Após declarações ofensivas, presidente do PT municipal detona pastor em Simões Filho; “aceitamos votos de drogados”


Após a polêmica declaração do presidente da organização Yahweh Shamma em Simões Filho, pastor Regilson Costa em sua página pessoal no facebook chamando os eleitores do ex-presidente Lula de “ladrões e drogados”, o presidente municipal do PT, Antônio Carlos Camamu concedeu uma entrevista aos veículos de comunicação locais a respeito do fato ocorrido.

“Infelizmente o pastor não teve compromisso nenhum nem com os fies dele, ele não está tendo compromisso nem com os fies dele, porque muitos dos fies dele votam em Lula. Ele inclusive, quando era da base do governo passado, ele votou em Lula eu acredito, porque onde ele trabalhava, que era para o prefeito Eduardo Alencar, ele trabalhava e vivia lá. Agora, quem é o pastor Regilson?”, indagou Camamu.

De acordo com o presidente, Regilson provocou uma discussão desnecessária, quando ele mesmo já declarou apoio ao Partido dos Trabalhadores em gestões anteriores e colocou que o partido aceita votos de todos, sem fazer distinção.

 “O pastor Regilson continua cometendo seus pecados, porque ele teve aqui a chance com o próprio Eduardo, que protegeu ele e colocou em uma secretaria. Hoje ele está fazendo o inverso, promovendo uma discórdia política local principalmente contra nós do PT. Nós votamos no PT, aceitamos voto de drogados, nós aceitamos votos de malucos e quem vota em Lula não é maluco, até porque eu não sou nem drogado nem maluco. Será que ele é?”

Para Camamu, o discurso de Regilson não condiz com seu histórico político, porque segundo ele, o próprio pastor responde por processo administrativo por desvio de verba pública, algo que até então não tinha sido propagado.

“Que credibilidade tem o pastor pra dizer? Porque quando passou pela Cesta do Povo ele deixou seu rastro lá. O rastro são as coisas que ele cometeu de errado na Cesta do Povo. Ele também passou na Secretaria de Esportes, responde processo por desvio de verba, então, que credibilidade tem o pastor para estar falando aqui? Ele não tem credibilidade, nem está apontando com seu dedo sujo, ele não pode apontar ninguém com seu dedo sujo”, comentou.

O presidente municipal colocou que seu partido não discrimina ninguém, inclusive tem apoio de muitos evangélicos. “Nós do PT temos 33% dos evangélicos que votam com a gente também e temos no PT elementos que são candidatos que também são evangélicos. Valter Pinheiro foi senador pelo PT e é evangélico e nós respeitamos as religiões. Nós não descriminamos o eleitor. O eleitor tem todo o direito de votar em quem ele quiser e escolher”.

Camamu revelou que acredita que o pastor agiu sem uma orientação prévia por parte do prefeito Diógenes Tolentino e da própria vereadora Kátia, a quem ele declara apoio a candidatura.

“Eu não acredito que ele tenha tido nenhuma orientação do prefeito ou da candidata a deputada neste sentido, mas hoje quem está na defesa da gente são os próprios evangélicos. Ele não devia ter feito isso, porque quando a gente responde a processo administrativo, a gente não pode exercer cargo público e ele está exercendo um cargo público aqui na Câmara que ele não devia estar exercendo”.

O petista ainda resolveu mandar um recado para o prefeito Dinha, pedindo que ele tome cuidado com a irresponsabilidade de alguns cabos eleitores, que no fim das contas podem acabar prejudicando a candidatura da postulante a deputada estadual.

“A irresponsabilidade chegou aos próprios eleitores que votam na candidata Kátia podem estar revoltados com isso, com a posição dele. Então o prefeito Dinha precisa tomar cuidado com essas pessoas que podem levar ao desgaste dele, da administração e da candidata dele por um irresponsável que faz uma declaração dessa”.

Para concluir, Camamu colocou que levará o caso a juízo e que se sentiu tão desrespeitado quanto os demais eleitores que foram chamados de ladrões e drogados. “Nós vamos ajuizar o caso e ele que vá se defender, porque ele falou do PT nacional, ele não falou do PT municipal só não, falou do partido em geral e todos que me conhecem aqui sabem que eu não sou marginal, não sou ladrão. Quando ele fala uma coisa dessas, ele está desrespeitando a todos nós, inclusive os eleitores”, finalizou.