Com tom de ironia, secretário de Saúde da Bahia atribui a deficiência da regulação aos municípios; “Não dependemos de pistolão”


O secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, esteve no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) na manhã desta quinta-feira (23) a fim de inspecionar as obras da Policlínica Regional de Saúde.

Na oportunidade, o chefe da pasta concedeu uma coletiva de imprensa aos veículos de comunicação local, avaliando positivamente o antigo prédio da Secretaria da Fazenda onde está sendo implantada a policlínica e revelou a previsão de entrega do novo equipamento.

“As obras estão avançadas e serão entregue à população em dezembro. Mais de 300 mil pessoas vão ser atendidas nessa policlínica. O prédio é muito bem construído, uma edificação de qualidade e que vai durar aqui por muitos e muitos anos”, disse ele.

Na ocasião, o secretário também comentou sobre uma nova maternidade que está sendo construída em Camaçari, com o intuito de diminuir a demanda de procura das gestantes da Região Metropolitana nas maternidades de Salvador.

“Nós já demos o início da obra, a obra começou segunda-feira agora e a previsão é que daqui a um ano a gente inaugure a maternidade de Camaçari, com 100 leitos. Na cidade de Salvador a prefeitura não tem nenhuma maternidade e as mulheres têm que parir nas maternidades do governo”, comentou ele.

Questionado sobre um polêmico assunto que vem pautando discussões em todo o município de Simões Filho, que é a deficiência da Central de Regulação em transferir pacientes locais para as vagas de UTI do estado, o secretário disse que quem deve melhorar é o serviço de Atenção Básica prestado pelo próprio município.

 “Quem tem que melhorar são os municípios, ampliarem a atenção básica, cuidar de seus pacientes, lhes garantir os médicos nos postos de saúde para que eles façam a prevenção e as pessoas deixem de necessitar de ir para o hospital”.

Ainda com tom de ironia, o secretário afirmou que a regulação não depende da influência de amigos para transferir um paciente, se não, todos os pacientes teriam que recorrer aos comunicadores da cidade para conseguir uma vaga.

“A regulação é uma democratização do acesso à saúde. A regulação é feita independente de pistolão, se não teria que depender da amizade com radialista. A regulação é dada a todo mundo, mesmo quem não conhece a rádio FM de Simões Filho consegue ter acesso a médico”, finalizou ele.