Secretaria da Educação do Estado forma onze padeiros privados de liberdade, da Colônia Penal, de Simões Filho


Onze privados de liberdade do sistema fechado da Colônia Penal de Simões Filho se formaram padeiros nesta sexta-feira (15). A ação, promovida pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Prisional), foi realizada em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap). A Cerimônia de entrega dos certificados aconteceu na própria padaria da unidade, onde foram realizadas as aulas práticas do curso, que teve, no total, 200 horas.
J. 43 anos, é um dos mais novos padeiros certificados e falou sobre a oportunidade. “Achei ótimo aprender coisas novas, conhecer uma farinha de qualidade, fazer os cálculos de tempo e proporção para fazer pães”, afirmou. Já R. 43 anos, disse que o curso trouxe novas expectativas para a vida dele. “O certificado significa uma expectativa de vida melhor, a chance de estar no mercado de trabalho”, afirmou, ao acrescentar que a motivação veio do professor. “Ele foi muito paciente, ajudou muito”.

Emanuel dos Santos Moreira, professor do curso, acredita que a certificação pode fazer a diferença na vida dessas pessoas. “Eles já podem produzir profissionalmente, incentivamos a ideia de que eles podem chegar ao mercado de trabalho, almejar um emprego aqui dentro e lá fora. Isso é muito importante para a autoestima deles”. O professor Emanuel contou que além de aprenderem na teoria sobre a matéria-prima e os processos de manuseio com a massa e fermentação, os apenados puderam colocar em prática o conhecimento e produzir pães e bolos, até mesmo com massa integral, para consumo próprio.

José Antônio Matos, coordenador do PRONATEC Prisional, também ressaltou o poder transformador da Educação Profissional. “Com um novo ofício, o objetivo é que essas pessoas possam retornar ao convívio da sociedade de forma mais digna, com mais chances de serem absorvidas pelo mercado de trabalho. Isso é muito importante para a ressocialização”, afirmou.

Também compartilha dessa opinião o superintendente da Seap, Luís Antônio Nascimento Fonseca. “É fundamental proporcionar a essas pessoas a oportunidade de aprender, acessar novos conhecimentos. A certificação é uma grande oportunidade e pode possibilitar uma nova vida a cada um deles”, concluiu.

Fonte: Ascom/ Secretaria da Educação