Após conflitos que levaram à tona o protagonismo de insatisfação de moradores de diversos bairros de Simões Filho, entre eles, as comunidades de Ilha de São João e Mapele que reivindicam melhorias no transporte e cobram da empresa Expresso Metropolitano respeito e compromisso nos acordos firmados, a Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores, na manhã desta sexta-feira (12), registrou pelo público presente a falta de atenção e respeito da empresa citada e da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (AGERBA), que não comparecerem ao encontro. Um desfecho positivo surge no final do túnel. “Ilha de São João e Mapele”, através, de representantes de ambas as comunidades, firmaram a aliança para juntas se unirem e não baixarem a cabeça e em sintonia lutar para solucionar todos os problemas que os usuários estão enfrentando no setor do transporte público.
De acordo com Lélia, uma das moradoras de Mapele que esteve na Audiência Pública que foi convocada pelo Presidente da Comissão de Transportes, vereador Nivaldo Dórea (PCdoB), o encontro foi positivo porque oportunizou a presença do Ministério Público que estará engajado em apoiar as comunidades contra os “descompromissos da Expresso Metropolitano que vêm sendo apontados pela população”.
Conforme relatos de moradores, apesar do manifesto da Ilha de São João ampliar o conflito entre as comunidades vizinhas e prejudicar mais ainda o transporte na localidade, uma questão maior começa a ser prioritária que é reivindicar juntas e de forma amigável suas reivindicações.
“Precisamos sentar com as comunidades e cobrar para que nossos direitos, através, da AGERBA sejam cumpridos”,acrescentou a moradora Lélia.
De acordo com a explicação da moradora, a linha estratégica é organizar uma comissão de moradores da Ilha de São João e Mapele para exigirem a presença da autarquia no Ministério Público para que seja cumprido o que está definido, com relação aos horários das linhas.
“São onze carros que foram feitos linhas para Mapele e eles por obrigação tem que cumprir”, afirmou com força e propriedade a moradora mapelense que apesar de defender a “aliança entre as comunidades vizinhas”, não deixou de criticar o caos provocado pela manifestação na Ilha de São João nos últimos dias, ao avaliar que o povo de Mapele não poderia ser prejudicado por um problema da Expresso Metropolitano com a Ilha.
“Se eles têm conflitos com a Ilha de São João, o problema particular é deles e não nosso e a comunidade de Mapele não pode ficar sofrendo e sem transporte por causa de aproveitadores oportunistas que se aproveitam nesse momento político para se auto promoverem fazendo manifestação”, desabafou Lélia.
Presente na Audiência Pública, Jullyano Travassos, um dos representantes da comunidade da Ilha de São João avaliou a convocação do encontro pela Comissão de Transportes e a interação com as comunidades, em especial, a de Mapele, como pontos positivos para a aliança na cobrança de melhorias no setor do transporte.
“Vamos sentar juntos para se unir e lutar para que a dignidade entre as comunidades de Ilha, Mapele e outros bairros de Simões Filho seja restaurada”, declarou Jullyano Travassos.
O que tudo indica que o imbróglio entre as comunidades, no que depender dos representantes em audiência pública tem fim e nasce uma nova esperança de união, dignidade e acima de tudo o respeito para com o próximo.
Para a equipe de reportagem, Jullyano disse ainda que os conflitos considerados discriminatórios, foram feitos de forma isolada por alguns moradores e que isso não deve representar toda a voz da comunidade, além disso, ele culpou a Expresso Metropolitano, pelos desdobramentos que acirraram as polêmicas referente a interpretação de discriminação pelos moradores e salientou que a empresa deve respeitar a cultura e a história antes de fazer qualquer alteração e que só contribui para aumentar a insatisfação do péssimo serviço oferecido pela empresa.
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