Secretário de Meio Ambiente fala sobre polêmica envolvendo instalações do SAC: “Simões Filho não merece isso”


O secretário de Meio Ambiente, Elias Melo se pronunciou publicamente na manhã desta quarta-feira (11) sobre a questão polêmica envolvendo a liberação do alvará para as futuras instalações do SAC em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

De acordo com o secretário, esta é uma demanda recorrente no município que acabou se revertendo em falácias.  “Infelizmente essa é uma novela que dura há pelo menos 08 anos. Em 2010 ainda o ex-governador anunciava naquele momento que não só o SAC viria para Simões Filho como a UNEB, a rodoviária, a reforma do mercado, a Praça da Juventude. Então, desde 2010 que nós temos esta falácia na nossa cidade”, disse Elias.

Ainda segundo o secretário, no momento em que a gestão anterior fechou acordo com o dono do prédio escolhido para sediar órgão, não foram observadas as questões técnicas. Para Elias, este será quem sabe o menor SAC de toda a região.

“O que ocorre é que, o SAC desde 2014, quando foi assinado o protocolo de intenções com o empresário aqui da cidade, que é dono de um prédio chamado Multicenter, não foi dado as devidas providências no sentido de observar primeiro o espaço público que seria oferecido pelo SAC, inclusive é importante dizer que será talvez o menor da Bahia”.

O chefe da pasta salientou que, em se tratando de uma cidade que está entre as maiores economias do estado, a população poderia ter um tratamento melhor por parte do governador. Melo chegou a classificar o local do SAC como “meia-boca”.

“Simões Filho não merece isso. O SAC daqui, pela sua extensão é apenas a área de recepção do de Feira de Santana, bem menor do que o de Lauro de Freitas. Então, mais uma vez nós temos aqui em Simões Filho uma falácia e uma proposta de implementação de um órgão meia-boca, vamos dizer assim, que não vai atender a nossa comunidade como nós gostaríamos”.

Melo ressaltou que a questão do impasse entorno da liberação do alvará se aplica por causa da legislação. “O prefeito Dinha, preocupado com essa situação, com o mínimo atendimento que o governo do estado possa dar, está se colocando a disposição e nós estamos no momento com um impasse em função da legislação”.

Elias revelou que, antes do acordo firmado entre a antiga gestão e o dono do prédio escolhido, um outro empresário disponibilizou um espaço com melhores condições de mobilidade, mas no final das contas, o local menos adequado é que foi o selecionado.

“Quando foi implementado esse SAC aqui, existiam diversos outros pontos na cidade que foram estudados por técnicos do órgão. Inclusive, no Cia I eu recebi recentemente um empresário que preparou um prédio e estava tomando financiamento da Caixa, um prédio que já tinha sido aprovado pelos técnicos do SAC para a instalação no Cia I, que seria uma área com uma mobilidade melhor”, revelou.

Ele atribuiu a escolha do prédio ao ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Alban e disse que, de uma hora para outra a situação foi revertida. “De uma hora para outra entrou uma nova figura, um novo figurante, vamos dizer assim, no processo de instalação do SAC. Foi o secretário Paulo Alban que definiu, passando por cima de todos os critérios técnicos que deveriam ser considerados”, completou.

Diante dos problemas nas instalações, como é o caso da falta de estacionamento e pouco espaço interno, Elias explicou que existe a possibilidade de migração da sede do órgão para outro espaço, mas que isso depende de uma conversa entre a gestão administrativa da cidade e o governo estadual.

“O que a gente precisa antes de qualquer coisa é da boa vontade, o que não falta da nossa parte, para sentarmos e conversarmos com o governo do estado e encontrarmos uma solução pacífica para esse assunto”.

O secretário informou também que já esteve em reunião com o vereador e representante do governador em Simões Filho, Sandro Moreira e que o parlamentar já está ciente que é necessário se fazer uma conversa entre a prefeitura e o estado.

As informações foram declaradas em entrevista ao repórter Valfredo Silva, durante o programa  Bahia no Ar.