Ônibus abarrotados, crianças em pé, espremidas e sem nenhuma segurança fazem parte do cotidiano do sistema de transporte escolar em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Em uma matéria exibida pelo jornal Bahia Meio Dia desta quinta-feira (19), algumas imagens gravadas pelas próprias mães, que todos os dias veem seus filhos saindo de casa para serem expostos ao perigo dentro dos escolares, foram exibidas.
“O ônibus vem muito lotado mesmo. Tem dificuldades para as pessoas estarem passando, fica um empurrado o outro e há a possibilidade também de acontecer um acidente e machucar muitas pessoas. Ontem mesmo, que ele (o motorista) estava virando a esquina e começou a buzinar, buzinar, depois freou de vez e todo mundo foi parar lá na frente”, revelou o estudante José Thiago.
Outro aspecto apontado pelos alunos é o excesso de pessoas que pegam carona no escolar mesmo sabendo que a prática é proibida, e que acabam ocupando lugares que deveriam ser exclusivamente destinados aos discentes.
Em entrevista com a superintendente de gestão pedagógica da prefeitura, Eliene Mota, a mesma informou que atualmente o órgão oferece 25 ônibus escolares para 19 mil estudantes da rede municipal juntamente com os da rede estadual. Mas, segundo ela a maioria dos utilizam o escolar são de escolas estaduais.
Conforme declarado por Eliene, dos alunos que utilizam o transporte escolar, 40% são da rede municipal e 60% da rede estadual. Além disso, tem aproximadamente 1000 alunos residentes de outros municípios que também estudam em Simões Filho e por isso precisam do transporte escolar.
“Nós temos um investimento de aproximadamente R$ 260 mil mensalmente com transporte escolar e desses R$ 260 mil, 23 mil é repasse do governo federal. O repasse do governo estadual para o atendimento dos alunos da rede estadual que utiliza o nosso transporte, até o momento nós não recebemos um centavo”, revelou ela.
A reportagem ainda questionou a superintendente com relação a um veículo extra que foi enviado de última hora pela prefeitura para reduzir o fluxo de estudantes no escolar, durante a gravação da matéria.
Eliene explicou que, diante do aumento da demanda, a prefeitura precisou fazer alguns ajustes nos roteiros e que por isso comunidades como Mapele e na estrada da Pedreira outros veículos foram remanejados.
Ela afirmou ainda que está sendo realizado um estudo para detectar os bairros onde o transporte escolar tem sido ineficiente e para todas elas haverão ônibus reservas, inclusive para a comunidade do Vida Nova, onde as pessoas mais se queixam da superlotação.
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