Cerca de 4 meses antes das próximas eleições, que elegerão os escolhidos para ocupar os cargos de deputado federal e estadual , governador e presidente da república, a disputa pela preferência popular já começou a animar os ânimos em diversos municípios baianos.
Em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), os representantes do parlamento municipal declararam verdadeira guerra aos candidatos de fora, iniciando uma massiva disputa interna, que determinará quem terá o apoio do prefeito Diógenes Tolentino.
Entre os 19 edis que ocupam cargos na Câmara de Simões Filho, a vereadora Kátia Oliveira é o nome mais cotado para representar seu grupo político. De acordo com a declaração do presidente da Casa Legislativa, Genivaldo Lima, a parlamentar e primeira-dama é a única que tem condições de reunir votos suficientes para ser eleita na cidade, mas a decisão ainda não foi oficializada.
Especialmente depois do recuou da candidatura do líder político ACM Neto (DEM) ao pleito de governador da Bahia, o grupo do prefeito Dinha resolveu adiar o anúncio da escolha do seu candidato estadual. Durante uma coletiva de imprensa realizada no mês passado, o gestor simõesfilhense chegou a afirmar que seu grupo “terá que construir um novo cenário sem Neto na disputa” e que a desistência do seu correligionário acabou pegando todo mundo de surpresa.
Além de Kátia, o segundo nome cogitado por Dinha é o do vice-prefeito Sid Serra, que também ocupava o cargo de Secretário de Cultura, mas foi exonerado na semana em que a prefeitura pretendia oficializar a pré-candidatura, dias antes também da desistência de Neto.
Em seus pronunciamentos, o gestor simõesfilhense sempre coloca que “a decisão exige cautela”, especialmente diante da difícil disputa que possivelmente será uma antecipação das eleições de 2020, quando o atual e o antigo gestor voltarão a se enfrentar cara a cara pela preferência da população.
Na tarde de ontem (14), o ex-prefeito Eduardo Alencar anunciou a oficialização da sua pré-candidatura como deputado, depois de ter vencido na justiça o processo de Improbidade Administrativa requerido pelo Mistério Público Federal.
Caso tivesse perdido o recurso de apelação, Eduardo ficaria inelegível por pelos menos 05 anos e teria que pensar rapidamente em um nome adequado para a disputa com a primeira-dama, correndo o risco de cometer o mesmo erro de 2016, quando o candidato Jomar Paraki perdeu nas urnas para Dinha com uma diferença plausível.
Após a vitória, Eduardo comemorou a aptidão ao pleito estadual e chegou a mandar recado para seus opositores: “chora não bebê”. Apesar de ter passado alguns meses com um futuro incerto por causa do processo judicial, Alencar nunca demonstrou desanimo com relação à candidatura e por inúmeras vezes afirmou que seria sim um nome de peso para as próximas eleições.
Nos últimos meses, o ex-gestor iniciou uma intensa corrida eleitoral no interior baiano, onde já costura uma expressiva preferência entre os eleitores, abrindo a possibilidade de se tornar um dos candidatos mais bem votados da Bahia.
Eduardo ainda conta com o apoio do atual governador e candidato a reeleição, Rui Costa e do seu irmão, o senador Otto Alencar. Em Simões Filho, o antigo gestor recebe apoio do vereador e líder da bancada de oposição Sandro Moreira e do vereador e ex-secretário de Saúde, Dr. Alfredo Assis, assim como de diversas lideranças políticas.
Contudo, como a política é dinâmica e pode provocar reviravoltas em curto espaço de tempo, resta agora começar definitivamente a corrida eleitoral e esperar para saber quem vai levar a melhor.
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