Moradores da Ilha de São João afirmam estarem sendo expulsos dos seus apartamentos em Simões Filho


Moradores de um conjunto habitacional, localizado no bairro Ilha de São João, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) estão sendo “despejados” dos seus apartamentos, conforme relatam os próprios moradores.

De acordo com os simõesfilhenses, nos últimos dias, pessoas desconhecidas acompanhadas de supostos policiais sem nenhum mandado judicial, estão entrando nos apartamentos e colocando os proprietários para fora, sob severas ameaças.

Em entrevista a TV Fala Simões Filho, um dos antigos proprietários contou que os invasores alegam terem comprado os imóveis em um leilão da casa própria, realizado pela Caixa Econômica Federal. No entanto, nenhum aviso prévio ou notificação foram enviados aos primeiros donos.

“A gente não foi avisado que o apartamento estava sendo leiloado. Eles não mostraram documentos e identificação. Ameaçaram meu cunhado de morte. No apartamento do terceiro andar, viram que a moradora não estava lá, arrombaram a porta e trocaram a chave. E disseram que ela tinha que pegar as coisas dela”, explicou um morador em entrevista ao repórter Alessandro Melo.

Ainda segundo o entrevistado, nem mesmo senhoras de idade, que inclusive residem nos apartamentos há mais de 30 anos, foram poupadas pelos que se dizem novos proprietários dos imóveis. “Teve umas quatro ou cinco senhoras que foram agredidas fisicamente e expulsas dos apartamentos. Já pedimos ajuda à prefeitura e ninguém resolveu nada. Fomos na Polícia Federal e nada resolveu”, contou Elivaldo.

Em contato com a Caixa Econômica, a comunidade declara que a instituição financeira afirma ter efetivado a venda dos imóveis que possuíam dívidas ainda não negociadas, porém, os proprietários ressaltam que, por diversas vezes, procuraram a Caixa para a negociação e não obtiveram êxito.

Os moradores, que já não sabem mais para quem apelar, pedem o apoio da prefeitura e do vereador Laércio Valentim, representante do bairro, para que alguma intervenção seja realizada no sentido de impedir novas agressões e despejos.