Bolsonaro critica preço do petróleo: “não pode continuar”


O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira, 7, que a paridade internacional do preço do petróleo é resultado de uma “legislação errada” e “não pode continuar acontecendo”. Diante do aumento no preço do barril do petróleo, Bolsonaro afirmou que não pode repassar inteiramente esse reajuste para o preço do combustível.

Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia ,os preços do petróleo operam em forte alta, a cotação do gás disparou na Europa e as Bolsas de Valores europeias e asiáticas operam em queda diante de o temor de uma escalada nas sanções ocidentais à Rússia. O barril do tipo brent chegou a US$ 139 na madrugada desta segunda-feira, um recorde.

O governo avalia anunciar ainda nesta semana um novo programa de subsídio aos combustíveis, com validade de três a seis meses,. com o objetivo de evitar o repasse do preço para a bomba em um ano eleitoral.

“Tem uma legislação errada feita lá atrás, que você tem a paridade com o preço internacional. Ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí, sem ter nenhum sobressalto no mercado”,  disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Folha, de Roraima.

O presidente disse que a paridade é o “grande problema” e que uma “solução” será buscada “de forma “bastante responsável”:

“Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui e o preço lá de fora. Esse é o grande problema, nós vamos buscar solução para isso de forma bastante responsável.”, completou.

Bolsonaro afirmou que esse assunto será tratado em reunião nesta segunda com os ministérios da Economia e da Minas e Energia além da Petrobras, mas adiantou que “não é admissível” repassar esse aumento para os consumidores.

Os Estados Unidos informaram no domingo que estão negociando com a Europa um bloqueio ao petróleo russo. A compra de petróleo e gás da Rússia não foi alvo das sanções iniciais justamente pelas consequências que tal medida teria nos preços internacionais.

A Rússia responde por cerca de 8% do fornecimento mundial de petróleo.

A tarde