O governador de São Paulo, João Doria (PSBD), anunciou que os testes da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech Co., Ltd em parceria com o Instituto Butantan, serão iniciados no dia 20 deste mês. O início da testagem foi liberado na sexta-feira, 3, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A inscrição de interessados, que devem ser obrigatoriamente profissionais da saúde trabalhando no atendimento de pacientes com Covid-19, começam na próxima segunda-feira, 13.
A vacina é vista pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, como “uma das mais promissoras” entre as testadas no mundo. Segundo ele, se os resultados forem positivos, o objetivo é começar a vacinação em “meados” de 2021. “Se a vacinação se mostrar eficiente, nós vamos ter a disponibilidade da vacina imediatamente. Sessenta milhões de doses estão reservadas para o Brasil, que será suficiente para cobrir as necessidades já previstas”, afirmou Covas ao jornal Estado de S. Paulo.
Os participantes do teste devem ter mais de 18 anos, não ter histórico de infecções pelo novo coronavírus, não participar de outros estudos do tipo, não estar grávida ou planejando engravidar nos primeiros três meses de estudo, não ter doenças que afetem a resposta imune nem outras alterações que impeçam o cumprimento dos procedimentos do estudo, como transtornos mentais e distúrbios de coagulação.
O custo da testagem é estimado em R$ 85 milhões e prevê a transferência de tecnologia para que a vacina chinesa possa ser produzida no Brasil. “A partir de setembro deste ano, estarão disponível doses em um volume muito grande, em torno de 100 milhões de doses. Essa fábrica da Sinovac terá capacidade de produzir, até o final do ano, 300 a 500 milhões de doses”, acrescentou o diretor do Butantan.
Redação Grupo A TARDE