Apresentado por Cauã e Taís Araújo, Globo de Ouro repassa 100 anos do samba


A história do samba pode ser contada através dos clássicos que atravessaram gerações. Ou pelos hits que embalaram amores e celebrações. Quem sabe pelas trajetórias dos grandes compositores e intérpretes. Ou por um pouco de tudo isso, como fará o Globo de Ouro Palco Viva, programa especial em seis partes, que será exibido entre os dias 11 e 16, às 21h, no Canal Viva.

Gravado em abril na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, o programa tem apresentação dos atores Cauã Reymond e Taís Araújo. Dificilmente não trará momentos agradáveis e boas recordações. Afinal, no repertório dos 50 convidados estão canções como Com que Roupa, Juízo Final, O Sol Nascerá, Coração Leviano, Coisinha do Pai, Malandragem Dá um Tempo, Vou Festejar, Todo Menino é um Rei, Sonho Meu… 

Os convidados também passam por várias gerações de sambistas (Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Dudu Nobre, Beth Carvalho, Mariene de Castro, Thiaguinhio) inclui artistas que flertam com o samba (Maria Rita, Luiz Melodia, Sandra de Sá e Baby do Brasil) ou artistas de outras searas convocados para bater cabeça como Frejat, Fernanda Abreu e Erasmo Carlos.

“Foi muito emocionante, com músicas lindas e uns encontros bem legais”, resume  Taís Araújo, que se assume sambista de carteirinha, daquelas que sai em escolas de samba desde criança. Ela elege dois momentos especiais na atração: a última aparição pública do sambista Mário Sérgio, do Fundo de Quintal, que morreu em maio; e a dobradinha de Alcione e Diogo Nogueira em Não Deixe o Samba Morrer, número que será exibido no programa de encerramento.

“Sou louca pela Alcione. Ela sempre me emociona”, diz Taís. No palco, Diogo conta que Alcione é uma pessoa muito importante em sua carreira. “Quando eu larguei o futebol, ela foi a primeira artista a me convidar para cantar no palco. Eu nem imaginava! Alcione é nossa diva”.

Tantas emoções

Com roteiro de Beth Ritto e João Pimentel, o programa traz momentos marcantes, como o número com Beth Carvalho, que encerra o primeiro dia, lembrando Noel Rosa em As Rosas Não Falam. “Samba é poesia, resistência, ritmo, melodia. Principalmente a melodia de um povo”, diz Beth.

Outro bamba que marca presença é Martinho da Vila. Com músicas como Feitiço da Vila, Disritmia e Casa de Bamba – que canta no especial -, ele diz que sua vida mudou. “Para mim, o samba foi uma transformação. Quando comecei a fazer samba, saí do anonimato para o conhecimento”, diz.

O poder de transformação do samba também está no depoimento Elza Soares. “Tenho uma coisa muito boa dentro do samba, abri caminhos para muita gente. Até então, o mercado para mulher era muito ruim. Graças a Deus, com minha voz, fiquei maravilhosamente bem no samba. Não me considero sambista, sou cantora de samba”, afirma Elza, que canta Com que Roupa, também de Noel Rosa.

Sangue novo

A novíssima geração está representada por artistas como o carioca Ferrugem. Ele se apresenta com o sucesso do grupo Só Pra Contrariar, Que Se Chama Amor. Recebido aos gritos pela plateia, o rapaz disse  que ficou muito feliz com o convite. “Sou novo no samba e nem eu mesmo teria lembrado de mim para integrar esse time”, brincou.

Já a funkeira Anitta foi convidada para homenagear Dona Ivone Lara com Sonho Meu. “É sempre bom se reinventar, é bom quando canto ritmos que não estou acostumada. Sobretudo músicas de Dona Ivone, que são lendárias e fazem história. Foi incrível! Adoraria fazer um show com ela”, garante Anitta.

Esta é a terceira edição do Globo de Ouro Palco Viva, uma produção do canal com a Gege Produções. Na última edição, a axé music foi homenageada. O programa tem direção geral de Letícia Muhana, direção artística de Patrícia Guimarães e direção musical de Berna Ceppas.

*iBahia