Sem apoio para participar de campeonato, Edy Cacai critica prefeito Dinha e denuncia homofobia; “Fui chamado de viado por funcionários”


Em entrevista ao programa “Bom Dia Simões Filho”, na manhã desta sexta-feira (20), o presidente do Grupo Gay do CIA, Edy Cacai voltou a criticar o prefeito Diógenes Tolentino e seus secretários, pelo que ele classifica como “falta de respeito”.

De acordo com Cacai, desde o mês de abril a associação LGBT vem pedindo apoio da prefeitura para participar de um campeonato esportivo intermunicipal, que acontecerá no próximo dia 28 na cidade de Berimbau, mas até o momento nada foi feito.

Ainda segundo Cacai, dezenas de ofícios têm sido protocolados junto ao gabinete do prefeito solicitando uma audiência com o grupo, mas nem se quer uma resposta é enviada pelo gestor.

“O gestor gasta milhões com propagandas para apresentar maquiagem. Maquiagem ficou para palhaço e não para o povo de Simões Filho. A população está cansada de pagar tantos impostos nesse município e só ver propaganda, só ver maquiagem. Pare de gastar milhões com propaganda e atenda o povo”, disse ele indignado.

Também conforme o presidente, funcionários do anexo humilharam ele publicamente em uma certa oportunidade e até o momento nada foi feito contra a ação dos servidores. “Passei dois atos de homofobia nas secretarias, uma na Atenção Básica e outra no Anexo. Me chamaram de viado, eu fui levar um paciente e me chamaram de viado”.

Para Cacai, da mesma maneira que os munícipes são obrigados a respeitar os servidores e não desacatá-los em seus setores de trabalho sob pena da lei, da mesma forma os LGBT também deveriam ser respeitados.

“O gestor coloca nos meios de comunicação, nos olhos do público a lei que se desacatar o funcionário público na razão do seu trabalho é crime, e porque não é crime ele não fazer valer o cumprimento da lei contra a homofobia? Colocar em locais públicos que quem não respeitar o ser humano LGBT sofrerá penas, multas e até prisão”.

Cacai também falou que está entrando com reclamações no Ministério Público para garantir seus direitos. “Nós não estamos pedindo que se crie uma lei não. A lei já existe desde 2008 e eu estou agora futucando o Ministério Público para que esse gestor venha a respeitar e fazer valer o que é de direito da diversidade”.

Para concluir, o presidente agradeceu o apoio da população e disse que sempre que precisa recebe ajuda dos munícipes. “Eu só tenho que a agradecer aos meus associados e a população simõesfilhense que estão abrindo suas portas para que a gente possa entrar e está reconhecendo que ali não está chegando um bicho e sim um ser humano LGBT”.