Oito casos de malária já foram confirmados na Bahia, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), na manhã desta quinta-feira (18).
Um dos casos registrados é de um paciente que foi infectado pela malária e contraiu a doença no município de Wenceslau Guimarães (a 307 quilômetros de Salvador). A morte do paciente foi registrada na última terça (16). Além dele, outras sete pessoas estão infectadas, segundo a Sesab.
A preocupação aumentou com um possível surto da doença no Estado, onde foram registrados outros casos. O último registro da doença na Bahia foi em 2011. Segundo a Sesab, um plano de enfrentamento com ênfase na malária está sendo executado.
Ainda segundo a pasta, todos os casos ocorreram na zona rural do município baiano. A Sesab mantém equipes de Vigilância Epidemiológica estadual e municipal nos locais de provável contaminação para tentar identificar os vetores da doença e acompanhar os casos já notificados para investigar se os pacientes contraíram a doença na Bahia ou se ela foi importada de outra região por uma das pessoas contaminadas. Até o momento, segundo a secretaria, não é possível categorizar a situação como “surto de malária”.
Os sintomas da malária são dores de cabeça, febre alta, dores nos músculos, calafrios, sudorese etc. A doença é identificada por meio de um teste rápido, que utiliza algumas gostas de sangue retiradas do dedo do paciente, em qualquer unidade de saúde, cujo resultado sai em 15 minutos.
A melhor forma de prevenir a doença é evitar locais que são habitats naturais do mosquito Anopheles darlingi, conhecido como mosquito-prego. Conforme a Sesab, não existe vacina disponível para a malária, mas, se for identificada e tratada em estágios inicias, a doença pode ser tratada através de ingestão de comprimidos. Em casos mais graves, é necessária a internação em uma unidade hospitalar.
Em áreas com registros da doença, como em Wenceslau Guimarães, a prevenção acontece por meio do uso de mosqueteiros, telas em portas e janelas, roupas que protejam braços e pernas e uso de repelentes. Eliminar focos de água parada é também uma atitude indispensável para evitar criadouros do mosquito transmissor, Anopheles, conhecido também como mosquito Prego.