Mais uma confusão entre os vereadores da base do prefeito Diógenes Tolentino e da bancada de oposição marcaram a sessão ordinária desta terça-feira (14), em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Fazendo uso da tribuna no início dos trabalhos, o vereador Sandro Moreira fez menção ao pronunciamento do vereador Eri, na semana passada oferecendo apenas um minuto para que ele pudesse relatar as melhorias feitas pelo ex-prefeito Eduardo Alencar nos dois últimos mandatos.
“Um minuto seria humanamente impossível para que eu pudesse elencar todos os feitos do ex-prefeito nesta cidade. Também falei que o vereador que estava na tribuna naquele momento não era nem legítimo para cobrar, até porque ele possivelmente sofre de amnésia aguda, porque participou de todas as gestões de forma familiar e sucessória das gestões de Eduardo Alencar nesta cidade”, disse Sandro.
Fazendo referência ao número do partido pelo qual Eduardo Alencar (PSD) foi eleito prefeito de Simões Filho, Sandro afirmou que poderia elencar 55 ações do ex-gestor em seus dois últimos mandatos, mas que não faria isso porque o tempo não o permitiria.
“Para aqueles que têm a memória ativa e que reconhecem o legado de trabalho e isso tem que ser algo muito natural, não seria necessário que eu fizesse isso, até porque a cada metro de cidade que nós passemos aí, teremos uma obra, uma ação feita pelo ex-prefeito e isso tem que ser reconhecido, assim como eu tenho vindo a essa tribuna reconhecer o trabalho do prefeito Diógenes Tolentino. Da mesma forma que na qualidade de oposição critico, fazendo críticas construtivas, eu tenho humildade e a hombridade de chegar aqui e reconhecer as ações do poder Executivo”, completou o edil.
Mesmo tendo sido interrompido pelo presidente da Casa, Genivaldo Lima, que pediu para o vereador apresentar somente 10 ações, no sentido de otimizar o tempo da sessão, o parlamentar resolveu citar pelo menos 19 atividades que, de acordo com ele, foram feitas pela prefeitura na gestão passada.
Entre as ações citadas estão: Pavimentação da travessa Góes Calmon e Guerreiro, reforma e construção de várias unidades escolares do município, reforma das unidades básicas de saúde do município, cobertura do canal do Condomínio João Filgueiras, construção da UPA, construção da Secretaria de Cultura, construção da NATESP, convênio com as fanfarras, pavimentação das ruas do Oitizeiro, pavimentação no loteamento São Miguel e outras.
Sandro ainda completou a frase se referindo aos vereadores de reeleição. “Quem conhece a história de Simões Filho sabe exatamente e vossas excelências, em sua maioria participaram da gestão e estiveram junto com o prefeito Eduardo Alencar fazendo todo este trabalho e deveriam estar aqui como eu faço com o prefeito Diógenes Tolentino, reconhecendo o trabalho dele. Agora, se errar eu estou aqui para cobrar também. Esse é o trabalho do legislativo municipal, do vereador de Simões Filho que está no parlamento e foi eleito para o direito do povo e não o direito do prefeito”.
Logo após a fala de Moreira, que gerou grande descontentamento entre a maioria dos demais edis, a vereadora e primeira-dama Kátia Oliveira pediu a palavra para discutir a ata da semana anterior e começou falando sobre o clima eleitoral que já toma as discussões no parlamento.
“Eu entendo que estamos em ano de eleição, que aquele que não fez precisa mostrar para as pessoas que fez. Eu não estava na sessão passada, mas vi o pronunciamento do vereador Eri e ele pediu uma obra dos últimos 8 anos. A gente aqui não vai negar que o ex-gestor fez sim alguma coisa pelo município, porque 20 anos aqui e não fazer nada, pelo amor de Deus. Mas a gente não pode esquecer que o município fez muito mais por ele do que ele pelo município”, ressaltou Kátia.
“O vereador nobre colega, o qual eu respeito muito não pôde responder na hora, ele foi para casa pensar. Ele foi pensar, pensou e em uma semana ele não trouxe. Ele trouxe o que fez nos dois primeiros mandatos, mas o que fez nos últimos 8 anos de benfeitoria para o nosso município não. O vereador não soube responder, precisou ir pensar e não trouxe resposta”, completou a vereadora.
Para Kátia, já que a lista exposta por Sandro não teria convencido os nobres colegas, ela então poderia apresentar em contrapartida aquilo que deixou de ser feito ou que se tornou herança negativa da gestão anterior.
“Eu posso dizer o que ele deixou: Pitanga de Palmares sem água potável, 300 milhões de dívida, dívidas com as igrejas Católica e Batista, o nome do município sujo no CAUC que o prefeito limpou, folha de dezembro e 13º sem pagar que o prefeito Dinha pagou quando assumiu, demissão de mais de 300 garis, pais e mães de família, sucateou o colégio Luiz Palmeira, que já foi referência na Bahia em educação e esportes”, enumerou ela.
Kátia também colocou algumas ações realizadas pelo prefeito Dinha em um ano e sete meses de mandato, a exemplo das obras de requalificação no bairro Riacho Doce, que de acordo com ela, mesmo não tendo sido prometida por Dinha, foi realizada tão logo a população solicitou.
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