O prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM, diz que uma das dificuldades enfrentadas pela candidatura de oposição ao governo Rui Costa se dá, em parte, pelo trabalho da comunicação do governo petista. “O pessoal aqui do governo foi muito competente na comunicação em quatro anos. Nós não vamos deixar de reconhecer isso. Muito competente”, elogiou.
Apesar do elogio, Neto declarou que considera a assessoria de Rui competente porque não permitiu que viessem a tona problemas enfrentados na saúde pública, com a Central da Regulação, que na concepção do democrata é a “fila da morte” e a baixa na educação, apontada pelo Idebe como o pior ensino médio do país, ainda segundo afirmativa de Neto.
“Estas coisas todas não são ditas na propaganda do governo. O que a gente assistiu durante quatro anos foi a propaganda do governo. Inclusive propaganda de obras realizadas com recursos federais”, disparou o gestor soteropolitano”, alfinetou o democrata em entrevista à Metrópole FM na manhã desta terça-feira (25).
Já sobre a corrida presidencial, o líder do Democratas, afirmou que o candidato do PT, Fernando Haddad, já está no segundo turno. Segundo o dirigente do DEM, seu partido luta, agora, para desbancar o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, na busca pela segunda vaga na disputa.
De acordo com o presidente do DEM, votar em Bolsonaro é eleger Fernando Haddad. “O que as pessoas que não gostam do PT, não entenderam, é que votar em Bolsonaro no primeiro turno é eleger Fernando Haddad. Só vejo uma chance de evitar o PT ganhar a eleição, colocar alguém capaz de derrotar Haddad no segundo turno”, pontuou. Para Neto, a única solução seria mobilizar os votos do candidato do PSL para Geraldo Alckmin. “Ele é o único que no segundo turno contra o candidato do PT, ganha a eleição”, garante Neto.
Ainda sobre o PT, Neto revelou que o partido é seu maior adversário e que a atuação de Temer frente a república contribuiu com o crescimento do partido nestas eleições. “Quem é o nosso adversário? O PT. Não dá para não mostrar para o Brasil que toda a crise que a gente vive hoje, é responsabilidade do governo Dilma, porque esse período do Temer permitiu que o PT se afastasse no discurso, dos graves problemas que o Brasil lidera hoje”, afirmou.
Segundo Neto, o governo imposto por Temer, após o impeachment, seria um governo sem legitimidade, o que ajudou a impulsionar a ideia de que o PT não teria culpa sobre a crise do país. “Um governo impopular, um governo sem legitimidade, impulsionou isso. Da para a gente ir pra uma eleição sem deixar isso claro? Não dá”, explicou.
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