A Câmara de Vereadores de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, vai abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o ex-prefeito e atual deputado estadual, José Eduardo Mendonça de Alencar, pedindo apurações sobre dívidas deixadas na gestão do atual prefeito Diógenes Tolentino, “Dinha”.
Segundo o presidente da Casa, vereador Orlando de Amadeu, a pauta e abertura será feita nas próximas sessões com data a ser marcada.
Durante entrevista no programa do radialista Roque Santos, através do quadro “Debate Bahia no Ar”, Orlando disse que a Comissão será composta pelos próprios parlamentares que votarão para a abertura do processo.
Em sua narrativa, Orlando enumerou alguns atos praticados por Alencar. “O ex-prefeito pegava o INSS, a menor secretaria pagava, depois fazia um acordo no INSS, pagava uma prestação, ai depois, ficava 11 meses para poder parcelar o INSS, é por isso que a divida do nosso município chegou a quase R$ 400 milhões, quase ia bater em R$ 500 milhões”; disse.
“Eu falo a verdade para o povo de Simões Filho, vocês sabem como estava e como está hoje. Hoje a cidade não está 100% como merecia, mas nós temos melhorado a vida do povo da cidade, o ex-prefeito não deixou dinheiro para fazer a Via Universitária, pra fazer praça, pra fazer nada. Ele não pagava as obrigações”, acrescentou Amadeu.
Ainda segundo Orlando, Eduardo não foi correto em seu mandato, não pagou em 2016 o salário do mês de dezembro aos funcionários, e quando perdeu as eleições em 2004 para Edson e Dinha, deixou de pagar 2 meses de salário aos funcionários”; disse.
Pra finalizar, o presidente da Câmara declarou: “Uma prática nós não vamos mais aceitar. Ele não pagava as igrejas, nem Católica, nem a Batista. O ex-prefeito ficou 3 anos sem pagar o aluguel das igrejas. Eu quero que ele diga que isso é mentira, porque todos esses fatos nós estamos abrindo agora na Câmara uma (CPI), para que seja investigada as dívidas que Eduardo deixou no município. Nós vamos formar juntos com os vereadores uma investigação de todos as dívidas que ele deixou para o povo de Simões Filho pagar e vamos mostrar para o povo”.
“A denúncia está dividida em duas partes. Uma delas é com relação a dispensa deixada e a outra referente a dívida contraída e não explicada.
“Vamos investigar esses indícios de ilegalidade dentro do município”, concluiu o vereador.
A equipe de reportagem acompanhou na manhã desta sexta-feira, 10/05, o clima na Câmara e pôde presenciar alguns vereadores reunidos no gabinete da presidência, entre eles estavam o presidente da Casa Orlando de Amadeu e os vereadores, Jaílson Jajai, Neco Almeida, Everton Paim e Manoel Carteiro.
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