“Eu não sabia de nada”, diz vereadora Kátia se defendendo sobre suposto contrato irregular da Câmara no mandato anterior


A Transmissão das sessões pela rádio Simões Filho FM 87,9 voltou a fazer parte das discussões na Câmara de Vereadores, durante sessão extraordinária realizada na manhã desta terça-feira (29).

Após o desabafo do ainda presidente da casa, Genivaldo Lima sobre a insistência do vereador Cleiton Boly Boly em trazer a rádio de volta a transmissão das sessões, o edil Adailton Caçambeiro levantou uma questão que colocou “em cheque” os vereadores que fizeram parte da legislatura anterior.

“Eu no ano passado fui uma das pessoas que reivindiquei a transmissão da sessão para a rádio. Quando eu tive aqui na tribuna, que reivindiquei, vossa excelência nos chamou em particular e falou que não tinha legalidade para contratar a rádio que é comunitária e eu perguntei: porque antes teria? Vossa excelência explicou que antes tinha alguma qualidade pessoal de alguns edis no passado que transmitia e tinha um custo para a Câmara que não tinha essa legalidade. Logo eu entendi e parou por aí”, declarou Caçambeiro.

Em seguida, por questão de ordem, a vereadora e primeira-dama Kátia Oliveira pediu a palavra. “Eu quero senhor presidente, me solidarizar com o senhor porque esse assunto já foi debatido e muito nesta casa, tanto aqui nas sessões como fora das sessões e ficou muito claro, ficou muito explicado que o senhor presidente de maneira nenhuma se opôs a transmissão da sessão através da 87,9 e explicou o motivo de não estar fazendo por não ter legalidade em fazer estes pagamentos, por se tratar de rádio comunitária”.

Kátia também se reportou ao comentário do radialista Jairo Mascarenhas durante transmissão do programa “Bom Dia Simões Filho”, quando disse que nunca teve acordo financeiro com a Câmara.

“De outra forma também, o senhor Jairo disse que não tem interesse e não houve nenhuma conversa para ter nenhum acordo financeiro. Então, deixa-se muito claro para nós colegas e para todos, que não existe nenhum empecilho por conta do presidente”.

Depois Kátia chamou a atenção para a fala de Adailton Caçambeiro e se defendeu de qualquer tipo de situação ilegal que eventualmente possa ter ocorrido durante a legislatura anterior.

“Agora o vereador Adailton falou uma situação que deixa até os vereadores do outro mandato que hoje foram reeleitos ou até que não foram, que os vereadores sabiam que era feito de alguma forma e tal. Eu quero dizer que eu estive vereadora, não sei como era feito, não sei se havia nenhum tipo de pagamento, não sei de acordo nenhum, inclusive eu achava que era até legal, que poderia ser feito. Não sei se a rádio recebia algum valor financeiro, não sei disso, segundo

Jairo Mascarenhas não. Só para esclarecer, eu estive aqui no mandato passado, não sabia que poderia transmitir, mas se era pago ou se não era. Detalhes nenhum eu sei a respeito disso, inclusive nunca atinei para essa situação, me passou despercebido”, completou.

Kátia continuou dizendo que não credita que houvesse algo irregular, porque conhece a conduta de Jairo, mas que preferia que o assunto fosse dado como encerrado.

“Só para esclarecer, para não ficar aí na entrelinha como se a gente tivesse, soubesse de alguma situação. E eu acho que também não havia, mas também, como eu não sei como era a situação, não posso aqui afirmar. Eu também não estou dizendo que senhor Jairo Mascarenhas queira que se faça nada ilegal, porque eu também o conheço e sei da sua

conduta, mas só pedi a fala realmente para ser solidária e pedi aos colegas, especialmente ao vereador Boly Boly que encerre esse assunto”, concluiu.