Em entrevista no fim da noite do domingo, 26, o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que irá ter em seu chapa como candidato a vice o general da reserva do Exército Walter Braga Netto (PL). O chefe do Executivo adiantou a informação que deve ser oficializada ainda nesta semana.
A presença de Braga Netto na chapa de Bolsonaro para a disputa presidencial deste ano era tratado como algo concretizado há alguns meses, no entanto, nas últimas semanas o nome da ex-ministra Tereza Cristina ganhou força entre aliados do presidente, principalmente no Centrão.
Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro. Ele deixou o cargo no final de março devido à exigência de não ocupar funções públicas para disputar um cargo eletivo em outubro, como previsto pela legislação eleitoral.
“Temos outros excelentes nomes, como o da Tereza Cristina. O general Heleno [Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência] quase foi meu vice lá atrás. (…) Vice é só um. Gostaria que pudesse indicar dez, daí não teria problemas”, afirmou Bolsonaro, em entrevista ao Programa 4 por 4.
Em abril, Bolsonaro já tinha apontado a grande possibilidade de Braga Netto ser o seu vice, no que é uma manutenção do alinhamento do governo federal com membros do Exército. “O meu vice atualmente é um general de Exército, então pode ser que eu continue como vice, pode ser, não estou batendo o martelo aqui com também com um outro general de Exército também. Isso pode acontecer. Isso dá credibilidade à nossa chapa, respeitabilidade à mesma”, declarou o presidente em entrevista exibida pelo Grupo Liberal.
Braga Netto é militar da reserva e chegou ao posto de general de Exército. Ele foi interventor federal da segurança pública no Rio de Janeiro, ainda no governo do presidente Michel Temer. No governo Bolsonaro, ele foi ministro da Casa Civil em 2020 e em março de 2021 foi deslocado para o Ministério da Defesa.
O atual vice-presidente Hamilton Mourão, que nos quatro anos de mandato viveu uma relação distante com Bolsonaro, decidiu concorrer ao Senado, pelo estado do Rio Grande do Sul.
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