O posto de serviços do Sine Bahia em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) durante muito tempo deu ao que falar entre a população local, especialmente no que se refere a queixas, denúncias e reclamações por parte da demanda de pessoas desempregadas que diariamente procuram o órgão.
Em entrevista na manhã da última terça-feira (02) no programa Panorama de Notícias, a coordenadora atual da unidade, Sueli Souza falou sobre as dificuldades do seu primeiro ano de gestão e também revelou alguns números que comprovam o saldo positivo do posto nos últimos 12 meses.
“Tivemos um ano de muitas dificuldades, a gente passou por momentos muitos difíceis. Confesso que chorei muito e por muitas vezes quis chutar o pau da barraca, como diz o ditado popular, porque achei que não fosse conseguir, mas, antes de eu chegar, o meu Deus chegou primeiro”, revelou ela.
De acordo com Sueli, em janeiro do ano passado, sua equipe assumiu o posto com várias queixas, inclusive no Ministério Público e justamente por essa e outras dificuldades, ela achou que não iria conseguir.
Segundo ela, a cidade estava correndo o risco de perder o posto, porque além das diversas denúncias, o serviço ocupava uma das últimas colocações entre as unidades baianas em termos de realocação de mão de obra no mercado de trabalho.
“Quando eu assumi a unidade estava no vermelho. Em reunião com o Sine Bahia Central foi dito que, se a gente não superasse em 2017, nós poderíamos perder o posto de serviços aqui em Simões Filho, como de fato foram 10 unidades fechadas no ano de 2017”.
Com o desafio, Sueli disse que buscou ainda mais forças para dar continuidade ao seu trabalho e do fruto dos seus esforços, juntamente com sua equipe, hoje a cidade está acumulando pontos positivos. “Colocamos Simões Filho no Ranking das 20 melhores cidades da Bahia”, afirmou ela.
De acordo com o relatório emitido pelo órgão, Simões Filho ocupa atualmente a 13ª posição entre as cidades que mais contribuíram com os resultados positivos do Sine em 2017. Conforme colocado pela coordenadora, parte desta conquista está relacionada as 500 vagas da refinaria de Mataripe, que foram garantidas através da participação da pasta em diversas reuniões.
Apesar da oferta de vagas, Sueli afirmou que a maioria delas não foi preenchida por causa da falta de qualificação na mão de obra local. “A gente não conseguiu preencher o quantitativo devido a muitos profissionais que não tinham as qualificações solicitadas pelos empregadores, mas 140 pessoas foram colocadas nas vagas da refinaria”.
Conforme o relatório apresentado, foram dadas entradas em quase 4 mil seguros desempregos no último ano no município. O que significa dizer que a demanda de desempregados não para de aumentar. Neste sentido, a servidora contou que, está sendo feito um trabalho para preparar o candidato para o processo seletivo.
“A gente ensina como elaborar um currículo, ensina como se comportar em uma entrevista, a gente induz eles a procurarem cursos de qualificação, para estarem aprimorando seus conhecimentos, que é de fundamental importância”, salientou.
Questionada sobre as expectativas para o ano novo, ela explica que em 2018 tem a prospecção de vagas pelas diversas empresas que estão se instalando no município, inclusive o laboratório da Bahia Farma, que segundo ela, nos próximos dias estará se reunindo para definir o quantitativo de vagas específicas para o município.
“Se você pode se qualificar mais, se qualifique. Se você pode buscar melhorias na sua qualificação profissional, busque”, concluiu ela em recado aos que estão a procura de emprego.