em Simões Filho e interior da Bahia para conter gastos com gasolina


A suspensão de operações em épocas de festas, a redução de rondas e o cancelamento de resgates aéreos estão entre as medidas tomadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Bahia, para redução de gastos. A informação foi passada ao G1 pela assessoria da corporação no estado, nesta quarta-feira (5).

De acordo com a PRF, apesar da redução do operacional, não há previsão de demissão de nenhum dos cerca de 600 agentes rodoviários em atividade na Bahia. Além disso, segundo a PRF, os 23 postos de atendimento do estado continuarão com funcionamento normal, com atendimento 24h.

Os postos da PRF na Bahia ficam localizados nas cidades de Alagoinhas, Jequié, Barreiras, Milagres, Camacam, Paulo Afonso, Capim Grosso, Poções, Ribeiro do Pombal, Eunápolis, Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana, Seabra, Gandu, Senhor do Bonfim, Humildes, Simões Filho, Ibotirama, Teixeira de Freitas, Itaberaba, Vitória da Conquista, Itabuna e na Divisa do estado com Minas Gerais.

Conforme a PRF, a redução no número de rondas foi decidida para diminuir o gasto com gasolina. Com isso, o uso das viaturas será restrito à verificação e ao atendimento de emergências ocorridas nas estradas federais que passam pela Bahia.

A PRF diz que os cortes de serviços decorrem de um contingenciamento de verbas decretado pelo governo federal em março deste ano, e que buscará diminuir o prejuízo no atendimento de ocorrências emergenciais.

Ministério propõe variação do preço da energia de acordo com horário


A proposta de reforma do setor elétrico prevê alterações na conta de luz, como a implantação de tarifas diferenciadas por horário e a mudança de cálculo da parcela que cobre os custos da distribuição e transmissão de energia. As mudanças fazem parte de um conjunto de medidas apresentadas na última quarta-feira (05) pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

De acordo com o documento, o objetivo da reforma é adequar as regras do setor a mudanças tecnológicas e restrições para a construção de grandes hidrelétricas com reservatórios no país.

O pacote trata também de soluções para por fim à judicialização do setor elétrico e melhora as condições de privatização de usinas estatais, em estudo pela Eletrobras para reduzir seu elevado endividamento.

Com relação à conta de luz, a principal mudança é a implantação de uma tarifa dinâmica, que pode variar de acordo com os horários de maior consumo.

Nos últimos anos, o horário de pico no consumo de energia se deslocou do início da noite para o início da tarde, principalmente no verão, quando um maior número de aparelhos de ar condicionado estão em operação.
Dessa forma, o horário de verão vem perdendo a importância no esforço para reduzir a necessidade de investir em capacidade adicional de geração.

Com tarifas mais caras no início da tarde, por exemplo, o consumidor pode optar por desligar o ar condicionado. Por outro lado, o maior preço pode incentivar projetos de geração para atender a esse público específico.

O governo propõe também a segregação dos componentes que compõem a tarifa de energia. A medida tem por objetivo incentivar projetos de economia de energia e evitar subsídios cruzados com a perspectiva de crescimento da microgeração -quando um consumidor gera sua própria energia, reduzindo as compras da distribuidora.

A justificativa é que cada quilowatt-hora (kWh) economizado ou gerado em casa representa perda de receita da distribuidora para remunerar a infraestrutura de rede e, em um segundo momento, transferência do custo aos demais consumidores.

“Essa transferência, quando associada, por exemplo, à instalação de painéis solares, pode fazer com que os consumidores que não possuem recursos para a instalação de um painel subsidiem o custo da rede para os consumidores de renda mais alta”, explica o documento.

A proposta de reforma do setor elétrico é baseada em princípios divulgados na segunda (02), que pregam maior eficiência na formação de preços, redução dos subsídios e menor participação do estado nas negociações do setor.