Por onde passa, o mergulhador Alejandro Ramos chama a atenção de populares. Isso porque, há quatro anos, minutos após ter emergido da água, o corpo dele começou a inchar inexplicavelmente, o que tornou seu caso motivo de pesquisas para a Marinha, no Centro Médico Naval, em Lima (Peru).
Alejandro acredita que a sequela seja resultado de um acidente de trabalho em 2013, quando mergulhou a mais de 30 metros de profundidade em busca de mexilhões presos e barrancos submarinhos.
Na ocasião, uma lancha se aproximou da embarcação dele e a hélice do barco rompeu. Com isso, a mangueira fez com que o mergulhador subisse 36 metros de uma só vez. O correto é que um mergulhador suba por etapas, com paradas de tempos em tempos.
Mesmo após longos meses do acidente ter ocorrido, o mergulhador percebeu que o corpo não parava de inchar e procurou ajuda médica. Porém, por conta dos custos altos dos exames, que são feitos em uma parte do corpo por vez, ele acabou desistindo. Uma revisão médica na região do ombro, por exemplo, custava US$ 150 (R$ 488). Ele conseguiu tratamento gratuito do Centro Médio Naval após aparecer em um canal de TV peruano, contando sobre o seu caso.
Durante a revisão médica, ele passou por uma série de ressonâncias magnéticas, ultrassons e exames de medicina nuclear. Segundo os primeiros resultados, o que gera deformações em seu corpo não é o gás preso e sim a gordura que se desenvolve em sua hipoderme.
Nos próximos dias, o mergulhador ainda terá que passar por uma cirurgia no quadril, já que a necrose dos ossos dessa região está muito avançada. Ele também será operado gratuitamente, mas precisa obter a prótese por conta própria.